Terceira semana de festa na Estação Ferroviária com muito forró, poesia e cultura

A véspera do dia dos namorados atraiu um bom público na Estação Ferroviária. A terceira semana de festa iniciou com muito forró, poesia e cultura. O Polo Camarão começou o arrasta-pé com a Banda Renovação Nordestina, em seguida foi a vez da Banda Luará, Any Melo e encerrou com a ex-integrante do Forró do Muído, Wanessa Roger.

Os amantes da poesia chegaram cedo no Polo do Repente Lídio Cavalcanti e acompanharam o declamador Olegário Filho, se emocionaram com a dupla de aboiadores Patrício e Antônio Barbosa, e finalizaram a noite no agarradinho do forró com o com show do Trio Forró Quentão.

Ainda na Estação, o grupo Lumiar Balé da Capital realizou uma belíssima apresentação chamando a atenção dos forrozeiros. “Nosso grupo existe há pouco mais de um ano, estaremos novamente aqui no próximo dia 27, a energia desse lugar é fantásticoa”, comentou a dançarina Karla Silva.

O Polo dos Pífanos Sebastião Biano contou com a apresentação das bandas de Pífanos Vitoriano Jovem, Zabumba Caruaru e Pífanos Carupife. “Aproveitamos a noite para passear e acompanhar a apresentação do meu esposo, estamos em família curtindo o São João. Amanhã, no dia dos namorados, vamos passear e curtir os shows programados”, comentou Maria José.

*Programação do Dia dos Namorados na Estação Ferroviária*

*Polo Camarão – 18h30*

Marcelo Rossiter / Genaro Almeida

Bbzão

Serginho Zuada

Amigos Sertanejos

*Polo Juarez Santiago – 19h*

Trio Estrela do Norte

Trio Fole de Ouro

Trio Mão de Pilão

Trio Forró Demais

*Polo dos Pífanos – 19h*

Banda de Pífanos Bonecos de Barro

Banda de Pífanos Arrasta Pife

Banda de Pífanos Alvorada

*Polo do Repente 17h50*

Esquete teatral: Bom dia Comadre

Declamadores: Rodrigo Inojosa, Dayane Rocha e Marcionilo Poeta

Noite da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel

Show: Tributo a Noca do Acordeon

Show: Banda Fulô de Croatá

STJ mantém condenação de Nikolas por transfobia contra Duda Salabert

Brasília (DF) - O deputados, Nikolas Ferreira (PL - MG), discursa na tribuna da Camara dos Deputados durante sessāo deliberativa
 Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado, Nikolas Ferreira (PL-MG), em discurso no Dia Internacional da Mulher, em 2023 Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A ministra Maria Isabel Galotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou recurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para derrubar a sentença que condenou o parlamentar ao pagamento de R$ 30 mil de indenização à deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). A decisão foi assinada nessa terça-feira (10).

O caso envolve uma entrevista na qual o parlamentar disse que não reconhecia a deputada como uma mulher transexual. “É biologia. Eu não estou falando algo que eu acho. Ele é um homem”, disse Nikolas. O episódio ocorreu em 2020, quando os dois parlamentares eram vereadores em Belo Horizonte.

Após as declarações, Nikolas foi processado por Duda Salabert e condenado pela Justiça de Minas Gerais ao pagamento de indenização pelas declarações ofensivas sobre o gênero da deputada (transfobia).

Ao analisar o recurso, a ministra do STJ entendeu que o recurso não pode ser deferido por questões processuais.

“Cediço no STJ que o valor estabelecido pelas instâncias ordinárias a título de indenização por danos morais pode ser revisto tão somente nas hipóteses em que a condenação se revelar irrisória ou exorbitante, distanciando-se dos padrões de proporcionalidade e razoabilidade, o que, a meu ver, não é o caso dos autos”, afirmou.

A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete de Nikolas Ferreira e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

Outro caso

Nikolas Ferreira também foi condenado pela Justiça do Distrito Federal, no fim de abril, a pagar R$ 200 mil em danos morais coletivos em função de acusações de transfobia durante discurso proferido da tribuna da Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher, em 2023.

A ação foi movida por associações representativas da comunidade LGBTQIA+, que acusaram o parlamentar de promover discurso de ódio ao vestir uma peruca amarela e dizer que “se sentia uma mulher” e que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.

MP do DF denuncia Bruno Henrique por suposta fraude em apostas

Bruno Henrique, do Flamengo, em jogo contra o Corinthians no Brasileirão 2021.
© Alexandre Vidal/Flamengo/Direitos Reservados

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado nesta terça-feira (11) pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)  pela suposta participação em um esquema de manipulação de apostas na internet, as chamadas bets. Os detalhes da denúncia não foram divulgados oficialmente pelo órgão.

O jogador foi investigado por, supostamente, ter forçado um cartão amarelo no jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, em Brasília, para beneficiar parentes dele que faziam apostas.

No ano passado, Bruno foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Federal (PF) em conjunto Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o MPDFT. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.

A Agência Brasil busca contato com a defesa do jogador. O espaço está aberto para manifestação.

Semana dos Namorados chega ao Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga com programação romântica de forró, brega e sertanejo

Na Semana dos Namorados, não faltarão momentos especiais para curtir a dois o Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga. Após um fim de semana com recorde de público, o polo retoma sua programação nesta quinta-feira (12), com shows que passeiam por diversos gêneros musicais, incluindo forró, sertanejo, brega e até pagode baiano.

Para celebrar o romantismo deste dia 12, a banda Calcinha Preta retorna à Capital do Agreste com o show Atemporal, que celebra sua trajetória de sucesso, com músicas que já fazem parte do imaginário nordestino. A abertura da noite será com o caruaruense Guilherme Topado, a partir das 19h30, e o encerramento fica por conta de Léo Magalhães, conhecido por embalar o público com suas canções de sofrência.

Na sexta-feira (13), a animação continua com as apresentações de Renatto Pires, Adelmário Coelho, Tarcísio do Acordeon e Léo Santana, prometendo uma noite cheia de energia. Já no sábado (14), é a vez de Vitor Fernandes, Raphaela Santos, Lambasaia e Mano Walter animarem o maior palco do São João.

Fechando o fim de semana, o domingo (15) traz os shows dos cantores Fael Mariz, Batista Lima, Bell Marques e Zé Vaqueiro, que também traduzem a multiculturalidade e o acolhimento dessa grande festa

Além do Pátio do Forró, a programação também se espalha por toda a cidade, com atrações para todos os gostos nos polos Alto do Moura, Azulão, Lídio Cavalcanti, Juarez Santiago, Sebastião Biano, Casa Rosa, Feira de Artesanato, Camarão, Quadrilhas, Bacamarte e Infantil e a retomada das tradicionais drilhas juninas no próximo domingo (15), com apresentações do Juntô e dos cantores Elifas Júnior e Cláudia Leitte.

*Confira a programação do Pátio de Eventos:*

– *Quinta-feira (12)*

_A partir das 19h30_

Guilherme Topado

Calcinha Preta (Atemporal)

Léo Magalhães

– *Sexta-feira (13)*

_A partir das 19h30_

Renatto Pires

Tarcísio do Acordeon

Adelmário Coelho

Léo Santana

– *Sábado (14)*

_A partir das 19h30_

Vitor Fernandes

Raphaela Santos

Mano Walter

Lambasaia

– *Domingo (15)*

_A partir das 19h30_

Fael Mariz

Batista Lima

Bell Marques

Zé Vaqueiro

Moraes oficializa pedido de extradição de Carla Zambelli

Brasília (DF) 02/08/2023 Deputada Carla Zambelli durante coletiva no salão verde da Câmara dos Deputados.  Foto Lula Marques/EBC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta quarta-feira (11) o pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo federal. O documento foi enviado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Na semana passada, Moraes determinou a prisão da deputada, que fugiu para a Itália para evitar o cumprimento da condenação a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

O documento contém a cópia da decisão que condenou a parlamentar, os artigos do Código Penal que fundamentaram a condenação e um resumo para que o governo brasileiro possa solicitar a extradição à Itália.

“A Sra. Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, diz o texto.

Moraes também indicou as garantias que o Brasil vai dar para Carla Zambelli se a Itália autorizar a extradição.

O ministro se comprometeu a :

Não submeter Zambelli a prisão ou processo por fato anterior ao pedido de extradição;

Não impor pena perpétua;

Não agravar a pena por motivos políticos e

Não submeter a parlamentar a tortura ou a tratamentos desumanos ou degradantes.

No sábado (7), Moraes determinou a execução imediata da condenação da deputada Carla Zambelli. A decisão foi tomada após a Primeira Turma da Corte negar, por unanimidade, recurso apresentado pela defesa da parlamentar para anular a condenação.

O hacker Walter Delgatti também foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo. Segundo as investigações, a invasão eletrônica foi executada por Delgatti e ocorreu a mando de Zambelli.

Senado aprova projeto que torna homicídio em escola crime hediondo

Brasília (DF), 11/06/2025 - Sessão do Senado Federal. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
© Jefferson Rudy/Agência Senado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (11) o Projeto de Lei (PL) 3.613/2023, que aumenta as penas para os crimes cometidos nas dependências de instituições de ensino, tornando, entre outros pontos, hediondo o crime de homicídio praticado nesse tipo de instituição. O texto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos. Pela proposta, o crime de homicídio qualificado, que é punível com reclusão, de 12 a 30 anos, terá sua pena aumentada de um terço à metade quando praticado nas dependências de instituição de ensino e a vítima for pessoa com deficiência ou com doença que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental.

A pena será aumentada em dois terços caso o autor seja ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título ter autoridade sobre ela ou, ainda, ser professor ou funcionário da instituição de ensino.

O projeto também torna hediondos os crimes de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas nas dependências das instituições de ensino.

Segundo o relator do projeto, senador Fabiano Contarato (PT-ES), pesquisas apontam que os episódios de violência escolar aumentaram substancialmente em um período de dez anos. Em 2013, foram registrados 3.771 casos. Já em 2023, foram 13.117, sendo que metade das ocorrências dizia respeito à violência física. Ao longo desses anos, a curva só foi descendente em 2020 e 2021, quando houve o lockdown em razão da pandemia de covid-19.

“Isoladamente, o recrudescimento da resposta penal aos casos de violência nos estabelecimentos de ensino não vai eliminar esse problema, mas é um importante fator dissuasório, o qual, ao lado de outras medidas, pode contribuir para o enfrentamento dessa alarmante questão”, apontou o senador.

Autoridades

O texto também torna hediondos os mesmos crimes quando praticados contra autoridades ou agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares e também contra membro do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, ou oficial de Justiça, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente, inclusive por afinidade, até o terceiro grau, em razão dessa condição.

Dólar cai para R$ 5,53 após queda da inflação nos EUA

dólar Reuters/Mike Segar/Proibida reprodução

Em mais um dia de alívio no mercado financeiro global, o dólar voltou a fechar no menor valor desde o início de outubro. A bolsa de valores subiu pela segunda vez consecutiva e retomou os 137 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (11) vendido a R$ 5,538, com recuo de R$ 0,032 (-0,57%). A cotação chegou a R$ 5,58 nos primeiros minutos de negociação, mas passou a despencar após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 13, chegou a R$ 5,52.

No menor valor desde 8 de outubro do ano passado, a moeda norte-americana cai 3,18% apenas em junho. Em 2025, a divisa acumula queda de 10,4%, com o real tendo o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas neste ano.

O mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 137.128 pontos, com alta de 0,51%. O indicador foi impulsionado por ações de bancos privados e da Petrobras, que tiveram forte alta por causa da disparada do preço do petróleo.

Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) da petroleira subiram 2,93%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 3,33%.

Duas notícias dos Estados Unidos trouxeram alívio ao mercado global nesta quarta. A primeira foi uma postagem do presidente norte-americano, Donald Trump, de que o país concluiu as negociações comerciais com a China.

O acordo, que ainda precisa ser ratificado por Trump e pelo presidente chinês, Xi Jinping, prevê a retirada das restrições aos minerais raros chineses e o estabelecimento de tarifas de 55% para os produtos chineses importados pelos Estados Unidos, e de 10% para os produtos norte-americanos na China.

A segunda notícia positiva foi a queda da inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor ficou em 0,1% em maio, abaixo das expectativas. Isso aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a cortar os juros antes do previsto, favorecendo países emergentes, como o Brasil.

Em relação ao petróleo, as cotações subiram mais de 4% e atingiram o maior valor em dois meses com o agravamento das tensões no Oriente Médio. A possibilidade de os Estados Unidos evacuarem a embaixada no Iraque, o segundo maior produtor global de petróleo, e uma nova ameaça do Irã em atacar bases aéreas norte-americanas no Oriente Médio contribuíram para a valorização do petróleo.

Mega-Sena não tem acertador e prêmio acumula para R$ 90 milhões

22/06/2023 - Brasília - Mega-Sena, concurso da  Mega-Sena, jogos da  Mega-Sena, loteria da  Mega-Sena. -  Volantes da Mega Sena sendo preenchidos para apostas em casas lotéricas da Caixa. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo
© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/ARQUIVO

Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.874 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (10). O próximo sorteio será na quinta-feira (12) e pagará um prêmio de R$ 90 milhões.

Foram sorteadas as dezenas 04 – 05 – 09 – 17 – 49 – 53.

quina teve 133 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 29.299,33. Os 9.080 ganhadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 613,09.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Prefeitura de Caruaru comemora números positivos da Central Sustentabilidade

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, vem fazendo um trabalho importante junto à Associação de Catadores e ao Transforma Caruaru, com a Central da Sustentabilidade. Essa é uma ativação que existe desde 2023 dentro dos festejos juninos da cidade e tem ajudado quase 100 catadores, e também o meio ambiente, por meio da reciclagem.

Desde o último dia 31, quando tiveram início os festejos juninos na cidade, até o dia 8 de junho, mais de 10 toneladas de materiais foram recolhidos pela equipe, dentre latinhas, pet, vidro, plástico e alumínio. Só no último fim de semana, foram 8 toneladas desse tipo de material.

“A Central da Sustentabilidade é um case de sucesso da gestão Rodrigo Pinheiro. Primeiro, porque tem feito a diferença com relação à limpeza e depois pela quantidade de beneficiados por esse projeto. Antes, os catadores de recicláveis não tinham apoio e por vezes faziam um trabalho sem segurança. Agora, além de ter um ponto fixo, eles contam com jantar e são oficialmente vinculados ao projeto que não funciona sozinho. Existem as parcerias que têm ajudado no crescimento disso tudo, como o Recicla Solar e Aposta Ganha”, disse o Secretário de Serviços Públicos, Vital Florêncio.

A Central Sustentável, no Pátio de Eventos, funciona no Espaço Cultural, e no Alto do Mura fica ao lado do polo Mestre Vitalino.

Contrato de namoro: advogada explica prós e contras de documento que ganhou popularidade entre casais

Seja por questões afetivas ou para proteger o patrimônio, nos últimos anos, muitos casais aderiram a uma espécie de documento para determinar exatamente o que define e o que pode ser esperado da sua relação. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil (CNB), em 2023, 126 contratos de namoro foram registrados como recorde no país; e em 2024, o documento ficou em alta após o jogador Endrick, da Seleção Brasileira, revelar termo que cumpria com a namorada.

Cláusulas comuns versam sobre a data de início do relacionamento, obrigação de comemorar esta data e os respectivos aniversários, dizer ‘eu te amo’ todos os dias e a proibição de dormir sem conversar após uma briga. “Outras cláusulas mais específicas tratam de quantas vezes o casal deve ter relações sexuais por semana, quantas vezes por mês devem fazer algum programa especial a dois, ou ainda a possibilidade de indenização em caso de traição”, exemplifica a advogada Cintia de Fátima Silva, especialista em Direito de Família.

Além da área afetiva, esse tipo de contrato ganhou visibilidade porque formaliza os termos de uma relação amorosa entre duas pessoas que não tem intenção de constituir família, e assim, dividir patrimônio. “O objetivo é afastar a possibilidade de reconhecimento de uma união estável e, consequentemente, seus efeitos jurídicos, como partilha de bens e efeitos hereditários”, explica Cintia.

De acordo com a profissional, que é professora do curso de Direito da Estácio, a prática se popularizou na pandemia, que impôs uma convivência restrita e diária entre os casais, mas segue cada vez mais atual e comum – e aceito pelo Poder Judiciário.

“Quando celebrado por pessoas capazes e mediante instrumento adequado, o contrato poderá ser válido por atender os requisitos legais, prevalecendo para os envolvidos enquanto perdurar as características do namoro. Porém, se na análise do caso houver provas da intenção de constituir família, o contrato é passível de revogação, passando a ser aplicadas as regras que envolvem a união estável”.

Quando o namoro acaba

Visto com naturalidade por alguns casais, mas com estranhamento por outros, o documento pode ser bastante útil quando o relacionamento chega ao fim. “Quando o casal não define claramente o tipo de relação que vive, os atos de ambos, na prática, podem se confundir com o que se pensa da própria relação, ou seja: o casal pode agir como se fossem casados, numa aparente união estável, quando em verdade um deles, ou os dois, entende estar apenas num namoro”, alerta a jurista.

“Em caso de término, a aparência da convivência vivida pode ser levada à Justiça, e preencher os requisitos da união estável, sendo possível que o juiz determine eventual partilha de bens, pensão alimentícia, entre outros direitos inerentes a esse tipo de relação”.

Na união estável, de acordo com o Código Civil, valem as mesmas regras de um casamento com comunhão parcial de bens, quando os bens adquiridos durante a convivência são divididos em proporções iguais. Cintia explica que “quando essa intenção de formar uma família é caracterizada, têm-se os efeitos jurídicos inerentes ao Direito de Família. Assim, em caso de término, além da possibilidade de partilha de bens, pode haver pedido por pensão alimentícia, direitos sucessórios, etc. No contrato de namoro não há essas consequências jurídicas justamente porque as partes acordam que se trata de um simples namoro”, esclarece.

Como fazer um contrato de namoro

Para os casais interessados em aderir à prática, a advogada Cintia de Fátima Silva orienta que a cláusula mais importante é a de “inexistência de intenção de constituir família”. Outro ponto importante é que “o documento deve refletir a vontade genuína do casal, sem pressões, de forma que as cláusulas sejam confortáveis e justas para os dois lados”.

Pode-se também pensar em cláusulas específicas sobre os desejos e vontades de ambos, inclusive sobre as particularidades do casal que os dois sintam que seja importante definir. Entretanto, o contrato não pode ter cláusulas abusivas contra a dignidade humana, conforme esclarece a profissional. “Termos dessa natureza, além de serem nulos ou anuláveis, podem gerar obrigação de indenizar por danos morais, se ferir a honra, o corpo físico ou causar constrangimento excessivo às partes”, afirma.

Quanto às questões fiscais e patrimoniais, o contrato pode especificar que cada parte manterá seus bens separados. Se for redigido pelo casal, o contrato deve ter descrito com clareza os termos do relacionamento. Feito isso, as partes podem inserir as cláusulas que desejarem – desde que respeitem a dignidade humana e os limites pessoais de cada um. “É importante dialogar e listar o que cada um deseja, e o que seria bom fica acordado entre os dois de forma a evitar dúvidas ou problemas futuros”, aponta a profissional.

Apesar de não ser obrigatório, a especialista orienta o acompanhamento de um advogado para elaborar o documento. “Como se trata de um contrato particular, as partes podem exceder os limites da lei sem saber e, eventualmente, alguma cláusula pode ser invalidada, gerando dever de indenizar entre os envolvidos. Da mesma forma, não é obrigatório o registro do documento em cartório, embora desta forma o contrato de namoro seja a mais segura. O modo mais comum costuma ser um contrato feito entre as partes, onde cada um assina o documento e reconhece a firma dessa assinatura”, finaliza.