Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos

Usuários do transporte público usam máscara na plataforma e trem da Linha 9 Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, em Pinheiros.

O Ministério da Saúde divulgou neta quinta-feira (13) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, desde o início da pandemia, 22,8 milhões de casos confirmados da doença e 620,5 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 21,7 milhões (95,2% dos casos). 

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 97,9 mil casos e 174 mortes.

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 4,4 milhões de casos e 155,5 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (2,3 milhões de casos e 56,7 mil óbitos); Paraná (1,6 milhão casos e 40,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de casos e 36,5 mil óbitos).

Os menores números de casos e óbitos estão no Acre (89.244 e 1.844, respectivamente), Amapá (128.212 e 2.028) e Roraima (131.529 e 2.078)

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – 13/01/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Ômicron

A pasta também informou que foram registrados 503 casos de pessoas infectadas pela variante Ômicron, com incidência confirmada em 16 unidades da Federação, com Rio de Janeiro (133) e São Paulo (121) registrando o maior número de casos. Também foram registradas duas mortes, uma em Alagoas e outra em Goiás.

Há 796 casos e duas mortes pela nova variante em investigação.

Confirmado segundo caso de Candida auris em PE

Um cultivo do superfungo Candida auris feito pelo CDC norte-americano.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu a confirmação do segundo caso de Candida auris no país. O “superfungo” foi detectado em um paciente de um hospital em Pernambuco. É o segundo caso confirmado no hospital. Os dois pacientes, um homem de 38 anos e uma mulher de 70 anos, foram isolados no início do mês. No dia 3 de janeiro, a Anvisa foi notificada sobre os casos possíveis de Candida auris, agora confirmados.

De acordo com a Anvisa, o hospital onde os pacientes estão internados estabeleceu medidas de precaução e adotou ações para conter o surto. Além disso, a agência destacou que órgãos de saúde pública foram acionados e ações de vigilância, prevenção e controle foram intensificados.

A Anvisa trata o caso como o terceiro surto do superfungo no país. Segundo a agência, a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde. A agência destacou que o fungo significa uma ameaça à saúde global.

Candida Auris
O organismo é chamado de superfungo pela resistência que possui a antibióticos e outras formas de tratamento. De acordo com a Anvisa, o fungo também permanece no ambiente por longos períodos, que podem chegar a meses, e resiste a diversos tipos de desinfetantes.

Por essas razões, casos de infecções pelo fungo trazem risco de surto e demandam monitoramento e medidas de prevenção e controle para impedir a disseminação em outros pacientes.

Conforme nota de alerta da agência, o Candida auris “pode causar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades”.

Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) publicou um alerta epidemiológico em função dos relatos de surtos de Candida auris em serviços de saúde da América Latina, recomendando aos Estados-membros a adoção de medidas de prevenção e controle de surtos decorrentes deste patógeno.

No Brasil, o primeiro caso foi registrado em dezembro de 2020 na Bahia. O caso culminou em um surto com 15 casos, resultando em duas mortes. Já em dezembro de 2021, a Anvisa foi notificada de outro caso, também na Bahia, caracterizando o segundo surto.

Assassino de Robert F. Kennedy tem liberdade condicional negada

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse nesta quinta-feira que negou liberdade condicional a Sirhan Sirhan, o refugiado palestino que cumpre prisão perpétua pelo assassinato do candidato presidencial dos Estados Unidos Robert F. Kennedy em 1968.

Newsom fez o anúncio depois que um conselho de revisão da Califórnia recomendou em agosto que Sirhan fosse libertado da prisão, sujeito a revisão por um conselho legal e pelo próprio governador. Ele já havia tido a liberdade condicional negada por 15 vezes.

Descrevendo sua decisão em um artigo de opinião no Los Angeles Times, Newsom disse que não concordava com o Conselho de Audiências de Liberdade Condicional que considerou Sirhan, de 77 anos, adequado para liberdade condicional.

“Depois de analisar cuidadosamente o caso, incluindo registros nos Arquivos do Estado da Califórnia, determinei que Sirhan não desenvolveu a responsabilidade e a percepção necessárias para apoiar sua libertação segura na comunidade”, escreveu Newsom.

Sirhan foi condenado por matar Kennedy, de 42 anos, na despensa da cozinha do Ambassador Hotel em Los Angeles em 5 de junho de 1968.

O ataque ocorreu minutos depois que o senador e ex-secretário de Justiça dos EUA fez seu discurso de vitória nas primárias democratas da Califórnia. Kennedy morreu no dia seguinte.

Agência Brasil

Setor de serviços cresce 2,4% em novembro, após dois meses de queda

internet, computador

O setor de serviços cresceu 2,4% na passagem de outubro para novembro, após dois meses de taxas negativas, recuperando a perda acumulada de 2,2%. Com o resultado de novembro, o setor ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020, mas está 7,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. “Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas: março, devido à segunda onda de covid-19, e setembro e outubro, por conta de aumentos de preços em telecomunicações e passagens aéreas”, disse, em nota, o pesquisador.

Segundo o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas avançaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. Com isso, a atividade se coloca num patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020.

“Nessa atividade, sobressai o setor de tecnologia da informação, principalmente os segmentos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, disse Rodrigo Lobo.

O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7% de outubro para novembro, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. “Depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de Tecnologia da Informação, que fornecem serviços para outras empresas”, afirmou o gerente da pesquisa.

Transportes
De acordo com o IBGE, o segundo impacto positivo no índice do novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está num patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020. “Os destaques na área de transportes foram transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga”, informou Lobo.

Com alta de 2,8%, os serviços prestados às famílias representaram o terceiro impacto positivo no mês. “Esta é a oitava taxa positiva seguida, acumulando crescimento de 60,4%, mas ainda insuficiente para voltar ao patamar pré-pandemia. O segmento está operando em nível 11,8% abaixo de fevereiro de 2020”, explicou o pesquisador.

Por outro lado, com queda de 0,3%, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentam a quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%.

Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços entre outubro e novembro de 2021. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (4%), seguido por Rio de Janeiro (1,6%), Santa Catarina (3,7%) e Paraná (2,1%). Em contrapartida, o Mato Grosso do Sul (-4,0%) registrou a principal retração em termos regionais.

Atividades turísticas
O índice de atividades turísticas subiu 4,2% frente a outubro, sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. O segmento ainda se encontra 16,2% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

“Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, disse o pesquisador.

Dólar tem leve queda e continua no menor valor em dois meses

Em mais um dia de trégua no mercado financeiro, o dólar teve pequena queda e continuou no menor valor desde novembro. A bolsa de valores, que ontem (12) tinha zerado as perdas do ano, caiu após dois dias seguidos de alta.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (13) vendido a R$ 5,53, com queda de 0,1%. A cotação chegou a cair para R$ 5,50 na mínima do dia, por volta das 12h, mas operou perto da estabilidade durante a tarde, à medida que o otimismo no mercado internacional arrefecia.

Este foi o terceiro dia de recuo na moeda norte-americana. A divisa acumula queda de 0,83% nos primeiros dias deste ano.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa fechou aos 105.529 pontos, com queda de 0,15%. O indicador alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou com perdas, puxado por ações de mineradoras e siderúrgicas, afetadas pela queda no preço internacional do minério de ferro após notícias da China.

Hoje, a incorporadora chinesa Evergrande conseguiu adiar em seis meses o pagamento de títulos em moeda local. Apesar do fechamento do acordo com os credores, predominaram os temores de que outras incorporadoras imobiliárias chinesas, também em dificuldades financeiras, não consigam renegociar as dívidas.

A China é o principal comprador de commodities (bens primários com cotação internacional) do Brasil. A crise no mercado imobiliário tem provocado a desaceleração da economia do país, o que se reflete em quedas na cotação do minério de ferro.

Em relação aos Estados Unidos, o mercado financeiro internacional reagiu bem à divulgação de que a inflação ao produtor da maior economia do planeta caiu de 1% em novembro para 0,2% em dezembro. Os números estão em linha com as expectativas do mercado, reduzindo as pressões para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) antecipe o aumento de juros ou o fim da compra de títulos em vigor desde o início da pandemia de covid-19.

No entanto, as ações de empresas de tecnologia nos Estados Unidos tiveram queda generalizada durante a tarde, reduzindo o clima de tranquilidade no mercado internacional e pressionando o dólar e a bolsa no Brasil.

Tumor cerebral: técnica cirúrgica com paciente acordado ajuda a preservar área cognitiva

“Sempre fui fã de Grey’s Anatomy, mas nunca imaginei passar por uma cirurgia acordada. Foi muita adrenalina”. Com bom humor, Camila Rodrigues, 25 anos, relata sua experiência para retirada de um tumor no cérebro, comparando o seu caso com a série norte-americana. O procedimento realizado no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), foi o segundo ao qual foi submetida a auxiliar administrativa que diz lembrar apenas de “alguns flashes” do que se passava no centro cirúrgico.

Camila descobriu o tumor no cérebro após uma convulsão, em 2017. Assustada, procurou vários especialistas até descobrir que o tratamento indicado era cirúrgico. “Quando fiquei sabendo que medicação não ajudava no meu caso, foi bem difícil. Passei então pelo procedimento tradicional, e precisei de quatro meses para voltar a falar normalmente. Este ano, durante consulta de acompanhamento, descobri que precisaria de nova cirurgia e foi assustador. Não queria aceitar, mas resolvi encará-la com otimismo para que o tumor não piorasse ainda mais”, conta.

O neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo foi o cirurgião responsável pelos dois procedimentos da Camila. Ele explica que o complicador do tumor em casos como o da jovem é a posição, no lobo temporal esquerdo – responsável pela linguagem – por isso, a cirurgia acordada é a melhor opção.

Procedimento

Nesses casos, o paciente é sedado e dorme na primeira parte da cirurgia, enquanto é realizada a incisão e a abertura do osso do crânio. Após essa etapa, a medicação é diminuída e ele é despertado. “Estar acordado em casos assim é importante para preservarmos a parte cognitiva. São mostradas para o paciente algumas imagens usando um tablet, e feitas algumas perguntas relacionadas aos nomes dos objetos, ao mesmo tempo que fazemos estimulações elétricas para ver se existem implicações que possam causar algum tipo de sequela na função da linguagem”, explica o médico. “Quando a Camila realizou a cirurgia pela primeira vez, a gente ainda não tinha a tecnologia que dispomos hoje, que é fazer o procedimento com o paciente acordado. Já usei algumas vezes essa técnica e, embora possa parecer traumática, pacientes relatam que a experiência é tranquila”, complementa.

A cirurgia para retirada do tumor da auxiliar administrativa durou cerca de 6 horas e, em menos de uma semana, ela já estava se recuperando em casa. A jovem conta que lembra apenas de algumas imagens mostradas no centro cirúrgico. “Na primeira cirurgia, tive problemas com a fala e dessa vez foi bem mais tranquilo. Agora vou fazer radioterapia e quimioterapia para que esse tumor não volte mais”, conta. “Assim que passar essa fase, quero voltar a trabalhar e ter uma vida normal, como a de todo mundo”.

Veja como funcionará a vacinação de crianças

A imunização de crianças de 5 a 11 anos será feita por faixa etária, com prioridade para os que têm comorbidades ou sejam portadores de deficiência permanente.

De acordo com a atualização do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, o intervalo entre as duas doses deve ser de oito semanas. Os pais devem estar presentes na imunização dos filhos e se isso não for possível, a aplicação deve ser autorizada em termo de consentimento assinado por eles.

Segundo o ministério, as doses serão distribuídas de forma proporcional aos estados e ao Distrito Federal, de acordo com a população-alvo. As doses começam a ir para os estados amanhã (14). Até o início da próxima semana, as entregas do primeiro lote de 1,2 milhão de doses, que chegou na madrugada de hoje (13) ao Brasil, devem estar concluídas.

Cada estado vai divulgar a data de início da vacinação. Cabe às secretarias estaduais de Saúde a distribuição das doses para os municípios. Como cada região tem realidade logística diferente, a definição do cronograma fica por conta dos gestores estaduais e municipais.

Recomendações
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, no início do mês, uma série de recomendações sobre a vacinação infantil. A agência sugere que a imunização ocorra em sala separada da de adultos e que a vacina não seja administrada no mesmo período de outras do calendário. Por precaução, é recomendado intervalo de 15 dias.

A Anvisa também recomenda que seja evitada a vacinação de crianças no esquema drive-thru (dentro do carro); que elas fiquem em observação no local por 20 minutos após receber a dose; e que os profissionais de saúde informem os pais sobre possíveis efeitos adversos do imunizante, como dor, inchaço no local da aplicação e febre.

O governo brasileiro encomendou 20 milhões de doses de vacina, todas da farmacêutica Pfizer. A dose para crianças será diferente da aplicada em pessoas a partir de 12 anos. Os frascos terão cores distintas para evitar erros na aplicação. A embalagem do imunizante para crianças tem a cor laranja e para adultos, roxa.

Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças

Pfizer Covid vacina para Crianças

Chegaram ao Brasil, às 4h45 desta quinta-feira (13), as primeiras vacinas contra covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. Remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo).

O lote será distribuído a estados e municípios para iniciar a aplicação. A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país.

Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo de 20,5 milhões de crianças. Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões.

Na semana passada, o ministério anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo a pasta, a criança deve ir aos postos de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levar uma autorização por escrito. O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações.

A distribuição será feita na seguinte proporção (confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado):

Região Centro-Oeste (8,17%)

Distrito Federal – 1,30%

Goiás – 3,55%

Mato Grosso do Sul – 1,47%

Mato Grosso – 1,85%

Região Sudeste (39,18%)

Espírito Santo – 1,93%

Minas Gerais – 9,02%

Rio de Janeiro – 7,49%

São Paulo – 20,73%

Região Sul (13,17%)

Paraná – 5,25%

Rio Grande do Sul – 4,73%

Santa Catarina – 3,19%

Região Nordeste (28,43%)

Alagoas – 1,77%

Bahia – 7,07%

Ceará – 4,42%

Maranhão – 4,02%

Paraíba – 1,89%

Pernambuco – 4,80%

Piauí – 1,62%

Rio Grande do Norte – 1,67%

Sergipe – 1,17%

Região Norte (11,05%)

Acre – 0,57%

Amazonas – 2,77%

Amapá – 0,55%

Pará – 4,99%

Rondônia – 0,93%

Roraima – 0,38%

Tocantins – 0,86%

Estados voltam a ter medidas restritivas com aumento de casos de covid

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Diversos estados passaram a retomar ou adotar novas medidas de restrição para aglomerações ou para a realização de determinadas atividades diante do aumento dos casos de covid-19 puxado pela disseminação da variante Ômicron.

As novas regras restritivas alteram o cenário de flexibilização que ganhou força a partir do último trimestre do ano passado, quando limitações para eventos maiores e atividades com maior risco de contaminação passaram a ser admitidas em todo o país.

Confira como está a situação dos estados:

Piauí

No Piauí segue vigente decreto Nº 20.439, publicado em 28 de dezembro de 2021, que fixa restrição e horário até as 18 h para comércios e até as 22 h para shoppings centers. Mercados e congêneres (mercearias, padarias etc..) podem operar até as 24 h, desde que não permitam a entrada de novos clientes depois desse horário.

A norma estipula regras para atividades em locais públicos abertos, como parques, praças e praias. Eventos abertos, teatros e cinemas podem funcionar com 50% da capacidade de público e eventos semiabertos, com até 500 pessoas.

Foi definida a exigência de comprovante de vacinação para boates, casas de espetáculos, festas, eventos, academias de ginástica, estádios, cinemas, teatros, museus, conferências, galerias e parques de diversão.

Pernambuco

A partir de sexta-feira (14) passam a valer novas regras, válidas inicialmente até o dia 31 de janeiro. Em estabelecimentos de alimentação como restaurantes e bares será exigido passaporte vacinal com duas doses para pessoas de até 54 anos e com dose de reforço para pessoas com 55 anos ou mais. As mesas não podem ter mais de 20 pessoas.

A exigência de comprovação de vacinação também valerá para teatros, cinemas e museus, além da orientação de distanciamento mínimo de 1 metro. Caso o local ou evento contenham mais de 300 pessoas passa a ser requisito também o exame negativo, sendo de 24 h antes para antígeno e de 72 horas para PCR.

Foram estabelecidos limites para público de 3 mil em locais abertos e 1 mil em locais fechados ou 50% da capacidade do estabelecimento. As cidades de Olinda e Recife anunciaram o cancelamento dos carnavais deste ano.

Agência Brasil 30 Anos - Desfile do Homem da meia-noite no Carnaval do Olinda
As cidades de Olinda e Recife anunciaram o cancelamento dos carnavais deste ano – Antonio Cruz/Agência Brasil

Bahia

O governo anunciou nesta semana o limite de 3 mil pessoas para eventos, incluindo jogos de futebol. Também deve ser respeitada a restrição de uso de metade da capacidade de cada local. Para eventos já são exigidos o passaporte vacinal e o uso obrigatório de máscara.

O requisito da comprovação de vacinação para entrar foi definido também para acesso a bares e restaurantes. Segue obrigatória nesses estabelecimentos o uso de máscaras de proteção facial. O governo do estado também anunciou o cancelamento do carnaval de 2022.

Ceará

Na semana passada foi publicado decreto fixando novas regras para encontros. Eventos em geral foram restringidos para o limite de 500 pessoas em situações abertas e 250 pessoas em locais fechados. As exigências valerão por pelo menos 30 dias a contar de 6 de janeiro.

Os festejos de carnaval também foram cancelados no estado.

Máscara
Governo do Maranhão tornou obrigatório uso de máscaras em locais fechados – Raquel Portugal/FioCruz

Maranhão

O governo do Maranhão editou decreto retomando a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. A regra já existia, mas apenas para os municípios que tivessem menos de 70% da população completamente vacinada.

Amazonas

O governo editou novo decreto segundo o qual ficou proibida a realização de eventos com venda de ingressos. Os encontros privados, como casamentos, aniversários e outros tipos de encontro, ficam limitados a 50% da capacidade do local e a 200 pessoas.

As multas pelo descumprimento das novas obrigações poderão variar de R$ 50 mil a R$ 500 mil.

Amapá

O governo do Amapá editou decreto (Nº 4 de 2022) prorrogando medidas de restrição visando combater a circulação do coronavírus. Eventos em boates e casas de shows devem seguir protocolos como respeito a 50% da capacidade dos locais, exigência de passaporte vacinal e mesas a pelo menos 1 metro de distância.

Eventos esportivos em estádios, ginásios e locais semelhantes devem também respeitar o limite de 50% da capacidade, além de exigir o uso de máscaras.

Eventos sociais em ambientes fechados ou mistos também devem seguir essa limitação, além de poder ocorrer somente no intervalo das 7 h às 2 h. Eventos corporativos também devem ficar restritos à metade da capacidade, com horário das 7 h às 3 h. As mesas devem guardar pelo menos 1 metro de distância entre cada uma.

Bares também precisam respeitar o distanciamento mínimo de 1 metro e de mesas com no máximo seis cadeiras. Igrejas e templos religiosos podem abrir, desde que assegurem distância de pelo menos 1 metro entre cada pessoa.

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Governo de São Paulo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos – Staff Images/Conmebol/Direitos Reservados

São Paulo

Em São Paulo, o governo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos, como jogos de futebol. Nos demais eventos, a redução da capacidade nessa proporção foi definida como orientação a ser avaliada individualmente pelas prefeituras.

O carnaval da capital paulistano em 2022 também foi cancelado pela prefeitura.

Distrito Federal

Em decreto publicado na quarta-feira (12), o governo do Distrito Federal proibiu eventos com cobranças de ingressos, incluindo shows, festivais e encontros realizados em casas de festas ou estabelecimentos parecidos.

O DF já havia anunciado o cancelamento do carnaval este ano por conta do risco associado à variante Ômicron. A decisão proibiu também eventos públicos ou privados associados à folia, como desfiles de escola de samba e blocos de carnaval.

Pesquisa revela crise no mercado musical gerada pela covid-19

A segunda edição da pesquisa Músicos/as & Pandemia, realizada pela União Brasileira de Compositores (UBC) em parceria com o cRio, laboratório de ideias da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), mostra que 89% dos músicos tiveram perdas em função da pandemia da covid-19, em 2021, e 50% dos trabalhadores do setor perderam toda a sua renda. O cenário sinalizado é de crise continuada.

O levantamento ouviu cerca de 611 músicos associados ou não à UBC e 37 empresas ligadas ao setor de eventos de todos os estados do país, em dezembro último. Entre os artistas, 89% afirmaram que passaram a ganhar menos dinheiro durante a pandemia, alta de 3 pontos percentuais em relação a 2020, quando 86% afirmaram terem sofrido perdas. “A gente percebe exatamente isso, que a pandemia continua afetando o setor da música”, disse hoje (12) à Agência Brasil a coordenadora de Comunicação da UBC, Mila Ventura.

A maior parte dos profissionais ouvidos é formada por homens (84%), contra 15% de mulheres. Em sua maioria, os entrevistados estão na faixa etária de 31 a 50 anos (57%), têm ensino médio (32%) ou superior (27%) e estão distribuídos no Rio de Janeiro (26%), São Paulo (19%), Bahia (11%), Minas Gerais e Rio Grande do Sul (9% cada) e Pernambuco (6%). Os demais estados englobam outros 19%.

De acordo com a UBC, autores, instrumentistas, cantores e produtores são os profissionais mais comuns da cadeia produtiva. A faixa de renda mínima que eles disseram necessitar para se manter varia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por mês, embora 19% tenham afirmado que precisam arrecadar mais de R$ 5 mil mensalmente, para poderem sobreviver. Entre todos os entrevistados, 46% trabalham unicamente com a música.

Índice anual

A intenção da UBC é criar um índice anualizado para o setor, para sentir o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado, ao longo do tempo. O diretor-executivo da UBC, Marcelo Castello Branco, destacou a importância dos levantamento dos dados e como eles podem nortear a atuação não só da entidade, mas de toda a indústria. “Eles são vitais ferramentas de trabalho para nossas previsões e estimativas. A inteligência de negócios nos ajuda a enfrentar e desafiar estes dias que manual de sobrevivência nenhum especulou”, destacou Castello Branco.

Além dos artistas, a crise atingiu os mais diversos elos da cadeia produtiva do setor. Entre as empresas ouvidas pela pesquisa, 33% tiveram que diminuir os salários dos colaboradores desde que se iniciou o isolamento social, e somente 40% não precisaram demitir funcionários nesse período.

Entre os artistas que tiveram suas receitas totalmente interrompidas devido à covid-19, 50% afirmaram ter perdido 100% do que ganhavam com música antes da pandemia, 25% dos entrevistados perderam até 50% e os 25% restantes tiveram queda de até 80% dos rendimentos.

Apesar da queda brutal de receita, a esperança em dias melhores permaneceu existindo entre os músicos brasileiros: 53% dos entrevistados manifestaram que pretendem continuar trabalhando apenas com música, embora diversificando suas atuações nesse mercado; 30% seguirão se dedicando à carreira da mesma maneira; 3% pretendem seguir no mercado, mas diminuir a atuação com música e focar em outra profissão complementar; e 2% pretendem deixar de trabalhar com música.

O levantamento revela ainda que 46% dos entrevistados têm sua renda totalmente proveniente da música, enquanto 18% já começaram a procurar outras atividades por causa da pandemia, e 35% afirmaram que já tinham outros trabalhos anteriormente.“O que a gente percebe é que tem um percentual da galera que migrou para outros pontos da própria música. Começou a produzir mais. Essa movimentação é bastante interessante. As pessoas começaram a aprender e a mexer em outros setores, além da parte da composição e shows ao vivo, e migraram para outras outras áreas da música para fazer sua renda acontecer”, analisou Mila Ventura.

Resiliência

Em relação ao baixo percentual (2%) dos profissionais que pretendem deixar de trabalhar com música, a análise de Mila é que isso reflete a resiliência e o amor à profissão dos entrevistados. “Quem trabalha com música é com muita paixão e entende que essa é a única maneira de se expressar para o mundo”.

A maioria dos consultados confia no retorno positivo das plateias nas apresentações ao vivo: 39% acham que os eventos terão grande adesão de público devido à demanda reprimida do isolamento social; 34% acreditam que shows e eventos terão adesão controlada, seguindo os protocolos das agências sanitárias; e 11% afirmaram que apresentações ao vivo terão baixa adesão de público devido ao medo de novas variantes.

Mila Ventura chamou a atenção que as informações para a pesquisa foram coletadas em dezembro, quando não se tinha a visão de crescimento da variante Ômicron e ainda havia uma perspectiva mais favorável do que hoje. “Os resultados são negativos, mas ainda não se tinha a visão que temos hoje de crescimento da Ômicron, cancelamento do carnaval de rua e de eventos previstos para janeiro e fevereiro. Eu acho que seria ainda pior se a gente repetisse a pesquisa hoje”, comentou a coordenadora de Comunicação da UBC. “Os impactos seriam maiores, porque já têm muitos shows cancelados. Eu vislumbro uma perda ainda maior, com a quantidade de shows e de eventos cancelados”.

A União Brasileira de Compositores (UBC) foi fundada em 1942. É uma associação sem fins lucrativos, dirigida por autores, cujo objetivo principal é a defesa e a promoção dos interesses dos titulares de direitos autorais de músicas e a distribuição dos rendimentos gerados pela sua utilização, bem como o desenvolvimento cultural. A entidade representa mais de 40 mil associados, entre autores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras.