Para a presidente do TSE, não se pode realizar eleições transparentes sem a imprensa livre e independente

Ministra Cármen Lúcia participa da Abertura da Reunião do Conselho Superior da ABERT - 27.08.202...

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, reafirmou, nesta terça-feira (27), seu posicionamento em defesa da atuação da imprensa livre para a efetiva democracia. Ela participou da mesa de abertura da Reunião do Conselho Superior da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), em Brasília (DF), e falou para um público de gestoras e gestores da comunicação de diferentes regiões do Brasil, destacando a importância, para o período eleitoral, da imprensa livre e comprometida com a verdade.

“A nossa Constituição de 88 garante o direito à informação, que é o direito de informar e de ser informado, conquistado depois de um período de mordaça – a ditadura –, quando não havia a informação livre”, lembrou a ministra.

“Hoje, temos o direito garantido, mas temos também a desinformação, que compromete a liberdade de escolha da eleitora e do eleitor e, por isso, a imprensa livre e independente não ajuda somente a informar. Eu não vejo como realizarmos um processo eleitoral seguro, transparente e íntegro sem essa imprensa”, ressaltou Cármen Lúcia.

A liberdade de expressão também foi abordada pela presidente do TSE. Segundo ela, é preciso distinguir o que é expressão como manifestação da liberdade e o que é expressão como prática criminosa.

“Cada um vai escolher o candidato que quiser, do jeito que quiser. O que não pode é a liberdade de expressão ser capturada por quem manipula [os fatos] e, a partir disso, a desinformação e a mentira conduzirem a escolha da pessoa que acha que está fazendo a sua escolha informada, mas sem estar. Isso tem consequência na vida de um povo”, ponderou.

Voto: momento de liberdade soberana 

A presidente do TSE também destacou que depositar o voto nas urnas é momento de liberdade soberana da cidadã e do cidadão, quando se tem o direito de votar em qualquer um dos candidatos em que se queira e que tenha sido validado pela Justiça Eleitoral para participar das eleições.

“Nesses dias que faltam até as eleições, eu tenho certeza de que a parceria do TSE com a imprensa vai apenas se estreitar. Eu confio na imprensa, e há no Brasil uma imprensa que é exemplar. É esta [imprensa] que queremos ver florescer, para fazer florescer a árvore da democracia”, completou.

Apreço pelo rádio 

A reunião dos integrantes do Conselho Superior da Abert ocorre anualmente, quando costumam receber ao menos uma autoridade de um dos três poderes para uma declaração que possa pautar conversas de interesse do grupo.

Ao dialogar com o público ali presente, a ministra também falou do seu apreço pelo rádio desde a infância, hábito ensinado pelo pai. “Eu escuto rádio até hoje. E, agora, descobri que há podcast, então eu me informo também por esse meio”, disse.

STF realiza nesta quarta (28) segunda audiência de conciliação sobre Lei do Marco Temporal

Indígenas durante a sessão plenária do STF realizada no dia 12 de junho de 2024Foto: Andressa Anholete/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quarta-feira (28) a segunda audiência de conciliação para tratar de cinco ações que discutem a constitucionalidade da Lei do Marco Temporal (Lei 14.701/2023) para demarcação de terras indígenas.

Com início às 13h, a audiência é aberta ao público, com espaço sujeito à lotação, e será realizada de forma híbrida (presencial e virtual) na Segunda Turma do STF.

Integrantes dos governos federal, estadual e municipal, além de representantes da sociedade civil e da população indígena, compõem a comissão especial. Observadores inscritos e assessores técnicos também poderão acompanhar as discussões.

A audiência pode ser acompanhada virtualmente neste link, com a senha 368157.

Audiências de conciliação

O objetivo das audiências é buscar uma solução consensual sobre medidas e propostas que garantam os direitos dos povos originários, respeitando sempre a sua pluralidade de valores e costumes, e da população não indígena, de forma a garantir uma coesão institucional em torno de pontos mínimos que assegurem proteção e segurança jurídica a todos.

Os argumentos de todos os integrantes serão considerados no material a ser elaborado pela comissão, ressaltando, inclusive, propostas em que não se tenha chegado a um consenso e eventuais posições divergentes sobre temas discutidos nas audiências.

Os encaminhamentos feitos após o fim do ciclo de audiências serão levados aos 11 ministros do Supremo, que podem considerá-los durante o julgamento de mérito das cinco ações. Pedidos feitos nos autos do processo relativos ao mérito serão avaliados pelo relator.

Entenda aqui como será a atuação da comissão e seus integrantes.

Marco Temporal

Segundo a tese do marco temporal, os povos indígenas teriam direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam na data de promulgação da Constituição de 1988. Em setembro de 2023, o STF decidiu que a data não pode ser utilizada para definir a ocupação tradicional da terra pelas comunidades indígenas.

Em dezembro, antes de a decisão do STF ser publicada, o Congresso Nacional editou a Lei 14.701/2023 e restabeleceu o marco temporal. Desde então, foram apresentadas quatro ações questionando a validade da lei (ADI 7582ADI 7583ADI 7586 e ADO 86) e uma pedindo que o STF declare sua constitucionalidade (ADC 87).

Lessa diz que réus do caso Marielle são de “alta periculosidade”

Rio de janeiro 24-03-2024. Marielle Franco. Reprodução Mídias Socias.

O ex-policial militar Ronnie Lessa disse nesta terça-feira (27) que os réus acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, são “pessoas de alta periculosidade”.

Réu confesso da execução dos homicídios e um dos delatores na investigação, Lessa prestou depoimento virtual na ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que vai decidir se os irmãos Brazão e outros acusados serão condenados por atuarem como mandantes do crime.

O ex-policial está preso na penitenciária do Tremembé, em São Paulo, e prestou depoimento por videoconfrência ao juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Ele foi arrolado pela acusação, que é feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

No processo, são réus o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem Partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos.

No início do depoimento, a defesa de Lessa pediu que o depoimento não fosse acompanhado pelos irmãos Brazão. Segundo os advogados, o ex-policial quer manter o sigilo de suas falas por estar na condição de delator.

“Não estamos lidando com pessoas comuns, são pessoas de alta periculosidade, assim como eu fui”, afirmou.

Ronnie Lessa também afirmou que ouviu dos irmãos Brazão que Marielle era “uma pedra no caminho” dos negócios de loteamento ilegal na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A conversa teria ocorrido na primeira reunião na qual Lessa recebeu o pedido para matar a vereadora.

De acordo com ex-policial, os acusados comentaram:  “Ela [Marielle] vai arrumar problema, vai combater os condomínios. Vai piorar quando souber que é nosso”, teriam dito os irmãos.

O delator também afirmou que Domingos e Chiquinho Brazão tinham influência na Polícia Civil do Rio e falavam que tinham a “polícia na mão”.

Segundo ele, eles demonstravam “respeito” ao citar o nome de Rivaldo Barbosa, que também é réu no processo e acusado de planejar o crime e dificultar as investigações.

“Eles falavam de Rivaldo Barbosa, demonstravam muito respeito pelo Rivaldo. Uma coisa diferenciada”, completou.

Ganância

Em outro momento do depoimento, Lessa se emocionou ao lembrar que foi quase foi morto durante um assalto no Rio. O ex-policial disse que levou um tiro de raspão no pescoço quando os ladrões levaram o relógio Bulova que portava.

Ronnie Lessa também demonstrou arrependimento do crime e disse que aceitou realizar o assassinato por “ganância”.  Em depoimento de delação, ele afirmou que os irmãos Brazão teriam prometido vantagens ao encomendarem a morte da vereadora, como dois terrenos que teriam valor de R$ 25 milhões.

“Eu estou aqui, arrependido. Não precisava disso, foi ganância. Estou vivo, sou testemunha viva do que aconteceu. Me deixei levar. Vou pagar o que devo. Meu arrependimento bateu no mesmo dia”, afirmou.

O depoimento foi suspenso por volta das 19h10 e será retomado amanhã (28).

Cerca de 70 testemunhas devem depor na ação penal. Os depoimentos dos réus serão realizados somente no fim do processo.

Projetos que limitam ação do STF avançam na Câmara dos Deputados

Brasília (DF) 27/08/2024  Reunião da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC 28/2024) que permite ao Congresso suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto Lula Marques/ Agência Brasil

As propostas que facilitam o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); limitam as decisões monocráticas do Supremo e permitem ao Parlamento suspender decisões da Corte avançaram nesta terça-feira (27) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Outra proposta que avançou foi a que inclui a “usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo no rol dos crimes de responsabilidade dos ministros do STF”. As quatro propostas foram lidas com votos favoráveis dos respectivos relatores.

Em seguida, pedidos de vista adiaram as votações para uma próxima sessão. Todos os pedidos para retirar as propostas de pauta foram rejeitados por maioria da Comissão, que decidiu manter a tramitação dos projetos.

Essas propostas foram pautadas na CCJ após o STF suspender o pagamento das emendas parlamentares. Deputados críticos às mudanças alegam que o andamento da proposta é uma reação à suspensão dos recursos.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2024, por exemplo, autoriza que o Congresso Nacional suspenda o efeito de decisões do STF – com o voto de dois terços de cada uma das Casas – se “considerar que a decisão exorbita do adequado exercício da função jurisdicional e inova o ordenamento jurídico como norma geral e abstrata”.

A PEC 8/2023, por sua vez, limita o alcance das decisões monocráticas dos ministros do STF, que são aquelas tomadas por um único ministro. A PEC proíbe que esse tipo de decisão suspenda a eficácia de lei ou de atos dos presidentes do Executivo e do Legislativo.

Impeachment

O Projeto de Lei 568/2022, que obriga que pedidos de impeachment rejeitados pelos presidentes da Câmara ou do Senado sejam submetidos ao plenário das Casas, também avançou na CCJ nesta terça-feira.

Atualmente, quem tem o poder de fazer avançar pedidos de impeachment contra presidente da República é o presidente da Câmara e, no caso dos ministros do STF, é o presidente do Senado. Caso eles não aceitem os pedidos, a denúncia não precisa passar pelos plenários da Casa.

Parlamentares e partidos críticos à atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito das investigações contra o 8 de janeiro de 2023, têm pedido o impeachment do magistrado, o que não tem sido aceito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG).

Esse projeto ainda cria o crime de responsabilidade para o ministro do STF que manifestar, fora dos autos do processo, opiniões “sobre processos pendentes de julgamento, seja o seu ou de terceiros, ou emitir juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de outros órgãos judiciais, ou ainda sobre as atividades dos outros Poderes da República”.

Ativismo judiciário

Por último, foi lido o parecer favorável ao Projeto de Lei 4.754/2016, que inclui, entre os crimes de responsabilidade para ministros do STF, a suposta usurpação pelo Supremo das competência dos demais poderes.

“O ativismo judicial manifestado pelo Poder Judiciário em período recente de nossa história tem levado o Supremo Tribunal Federal (STF) a ultrapassar os limites de suas atribuições constitucionais”, argumentou o relator da matéria, deputado Alfredo Gaspar (União/AL).

Debate

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) defendeu que o Legislativo tentar ser um poder moderador por cima do Judiciário, ferindo a independência e a harmonia entre os Poderes.

“O que se pretende aqui é estabelecer mecanismos para que o Poder Legislativo fira decisões do Poder Judiciário. Isso é usurpar a competência do Poder Judiciário. Portanto, é um erro da Câmara dos Deputados, uma atitude revanchista contra o STF. Isso é ferir a Constituição e impor um poder moderador que nunca foi previsto na atual Carta Constitucional”, argumenta.

Em contraponto, a deputada federal Bia Kicis (PL/DF) argumenta que os projetos são uma espécie de “freio de arrumação” entre os Poderes da União.

“Não somos nós que queremos usurpar a atribuição do Supremo. [O STF] está todos os dias usurpando as nossas atribuições e desrespeitando essa Casa. Então isso aqui é apenas um freio de arrumação, é para voltar a haver harmonia entre os Poderes e para que a gente zele pelas nossas atribuições como determina a Constituição Federal”, destacou.

O deputado Patrus Ananias (PT/MG) argumentou que esse pacote de projetos de lei é uma reação a decisão do STF de suspender o pagamento das emendas parlamentares para que elas sejam transparentes, tenham rastreabilidade e eficiência no gasto público.

“Esse ressentimento contra o STF está relacionado com as emendas parlamentares. Com as emendas obscuras, com esses recursos enormes. O STF está pedindo para que esses recursos sejam melhor explicitado. É fundamental que as pessoas que mantenham esse país que elas saibam de onde vem e para onde vai o dinheiro público”, afirmou

O deputado federal Alfredo Gaspar negou que o projeto que ele relata seja uma retaliação ao STF. “A Lei que nós estamos analisando tem 74 anos. Imagine as omissões constantes nelas. Portanto, não há perseguição, não há nada contra o STF. Há apenas a modificação de episódios que precisam estar inseridas na legislação para que possamos ter garantias legais de um Judiciário isento, correto e decente”, comentou.

Leo Bulhões Lança videoclipe do jingle de campanha para vereador e reforça conexão com a comunidade

Nessa segunda-feira (26), o candidato a vereador de Caruaru, Leo Bulhões, surpreendeu a todos com o lançamento do videoclipe oficial do jingle de sua campanha. A música, criada e interpretada pelo talentoso artista local Erisson Porto, é mais do que uma simples propaganda; é uma celebração da conexão entre o candidato e a comunidade que ele representa.

O videoclipe, que já está disponível em todas as redes sociais de Leo Bulhões, foi filmado no emblemático Morro Bom Jesus e traz uma mensagem de esperança e mobilização. A escolha do local não foi por acaso; o Morro Bom Jesus simboliza a força e a resiliência da comunidade caruaruense e também tem um significado pessoal para a família de Leo. Além disso, o clipe conta com a participação de diversos apoiadores e artistas locais, que se uniram para mostrar o amplo apoio à candidatura do presidente do PT.

A produção do propaganda musical não só destaca o apoio da Senadora Teresa Leitão, mas também sublinha a experiência e a trajetória de Leo Bulhões como um gestor premiado e um verdadeiro representante dos trabalhadores e trabalhadoras. Com imagens vibrantes e uma trilha sonora envolvente, o clipe é uma poderosa ferramenta para fortalecer a presença de Leo Bulhões na corrida eleitoral e engajar os eleitores de Caruaru, visando aumentar a visibilidade da candidatura e estimular o eleitorado local a se unir em torno das propostas inovadoras e comprometidas de Leo para o município.

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (27) a parcela de agosto do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 681,09. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcança 20,76 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,12 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção

Cerca de 2,74 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,04.

Brasília (DF) 19/11/2024 - Arte calendário Bolsa Família Agosto 2024
Arte Agência Brasil

 

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta terça-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 7. O valor foi mantido em R$ 102 neste mês.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,6 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como aquelas vítimas de violência doméstica.

Eleições 2024: eleitores jovens aumentam 78% em relação a 2020

Eleitores do Rio de Janeiro votam no maior colégio eleitoral da capital, Expo Mag, na Cidade Nova, região central da cidade

O número de jovens de 16 e 17 anos que fizeram o cadastro eleitoral e estão aptos a votar nas eleições municipais de outubro saltou 78% em comparação com o pleito municipal anterior, de 2020. Agora, há 1.836.081 eleitores nessa faixa etária, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nas eleições municipais de 2020, haviam se alistado 1.030.563 eleitores adolescentes, que não têm a obrigação de votar. No Brasil, o voto é obrigatório somente entre os 18 e os 70 anos, conforme a Constituição. O crescimento dessa faixa etária superou em muito o do eleitorado em geral, que subiu 5,4% de um pleito municipal a outro.

Com isso, eles agora chegam a 1,17% de todo o eleitorado brasileiro, que soma mais de 155,9 milhões de votantes. A faixa etária com maior eleitorado é a de 45 a 59 anos, que soma 38.883.736 eleitores.

Nas eleições gerais de 2022, os adolescentes haviam comparecido em número ainda maior, com o alistamento 2,1 milhões (51,13% acima de 2018). O TSE, contudo, evita fazer a comparação entre os dois tipos de eleição, pois há localidades que não participam das eleições municipais, como é o caso de Brasília, Fernando de Noronha e das seções eleitorais no exterior.

Já na outra ponta do eleitorado, 15,2 milhões de eleitores acima dos 70 anos estão aptos a votar neste ano, 9,76% do eleitorado total. O número é 23% maior que em 2020, quando eram 12,3 milhões. Somando-se aos jovens, totalizam 20,5 milhões de brasileiras e brasileiros que podem escolher se votarão nas eleições de 2024.

Perfil

Em todas as faixas etárias, as mulheres são maioria, refletindo o que já ocorre na pirâmide etária da população em geral. Geograficamente, elas são a maioria dos votantes em 3.432 municípios, dos 5.569 que participam das eleições neste ano, ou seis em cada dez. A maior proporção é em Maceió, onde elas são 55,3% dos eleitores. Uma curiosidade é que em 11 cidades há exatamente o mesmo número de homens e mulheres votantes.

Neste ano, 28.769 pessoas não informaram o sexo. Ao mesmo tempo, quadruplicaram aquelas que adotaram o nome social no título de eleitor, na comparação entre eleições municipais. Elas agora somam 41.537 pessoas, ante 9.985 em 2020.

Também aumentou acima do ritmo do eleitorado em geral o número de eleitores que declaram algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, de 1.157.619 em 2020 para 1.451.846 neste ano, alta de 25%.

Das 500.183 seções eleitorais espalhadas pelo país, a Justiça Eleitoral separou 180.191 para contarem com recursos de acessibilidade. O prazo para solicitar a transferência para uma seção desse tipo se encerrou em 22 de agosto.

Em relação à escolaridade, a maior parte do eleitorado tem o ensino médio completo (42,1 milhões) ou o fundamenta completo (35 milhões). Os que têm nível superior completo são 16,7 milhões, enquanto 5,5 milhões se declararam analfabetos.

Seguindo a divisão geográfica da população, a maior parte dos eleitores mora no Sudeste (66,9 milhões), seguido por Nordeste (43,3 milhões), Sul (22,6 milhões), Norte (12,9 milhões) e Centro-Oeste (9,7 milhões).

Somente no município de São Paulo, o mais povoado do país, podem votar 9,3 milhões de pessoas. A cidade com o menor número de eleitores é Borá, com 1.094, que curiosamente também fica no estado de São Paulo.

Neste ano, o eleitorado brasileiro foi chamado a comparecer às urnas em 6 de outubro, quando deverão escolher prefeitos, vices e vereadores de suas cidades. Eventual segundo turno está marcado para 27 de outubro, mas somente em cidades com 200 mil habitantes ou mais, e na qual nenhum candidato tenha conseguido maioria absoluta dos votos.

Multidão acompanha evento de Thiago Nunes em Agrestina

Os candidatos tiveram uma recepção bastante calorosa ao chegar às comunidades
Na tarde do último domingo (25), os candidatos à prefeitura de Agrestina, Thiago Nunes e Roberval Maciel, realizaram mais um grande evento de campanha. Ainda durante a tarde, na concentração do evento no “Bloco do Gato”, já era possível perceber a grande movimentação para a carreata que seguiria para o Sítio Água Branca. A verdadeira “Nação Azul” compareceu em peso para acompanhar o trajeto da carreata e demonstrar apoio aos candidatos.

Ao chegar no Sítio Água Branca, os candidatos tiveram uma recepção calorosa, repleta de gestos de agradecimento e apoio. Em suas palavras, Thiago relembrou os desafios relacionados à infraestrutura e ao acesso a serviços básicos que ele ouviu no relato dos moradores do Sítio Água Branca e da satisfação de ter trabalhado arduamente para entregar a resolução dessas demandas enquanto esteve prefeito de Agrestina. Os moradores demonstraram entusiasmo ao ouvir as palavras de Nunes e reforçaram as afirmações.

Após a passagem pela localidade, a carreata seguiu seu percurso até a Vila Cruz de Água Branca, local onde a população aguardava os candidatos para a realização do primeiro  comício na zona rural do município. À medida que os candidatos avançavam pela principal rua da vila, foram saudados pelos moradores com acenos e gestos de incentivo. A energia vibrante do evento refletia a esperança e a confiança da população local na proposta de renovação e progresso prometida pelos candidatos.

Roberval Maciel, candidato a vice-prefeito, também fez questão de destacar a importância de escolher representantes que de fato estejam dispostos a trabalhar pela zona rural. “Eu queria dizer que sempre dediquei um olhar diferenciado para cá. O grande problema deste lugar era a água, e conseguimos trazer pra cá a água encanada. Passou o tempo e nós continuamos fazendo por essa comunidade. Deixei aqui um dos postos mais bonitos que já pude entregar, mas hoje volto e o que vemos é o descaso com a Vila Cruz de Água Branca”, declarou.

Thiago Nunes, conhecido por seu trabalho voltado para a melhoria da qualidade de vida nas áreas rurais, fez um discurso onde reforçou seu compromisso de realizar uma campanha limpa. “Quero falar da minha alegria, dessa energia que é estar ao lado de vocês. Nós ficamos muito felizes com esse movimento espontâneo das pessoas. Eu resolvi fazer uma campanha limpa, transparente e com propostas, mas os nossos adversários não param de nos atacar, eles não têm propostas. A população daqui sabe que existiu uma Agrestina antes de Thiago e outra após Thiago”, destacou Nunes.

Ao final do evento, Thiago Nunes e Roberval Maciel agradeceram a todos pela presença e pelo apoio. A receptividade da comunidade foi um indicativo claro de que a mensagem de renovação e compromisso com a zona rural encontrou um terreno fértil. O comício deixou uma impressão bastante positiva, reforçando a esperança de que a população da zona rural de Agrestina possa voltar a ter mais qualidade de vida.

Cidades-Esponjas: A Nova Fronteira da Sustentabilidade Urbana

A humanidade desde os seus primórdios sempre lidou com enchentes, mas as mudanças climáticas acentuaram esses fenômenos, tornando-os mais extremos e frequentes. Nos últimos anos, metrópoles e cidades em todo o mundo têm enfrentado inundações devastadoras. Em 2012, por exemplo, Pequim sofreu uma enchente que causou mortes e destruição generalizada. No entanto, um dos poucos lugares na cidade que não ocorreu nenhuma espécie de dano foi a Cidade Proibida, graças a um sistema de drenagem projetado há séculos. Esse acontecimento chamou a atenção das autoridades chinesas para a necessidade de novas abordagens na gestão das águas pluviais, conduzindo ao desenvolvimento das chamadas cidades-esponjas.

As cidades-esponjas são planejadas para absorver e reutilizar a água da chuva por intermédio de sistemas de drenagem sustentáveis. Ao invés das soluções tradicionais baseadas em sistemas de esgoto e bocas de lobo, as cidades-esponjas procuram integrar a infraestrutura verde nas áreas urbanas. Isso abrangem criar ambientes inovadores que imitam os processos naturais de absorção e filtragem da água, como ocorre em ecossistemas saudáveis, como florestas, por exemplo.

A infraestrutura verde de uma cidade-esponja compreende vários elementos que aumentam a permeabilidade do solo e ajudam no gerenciamento das águas pluviais. Assim sendo, algumas técnicas estão sendo empregadas pelo mundo afora como: os parques alagáveis que são áreas projetadas para armazenar água momentaneamente durante chuvas intensas. Esses parques possibilitam que a água seja absorvida vagarosamente, limitando o risco de enchentes e melhorando a qualidade da água que porventura escoa para os corpos d’água. Já os telhados verdes são coberturas de vegetação que ajudam a absorver a água da chuva, reduzindo o escoamento superficial. Ademais, eles proporcionam isolamento térmico e melhoram a qualidade do ar. Noutro ponto, os calçamentos permeáveis fazem a total diferença dos pavimentos habituais, que são impermeáveis, uma vez que os calçamentos permeáveis permitem que a água da chuva infiltre no solo, diminuindo a quantidade de água que vai para os sistemas de drenagem e diminuindo o risco de alagamentos. Por fim, as praças-piscina que funcionam como áreas de retenção de água durante períodos de chuvas intensas, transformando em áreas de lazer ou jardins durante períodos secos, aumentando a funcionalidade urbana.

Ao adotar o conceito de cidades-esponjas, os municípios oferecem vários benefícios significativos a todos os munícipes, uma vez que, as medidas urbanísticas permitem absorver e armazenar a água da chuva, reduzem a sobrecarga nos sistemas de drenagem e diminuem o risco de alagamentos e enchentes. Assim a água da chuva que é absorvida e filtrada por áreas verdes e sistemas de drenagem sustentáveis que geralmente são mais limpos, contribuindo para a saúde dos corpos d’água, porque, infiltrada nas áreas permeáveis contribui para a recarga dos aquíferos subterrâneos, melhorando a disponibilidade de água para as cidades, e por fim, ao aumentar as áreas verdes e criar espaços de lazer como parques alagáveis e telhados verdes contribui para o bem-estar dos moradores, melhora o microclima e combate as ilhas de calor criadas pela construção de empreendimentos.

Embora a ideia de cidades-esponjas seja alvissareira, a concretização efetiva requer uma estratégia cuidadosa e uma abordagem integrada, sendo necessário um planejamento de médio a longo prazo e uma aplicação de capital com expectativa de um benefício futuro para implementar e manter a infraestrutura verde. Isso inclui pesquisa e reflexão de forma detalhada sobre a bacia hidrográfica, o solo e as condições climáticas locais.

A integração das cidades-esponjas em uma estratégia urbana eficaz exige políticas públicas que promovam a resiliência e a sustentabilidade, incluindo a preservação e o aumento de áreas verdes e a melhoria dos sistemas de drenagem existentes nas cidades, pois cada urbe possui características únicas que devem ser consideradas, e as soluções devem ser adaptadas às necessidades e condições específicas de cada local, levando em conta aspectos geográficos, climáticos e socioeconômicos.

As cidades-esponjas representam uma abordagem inovadora e sustentável para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e enchentes. Ao imitar os processos naturais de absorção e filtragem da água, essas cidades podem não apenas reduzir os riscos de inundações com a morte de pessoas e prejuízos materiais, mas também melhorar a qualidade de vida urbana e promover um ambiente mais saudável e equilibrado. Com a combinação de tecnologias de infraestrutura verde e um planejamento estratégico, é possível transformar áreas urbanas em cidades resilientes e adaptáveis às mudanças do clima.

Marcelo Augusto Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife, proprietário do escritório de advocacia Marcelo Rodrigues Advogados.

Nadadores brasileiros estreiam quinta-feira na Paralimpíada de Paris

Matheus Rheine e Carol Santiago, treino, La Defense Arena - Paralimpíada de Paris

A natação paralímpica brasileira participou dos primeiros treinos na Paris La Defense Arena, onde estreará na próxima quinta-feira (29), dia seguinte à cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. A modalidade é a segunda que mais conquistou medalhas para país – foram ao todo 125 (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) – ficando atrás apenas do atletismo, com 170. O Brasil está em Paris com 280 atletas, sendo que 37 deles são nadadores ( 21 homens e 16 mulheres).

Atual campeão paralímpico nos 200 metros livre e nos 50m costas, o mineiro Gabriel Araújo, de 22 anos, ficou entusiasmado com o teste na piscina oficial da competição.

“Gostei muito. Cheguei cedo para ver a pisicina da competição. É sensacional. É uma arena muito grande. Já deu para ficar imaginando em como vai ser o clima nos dias da competição, com torcida. Com certeza, vai ser uma sensação diferente. Mas estou mais tranquilo e mais focado desta vez. Tentando fazer o possível para nada me desconcentrar até a nossa estreia”, disse Gabrielzinho, que competirá nas provas 50m e 100m costas, 150m medley, 50m e 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras).

Quem também treinou na La Defense Arena foi a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65), a pernambucana Carol Santiago, de 39 anos. Maior medalhista brasileira na edição de Tóquio – faturou três ouros (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12) e um bronze (100m costas S12), Carol tem tudo para emplacar novos pódios em Paris. Nascida em Recife, Carol chega a Paris após um exitoso ciclo preparatório, em que amealhou 10 medalhas nos mundiais da Ilha da Madeira, em 2022, e em Manchester (Inglaterra) no ano passado.As classes que vão da S11 à  S13 são disputadas por atletas com deficiência visual. Carol nasceu com síndrome de Morning Glory (alalteração congênita na retina), que reduz seu campo de visão.

O Brasil busca superar a performance histórica obtida na edição de Tóquio, quando a natação faturou 23 medalhas (oito ouros, cinco pratas e 10 bronzes). O recorde no número de ouros (nove) foi obtido na Paralímpíada de Londres (2012).

Delegação brasileira de natação

Alan Kleber Basílio
Ana Karolina Soares
Andrey Madeira
Arthur Xavier Ribeiro
Douglas Matera
Esthefany Rodrigues
Gabriel Bandeira
Gabriel Cristiano
Gabriel Melone
João Pedro Brutos
Laila Suzigan
Lídia Cruz
Lucilene Sousa
Carol Santiago
Matheus Rheine
Mayara Petzold
Phelipe Rodrigues
Roberto Alcalde
Ruan Souza
Samuel Oliveira
Talisson Glock
Victor dos Santos Almeida
Vitória Ribeiro
Wendell Belarmino