Covid-19: Brasil recebe mais 1,1 milhão de doses de vacina da Pfizer

FILE PHOTO: Vials of the Pfizer-BioNTech vaccine against COVID-19

O Brasil recebeu na noite da quinta-feira (9) mais um lote de vacinas da Pfizer, com 1.134.900 doses. Os imunizantes chegaram no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP), em um voo da UPS. As vacinas agora serão transportadas para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

Estavam previstas as chegadas hoje de dois lotes de vacinas da Pfizer, o 67º e o 68º. No entanto, o primeiro, que viria em um voo da Latam Cargo, que traria 1,52 milhão de doses, foi remanejado para amanhã, e deverá chegar na madrugada, por volta das 3 horas.

De acordo com a Pfizer, até o próximo dia 12, a empresa deverá totalizar a entrega de 72 lotes dos imunizantes, com cerca de 72 milhões de doses da vacina.

Segundo a empresa, serão entregues 200 milhões de doses do imunizante ao país até o final de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O primeiro, fechado com o Ministério da Saúde, em 19 de março, prevê a entrega de 100 milhões até o final de setembro. Já o segundo, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões de doses entregues entre outubro e dezembro.

Presidente diz que não teve intenção de agredir outros Poderes

O presidente Jair Bolsonaro emitiu nota oficial nesta quinta-feira (9) em que afirma não ter tido a intenção de agredir outros Poderes da República e destacou que respeita a harmonia entre as instituições.

nota oficial, divulgada na página do Palácio do Planalto na internet, ocorre dois depois das manifestações pró-governo do dia 7 se setembro, que contou com a participação do presidente.

Na ocasião, tanto em Brasília quanto em São Paulo, Bolsonaro fez críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema de urnas eletrônicas. Como reação, o presidente do STF, Luiz Fux, e o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateram Bolsonaro.

“No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como presidente da República, vir a público para dizer: Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, escreveu o presidente.

Na nota, Bolsonaro elencou dez pontos. Em um deles, o presidente diz que as divergências se deram por causa de conflitos de entendimento sobre decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e falou que nenhuma autoridade tem o direito de “esticar a corda”. Ele escreveu ainda que suas palavras, “por vezes contundentes”, são resultado do “calor do momento”.

“Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. Mas na vida pública, as pessoas que exercem o poder não têm o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.

Ainda sobre o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro afirmou que as divergências são naturais e que vai buscar resolvê-las por medidas judiciais para assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal.

Por fim, Bolsonaro afirmou que respeita as instituições da República, defendeu o regime democrático e disse que está disposto a manter o diálogo.

“Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil”.

Confira a íntegra da Declaração à Nação, emitida por Jair Bolsonaro:

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

Jair Bolsonaro

TJPE disponibiliza mais 280 vagas para casamentos coletivos virtuais em novembro

Mulher colocando aliança no homem representando casamento

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através de seu Núcleo de Conciliação – Nupemec, abriu mais 280 vagas para casais que queiram oficializar civilmente sua união através da celebração do casamento coletivo virtual. As localidades e cidades com vagas disponíveis e o respectivo número delas são as seguintes: bairros do Recife do Bongi e do Coque (100); Vitória de Santo Antão (100); Jaboatão dos Guararapes (50); e Olinda (30). Para saber quando as inscrições serão finalizadas; as datas das quatro cerimônias no mês de novembro; como se registrar para o evento, e sobre outras informações, clique AQUI.

Nos bairros, a Casa da Justiça e Cidadania – CJC/Nupemec, e nas cidades, os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania – Cejusc/Nupemec são os órgãos que registram as inscrições e organizam as solenidades. A exceção é a cidade do Recife, onde as inscrições são realizadas pela Casa de Justiça e Cidadania e pelo Cejusc. As inscrições para os próximos casamentos já estão abertas em todos os órgãos, menos no Cejusc de Vitória. Os casamentos coletivos, promovidos pelo TJPE, estão agendados para a próxima quinta-feira (16/09), às 10h, com a participação de 90 casais de Paulista; e no dia 23/09, também quinta-feira, no mesmo horário, com 110 casais que moram no Recife.

Para o coordenador geral do Núcleo de Conciliação – Nupemec do TJPE, desembargador Erik Simões, é muito significativo promover os casamentos coletivos virtuais em todo o Estado, pois destaca a atuação do Judiciário pernambucano em prol de ações de cidadania, inclusive no contexto de pandemia enfrentado pela sociedade.

“O TJPE sempre foi muito atuante nas ações voltadas à cidadania. Com a pandemia, vieram limitações, mas o Poder Judiciário soube se reinventar para seguir atendendo a população. Os casamentos coletivos virtuais eram feitos apenas pelas Casas de Justiça e Cidadania, mas os nossos Cejuscs também começaram a disponibilizar essa ação, com o objetivo de realizar o sonho de muitos casais, respeitando as regras sanitárias do isolamento social”, pontua o magistrado.

Balanço 2021 – Ao todo, somados aos 105 no mês de maio, 156 no mês de junho, 346 que se casaram virtualmente em julho, 284 no mês de agosto, e os 246 inscritos para solenidades neste mês de setembro, 1.137 casais, ou 2.274 consortes, legalizaram suas uniões afetivas virtualmente pelo TJPE este ano. Os Cejusc’s de Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Caruaru, Gravatá, Limoeiro, Olinda, Pesqueira, Petrolina, Santa Cruz do Capibaribe, Vitória e São Lourenço da Mata, juntamente com as Casas de Justiça e Cidadania – Nupemec/TJPE do Coque e do Bongi, foram os órgãos que organizaram os casamentos virtuais em 2021.

Documentação – Após se inscreverem, as noivas e noivos deverão apresentar no cartório indicado pelo Cejusc os seguintes documentos: certidão de nascimento original, além de cópia de RG, CPF e comprovante de residência, inclusive das duas testemunhas. Caso algum dos interessados já tenha sido casado, é necessário apresentar certidão de casamento com averbação de divórcio (original) e sentença do divórcio ou partilha de bens (cópia). Já para os viúvos, é necessário levar a certidão de casamento com averbação do óbito, e certidão de óbito do cônjuge falecido (originais).

Orelhão Digital chega ao município de Brejão

Na quarta-feira (08), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebeu a prefeita da cidade de Brejão, Beta Cadengue, para que o município possa aderir ao projeto Orelhão Digital, possibilitando o acesso à internet a centenas de pessoas.

Em reunião realizada no gabinete, o procurador-geral de Justiça Paulo Augusto de Freitas Oliveira explicou que a instalação do Orelhão Digital pretende chegar em todas as comarcas que estão sendo extintas, através de uma parceria com as prefeituras. “É importante frisar que o projeto permite a consulta das audiências judiciais digitais e também de outros serviços de órgãos públicos e concessionárias de serviços essenciais para o cidadão, principalmente aos menos favorecidos”, afirma.

Vale lembrar que o Orelhão Digital já funciona na sede das Promotorias de Justiça de Caruaru. Lá é possível realizar em um único ponto de atendimento alguns serviços da Celpe, Compesa, INSS, Detran, Expresso Cidadão, Delegacia de Polícia, redes municipal e estadual de saúde, Receita Federal, além de consultas a processos em andamento no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Justiça de Pernambuco, bem como participação em audiências virtuais.

A ideia é que o projeto chegue em todos os municípios pernambucanos que precisam desse apoio e inclusão social para o benefício da população.

Escola Superior lança programa de formação para atuação no Tribunal do Júri

A instituição do Júri está no rol dos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal. É no Tribunal do Júri que a sociedade delibera sobre a responsabilidade daquele que foi acusado de atentar contra a vida de outro. Em razão da importância do tema, a Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP/MPPE), com apoio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caop Criminal), lança, no próximo dia 20 de setembro, às 15h, o Programa de formação continuada para atuação no Tribunal do Júri – a Escola do Júri.

Na ocasião será feita a apresentação oficial do projeto. Na sequência, o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) Danni Sales, irá ministrar a palestra A linguagem das emoções e as comunicações não verbais na Tribuna, que transcende aos interesses dos promotores de Justiça que oficiam ao Tribunal do Júri, apresentando uma viagem multidisciplinar pelas ciências da psicologia, antropologia, filosofia e neurocomunicação.

“Precisamos compreender que a razão é a emoção elaborada. Nossas emoções teimam em governar nossas escolhas. Assim, é pela análise, compreensão e atenciosidade aos comportamentos que geram impactos emocionais no plenário que conduzimos os jurados ao melhor veredito”, destacou promotor, que é doutorando em Psicologia e tem como matriz de pesquisa a análise do comportamento em atenção ao sistema de tomada de decisão.

Danni Sales também é certificado pelo F-M Group Internacional – Especialista na Ciência da Leitura da Face Humana e Decodificação das Emoções (The Science of Reading Humanos Faces – Facial Action Coding System ‘FACS 3.0’).

Inscrições – Os interessados em participar do lançamento podem se inscrever até o dia 20 de setembro, por meio do formulário disponível em https://bit.ly/3gJVrYO. A transmissão será pela plataforma Doity Play/StreamYard, acessível pelo link que será encaminhado ao e-mail fornecido no momento da inscrição. O evento é voltado para membros, servidores, assessores e estagiários de Direito do Ministério Público brasileiro. Ao todo, estão sendo disponibilizadas 300 vagas.

Escola do Júri – Idealizado pela promotora de Justiça Eliane Gaia, o projeto Escola do Júri tem como objetivo formar promotores de Justiça do Tribunal do Júri conscientes do seu papel de agentes defensores do direito à vida diante da sociedade. “No plenário, o promotor de Justiça representa a sociedade e, por isso, deve estar preparado, seguro, firme em suas proposições. O conteúdo servirá para alicerçar o discurso, na tribuna da sociedade, diante dos jurados, em busca da reafirmação do direito à vida e a tutela do corpo social”, comentou Eliane.

Segundo o diretor da ESMP, o procurador de Justiça Silvio Tavares, serão realizados diversos módulos ao longo do ano, abrangendo vários eixos de aprendizagem. “A intenção é alcançar desde o iniciante aos mais habituados, trazendo sempre temáticas novas, com aspectos que vão além dos jurídicos, abordando também questões das neurociências, oratória, antropologia”, explicou o procurador.

A capacitação será permanente e passará a fazer parte da programação da ESMP. A previsão é que a cada dois meses seja lançado um novo módulo, e que eles tenham ligação entre si. As aulas serão híbridas, podendo ser oferecidas nas modalidades online ou presencial, e terão durações variadas. A primeira turma está prevista para o mês de outubro.

Covid-19: Pernambuco autoriza redução do intervalo de aplicação entre doses da Pfizer para 60 dias

O Governo de Pernambuco autorizou, nesta quinta-feira (09.09), a redução do intervalo de aplicação entre as duas doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech de 90 para 60 dias. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa, que também contou com a presença do médico e representante da Sociedade Brasileira de Imunizações no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19, Eduardo Jorge da Fonseca. O objetivo é ampliar o número de pessoas com o esquema vacinal completo, evitando adoecimentos graves e óbitos pela doença.

A decisão de reduzir o intervalo foi pactuada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems). A nota técnica já foi encaminhada aos gestores municipais, que irão organizar sua rede e informar a sua população sobre quando será feita a alteração.

“Precisamos acelerar o processo de vacinação dos pernambucanos. A proteção da vacina é mais efetiva quando aplicadas as duas doses, por isso a importância dessa redução. Além disso, a população que está com a segunda dose em atraso também precisa finalizar seu esquema. Atualmente, são mais de 650 mil pernambucanos com a segunda aplicação em atraso. Os municípios precisam convocar esse público e fazer busca ativa para que possamos garantir a proteção ideal”, afirmou o secretário.

De acordo com o sistema de informação do Ministério da Saúde (MS), que é alimentado pelos municípios, atualmente, há 653.671 pessoas com segundas doses das vacinas contra a Covid-19 em atraso em Pernambuco. Desse total, 459.493 precisam finalizar o esquema vacinal com a Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 160.486 com a Coronavac/Butantan e 33.692 com a Pfizer/BioNTech.

DOSE DE REFORÇO- Na próxima segunda-feira (13.09), a Secretaria Estadual de Saúde promove reunião com os municípios pernambucanos, na Comissão Intergestora Bipartite (CIB), para discutir e pactuar a dose de reforço para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.

“Sobre a etapa de revacinação, terceira dose ou dose de reforço, sabemos que inicialmente, dois grandes grupos serão imunizados a partir do dia 15 de setembro: pacientes que apresentam alguma imunodeficiência (transplantados, oncológicos, pessoas que vivem com HIV ou que realizam hemodiálise e outras situações clínicas) e os idosos acima de 70 anos. Estudos apontam que esses grupos precisam de três doses para serem considerados imunizados. No caso do grupo dos imunossuprimidos, eles precisam tomar a terceira dose após 28 dias da segunda aplicação. Já os idosos serão convocados após seis meses da segunda dose”, ressaltou o médico Eduardo Jorge.

DILUENTE – O secretário André Longo também alertou que há mais de 20 dias o Estado não recebe do Ministério da Saúde o diluente utilizado obrigatoriamente para aplicação da vacina da Pfizer/BioNTech. O déficit do Programa Nacional de Imunização com Pernambuco é de 38 mil frascos do insumo – quantitativo suficiente para a aplicação de 228 mil doses da vacina.

“O envio do diluente é uma obrigação do Ministério da Saúde, mas este tem sido um problema recorrente, que já está afetando a vacinação em alguns estados. O Governo de Pernambuco tem feito um grande esforço para garantir este insumo, a partir de empréstimos com as redes públicas e privadas, evitando atraso na proteção da população, mas reforço que essa situação não deveria ocorrer e pode, em algum momento, comprometer o andamento da campanha de vacinação”, informou.

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO – Com relação ao cenário epidemiológico, dados da SES-PE apontam que Pernambuco está com estabilidade nos indicadores da doença. Na Semana Epidemiológica (SE) 35, que compreende o período entre 29 de agosto e 4 de setembro, o Estado registrou 380 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que inclui todos os casos graves suspeitos para o novo coronavírus. O número representa sete casos a mais que a SE 34 e uma queda de 20% em relação à SE 33. Já a Central de Regulação Hospitalar registrou 289 solicitações por leitos de UTI na Semana Epidemiológica 35, dois casos a menos que a SE 34, quando foram registradas 291 solicitações.

Pernambuco recebe mais 146.420 doses de vacinas contra Covid-19

Pernambuco recebeu, nesta quinta-feira (09.09), mais 146.420 doses de vacinas contra Covid-19. Os imunizantes foram trazidos em dois voos distintos. O primeiro, com 53.820 doses da Pfizer/BioNTech, aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, às 15h15.

O segundo, com 92.600 unidades da Coronavac/Butantan, chegou às 16h45. De lá, as caixas térmicas foram levadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE). Com os novos lotes, o Estado ultrapassa a marca de 11 milhões de vacinas recebidas.

Os imunizantes da Pfizer/BioNTech serão utilizados para aplicação das primeiras doses, possibilitando o avanço por faixa etária, e também para população de adolescentes com comorbidades. Já a remessa da Coronavac será para dar seguimento à imunização da população em geral, com as primeiras e segundas doses.

Do aeroporto, as vacinas foram levadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) para checagem, armazenamento e separação por município. A logística de distribuição das doses às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) será realizada nesta sexta-feira (10.09).

“Frisamos aqui a importância dos municípios ficarem atentos às pautas de distribuição, pois precisamos garantir que mais pessoas iniciem sua proteção, e que aquelas que começaram seus esquemas possam finalizá-los em tempo oportuno”, destacou a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

Desde o início da campanha de vacinação, em janeiro deste ano, Pernambuco já recebeu 11.125.610 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.169.020 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.203.320 da Coronavac/Butantan, 2.581.020 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen.

TJPE firma parceria com o Sebrae

Na próxima segunda-feira (13), a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) assina, juntamente com o Sebrae, um acordo de parceria entre os projetos Mãos EmPENHAdas contra a violência e Beleza Pernambucana Itinerante. O evento será realizado na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), das 9h às 12h, com transmissão ao vivo pelo YouTube do TJPE.

Na abertura do evento, além da assinatura da parceria entre as duas instituições, haverá a participação da atriz e embaixadora do Mãos EmPENHAdas, Luiza Brunet. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone 0800.570.0800 ou pela Loja Sebrae. O evento é voltado para profissionais de estética e também para o público em geral.

Para a coordenadora da Mulher em Pernambuco, desembargadora Daisy Andrade, o trabalho em conjunto vai possibilitar a expansão das ações de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Com a parceria do Sebrae, o projeto Mãos EmPENHAdas contra a violência ganha um fortalecimento diferenciado, pois será possível viabilizar sua ampliação e interiorização, bem como inserir o seu conteúdo nas capacitações já realizadas pelo Sebrae”, explica a magistrada.

A programação vai contar com duas oficinas na área de beleza e cada participante poderá participar de uma delas. No setor de estética capilar, a oficina “A Sensibilidade do Visagismo para os dias atuais” será ministrada por Walter Marinho, da Hairdresser Academy, e vai abordar a melhor indicação de corte em harmonia com o visagismo e os benefícios dessa prática para o cliente.

Na oficina “Beleza e cuidado à sua mão”, a profissional Michele Carine, da Manicure Experience, vai falar sobre como realizar os procedimentos com segurança para clientes e profissionais. Também serão fornecidas dicas de organização da mesa de atendimento, material necessário, possibilidades de técnicas atuais de unhas que podem ser desenvolvidas.

Parceria – O acordo firmado entre o TJPE e o Sebrae representa a primeira ação conjunta entre as instituições e tem o objetivo de estabelecer uma cooperação para o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O intuito é a realização de ações conjuntas para o setor de embelezamento juntamente com a divulgação do Projeto Mãos EmPENHAdas, durante as capacitações a serem executadas diretamente pelo SEBRAE/PE, em parceria com o Judiciário estadual.

Programação:

08h – Café de boas-vindas / Credenciamento/ Visitação a Feira de Negócios

09h – Cerimônia de Assinatura de Protocolo de Intenções Programa Mãos Empenhadas/ Sorteio de brindes

10h10 às 11h30 – Palestras simultâneas:

Auditório Maior – Michelly Carine – Unhas Artísticas

Auditório Menor – Visagismo e cortes – Walber Marinho

11h30 às 13h00 – Feira de Oportunidades

STF retoma julgamento sobre terras indígenas nesta quinta-feira (9)

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu mais uma vez o julgamento que pode analisar o marco temporal para demarcações de terras indígenas. Na sessão de ontem, quarta-feira (8), a expectativa era pela leitura do voto do relator, ministro Edson Fachin, mas houve apenas uma manifestação inicial, sem conclusão de mérito. O julgamento será retomado nesta quinta-feira (9).

O STF julga o processo sobre a disputa pela posse da Terra Indígena Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Durante o julgamento, os ministros poderão discutir o chamado marco temporal. Pela tese, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial nesta época.

O processo tem a chamada repercussão geral. Isso significa que a decisão que for tomada servirá de baliza para outros casos semelhantes que forem decididos em todo o Judiciário.

Confira o pronunciamento de Fux sobre manifestações

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, se pronunciou, hoje, sobre os atos com pautas antidemocráticas realizados ontem.

No texto lido em plenário, Fux afirmou que “ninguém fechará” a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte de chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade.

A fala ocorre no dia seguinte ao discurso do presidente Jair Bolsonaro que, ontem, durante manifestação do 7 de Setembro, fez ameaças golpistas e afirmou que não vai mais cumprir decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Leia, abaixo, a íntegra do pronunciamento:

O Brasil comemorou, na data de ontem, 199 anos de sua independência. Em todas as capitais e em diversas cidades do país, cidadãos compareceram às ruas. O país acompanhou atento o desenrolar das manifestações e, para tranquilidade de todos nós, os movimentos não registraram incidentes graves.

Com efeito, os participantes exerceram as suas liberdades de reunião e de expressão – direitos fundamentais ostensivamente protegidos por este Supremo Tribunal Federal.

Nesse ponto, é forçoso enaltecer a atuação das forças de segurança do país, em especial as polícias militares e a Polícia Federal, cujos membros não mediram esforços para a preservação da ordem e da incolumidade do patrimônio público, com integral respeito à dignidade dos manifestantes.

Destaque-se, por seu turno, o empenho das Forças Armadas, dos governadores de Estado e dos demais agentes de segurança e de inteligência pública, que monitoraram em tempo real todas as manifestações, permitindo assim o seu desenrolar com ordem e paz.

De norte a sul do país, percebemos que os policiais e demais agentes atuaram conscientes de que a democracia é importante não apenas para si, mas também para seus filhos, que crescerão ao pálio da normalidade institucional que seus pais contribuíram para manter.

Este Supremo Tribunal Federal também esteve atento à forma e ao conteúdo dos atos realizados no dia de ontem. Cartazes e palavras de ordem veicularam duras críticas à Corte e aos seus membros, muitas delas também vocalizadas pelo senhor presidente da República, em seus discursos em Brasília e em São Paulo.

Na qualidade de chefe do Poder Judiciário e presidente do Supremo Tribunal Federal, impõe-se uma palavra de patriotismo e de respeito às instituições do país.

Nós, magistrados, ministras e ministros do Supremo Tribunal Federal, sabemos que nenhuma nação constrói a sua identidade sem dissenso.

A convivência entre visões diferentes sobre o mesmo mundo é pressuposto da democracia, que não sobrevive sem debates sobre o desempenho dos seus governos e de suas instituições.

Nesse contexto, em toda a sua trajetória nesses 130 anos de vida republicana, o Supremo Tribunal Federal jamais se negou – e jamais se negará – ao aprimoramento institucional em prol do nosso amado país.

No entanto, a crítica institucional não se confunde – e nem se adequa – com narrativas de descredibilização do Supremo Tribunal Federal e de seus membros, tal como vem sendo gravemente difundidas pelo Chefe da Nação.

Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis, em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumirmos uma cadeira nesta Corte.

Infelizmente, tem sido cada vez mais comum que alguns movimentos invoquem a democracia como pretexto para a promoção de ideais antidemocráticos.

Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras não admitem que se coloque o povo contra o povo, ou o povo contra as suas instituições.

Todos sabemos que quem promove o discurso do “nós contra eles” não propaga democracia, mas a política do caos.

Em verdade, a democracia é o discurso do “um por todos e todos por um, respeitadas as nossas diferenças e complexidades”.

Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas fáceis e messiânicas, que criam falsos inimigos da nação.

Mais do que nunca, o nosso tempo requer respeito aos poderes constituídos. O verdadeiro patriota não fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do país. Pelo contrário, procura enfrentá-los, tal como um incansável artesão, tecendo consensos mínimos entre os grupos que naturalmente pensam diferentes. Só assim é possível pacificar e revigorar uma nação inteira.

Imbuído desse espírito democrático e de vigor institucional, este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções.

Os juízes da Suprema Corte – e todos os mais de 20 mil magistrados do país – têm compromisso com a sua independência, assegurada nesse documento sagrado que é a nossa Constituição, que consagra as aspirações do povo brasileiro e faz jus às lutas por direitos empreendidas pelas gerações que nos antecederam.

O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional.

Num ambiente político maduro, questionamentos às decisões judiciais devem ser realizados não através da desobediência, não através da desordem, não através do caos provocado, mas decerto pelos recursos que as vias processuais oferecem.

Ninguém, ninguém fechará esta Corte.

Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem. No exercício de seu papel, o Supremo Tribunal Federal não se cansará de pregar fidelidade à Constituição e, ao assim proceder, esta Corte reafirmará, ao longo de sua perene existência, o seu necessário compromisso com o regime democrático, com os direitos humanos e com o respeito aos poderes e às instituições deste país.

Em nome das ministras e dos ministros desta Casa, conclamo os líderes do nosso país a que se dediquem aos problemas reais que assolam o nosso povo: a pandemia, que ainda não acabou e já levou para o túmulo mais de 580 mil vidas brasileiras, e levou a dor a estes familiares que perderam entes queridos; devemos nos preocupar com o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; nos preocupar com a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que se avizinha e que ameaça a nossa retomada econômica.

Esperança por dias melhores é o nosso desejo e o desejo de todos, mas continuamos firmes na exigência de narrativas e comportamentos democráticos, à altura do que o povo brasileiro almeja e merece.

Não temos mais tempo a perder.