Brasil supera 580 mil mortes por covid-19, desde o início da pandemia

Usuários do transporte público na passagem subterrânea entre as estações Consolação e Paulista do metrô durante a fase emergencial da pandemia de covid-19.

O Brasil superou a marca de 580 mil pessoas que morreram por covid-19, desde o início da pandemia. Com 839 óbitos registrados nas últimas 24 horas, o número de mortes alcançou 580.413. Na segunda-feira, o sistema de informações da pandemia contabilizava 579.574 falecimentos.

Ainda há 3.585 mortes em investigação. O termo designa casos em que o diagnóstico depende de resultados de exames concluídos apenas após o óbito do paciente.

O país chegou a 20.776.870 pessoas infectadas desde o início da pandemia. Entre ontem e hoje, secretarias de saúde confirmaram 24.589 novos diagnósticos positivos. Até ontem, o painel de dados do Ministério da Saúde trazia 20.752.281 casos acumulados.

Ainda há 461.010 casos em acompanhamento, que indica o número de casos ativos da doença, que estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa.

O número de pessoas que se recuperaram da doença subiu para 19.735.447. Isso corresponde a 95% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia.

Os dados foram divulgados na atualização diária do Ministério da Saúde, na noite desta terça-feira (31). O balanço consolida os dados sobre casos e mortes levantados pelas secretarias estaduais de saúde.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim-de-semana.

Boletim epidemiológico 31.08.2021
Ministério da Saúde

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (145.836), Rio de Janeiro (62.457), Minas Gerais (52.986), Paraná (37.500) e Rio Grande do Sul (34.199). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.814), Roraima (1.942), Amapá (1.953), Tocantins (3.683) e Sergipe (5.992).

Vacinação

Até o início da noite de hoje (31), o painel de vacinação do Ministério da Saúde não mostrava novas atualizações. Até esta terça-feira, o sistema marcava 191,5 milhões de doses aplicadas, sendo 130 milhões da primeira dose e 61,4 milhões da segunda dose. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas dois milhões de doses.

Quando considerados apenas os dados consolidados no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI), foram aplicadas 182,5 milhões de doses, sendo 124,6 milhões da primeira dose e 57,8 milhões da segunda dose.

Ainda conforme o painel de vacinação, foram distribuídos 233,2 milhões de doses, sendo entregues 222,5 milhões de doses.

Inscrições abertas para o I Encontro de Segurança Pública do MPPE

A Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP/MPPE) e o Centro de Apoio Operacional de Defesa Social e Controle Externo da Atividade Policial (Caop Defesa Social) realizam, nos próximos dias 15 e 16 de setembro, das 15h às 18h, o I Encontro de Segurança Pública do MPPE: A Segurança Pública que temos e a que queremos. A iniciativa tem como objetivo apresentar a atual situação estrutural do sistema de segurança pública em Pernambuco e debater as perspectivas de soluções para o enfrentamento das problemáticas detectadas.

“Os promotores de Justiça terão a oportunidade de conhecer aqueles que estão na ponta da segurança pública do nosso Estado e como toda a engrenagem se movimenta. Terão, assim, um momento único de cooperação e estreitamente das relações institucionais, para tirar suas dúvidas, entender as limitações e expectativas em relação à determinados procedimentos e as diversas inovações operacionais”, ressaltou o promotor de Justiça e coordenador do Caop Defesa Social, Rinaldo Jorge da Silva.

As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas, até o dia 14 de setembro, pelo link: bit.ly/3yrcp4d, por membros, servidores e assessores do MPPE, além de integrantes do Sistema de Segurança Pública: as Polícias Civil, Militar e Científica; os Bombeiros e as Guardas Municipais.

O tema será debatido pelo delegado da Polícia Civil de PE, Romano Costa; pelo secretário de Defesa Social de Ipojuca, Oswaldo Morais; pelo comandante da Guarda Civil de Recife, Marcílio Domingos da Silva; pelo comandante Geral da Polícia Militar de PE, o coronel da PM José Roberto de Santana; e pela perita criminal e gerente-geral da Polícia Científica de PE, Sandra dos Santos. As mediações serão realizadas pelo coordenador do Caop Defesa Social, Rinaldo Jorge da Silva, no primeiro dia; e pela promotora de Justiça e coordenadora do Caop Criminal, ngela Cruz, no segundo.

A abertura do evento será realizada pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto Freitas; pelo conselheiro do CNMP e presidente da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, Marcelo Weitzel; pelo secretário de Defesa Social de PE, Humberto Freire; pelo procurador de Justiça e Diretor da ESMP, Silvio Tavares; e pelo coordenador do Caop Defesa Social, Rinaldo Jorge da Silva.

SP: PM e movimentos acertam detalhes de manifestações de 7 de Setembro

Termômetros marcam 33ºC graus e a qualidade do ar é considerada moderada na Avenida paulista.

Foram acertados na tarde de ontem, terça-feira (31), os horários e locais para as manifestações previstas para o próximo dia 7 de Setembro, Dia da Independência, na capital paulista. Segundo a Polícia Militar, as definições foram feitas em reunião com 43 grupos diferentes que pretendem ir às ruas no feriado.

Os grupos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro vão se concentrar das 11h às 18h na região da Avenida Paulista, entre a Praça do Ciclistas e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

O ato do Grito dos Excluídos e os movimentos que vão protestar contra o governo ficarão no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, das 14h às 17h.

A Polícia Militar informou que vai acompanhar as manifestações e fazer revistas pessoais no público dos atos. Será proibido o porte de armas de fogo, armas brancas, bastões, fogos de artifício, drones e outros itens que possam causar danos a outras pessoas.

Decisão judicial

A realização dos dois atos simultaneamente no Dia da Independência foi autorizada em decisão liminar pelo juiz Randolfo Ferraz de Campos da 14ª Vara de Fazenda Pública. O Governo de São Paulo queria impedir a realização do ato no Anhangabaú com a justificativa de que a manifestação na Avenida Paulista foi agendada primeiro. Porém, o magistrado entendeu que todos os grupos e movimentos têm direito a ir às ruas na data.

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio acumulado em R$ 28 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena.

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (1º) um prêmio acumulado em R$ 28 milhões. As seis dezenas do concurso 2.405 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas lojas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O valor de uma aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

De acordo com a Caixa, caso apenas um apostador ganhe o prêmio da faixa principal e aplique todo o valor na poupança, receberá R$ 84 mil de rendimento no primeiro mês.

Lotofácil da Independência
Faltam duas semanas para o sorteio do prêmio milionário da Lotofácil da Independência. O concurso 2.320 será realizado no sábado de 11 de setembro e vai pagar o maior prêmio da história da modalidade, com estimativa de R$ 150 milhões.

As apostas podem ser realizadas nas lojas lotéricas ou pela internet, no portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa.

Para apostar na Lotofácil, basta marcar de 15 a 20 números dentre os 25 disponíveis. O apostador também pode deixar o sistema escolher os números, por meio da aposta no formato Surpresinha.

Ganham prêmios os apostadores que acertarem a partir de 11 dezenas. O preço de uma aposta simples, com 15 números, é R$ 2,50.

Anderson Correia se reúne com o município para iniciar cadastramentos de carroceiros

O vereador e Presidente da Comissão Permanente dos Direitos dos Animais da Câmara Municipal de Caruaru, Anderson Correia (PP), vem trabalhando de forma veemente para que haja um avanço do programa de regulamentação, para posteriormente a proibição das carroças – tração animal – no município. Um passo grande já foi dado neste sentido, com a reunião do parlamentar com os representantes do Poder Executivo – Ytalo Faria, Secretário de Serviços Públicos, Lino Portela, Secretário Executivo de Governo e o Secretário Executivo da AMTTC, Matheus Freitas.

Em um debate com sugestões de aplicações de políticas públicas, para o levantamento do planejamento do cadastramento dos carroceiros de Caruaru, o edil comemorou o progresso da pauta, que é uma das lutas de seu mandato em prol da causa animal.

“Vamos juntos pela dignidade dos animais não-humanos, neste caso, animais de grande porte. Começamos o planejamento para o início do cadastramento dos carroceiros na zona urbana de Caruaru, o que é um grande avanço para a causa no município. É necessário entender o cenário para que as políticas públicas possam ser aplicadas, e iniciamos isso com os representantes da gestão municipal, por meio de uma reunião muito proveitosa. Nosso muito obrigado aos secretários envolvidos em prol desta luta”, destacou Anderson Correia.

Bolsonaristas se organizam para receber o presidente na próxima sexta-feira

O Grupo Conservador União por Pernambuco, que é formada pela soma de vários movimentos de direita, juntamente com lideranças políticas conservadoras, realizaram nesta terça-feira (31) uma reunião para definir as estratégias para a recepção do Presidente da República, Jair Bolsonaro que desembarca no Recife, no próxima sexta-feira (03) e no dia 04 fará uma motociata no interior do Estado, saindo de Santa Cruz do Capibaribe, passando por Toritama e finalizando em Caruaru.

“Já temos muita coisa encaminhada, porém, estamos aguardando outras confirmações do Gabinete de Segurança Institucional – GSI, que está em Pernambuco realizando todo planejamento de segurança do presidente.”, disse Feitosa.

Uma comissão formada pelos Pernambucanos, Gilson Machado Neto (Ministro do Turismo), Silvio Nascimento (Diretor da Embratur), Coronel Meira (Presidente do PTB/PE), Coronel Feitosa (Deputado Estadual – PSC/PE) e os grupos de direita, prometem um grande evento. “Faremos uma grande recepção ao nosso Presidente Bolsonaro e a primeira Dama, Michele Bolsonaro que vem ao nosso Estado sentir a força e receber um grande abraço do povo Pernambucano”, reforçou Coronel Meira.

Caixa conclui hoje pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial

Trabalhadores informais nascidos em dezembro recebem hoje (31) a quinta parcela da nova rodada do auxílio emergencial. Também recebem a quinta parcela nesta terça-feira os participantes no Bolsa Família com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0.

Com os depósitos de hoje, a Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da quinta parcela. As datas da prorrogação do benefício foram anunciadas há quase três semanas.

O benefício tem parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família. O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês.

O dinheiro é depositado nas contas poupança digitais e pode ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.

Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros estão sendo beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio é pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

Calendário de pagamento da quinta parcela do auxilio emergencial de 2021
Calendário de pagamento da quinta parcela do auxilio emergencial de 2021 – Fonte: Ministério da Cidadania

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.

O pagamento da quinta parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 18 e segue até hoje (31). O auxílio emergencial só é depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.

Calendário de pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família
Calendário de pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família – Divulgação/Caixa

Em todos os casos, o auxílio é pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

O programa se encerraria em julho, mas foi prorrogado até outubro, com os mesmos valores para as parcelas.

Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.

João Lyra Neto: Nunca empreguei ninguém sem trabalhar

Em entrevista exclusiva ao blog do Magno, gravada na última sexta-feira, no seu gabinete de trabalho na empresa Caruaruense, em Caruaru, município que governou em duas oportunidades, o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), pai da prefeita Raquel Lyra, presidente estadual da legenda tucana e apontada como pré-candidato ao Governo do Estado, rompeu o silêncio.

Falou de tudo, do cenário nacional, onde aponta o presidente Bolsonaro como despreparo para conduzir o País, passando pela avaliação da gestão Paulo Câmara, que considera muito mal, até sua relação com a filha. O que se diz nos bastidores da política em Caruaru é que Raquel nunca ouviu ou ouve pouco o pai, que não sabia, inclusive, que o marido da filha havia sido contratado pelo gabinete do deputado Daniel Coelho para não dar expediente, fazendo assessoria a longa distância.

Perguntado se fosse prefeito de Caruaru deixaria sua esposa assessorar um parlamentar sem dar expediente, Lyra foi taxativo: “Nunca empreguei pessoas, sendo familiares ou não, para que não trabalhassem. Nunca aconteceu. Mas cada um age como entende. É um comportamento que sempre defendi. As atividades públicas têm que ter razões políticas e técnicas”. Eis abaixo a íntegra da entrevista:

Como é estar fora do poder depois de ocupar tantos cargos e por tanto tempo? 

Faz parte de todas as atividades, principalmente a política. Eu continuo na política, mas no momento estou sem mandato. E desde que eu deixei o Governo do Estado, em 2014, decidi não ser mais candidato. Já fui prefeito de Caruaru duas vezes, deputado estadual, tive a honra de ser líder do governador Miguel Arraes, fui vice-governador de Eduardo Campos em 2006, reeleito em 2010, e concluí o Governo de Eduardo em 2014. Quero continuar na política, mas sem mandato. É uma situação que administro bem. Acho que tudo tem sua época, cumpri minhas etapas de mandato nos cargos que exerci.

Como o senhor avalia, estando de fora hoje, o cenário nacional?

Complicadíssimo. Acho que o Brasil vive uma das piores crises que já passamos pós redemocratização. Quando o presidente atual se elegeu, destaquei numa entrevista os três momentos importantes da vida política brasileira no pós-guerra. Na Guerra Fria, dos Estados Unidos com a União Soviética, o Brasil elegeu Jânio Quadros, 60. Com menos de oito meses ele renunciou ao mandato. Vinte e nove anos após, Fernando Collor é eleito, perdendo o mandato com menos de dois anos. Recentemente, ele eleito Bolsonaro. São momentos de uma história de crise, de pessoas inabilitadas, de um demonstração de descrédito do eleitorado em relação aos políticos que estão no mandato. Acho que o Brasil vive uma crise muito grave. Crise institucional, falta de competência administrativa e um presidente que, no meu entendimento, não tem preparo pra ser presidente.

O senhor já raciocina com a hipótese de não reeleição do presidente Bolsonaro?

Não se trata disso. Estamos hoje diante de dois pré-candidatos que têm entre 50% e 60% de preferência do eleitorado – Lula e Bolsonaro. Acho que a sociedade brasileira deve construir uma terceira via, que represente os interesses reais do brasileiro, que traga estabilidade econômica, política, e acima de tudo, enfrentar esse momento de desigualdade, de mais de 16 milhões de brasileiros que não têm nenhuma renda, mesmo considerando que a pandemia agravou essa situação. Acho que diminuir a desigualdade é um dos principais objetivos do próximo presidente e a sociedade precisa construir uma outra alternativa.

O senhor acha que alguém pode desbancar Lula, que está a frente das pesquisas e Bolsonaro, que tem a máquina nas mãos?

Existe um espaço para essa terceira alternativa. Acredito que a sociedade brasileira precisa construir. O Brasil precisa dessa terceira via, pois se você junta os votos definidos do ex-presidente Lula e de Bolsonaro, eles têm em torno de 55% dos votos válidos. Então, há espaço para que possamos construir. É muito difícil, mas acho que o PSDB será uma das alternativas nessa questão das prévias que foram definidas pelo diretório nacional e vão acontecer em novembro. As candidaturas têm que ser inscritas até setembro e eu acho que o PSDB poderá ser uma dessas alternativas para a nova opção do povo brasileiro.

Qual a impressão que o senhor ficou do Eduardo Leite na passagem dele por Caruaru?

Eu já conhecia Eduardo Leite e acompanho sua trajetória. O conheci quando e eu Raquel (Lyra) entramos no PSDB, ele era prefeito em Pelotas, foi vereador também, saiu com índice muito alto de aprovação, se elegeu governador, jovem, e eu acho que ele tem as qualificações para ser uma das alternativas do PSDB, que serão definidas em dezembro. Eu acho que ele, pela sua vida política, poderá ser essa alternativa da política brasileira.

Ao invés de prévias, não era melhor o PSDB apostar em Eduardo Leite, já que Doria não é mais novidade?

A implantação das prévias, assim como acontece nos Estados Unidos, é uma demonstração de absoluta democracia dentro dos partidos. Os filiados nos Estados deverão participar e acho que é um processo muito evoluído de escolha de candidatura. O governador de São Paulo (Dória) foi prefeito e é um dos pré-candidatos. São Paulo representa uma força muito grande na economia e política brasileira. E ele poderá ser uma das alternativas. Já Tasso Jereissati é qualificado pela sua história também.

Agora, entrando no plano estadual, como está acompanhando e avaliando o cenário?

Tenho a convicção que os projetos estaduais dependem da sua ligação com o projeto nacional. Dificilmente um eleitor vota num candidato a governador de um partido e no presidente de outro. E a política nacional polariza a discussão. É importante que o PSDB, além do candidato à presidência da república, tenha uma candidatura estadual com projeto em Pernambuco. Pernambuco tem um processo de familiarização muito grande na sucessão estadual. Acho que o governador atual (Paulo Câmara) não tem bom desempenho e nós temos que construir alternativas para que nós possamos apresentar um projeto que melhore a qualidade de vida e a participação de Pernambuco na vida nacional.

O senhor se sente vítima dessa “familiarização”, já que o seu nome foi cotado a governador quando fazia parte do grupo?

Eu fiz parte do governo de Arraes, de Eduardo, fui vice-governador, mas eu tenho a compreensão que a política tem essas condições de atuação. E o governador na época, Eduardo Campos, decidiu que o seu candidato seria o atual governador. Eu entendi, embora não concordasse e tinha o compromisso de ser leal a Eduardo Campos. Concluí o governo dele e, no final, fomos praticamente expulsos do PSB. Eu e Raquel. Raquel foi candidata em 2016 pelo partido, se reelegeu e agora nós estamos participando ativamente no PSDB, com Raquel sendo presidente estadual do partido. Ela tem uma respeitabilidade muito grande dentro do Estado e no partido. Acho que nós podemos contribuir para esse momento do PSDB, que precisa ser uma das alternativas para o povo brasileiro.

O que aconteceu para o senhor ser quase expulso, como disse?

Foi uma decisão interna. Tivemos uma reunião, eles consolidaram a liderança do partido para Raquel, mas quando faltavam cinco dias para o prazo de filiação, praticamente nos expulsaram. Então, a alternativa que nos cabia era procurar outro partidos, fomos para o PSDB, na época era presidido por Aécio Neves, ele nos acolheu muito bem e aqui no Estado também. Mas acho que foi uma decisão política e eu não posso avaliar se certo ou errado. O fato é que aconteceu. E nós estamos hoje na oposição ao Governo do Estado.

O senhor guarda mágoa dessas pessoas?

Nós temos que ter compreensão. A vida política tem dessas coisas e acabam se tornando públicas essas divergências. Mas eu não tenho mágoa, apenas tenho um posicionamento político. O que eu posso dizer apenas é que as pessoas nos surpreendem, tanto positivo quanto negativamente. E nesse processo, me surpreendi negativamente e tive que decepção com várias pessoas.

Pernambuco está cansado de PSB?

O esgotamento é pelo nível de qualificação da atividade política e da gestão. O governador atual não corresponde à expectativa, nem interna nem externamente. Pernambuco sempre foi um Estado que teve dimensão nacional, e deixou de ter essa atuação. Há um processo de saturação, de incompetência para os cargos de Governo do Estado nos últimos anos.

No pouco tempo do seu Governo, o senhor deu demonstração que poderia fazer mais que Paulo Câmara se tivesse sido escolhido como candidato?

Eu participei desde o início de todo o projeto, fui secretário de Saúde e me comprometi a concluir esse projeto. Foi um momento que tivemos um desenvolvimento consistente e tive a oportunidade de participar como vice-governador, mas nos nove meses que atuei como governador do Estado tive o compromisso de concluir o projeto que Eduardo construiu para o Estado de Pernambuco.

O senhor deixou alguma marca nesses nove meses?

Eu não tinha essa intenção e inclusive no meu discurso de posse destaquei que iria concluir o projeto. Tive algumas ações importantes durante o governo de Eduardo, como secretário, e eu tenho certeza que meu compromisso era concluir o projeto. Infelizmente, aconteceu aquela tragédia com o falecimento de Eduardo, mas tenho certeza que cumpri com lealdade o compromisso que tínhamos com Pernambuco.

O senhor se orgulha de não ter nenhum caso de corrupção durante seus nove meses de governo?

Esse sempre foi um dos maiores compromissos. Era ser honesto no exercício da minha atividade política. E fui prefeito duas vezes, deputado estadual, vice-governador, secretário de saúde e sempre me preocupei com a lisura e honestidade.

Já tentaram levar o senhor para práticas não republicanas?

Já li alguns historiadores dizerem que esse processo de corrupção faz parte da relação humana e algumas áreas têm uma força cultural muito grande. Então, o Brasil, desde 1500, tem essa convivência com pessoas em atividades públicas com desonestidade. Mas eu acho que quanto mais avança às informações, as redes sociais tendo um compromisso muito grande, na velocidade, isso vai mudando. E quanto mais a sociedade se organizar para fiscalizar as entidades e os políticos, melhor será para a nação.

Quando alguém procurava o senhor insinuando corrupção, como o senhor reagia na condição de governador?

Eu fui pouco procurado, pois sabiam do meu comportamento. Eu tive demonstrações e depoimentos que me satisfazem muito. Que a minha maneira de agir era de ser um exercício honesto da minha atividade.

Há corrupção no Governo do Pernambuco?

Tem denúncias, várias delas em várias áreas. Não só em Pernambuco, mas em vários Estados e no Governo Federal também. Mas acho que os Tribunais de Contas dos municípios, dos Estados e o TCU tem essa missão de combater. Não podemos, numa simples investigação, acusar A, B ou C de corrupção. Temos que deixar o processo ser concluído e a Justiça tem uma missão muito importante nesse processo, a missão de punir aqueles que tenham desviado.

O senhor acha que Geraldo Julio tem essa mácula da corrupção?

Nós temos que aguardar a conclusão dos inquéritos. A imprensa tem noticiado alguns fatos que são comprometedores. Mas não podemos antecipar o julgamento.

Mas comprar respiradores de porcos numa empresa fantasma não é um crime muito grave?

Essa foi a denúncia que foi divulgada na imprensa. Mas ainda não foi concluída. Tem o inquérito policial e depois tem a participação do Ministério Público. Temos que aguardar a denúncia ser formalizada para o Poder Judiciário e aí depois o julgamento.

Raquel Lyra, sua filha, é candidata a governadora?

É muito cedo. Depende muito da conjuntura nacional. Nosso partido, o PSDB, tem que construir uma alternativa até o final do ano para que nós possamos definir um projeto para o Brasil. E dependendo das circunstâncias, acho que Raquel, ao ter sido lembrada, é muito importante, diante de toda sua trajetória política. Ela tem um nome que pode ser colocado à disposição, dependendo das alianças.

É verdade que ela nunca aceitou interferência do senhor no governo dela?

Nós temos conversado. Eu tenho esse comportamento de respeitar quem está no mandato. Sempre respeitei. Não é questão de interferência, mas o fato é que ela foi eleita, então é ela quem tem que coordenar sua gestão. Mas eu reconheço que ela tem um bom desempenho e sempre me coloquei à disposição para o que ela precisar. Estarei sempre presente para colaborar.

Ela ouve o senhor?

Nós temos conversado, mas não quer dizer que todas as minhas opiniões são aceitas. Nós temos maturidade e eu reconheço que a prefeita é ela. Mas essa informação que se fala, que somos distantes, não existe. Conversamos, mas as decisões cabem a ela.

O senhor já chegou a dizer a ela: “Isso aqui está errado”?

Não, nem comparo aos meus mandatos com os dela. Eram momentos diferentes. São modelos de gestão diferentes. Sempre me preocupei em avançar em termos técnicos e acho que Raquel tem assessorias competentes. Ela se cerca de pessoas competentes e instituições de nível nacional para que tenha um melhor desempenho na gestão de Caruaru.

Quer dizer que o senhor só deu um puxão de orelha nela quando criança?

Não, eu nunca dei puxão de orelha nas minhas filhas, sempre tive uma relação muito carinhosa com minhas três filhas. Sempre respeitei, acompanhei e dei minha contribuição como pai desde a infância. Na escola, na faculdade, sempre participei, respeitando as opções de cada uma.

Eu soube que o senhor ficou contrariado quando soube que o marido dela estava participando do gabinete de Daniel Coelho. É verdade?

Não, isso ocorreu de fato pela relação de Fernando Lucena, que é o marido de Raquel, com o deputado Daniel Coelho. Ele exerce um cargo de assessoria e eu tenho certeza que foi uma decisão do deputado Daniel com Fernando Lucena. Não houve interferência de Raquel. Ela sabia, mas cabe aos dois, que têm uma relação profissional e pessoal muito forte, e nós temos que respeitar a decisão dos dois.

Mas o senhor aceitaria, por exemplo, se fosse prefeito, sua esposa trabalhar para um deputado sem dar expediente?

Depende da relação política e pessoal de cada um. Acho que temos que respeitar as decisões de cada um, independente de concordar ou não.

Eu acompanho o senhor há muito tempo e parece que o senhor é intransigente em relação a isso…

É um comportamento que sempre defendi. As atividades públicas têm que ter razões políticas e técnicas. Nunca empreguei pessoas, sendo familiares ou não, para que não trabalhassem. Nunca aconteceu. Mas cada um age como entende.

Receita paga hoje as restituições do 4º lote do Imposto de Renda 2021

Declaração do Imposto de Renda 2021.

A Receita Federal paga hoje (31) as restituições do quarto lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2021, que também inclui restituições de exercícios anteriores. O pagamento é para mais de 3,8 milhões de contribuintes.

Neste lote, o valor das restituições chega a R$ 5,1 bilhões. Desse total, R$ 273,2 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade: 8.185 idosos acima de 80 anos, 67.893 entre 60 e 79 anos, 6.088 com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e 26.647 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Foram contemplados ainda 3.710.930 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 16 de agosto.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet. No serviço Portal e-CAC, é possível verificar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com ele, é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições.

Como resgatar
O pagamento da restituição é feito diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte na declaração. Se por algum motivo o crédito não for realizado (se, por exemplo, a conta foi desativada), os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Nesse caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores, em seu nome, pelo Portal BB, acessando o endereço www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deve requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos – Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

Bolsa cai 0,78% em meio a tensões internas e dólar recua mais uma vez

Bolsa de Valores do Brasil B3.

Em um dia marcado por tensões no mercado interno, a bolsa de valores não conseguiu acompanhar as bolsas norte-americanas e encerrou o pregão em queda, após fechar a semana passada com ganhos. O dólar, no entanto, foi influenciado pelo clima mais tranquilo nos mercados globais e fechou em leve baixa, no menor valor em quase um mês.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira (30) aos 119.740 pontos, com queda de 0,78%. A instabilidade política e os temores em relação à crise hídrica no Brasil derrubaram o indicador. Além disso, houve um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem papéis para embolsar ganhos recentes. Na semana passada, o Ibovespa subiu 2,2%.

O mercado de câmbio teve um dia melhor. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,189, com recuo de 0,12%. A cotação alternou altos e baixos, chegando a subir para R$ 5,22 no início das negociações, mas desacelerou perto do fim da manhã, operando próxima da estabilidade pelo resto do dia.

A bolsa acumula queda de 1,69% em agosto. No menor valor desde 4 de agosto, quando estava em R$ 5,186, o dólar registra queda de 0,12% no mês e alta de apenas 0,01% no ano.

No mercado externo, as bolsas norte-americanas voltaram a subir, ainda sob reflexo das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell. Na sexta-feira (27), Powell disse que o Fed não pretende começar a retirar os estímulos monetários (juros baixos e compras de US$ 120 bilhões de títulos por mês) concedidos durante a pandemia de covid-19. Segundo ele, a alta da inflação nos Estados Unidos é temporária.

Apesar do alívio internacional, as tensões internas predominaram no mercado brasileiro. Os receios de que a instabilidade política se reflita em medidas que aumentem os gastos públicos afetaram o mercado, impedindo uma queda mais acentuada do dólar e fazendo a bolsa cair. Nem as notícias de que o IGP-M desacelerou em agosto e de que o déficit primário em julho foi menor que as estimativas animaram os investidores domésticos.