Áustria inicia lockdown em meio a nova onda de covid-19 na Europa

Ilustração do coronavírus em Oldham, no Reino Unido, covid 19

O governo austríaco decidiu impor um lockdown às pessoas não vacinadas contra o novo coronavírus, a partir desta segunda-feira (15), com a aproximação do inverno e o aumento das infecções na Europa. A Alemanha também impõe limites de circulação mais rígidos e o Reino Unido expande a aplicação de reforço da vacina para incluir adultos jovens.

Nas últimas semanas, a Europa tornou-se novamente o epicentro da pandemia. Com isso, alguns países voltaram a considerar a retomada de restrições no período que antecede o Natal e ampliaram o debate sobre as vacinas, se elas, por si só, são suficientes para conter a pandemia.

A chegada do inverno no Hemisfério Norte preocupa as autoridades, já que o vírus se espalha mais facilmente nos meses de frio, quando as pessoas se reúnem dentro de casa.

Na semana passada, a Europa foi responsável por mais da metade da média de infecções em todo o mundo e cerca da metade das últimas mortes, de acordo com uma contagem da Reuters. São os níveis mais altos desde abril do ano passado, quando o vírus estava em seu pico inicial na Itália.

Governos e empresas temem que a pandemia prolongada atrapalhe a ainda frágil recuperação econômica.

O governo da Áustria, conservador, disse que cerca de 2 milhões de pessoas no país, de cerca de 9 milhões de habitantes, agora só têm permissão para deixar suas casas em alguns casos, como ir ao trabalho ou fazer compras de itens essenciais.

Há, no entanto, um ceticismo generalizado, inclusive entre os conservadores e a polícia, sobre como o bloqueio pode ser aplicado – será difícil verificar, por exemplo, se alguém está indo para o trabalho, o que é permitido, ou indo fazer compras para não itens essenciais, o que não é.

“Meu objetivo é muito claro: fazer com que os não vacinados sejam vacinados, não prender os não vacinados”, disse o chanceler Alexander Schallenberg à Rádio ORF enquanto explicava o bloqueio, que foi anunciado nesse domingo.

O objetivo é conter o surto de novas infecções, alimentadas por uma taxa de vacinação total de apenas cerca de 65% da população, uma das mais baixas da Europa Ocidental.

Nova onda
O governo federal da Alemanha e os líderes dos 16 estados do país devem discutir novas medidas nesta semana.

Três ministros de saúde estaduais alemães pediram às partes que negociam para formar um novo governo. O objetivo é prolongar o poder dos estados de implementar medidas mais rígidas, como bloqueio ou fechamento de escolas, à medida que a taxa de incidência de covid-19 de sete dias atingia níveis recordes.

A chanceler Angela Merkel pediu às pessoas não vacinadas que reconsiderem sua decisão,em mensagem de vídeo divulgada no sábado (13).

“Semanas difíceis estão à nossa frente, e você pode ver que estou muito preocupada”, disse Merkel em seu podcast semanal. “Peço urgentemente a todos que ainda não foram vacinados: reconsiderem.”

A França, a Holanda e muitos países da Europa Oriental também estão enfrentando um surto de infecções.

A Grã-Bretanha deve estender a aplicação de doses de reforço da vacina para pessoas entre 40 e 49 anos, disseram autoridades hoje, para aumentar a imunidade em declínio antes dos meses mais frios de inverno.

Atualmente, todas as pessoas a partir de 50 anos, aqueles que são clinicamente vulneráveis e os profissionais de saúde da linha de frente são elegíveis para reforços.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que não vê necessidade de mudar para um “Plano B” de mandatos de máscaras e passaportes vacinais, embora esteja cauteloso com o aumento de infecções na Europa.

“Estamos mantendo o Plano A”, disse ele em uma transmissão nesta segunda-feira. “Mas o que certamente temos que reconhecer é que há uma tempestade de infecções em algumas partes da Europa. Sempre existe o risco de que uma nova onda venha do leste, à medida que os meses ficam mais frios. A melhor proteção para o nosso país é que todos se apresentem e recebam seu reforço.”

Ataque ao Capitólio: ex-conselheiro de Trump se entrega ao FBI

Ex-assessor da Casa Branca Steve Bannon

O antigo conselheiro do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Steve Bannon, entregou-se nesta segunda-feira (15) às autoridades, depois de ter sido indiciado por se recusar a colaborar na investigação sobre o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro.

Na última sexta-feira (12), soube-se que Steve Bannon, 67 anos, tinha sido indiciado por dois crimes de desacato, após ter se recusado a depor perante o comitê da Câmara dos Representantes que investiga o ataque ao Capitólio.

O primeiro crime diz respeito à recusa em testemunhar e o segundo à recusa em apresentar documentos. Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, esses crimes de desacato ao Congresso são puníveis com até um ano de cadeira e multa máxima de US$ 1 mil.

Agora, apenas três dias depois, o ex-conselheiro de Trump entregou-se diretamente ao Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI).

Ainda assim, manteve a postura desafiadora que sempre tem mantido, afirmando aos jornalistas: “Vamos derrubar o regime Biden. Quero que se mantenham focados. Isso é apenas ‘barulho”. Ele deverá se apresentar em breve ao tribunal federal.

O ex-estrategista da Casa Branca é uma das mais de 30 pessoas próximas do ex-presidente Donald Trump, que foram intimadas a testemunhar sobre os eventos de 6 de janeiro pelo comitê das Câmara dos Representantes.

Nesse dia, à mesma hora em que o Colégio Eleitoral votava para atribuir oficialmente a vitória das presidenciais norte-americanas ao democrata Joe Biden, apoiadores de Trump invadiram o edifício do Capitólio.

O incidente, ocorrido depois de o próprio Trump ter incentivado os seus apoiadores a se manifestarem, resultou em cinco mortos e dezenas de detidos. Levou ainda o Partido Democrata a avançar com um novo processo de destituição contra Donald Trump, que acabou por ser absolvido.

Desde então, o comitê do Congresso investiga o ataque. Em meados de outubro, o comitê aprovou, por unanimidade, a acusação contra Steve Bannon, por considerar “chocante” que ele tenha se recusado a colaborar nas intimações que procuravam documentos e testemunhas dos fatos de 6 de janeiro.

O mesmo poderá ocorrer em breve com Mark Meadows, ex-chefe de gabinete de Donald Trump, que também não quis prestar declarações à Câmara dos Representantes. Os investigadores do incidente de 6 de janeiro esperam que, com o indiciamento de Bannon, Meadows e as demais testemunhas mudem de ideias e aceitem depor.

De acordo com o comitê do Congresso, Steve Bannon “tinha conhecimento prévio substancial dos planos para 6 de janeiro” e, “provavelmente, teve papel importante na formulação desses planos”. No dia anterior ao ataque ao Capitólio, ele disse, no seu programa de rádio: “o inferno irá soltar-se amanhã”. Vinte e quatro horas depois, milhares de apoiadores de Trump invadiam o edifício.

Antes de deixar a Casa Branca em janeiro deste ano, Trump concedeu perdão presidencial a Bannon, libertando-o das acusações de ter influenciado os apoiadores do então presidente.

Depois disso, o ex-presidente dos EUA pediu aos seus antigos funcionários que todos se recusassem a testemunhar, garantindo que eles têm o direito de guardar informações devido ao “privilégio executivo”, um princípio legal que protege as comunicações de membros da Casa Branca.

Covid-19: Brasil registra 2.799 casos e 63 mortes em 24 horas

Uso de máscaras é flexibilizado ao ar livre a partir desta quarta-feira (03) no Distrito Federal.

Em 24 horas, foram registrados 2.799 casos de covid-19 no Brasil e 63 mortes, segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, foram registrados 21.960.776 casos e 611.346 óbitos pela doença.

Segundo o boletim, há 21.162.046 recuperados da doença, o que representa 96,4% dos casos. Também há 187.374 casos em acompanhamento e 2.889 mortes de síndrome respiratória aguda grave (Srag) em investigação.

boletim epidemiológico covid-19
boletim epidemiológico covid-19 – 15/11/2021/Divulgação Ministério da Saúde

Estados

No número de casos, São Paulo é a unidade da Federação com maior número de casos, com 4.422.590. Em seguida aparecem Minas Gerais (2.197.989) e Paraná (1.569.724). Os menores números de casos estão no Acre (88.110), Amapá (124.077) e Roraima (127.882).

São Paulo também lidera no número de óbitos por covid-19, com 153.066, seguido por Rio de Janeiro (68.732) e Minas Gerais (55.941). Os estados que tiveram o menor número de mortes são Acre (1.845), Amapá (1.995) e Roraima (2.038).

Vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas, no total, 285,2 milhões de doses, sendo 157,3 milhões de primeiras doses e 127,9 milhões de segundas doses e doses únicas.

Também foram aplicadas 498.732 doses adicionais e 11,2 milhões de doses de reforço.

Biden sanciona projeto de infraestrutura de US$1 trilhão

U.S. President Joe Biden delivers remarks about Afghanistan, in Washington

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou um projeto de lei de infraestrutura de 1 trilhão de dólares nesta segunda-feira (15), em uma cerimônia na Casa Branca que juntou democratas e republicanos que atuaram para fazer avançar a legislação em um Congresso profundamente dividido.

A medida foi desenhada para criar empregos em todo o país com a distribuição de bilhões de dólares a governos estaduais e locais para consertar pontes e estradas em ruínas e expandir o acesso à Internet de banda larga para milhões de americanos.

A cerimônia, realizada no gramado sul da Casa Branca para acomodar um grupo grande, foi um caso cada vez mais raro em que membros de ambos os partidos se dispuseram a ficar juntos e comemorar uma conquista bipartidária.

Biden, cujos índices de aprovação caíram por causa da sua gestão da economia e outras questões, ouviu gritos de apoio de “Joe, Joe, Joe” de alguns na plateia e foi aplaudido de pé quando assumiu o microfone.

Biden disse que a aprovação da lei mostrou que, “apesar dos cínicos, democratas e republicanos podem se unir e produzir resultados”. Ele chamou o projeto de lei um “projeto de colarinho azul para reconstruir a América”.

“Muitas vezes, em Washington, a razão pela qual não conseguimos fazer as coisas é porque insistimos em obter tudo o que queremos. Com esta lei, nós nos concentramos em fazer as coisas”, disse Biden.

A Casa Branca disse no domingo que Biden nomeou o ex-prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, para supervisionar a implementação do esforço de infraestrutura

O projeto se tornou um pára-raios partidário, com os republicanos reclamando que os democratas que controlam a Câmara dos Deputados atrasaram sua aprovação para garantir o apoio do partido à política social de Biden de 1,75 trilhão de dólares e à legislação de mudança climática, que os republicanos rejeitam.

MPPE realiza parceria com a Câmara de Gravatá para implantação do Orelhão Digital

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) implantou o projeto Orelhão Digital em mais um município pernambucano, na última quinta-feira (11). Em parceria com a instituição, a Câmara Municipal de Gravatá abraçou a causa e passou a ser a primeira do Estado a aderir à iniciativa, que tem como objetivo promover a inclusão digital.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, compareceu à solenidade oficial de lançamento, acompanhado da promotora de justiça de Gravatá, Fernanda Henriques da Nóbrega. Eles foram recebidos pelo presidente da Casa, vereador Leonardo Silva, e demais parlamentares.

O PGJ comentou a implantação. “O nosso intuito é que as pessoas que têm dificuldade com o universo online sejam incluídas e acolhidas. Em nosso projeto, Orelhão Digital, elas não apenas terão acesso aos sites dos órgãos públicos para consultas e resolução de seus problemas, mas também terão um direcionamento guiado por profissionais atenciosos”, explicou Paulo Augusto Freitas.

A promotora Fernanda Nóbrega enalteceu a importância do projeto. “Muitas pessoas ainda não conseguem resolver suas questões, mesmo tendo acesso à internet. O que acontece é que lhes falta conhecimento para gerir as ferramentas que realizam os processos digitais. Por isso, tivemos esse cuidado de esclarecer na parceria a necessidade de haver uma orientação personalizada para cada pessoa, de acordo com as demandas que elas trazem”, detalhou.

Vale lembrar que, com o projeto Orelhão Digital, é possível realizar, em um único ponto de atendimento, alguns serviços da Celpe, Compesa, INSS, Detran, Expresso Cidadão, Delegacia de Polícia, redes municipal e estadual de saúde, Receita Federal, além de consultas a processos em andamento no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Justiça de Pernambuco, bem como participação em audiências virtuais.

O que é mieloma múltiplo, causa da morte da jornalista Cristiana Lobo

tomografia exame

A jornalista Cristiana Lôbo morreu nessa quinta-feira (11) após lutar contra um câncer. O tipo da doença que causou a morte da profissional é o mieloma múltiplo, que ocorre em células do sangue chamadas plasmócitos, produzidas na medula óssea.

O mieloma múltiplo tem taxa de incidência de 7,8 novos casos a cada 100 mil habitantes. A idade média dos pacientes é de 65 anos. A doença é ocasionada a partir de uma alteração do DNA dos plasmócitos.

“Mieloma múltiplo é um tipo de neoplasia maligna, em que há proliferação desordenada de uma célula do sangue, o plasmócito, que pode levar à anemia, alteração da função renal, hipercalcemia e lesões líticas nos ossos, com dores e fraturas patológicas”, diz a hematologista e integrante do Centro de Câncer de Brasília e do Hospital Universitário de Brasília (Cetro-HUB), Fernanda Queiroz Bastos.

Os sintomas mais frequentes são problemas ósseos, especialmente nas costas, quadris e crânio; baixas taxas de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas no sangue, o que pode causar fraqueza e tontura e maiores níveis de cálcio, gerando insuficiência renal e impactos no sistema nervoso, como dor intensa, dormência e fraqueza nos músculos.

O mieloma múltiplo também pode atrapalhar o fluxo do sangue para o cérebro, causando confusão, tontura e sintomas de um AVC. A doença pode prejudicar os rins, ocasionando até mesmo uma falha desses órgãos.

Segundo o biólogo Fabiano de Abreu, isso ocorre porque as células cancerígenas se multiplicam de forma desordenada e geram impactos prejudiciais ao funcionamento de diversas partes do organismo.

“O excesso de proteínas que vem acompanhado dessa multiplicação celular suprime o desenvolvimento de outros elementos importantes para o organismo como os glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas (partículas semelhantes a células que ajudam o corpo a formar coágulos). Tudo isso ainda vai afetar a produção de anticorpos de defesa normais, que fica reduzida”, explica.

Segundo a Sociedade Estadunidense de Câncer, é difícil diagnosticar o mieloma múltiplo de forma precoce. Isso porque muitos sintomas podem aparecer somente quando o câncer já está em estágio avançado.

Uma das formas de fazer o diagnóstico do mieloma múltiplo é por meio de exames de imagem, como radiografia óssea, tomografia computadorizada, tomografia por emissão de pósitrons, ressonância magnética e ecocardiograma.

Outras alternativas para o diagnóstico são os exames de laboratório, como o hemograma (que mede o nível dos glóbulos vermelhos), a bioquímica sanguínea (que mensura os níveis de creatinina, albumina e cálcio no sangue), e o exame de urina.

Evitar a exposição a materiais químicos e tóxicos é um dos cuidados para prevenir esse tipo de câncer.

Entre os tratamentos estão terapias para problemas causados pelo mieloma múltiplo, como fraturas no osso, infecções e insuficiência renal. Também são terapias, assim como em outros tipos de câncer, a quimioterapia e o transplante de medula óssea.

“Algumas vezes, quando há lesão em coluna, com compressão neural, pode ser necessário cirurgia ou radioterapia de urgência”, complementa a hematologista Fernanda Queiroz.

Imunização contra covid-19 gera segurança para 75% de brasileiros

vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech

Um levantamento feito a pedido da Pfizer Brasil e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) mostrou que o sentimento de segurança gerado com o aumento na taxa de imunização contra a covid-19 abrange 75% dos 2 mil entrevistados. De acordo com a pesquisa, 65% dos entrevistados sentem-se seguros e 10%, muito seguros com o avanço da vacinação. Outros 20% disseram sentir-se inseguros (18% estão inseguros e 2%, muito inseguros) e 6% não responderam.

Apesar disso, ainda há preocupação com a possibilidade de uma nova onda de covid-19 para 86% dos entrevistados. A pesquisa indicou que 41% têm muito medo de uma nova onda de covid-19 e 45% têm um pouco de medo. As perguntas fazem parte da pesquisa Vacina. Tomar para retomar e foi respondida pela internet por pessoas com 16 anos ou mais, nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro‐Oeste, entre os dias 19 e 29 de outubro de 2021.

Retomada
Também será feita uma campanha de mesmo nome com a exposição da Bandeira da Retomada, criada pelo artista plástico paulista Didu Losso, a pedido da Pfizer, para simbolizar a esperança e o otimismo gerados pelo avanço da imunização no Brasil. A ideia é destacar o papel fundamental das máscaras no enfrentamento da pandemia e lembrar que ainda é preciso usá-la. A bandeira ficará exposta entre os dias 12 e 18 de novembro na entrada da Shopping Center 3, na Avenida Paulista.

Segundo o resultado do questionário feito para entender as expectativas e os aprendizados dos brasileiros para o cenário pós‐pandemia, as sensações despertadas pela ampliação da vacinação no país são de impacto positivo: esperança em primeiro lugar com 29%; seguida por otimismo com 24%; e alívio com 16%. Só esses três sentimentos somam 69%.

Os dados mostram ainda que há grande expectativa pela retomada nos próximos meses. Entre as atividades os entrevistados pretendem resgatar em primeiro lugar, com 40% das respostas, a chance dos encontros mais frequentes com a família e/ou amigos e a vontade de frequentar espaços fechados, como shoppings, cinemas, teatros, restaurantes, academias e igrejas.

Em seguida, com 35%, frequentar espaços abertos como parques, praças, praias; viajar com 32% e ir a eventos de aglomeração como shows, festas e estádios com 23%, ao passo que 18% citaram cursos presenciais e 16%, trabalho presencial. Ainda há 15% afirmando que já voltaram a realizar todas as atividades normalmente.

“Esses dados positivos revelam o reconhecimento da população em relação à contribuição da ciência para a saúde em geral. Graças às novas vacinas contra a covid-19 vidas estão sendo poupadas e podemos retomar aos poucos a nossa rotina. Mas vale lembrar que a pandemia ainda não acabou. Portanto é de extrema importância que as medidas de prevenção ainda sejam mantidas”, disse a líder médica da área de vacinas da Pfizer Brasil, Júlia Spinardi.

O levantamento mostrou que para 64% dos internautas a população está mais consciente sobre hábitos de saúde e higiene para a prevenção de doenças depois de passar por uma pandemia. Entre hábitos adquiridos os de maior probabilidade de serem mantidos após o fim da pandemia são o uso do álcool em gel (58%); lavar as mãos constantemente ou ao chegar em algum lugar (55%); o uso de máscaras, mesmo que eventualmente (40%) e distanciamento social, evitar aglomeração e contato físico desnecessário (31%).

“Com o passar do tempo, muitos hábitos serão relaxados e até abandonados, como o distanciamento e a lavagem tão frequente das mãos. Talvez a maior lição que fique será os indivíduos com sintomas gripais terem mais preocupação com o próximo, usando máscaras em locais fechados ou transporte público. A conscientização sobre os riscos para grupos mais vulneráveis deve trazer mudanças de comportamento também”, afirmou o infectologista e diretor da SBIm, Renato Kfouri.

Pelo menos 72% dos participantes da pesquisa disseram que as fake news atrapalham a vacinação; 49% afirmaram não compartilhar conteúdos sobre o tema quando não têm certeza de que são verdadeiros ou mesmo quando sabem que é real. Já 46% declararam compartilhar, mas só depois de confirmar a veracidade em jornais, sites ou com médicos e profissionais de saúde, enquanto apenas 2% dizem compartilhar mesmo sem saber se é verdade.

Questionados sobre quais as principais fontes onde costumam buscar informações sobre vacinação, 60% respondem em órgãos oficiais (como Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Anvisa e Organização Mundial da Saúde, sociedades médicas ou científicas); 53% com profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) e 36% nos veículos de comunicação (rádio, TV, revista, jornal e internet).

Gilberto Gil é eleito para a Academia Brasileira de Letras

Gilberto Gil 2021

Com 21 dos 34 votos possíveis, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil foi eleito hoje para a cadeira número 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga com a morte, em 27 de maio do ano passado, do jornalista Murilo Melo Filho. Os outros dois concorrentes foram o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daunt.

Os acadêmicos participaram da votação de forma presencial ou virtual, sendo que um deles não votou por motivo de saúde. Os ocupantes anteriores da cadeira 20 foram Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares.

O presidente da ABL, Marco Lucchesi, lembrou de uma metáfora oportuna do sociólogo, escritor e político brasileiro Darcy Ribeiro para se referir ao novo imortal da instituição. “Para Darcy, o pássaro da cultura tinha duas asas. Uma delas era erudita e a outra popular. Para que o pássaro possa voar mais longe, ele precisa das duas asas. Certamente, Gilberto Gil é esse traço de união entre a cultura erudita e popular”.

De acordo com Lucchesi, Gil é um intelectual que pensa o Brasil. “Canta e pensa esse país; provou o exílio, em um momento muito difícil da nação; ocupou cargos importantes, como o Ministério da Cultura. Enfim, é um homem poliédrico, que representa parte essencial desses últimos anos do século 20 e do início do século 21. Portanto, ele é um homem que tem muitos traços de união: a política e a poética; século 20 e século 21; a tropicália e o modernismo. Ele é uma figura de extrema riqueza e, certamente, é muito bem-vindo agora como acadêmico, na casa de Machado de Assis”, disse o acadêmico.

O novo acadêmico
Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos de 1950, inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil passou a tocar violão e, em seguida, a guitarra elétrica, presente em sua obra até hoje. Em seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, traduziu em música, de forma particular, elementos regionais, como nas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963, iniciou com Caetano Veloso uma parceria e o movimento Tropicália, que acabou internacionalizando a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e a arte brasileira. O movimento gerou descontentamento do regime militar vigente à época, e os dois parceiros acabaram exilados. O exílio em Londres contribuiu para a influência do mundo pop na obra de Gil, que chegou a gravar um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias atuais. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com nove Grammy.

Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, Artista da Paz, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1999; embaixador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); além de condecorações e prêmios diversos, como a Légion d’ Honneur da França, a Sweden’s Polar Music Prize, entre outros.a

Dólar cai para R$ 5,40 e fecha no menor valor em 40 dias

dólares, dólar, moeda americana

Em dia de feriado nos Estados Unidos, o otimismo prevaleceu no mercado financeiro. O dólar caiu para o menor valor em 40 dias. A bolsa de valores fechou em alta pelo terceiro dia seguido e retomou o nível de 107 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (11) vendido a R$ 5,404, com recuo de R$ 0,096 (-1,74%). Na mínima do dia, por volta das 14h15, a cotação chegou a R$ 5,39. A moeda está no menor valor desde 1º de outubro, quando tinha fechado a R$ 5,369, e teve a maior queda diária desde 9 de setembro, quando caiu 1,85%.

Com o desempenho de hoje, a divisa acumula queda de 2,15% na semana e de 4,28% em novembro. Em 2021, o dólar sobe 4,14%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.595 pontos, com alta de 1,54%. O indicador alcançou o maior nível desde 25 de outubro. A bolsa avança 2,64% nesta semana e 3,96% em novembro, mas acumula queda de 9,6% neste ano.

Sem o mercado norte-americano como referência, o dólar caiu com base na expectativa de que o Banco Central (BC) acelere a alta da taxa Selic em resposta ao repique da inflação oficial, que atingiu, em outubro, o maior nível para o mês desde 2002. Juros mais altos tendem a estimular a entrada de capitais externos em países de maior risco, como o Brasil.

Outro fator que contribuiu para o otimismo no mercado financeiro foi a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da proposta de emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o cálculo do teto de gastos. Apesar de a medida aumentar os gastos públicos no próximo ano, os analistas acreditam que a não aprovação da PEC levaria o governo a editar um decreto extraordinário de calamidade pública, que violaria definitivamente o teto, em vez de apenas fazer ajustes na fórmula.

Bolsonaro é ruim ou péssimo para 1/3 dos eleitores

O presidente Jair Bolsonaro faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” na visão de 33% das pessoas que votaram nele no 2º turno em 2018, segundo pesquisa PoderData realizada de 8 a 10 de novembro de 2021.

O resultado fica 10 pontos abaixo da avaliação do presidente como “bom” ou “ótimo” neste mesmo público. Entre os que votaram em Fernando Haddad (PT), 81% dizem avaliar seu trabalho negativamente e 4% positivamente.

A avaliação de Bolsonaro entre seus eleitores é bem mais favorável do que as suas taxas na população em geral – 24% de “bom/ótimo” e 57% de “ruim/péssimo”. É expressivo, no entanto, que 1 entre 3 eleitores do presidente declarem insatisfação com o seu trabalho frente ao Planalto.

Esta pesquisa foi realizada no período de 8 a 10 de novembro de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. Foram 2.500 entrevistas em 412 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.