Covid-19: Brasil passa das 440 mil mortes

Mulher com máscara de proteção em avenida de São Paulo

Com 2.641 novas mortes registradas nas últimas 24 horas, o país chegou a 441.691 vidas perdidas para a pandemia. Ontem, o sistema de dados do Ministério da Saúde marcava 439.050 óbitos.

Ainda há 3.728 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Já o total de casos acumulados desde o início da pandemia atingiu 15.812.055. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 79.219 novos diagnósticos positivos de covid-19. Até ontem, o painel de informações do MS trazia 15.732.836 casos acumulados.

Ainda há no país 1.040.246 casos em acompanhamento. Esse é o nome dado às pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia totalizou 14.330.118. Isso equivale a 90,6% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (105.852). Em seguida vêm Rio de Janeiro (48.662), Minas Gerais (37.927), Rio Grande do Sul (27.031) e Paraná (25.059). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.584), Acre (1.631), Amapá (1.635), Tocantins (2.751) e Alagoas (4.538).

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (19.05.2021).
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (19.05.2021). – Divulgação/Ministério da Saúde

Vacinação

Até o momento, foram distribuídos a estados e municípios 89,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 54,7 milhões de doses, sendo 37,1 milhões da 1ª dose e 17,6 milhões da 2ª dose.

Pfizer entrega mais 629 mil doses da vacina contra a covid-19

BioNTech COVID-19 vaccine production facility in Reinbek

Chegaram na noite de ontem, quarta-feira (19), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), mais 629 mil doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer. Esse é o quarto lote de um total de 200 milhões de vacinas contratadas pelo governo brasileiro da farmacêutica. Somadas, as quatro remessas totalizam 2,8 milhões de doses do imunizante entregues ao Ministério da Saúde.

As doses, agora, serão levadas ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde em Guarulhos (SP), onde as vacinas são armazenadas a uma temperatura de -90 graus Celcius (°C) a -60°C. Ao serem enviadas aos locais de vacinação, os imunizantes são expostos a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de 2ºC a 8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.

Novas remessas

Para o mês de maio, segundo o painel de vacinação contra a covid-19, estão previstos 20,5 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca produzida pela Fiocruz, 3,9 milhões da Oxford/AstraZeneca obtida pelo consórcio Covax Facility, cinco milhões da CoronaVac e mais 842 mil da Pfizer pelo Covax Facility, totalizando 32,9 milhões de doses.

UNINASSAU abre inscrições para o Vestibular de Medicina

Estão abertas as inscrições para o vestibular de Medicina 2021.2 da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife. Interessados podem se candidatar para o processo seletivo até o dia 20 de junho pelo site vestibularmedicina.uninassau.edu.br.

A seleção será mediante análise das notas obtidas pelo candidato nas duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A UNINASSAU se destaca com um ensino híbrido, voltado para uma maior eficácia no desenvolvimento das competências e habilidades de seus estudantes. Além disso, possui matriz curricular pautada em metodologias ativas de aprendizagem, integração, interdisciplinaridade, flexibilidade e contextualização.

O diretor médico da graduação, Cláudio Lacerda, enalteceu a qualidade do curso, que tem nota máxima no MEC e foi apontado pelo órgão como o melhor da região entre as instituições particulares. “Contamos com uma infraestrutura de ponta, com Laboratórios de Saúde equipados com o que há de mais moderno, Salas de Metodologias Ativas. Além disso, nosso corpo docente é referência em suas áreas, com 93% tendo mestrado e/ou doutorado”, destaca.

O resultado oficial do Vestibular de Medicina da UNINASSAU será divulgado no dia 7 de julho.

Deputado Erick Lessa se reúne com bispo de Caruaru

O deputado estadual Erick Lessa se reuniu com o bispo diocesano de Caruaru, Dom José Ruy, na manhã desta quarta-feira (19). O encontro ocorreu na Cúria Diocesana.

Na ocasião, debateram sobre a realização de atividades religiosas no Agreste, que está sob medidas mais restritas até o fim do mês. “Foi um momento importante, com este líder que, de forma sábia e equilibrada, transmite paz e esperança às pessoas, inclusive neste tempo de tantas dificuldades”, disse o parlamentar, que é defensor da essencialidade das igrejas e templos religiosos no período de pandemia.

Paulo Câmara prestigia posse dos novos defensores públicos de Pernambuco

Para marcar o Dia Nacional da Defensoria Pública, nesta quarta-feira (19.05), o governador Paulo Câmara prestigiou a posse dos seis novos defensores públicos do Estado. Durante a cerimônia, realizada na Defensoria Pública da União, no bairro da Boa Vista, o chefe do Executivo estadual foi homenageado com uma placa, como reconhecimento pelo apoio hipotecado pelo Governo de Pernambuco à instituição.

“Gostaria de parabenizar os novos defensores e ressaltar que estou muito grato em participar desta celebração, no Dia Nacional da Defensoria Pública, culminando com a posse de novos servidores que emprestarão força e talento à defesa da causa social e com um olhar para aqueles que mais precisam. A Defensoria tem construído um forte elo com a sociedade, baseado na consciência da sua nobre missão, na ampliação permanente do acesso à justiça e na atenção aos mais vulneráveis. O Governo de Pernambuco sabe da inquestionável importância da Defensoria Pública. Por isso, sempre atuarei para que essa entidade seja cada vez mais forte. Aos novos defensores, desejo sucesso. Contem com os pernambucanos e pernambucanas”, afirmou Paulo Câmara.

Após apresentar as melhorias e avanços da Defensoria Pública de Pernambuco nos últimos anos, o Defensor Público-Geral do Estado, José Fabrício Silva de Lima, agradeceu ao governador pelo apoio para a prestação de serviço de qualidade, por suprir as necessidades da população. “A parceria do Governo de Pernambuco tem sido a grande impulsionadora da Defensoria no Estado. Ao governador Paulo Câmara, nossa eterna gratidão e a certeza de que iremos retribuir todo o investimento na Defensoria e na ampliação e melhoria dos serviços prestados à população”, disse.

Foram empossados os novos defensores Débora da Silva Andrade, Bernardo Augusto Ferreira Duarte, Joseph Raphael Alencar Brandão, Giovana Figueiredo Leite, Luciana Freire Losse e Nelson Mendes da Silva.

Também estiveram presentes à cerimônia o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros; o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Fernando Cerqueira; o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas; o subdefensor geral, Henrique Seixas; e o presidente da Associação das Defensoras e Defensores de Pernambuco, Edmundo Siqueira Barros.

Tony Gel pede reforma urgente do Hospital Jesus Nazareno em Caruaru

O Deputado Estadual Tony Gel (MDB) solicitou nesta quarta-feira 19, ao Governador Paulo Câmara e ao Secretário Estadual de Saúde, André Longo esforços no sentido de providenciar uma reforma urgente no prédio onde funciona o Hospital Jesus Nazareno, a conhecida “Fusam” em Caruaru.

O representante de Caruaru na Alepe, lembrou que a

referida unidade de saúde é referência secundária para gestação de alto risco,

atendendo a demanda de cerca de 90 municípios pernambucanos, e foi matéria jornalística em uma reportagem da TV Jornal, a qual mostrou que o local

apresenta graves problemas estruturais, carecendo, urgentemente, de reparos nas instalações físicas, hidráulicas e elétricas.

Tony explicou que o pedido de urgência na reforma é por conta dos problemas estruturais que o prédio apresenta, onde inclusive o teto da coberta de entrada está isolada, com ameaça de cair, justamente devido às infiltrações.E faz-se, portanto, necessário que providências sejam tomadas, antes

que alguma tragédia aconteça.

Com alta de internações, SP mantém fase de transição até o dia 31

Brasília - Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taguatinga. Em alguns hospitais do Distrito Federal faltam leitos para os pacientes. Foto: Marcello Casal JR/ABr

Ao registrar novo aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para a covid-19, o governo paulista decidiu prorrogar a fase de transição até o dia 31 de maio, mas ampliando a capacidade de atendimento das atividades comerciais e de serviços de 30% para 40%, com manutenção de funcionamento entre as 6h e 21h.

A fase de transição teve início no dia 18 de abril e foi dividida em duas etapas. Na primeira, que durou até o dia 23 de abril, as atividades comerciais passaram a ser permitidas, além da realização de cultos e cerimônias religiosas. Já na semana seguinte, além das atividades comerciais, também foram liberadas as atividades do setor de serviços. Com isso, restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, parques, atividades culturais e academias puderam reabrir desde então, com exceção dos bares.

Além de prorrogar a fase de transição, o governo também manteve o toque de recolher entre as 21h e 5h.

Segundo o governador João Doria, a partir do dia 1o de junho, o estado entrará em uma nova fase, que vai ampliar o horário de funcionamento do comércio e dos serviços até as 22h e ampliar a capacidade para até 60%. Também será ampliada a capacidade de testagem, principalmente com testes rápidos.

Alta de internações
Há uma semana, no dia 12 de maio, a ocupação de leitos de UTI no estado estava em 78,2% e, na Grande São Paulo, em 76,4%. Hoje (19), essas taxas já somam 79% no estado e 76,9% na Grande São Paulo. Até o momento, 10.129 estão internadas em estado grave em todo o estado.

Apesar de o governo paulista falar em estabilidade dos números, mas com o início da fase de transição e liberação de funcionamento dos serviços e do comércio, o estado voltou a registrar um aumento dos casos. Nesta 19a Semana Epidemiológica, que começou no domingo (16) e termina no próximo sábado (22), o estado já registra média de 2.303 internações por dia, acima da semana anterior, quando a média de internações estava em 2.244 por dia.

O pico de internações foi registrado na 12a Semana Epidemiológica, entre os dias 21 e 27 de março, quando a média no estado foi de 3.381 internações por dia. Esse número começou a cair desde então e, no seu melhor momento, chegou a somar 2.238 internações por dia na última semana de abril [correspondente à 17a Semana Epidemiológica], mas ainda em um patamar muito elevado, acima do pico na primeira onda da pandemia, quando foi registrada uma média de 1.962 internações por dia, em julho.

Segundo o Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, esses números continuarão elevados por pelo menos mais quatro semanas. “Mas isso vai depender do ritmo de vacinação”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência.

“Até metade do mês que vem vamos conviver com números elevados, mas não serão os números que tivemos na fase mais aguda da pandemia. Depois de três ou quatro semanas, passaremos a ter uma redução pelo efeito da vacina”, disse João Gabbardo. “Mas quando falo nesse comportamento, falo em duas variáveis para analisar: o comportamento das pessoas e a velocidade de vacinação. Quanto maior for a velocidade de vacinação, menor será esse tempo que vamos passar para começar a ter essa redução. Quanto maior for o comportamento das pessoas para o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social, menor será esse tempo para o decréscimo desses números. O comportamento das pessoas é que vai determinar a velocidade de redução”, ressaltou.

Gobbardo lembra, no entanto, que as medidas também precisam ser seguidas por quem já se vacinou. “Vacinados não podem achar que podem voltar à vida normal. Precisa ter distanciamento e manter o uso de máscara”, destacou.

Salles se diz surpreso e classifica operação da PF de desnecessária

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa de audiência pública, sobre o vazamento de petróleo em praias do Nordeste

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ter ficado surpreso com a operação que a Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (19) para apurar a suspeita de participação de servidores do ministério e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em supostos crimes contra a administração pública.

A jornalistas, Salles classificou a operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “exagerada e desnecessária”. “Até porque, todos os que foram incluídos nesta operação sempre estiveram à disposição para esclarecer quaisquer questões”, afirmou o ministro. Além de Salles, a operação teve como alvo o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e mais 16 investigados.

Na decisão em que autorizou o cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão incluindo em endereços funcionais e pessoais de Salles, além do afastamento do cargo do presidente do Ibama, Eduardo Bim, e de outros oito servidores públicos, Moraes afirma que o pedido de diligências foi feito pela própria PF. Segundo Moraes, na petição, a PF informou ter provas que “sinalizam, em tese, para a existência de grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”, incluindo documentos fornecidos pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

“Até onde eu sei, uma carga foi exportada para os Estados Unidos, que pediu documentos que não constavam. Analisando o caso, a presidência do Ibama entendeu que a regra invocada [pelas autoridades norte-americanas] já naquela altura deveria ter sido alterada. Por isso, aparentemente, agiu de forma técnica”, disse Salles.

O episódio envolvendo a embaixada norte-americana é citado na decisão que o ministro Alexandre Moraes tornou pública esta manhã. Segundo o texto, em 10 de janeiro de 2020, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS) deteve, no estado da Geórgia, a três contêineres contendo madeira exportada do Brasil, por uma empresa com sede em Ananindeua (PA).

Segundo notificação enviada pela embaixada às autoridades brasileiras, o material não tinha a documentação necessária para comprovar sua procedência legal. A partir daí, segundo os fatos narrados na decisão de Moraes, o Ibama enviou “uma série de respostas conflitantes”, ora informando que a madeira exportada não tinha sido analisada pelo setor competente, ora alegando que o envio da carga cumprira toda a exigência legal.

O ministro disse que não teve acesso a todas as informações do inquérito e destacou que o ministério e o Ibama sempre agiram em consonância com a lei. “Isto ficará demonstrado nos autos do inquérito, conforme ele for instruído”, disse Salles, confirmando que policiais federais apreenderam documentos em seu gabinete, no ministério.

Salles disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre as investigações. “Expliquei que, na minha opinião, não há substância em nenhuma das ações. E que, ao que me parece, este assunto pode ser esclarecido com muita rapidez”, disse o ministro. “Entendemos que o inquérito foi instruído de uma forma que acabou induzindo o ministro ao erro”, acrescentou.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ibama, mas ainda não teve resposta. A reportagem também procurou a Advocacia-Geral da União (AGU), que ainda não se manifestou. Procurada, a assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o órgão não foi consultado sobre o pedido de diligências que a PF fez ao STF, “o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório”.

CPI: Pazuello diz que não foi orientado a indicar tratamento precoce

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro da Saúde. O objetivo é obter respostas sobre a conduta do ex-ministro nos dez meses em que esteve à frente do ministério, em pontos como postura

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou nesta quarta-feira (19), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, que tenha assumido a pasta sob a condição de seguir ordens do presidente da República, Jair Bolsonaro, de recomendar chamado “tratamento precoce” para a covid-19, que inclui medicamentos sem comprovação científica como a hidroxicloroquina. “Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada”, garantiu.

Pazuello acrescentou que foi nomeado por Bolsonaro para “fazer as coisas andarem o mais rápido possível” e que a missão era “trocar a roda do carro com o carro andando”. Sobre sua experiência para assumir o ministério, Pazuello lembrou as funções que exerceu ao longo da carreira, entre elas, o comando de hospitais de campanha, como na Operação Acolhida, na fronteira com a Venezuela. “Sobre gestão e liderança, acho que nem preciso responder. É como responder se a chuva molha. Todo militar tem isso”, disse.

Aos senadores, o general avaliou ser apto para o comando da pasta da Saúde por ter – assim como outros ministros não médicos que ocuparam o posto – capacidade de ouvir, sensibilidade para a tomada de decisão rápida.

Imunidade de rebanho

Ao falar da tese da “imunidade de rebanho”, o ex-ministro Pazuello reconheceu que ela “é real”, mas disse que não pode ser usada como única estratégia para imunizar a população. “Que se tem uma imunidade a partir de várias pessoas, não há dúvida, mas como não se sabe o grau de força desses anticorpos, e por quanto tempo ele fica no organismo, não se pode estar apoiado apenas nesta tese. Tem que partir para a imunização com vacina”, afirmou. O ex-ministro disse que sua opinião sobre o assunto não foi formada por conselhos do deputado federal Osmar Terra, um dos defensores da tese. Também negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha determinado que seguisse essa estratégia.

OMS

Sobre os motivos que levaram o governo brasileiro a não seguir orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Pazuello disse que a OMS, assim como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), não impõe condições ao governo brasileiro. “Nossa decisão é plena, não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação de OMS, de ONU, de lugar nenhum. Somos soberanos.”

Para o ex-ministro, as posições da OMS eram claras, mas não contínuas, pelo próprio desconhecimento da organização sobre a pandemia. “A OMS nos dava uma posição, mas cabia a nós escolher o que seguir”, acrescentou.

Pazuello minimizou manifestações do governo federal sobre medidas não farmacológicas, como isolamento social e disse que como ministro sempre defendeu medidas protetivas.

“Sempre me posicionei da mesma forma: [favoravelmente] a medidas preventivas, incluindo o distanciamento social necessário em cada situação”, destacou. Pazuello acrescentou que durante a sua gestão sempre ressaltou a importância de medidas como uso de máscaras e lavagem das mãos.

Pfizer

Na contramão das declarações do CEO da Pfizer, Carlos Murillo, e do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que à CPI disseram que o governo brasileiro ficou dois meses sem dar retorno à farmacêutica sobre proposta feita para aquisição de vacinas, o ex-ministro da Saúde disse que vai entregar documentos ao colegiado que, segundo ele, provam que houve respostas à empresa americana.

“Como assim não houve respostas? Nós tivemos 20 respostas à Pfizer”, destacou Pazuello. O general detalhou aos senadores que os contatos com a farmacêutica começaram ainda em 2020 e que o preço e a quantidade de doses oferecidas pela empresa, por exemplo, estiveram entre os entraves para a negociação.

O ex-ministro disse ainda que passou setembro e outubro de 2020 analisando o contrato da farmacêutica e ressaltou que o Ministério da Saúde nunca fechou as portas e sempre quis comprar a vacina da Pfizer.

Investimentos

À CPI, o ex-ministro da Saúde avaliou que “nunca se investiu tanto em saúde no Brasil”. Segundo ele, o legado deixado pelos investimentos feitos pelo governo federal em estados e municípios proporcionará, de forma definitiva, uma melhora na estrutura em saúde ofertada pelos governos locais.

Pazuello disse que, em 2020, o Ministério da Saúde repassou aos demais entes da federação R$ 115 bilhões. O ex-ministro informou que foram liberados mais de R$ 500 bilhões, no total, às mais diversas ações relacionadas ao combate à pandemia.

Ao relacionar as ações tomadas enquanto chefiou a pasta, Pazuello falou sobre campanhas de orientação contra a propagação do vírus. Segundo o general, foram 11 campanhas e 271 vídeos institucionais, sobre a capacidade de testagem e a criação de programas federais, como bancos genéticos para monitorar novas variantes do vírus.

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro da Saúde. O objetivo é obter respostas sobre a conduta do ex-ministro nos dez meses em que esteve à frente do ministério, em pontos como postura
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia

 

Pazuello lembrou que, embora a União disponibilize recursos para que estados e municípios executem as ações de saúde, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abril de 2020 – que garantiu aos governadores a tomada de decisões sobre medidas contra o coronavírus – limitou essas medidas. “Não há possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações sem usurpar competências dos estados e municípios. Isso seria possível no caso de intervenção federal em algum estado. O gestor pleno do SUS [Sistema Único de Saúde] é o secretário municipal de Saúde”, lembrou.

Sobre a relação com estados e municípios, Eduardo Pazuello destacou que a primeira medida foi desenvolver uma ferramenta de análise de riscos e que à época já havia uma nota técnica que foi distribuída a todos os prefeitos. “Tomada a decisão, o ministério apoiava em todos os itens pedidos por prefeitos e governadores”, explicou.

Habeas corpus

Mesmo amparado por uma habeas corpus, concedido na semana passada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que lhe assegura o direito de permanecer em silêncio e não se incriminar em casos referentes à atuação dele à frente do ministério, o ex-ministro afirmou que vai responder a todas as perguntas dos senadores. Pazuello é o oitavo nome a prestar depoimento à CPI e o último a ocupar o cargo de ministro da Saúde a ser ouvido pelo colegiado.

UE aceita aliviar restrições de viagem a turistas de fora do bloco

Restaurante em Nice, França

Países da União Europeia (UE) concordaram nesta quarta-feira (19) em suavizar restrições de viagem a turistas de fora do bloco antes do início da temporada de verão, informou a organização.

Embaixadores dos 27 países do bloco aprovaram uma proposta de 3 de maio, da Comissão Europeia, de afrouxar os critérios para determinar países “seguros” e receber turistas totalmente vacinados de outras partes.

Eles devem criar uma lista nova nesta semana ou no começo da próxima. Com base em dados do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças, o Reino Unido e outros países cumpririam os novos critérios.

Os Estados Unidos não cumpririam, mas norte-americanos vacinados seriam bem-vindos à Europa.

Um diplomata da UE disse que casos da variante indiana no Reino Unido precisariam ser levados em conta, embora países do bloco já estejam delineando suas próprias diretrizes – Portugal suspendeu, na segunda-feira, uma proibição de viagem de turistas britânicos que vigorava há quatro meses.

Segundo as restrições atuais, pessoas somente de sete países, incluindo Austrália, Israel e Singapura, podem entrar na UE nas férias, vacinadas ou não.

O principal critério atual é não terem surgido mais de 25 casos novos de covid-19 para cada 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores. A tendência deveria ser estável ou decrescente, e deveria haver um número suficiente de exames, que teria que mostrar um percentual mínimo de exames negativos. Variantes que preocupam podem ser levadas em consideração.

A comissão propôs elevar a taxa de casos a 100, e os embaixadores da UE optaram por 75. Um freio de emergência seria usado para limitar o risco de entrada de variantes no bloco.