Polícia Militar de Pernambuco tem novo comandante

Coronel José Roberto Santana assume a corporação, substituindo o coronel Vanildo Maranhão

O governador Paulo Câmara aceitou o pedido de exoneração do comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, feito no início da noite desta terça-feira (01.06). Maranhão será substituído pelo coronel José Roberto Santana que atualmente ocupava o cargo de diretor de Planejamento Operacional da PM.

O novo comandante será nomeado nesta quarta-feira (02.05). As investigações sobre as responsabilidades das agressões praticadas por policiais militares durante a manifestação ocorrida no último sábado no centro do Recife continuam. Há procedimentos investigatórios instaurados pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social e pela Polícia Civil.

Quem deu a ordem?

Antonio Coelho

Pernambuco testemunhou episódios deploráveis no último final de semana durante protestos realizados no Centro do Recife. Ficaram claras a falta de planejamento, de liderança e de comando na segurança pública do estado. Antes mesmo de qualquer investigação, o governador preferiu assumir a posição de vítima e buscou rapidamente transferir culpas e responsabilidades. Ao fazer prejulgamento, o governador coloca em xeque toda e qualquer operação isenta e efetiva para investigar a origem e a real motivação que levaram os policiais a irem de encontro aos manifestantes. Sua postura poderá limitar a atuação da Polícia Civil e da Corregedoria Militar. Sua postura induz a uma percepção negativa das forças policiais do estado.

Enorme frustração é o resultado da reunião com o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua. Apesar da reunião extensa e das informações apresentadas na Assembleia Legislativa, ele não conseguiu esclarecer sequer o mínimo: de onde partiu a ordem para que o Batalhão de Choque, com todo o aparelhamento necessário, entrasse em ação? Não é verosímil que a ordem de dispersar os manifestantes tenha partido de alguém no campo. Veio do alto comando? Contou com a anuência do secretário ou do governador?

O que realmente transparece, após tudo que sabemos até aqui, é que estão em busca de um bode expiatório. O que se cristaliza é que estão tentando jogar toda a desarticulação e falta de comando que impera no governo estadual no colo do policial militar, que está na rua, sendo alvo de toda tensão e todo tipo de pressão. São muitos mistérios envolvendo o ocorrido que precisam ser esclarecidos urgentemente. O povo pernambucano merece a verdade.

Deputado estadual e Líder da bancada de Oposição

Polícia Militar de Pernambuco tem novo comandante

O governador Paulo Câmara aceitou o pedido de exoneração do comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, feito no início da noite desta terça-feira (01.06).

Maranhão será substituído pelo coronel José Roberto Santana que atualmente ocupava o cargo de diretor de Planejamento Operacional da PM.

O novo comandante será nomeado nesta quarta-feira (02.05). As investigações sobre as responsabilidades das agressões praticadas por policiais militares durante a manifestação ocorrida no último sábado no centro do Recife continuam.

Há procedimentos investigatórios instaurados pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social e pela Polícia Civil.

Paulo Câmara diz que as ações de Bolsonaro são difíceis de entender e que rederam mais mortes

Em Participação no Programa Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádios, o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), fez um balanço de suas atuações à frente do estado diante a pandemia, criticou erros do presidente Bolsonaro e falou da sucessão de 2022.

Paulo Câmara iniciou o bate papo contando sobre as ações do estado no combate ao coronavírus. “Estamos com mais 1.600 leitos de UTI abertos no estado, são mais de 200 só no agreste, leitos que Pernambuco não tinha. Foi necessário montar toda uma rede sanitária de saúde, contratamos mais de 9 mil profissionais, preparamos nossa equipe e toda uma infraestrutura para salvar vidas. Em 2021, Pernambuco tem a segunda menor taxa de mortalidade do país. Agora estamos focados na vacinação, chegando mais vacinas distribuímos logo e orientamos que os municípios façam chegar o imunizante com rapidez a população”, disse o governador.

“O estado continua realizando obras, temos frentes de trabalhos em captação de água, saneamento básico e melhoramento de estradas, são ações fundamentais nesse momento de crise que vivemos. Estamos garantindo o segundo ano do 13º do bolsa família, repassamos 8 milhões para assistência social, postergamos pagamentos de tributos das micro e pequenas empresas e facilitamos tributos para os empreendedores. Nosso foco é ajudar a salvar vidas, garantir a assistência social e gerar emprego e renda”, pontou Paulo.

O governador criticou a forma como o presidente vem conduzindo o país nesse momento de pandemia. “O governo federal infelizmente não se preparou para vacinação e não cuidou da pandemia, isso gerou prejuízo para estados e municípios. Além disso, o presidente insiste em não realizar as boas práticas, não usa máscara, não respeita isolamento social, não diz a população que o vírus continua e que a COVID-19 continua circulando e matado muita gente. Claramente o governo federal tem sido incoerente e ao mesmo tem feito ações difíceis de serem aceitas, porque resultam em mais óbitos”, pontuou Câmara.

Sobre a sua sucessão, Paulo Câmara disse que vai tratar de 2022 em 2022. “Vamos encarrar eleições no momento certo, faremos a nossa sucessão com uma ampla frente de forças, conversaremos com as pessoas e definiremos as nossas posições. Geraldo Júlio foi um grande prefeito, está cumprindo seu papel como secretário de Desenvolvimento Econômico, não lhe faltam credenciais para ser candidato, mas isso vai ficar para 2022. Já Zé Neto é um secretário que nos ajuda demais, tem uma capacidade de trabalho que faz diferença em todos os momentos, atrair a classe política, tem cumprindo um papel importante por um Pernambuco melhor”, destacou o socialista.

Paulo Câmara finalizou a entrevista contando como pretende terminar seu governo no ano que vem. “Vamos concluir esse círculo como Governador de Pernambuco realizando o que é mais importante para população, fazendo com que os serviços públicos cheguem a todos os pernambucanos”, frisou o gestor.

Covid-19: Peru revisa número de mortes e tem pior marca per capita

Modelo gerado por universidade de Dublin, na Irlanda, mostra em detalhes a estrutura do novo coronavírus.

O governo peruano quase triplicou seu número oficial de mortos pela covid-19 nessa segunda-feira (31), para 180.764, após fazer uma revisão, transformando a situação do país na pior do mundo em relação ao tamanho de sua população. Os dados são da Universidade Johns Hopkins.

O Peru está entre os países latino-americanos mais atingidos pela pandemia de covid-19, com hospitais superlotados e a demanda por oxigênio superando a disponibilidade. Há muito tempo, especialistas avisavam que o verdadeiro número de mortos estava sub-representado nas estatísticas oficiais do país.

O governo afirmou que agora vai atualizar o total de mortos, que estava em 69.342 no domingo (30), em parte por causa da falta de testes, que tornou difícil a confirmação da causa de óbito de muitos pacientes.

De acordo com dados da Johns Hopkins, a Hungria tinha o pior número per capita de mortos pela covid-19, que era de 300 para cada 100 mil habitantes. Com a atualização, o Peru agora tem mais de 500 mortes pela doença para cada 100 mil pessoas.

“Acreditamos que é nosso dever tornar pública essa informação atualizada”, disse a primeira-ministra do Peru, Violeta Bermúdez, em entrevista coletiva anunciando o resultado da revisão.

Na América Latina, o Brasil tem o maior número total de mortos, com mais de 460 mil vidas perdidas por causa da pandemia. Em relação à sua população, no entanto, o número de mortos no Peru é mais que o dobro do brasileiro, de acordo com os dados.

Papa revisa lei da igreja e amplia regras contra abuso sexual

Papa Francisco olha pela janela no Palácio Apostólico no Vaticano

O papa Francisco divulgou nesta terça-feira (1º) a revisão mais abrangente da lei da Igreja Católica em quatro décadas, endurecendo regulamentos para clérigos que abusam de menores de idade e adultos vulneráveis, cometem fraudes ou ordenam mulheres.

A revisão, que está sendo preparada desde 2009, envolve toda a Seção 6 do Código de Direito Canônico da Igreja, composto por sete livros de cerca de 1.740 artigos. Trata-se da revisão mais abrangente desde que o código atual foi aprovado pelo papa João Paulo II em 1983.

Francisco lembrou aos bispos que eles têm a responsabilidade de seguir a letra da lei e que uma das metas das revisões é “reduzir o número de casos nos quais a imposição de uma penalidade é deixada a critério das autoridades”.

A nova seção, que envolve cerca de 80 artigos a respeito de crime e castigo, incorpora algumas mudanças feitas por pelos papas na lei da Igreja desde 1983 e apresenta novas categorias.

O monsenhor Filippo Iannone, chefe do departamento do Vaticano que supervisionou o projeto, disse que existiu “um clima de desleixo excessivo na interpretação da lei penal”, graças ao qual às vezes a misericórdia foi posta à frente da Justiça.

O abuso sexual de menores de idade foi colocado sob nova seção intitulada “Delitos Contra a Vida, a Dignidade e a Liberdade Humanas”, ao invés da anterior, mais vaga, “Crimes Contra Obrigações Especiais”.

A seção foi ampliada para incluir novos crimes, como “cultivar” menores de idade ou adultos vulneráveis para abusos sexuais e a posse de pornografia infantil.

Meio-campista chileno Vidal se recupera de covid-19 em hospital

Meio-campista chileno, Arturo Vidal

O meio-campista chileno Arturo Vidal, da Inter de Milão, contraiu covid-19 e está se recuperando em um hospital, anunciou a seleção do Chile nesta terça-feira (1). Em comunicado, a seleção disse que o jogador de 34 anos foi diagnosticado com o vírus depois de ser hospitalizado inicialmente com amidalite aguda.

“A equipe médica da seleção chilena enfatiza que, a pedido do jogador Arturo Vidal, anuncia-se que ele foi diagnosticado positivamente com covid-19”, disse o comunicado publicado no site do time. “Arturo está hospitalizado e isolado do grupo há mais de 72 horas devido a uma medida preventiva indicada pela equipe médica devido à apresentação de uma amidalite pleural aguda relatada anteriormente”.

Vidal foi o único membro do esquadrão a ser diagnosticado na rodada mais recente de exames, e admitiu o diagnóstico no Instagram.

“Eu me recuperarei em breve”, disse ele em uma postagem. “E peço a vocês, por favor, quem puder ser vacinado que o faça!”

Vidal perderá os jogos do Chile nas eliminatórias da Copa do Mundo deste mês contra a Argentina, na sexta-feira (4), e a Bolívia, no dia 9.

Após as partidas, o Chile iniciará sua campanha na Copa América voltando a enfrentar os argentinos, em 13 de junho.

Inflação na saída das fábricas recua para 1,89% em abril, diz IBGE

Fábrica da Yamaha. Linha de montagem de motocicletas Yamaha. Chão de fábrica.
Manaus (AM) 26.10.2010 - Foto: José Paulo Lacerda

A inflação de produtos industrializados na saída das fábricas brasileiras, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), ficou em 1,89% em abril. A taxa é inferior à registrada no mês anterior, que ficou em 4,63%.

Na comparação com abril de 2020, no entanto, houve um aumento do índice, já que naquele mês, a inflação havia sido de 0,11%. Segundo dados divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 16,08% no ano e de 35,69% em 12 meses.

Dezoito das 24 atividades industriais pesquisadas registraram alta de preços em abril. Os principais impactos na inflação do mês vieram de outros químicos (4,54%), alimentos (1,53%), metalurgia (4,97%) e produtos de metal (5,96%).

Sete atividades registraram deflação (queda de preços) no mês, entre elas indústrias extrativas (-0,70%) e derivados de petróleo (-0,55%). Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a maior taxa de inflação em abril foi observada nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (2,47%).

Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo tiveram alta de preços de 1,16%. Já os bens de consumo registraram as seguintes variações de preços: bens duráveis (1,34%) e bens semi e não duráveis (1,01%).

Freitas diz que o PIB mostra que o país está no caminho certo

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje (1º) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) do primeiro trimestre de 1,2% mostra que o país está “no caminho certo”. “Nos coloca em um patamar pré-pandemia e mostra que realmente o Brasil vai dar certo e nós vamos chegar ao final do ano com um crescimento digno de registro. É uma evidência de que nós estamos no caminho certo”, comemorou o ministro no Fórum de Investimentos Brasil 2021.

O PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. É o terceiro resultado positivo, depois dos recuos de 2,2% no primeiro e de 9,2% no segundo trimestres de 2020, quando a economia recuou 4,1%, atingida pela pandemia da covid-19.

Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,048 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Saneamento
Ao enumerar os investimentos em diversas áreas, Tarcísio Freitas destacou os projetos de concessão de saneamento à iniciativa privada na promoção de melhores condições de preservação do meio ambiente.

“Nós tivemos recentemente a transferência para a iniciativa privada de três blocos de saneamento no Rio de Janeiro, blocos da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos]”, disse o ministro lembrando o leilão realizado no final de abril que arrecadou R$ 22,69 bilhões em outorgas e prevê R$ 30 bilhões em investimentos.

“Parte dessa outorga será investida em ações de recuperação ambiental, como a despoluição da Baía de Guanabara, a recuperação da Bacia do Guandu e a despoluição do complexo de lagoas da Barra da Tijuca”, ressaltou.

Para o ministro, o projeto é um exemplo de como o país tem o saneamento e o meio ambiente como prioridades. “Isso mostra o compromisso do Brasil com o saneamento e resgata, no final das contas, a saúde do ponto de vista ambiental”, disse.

OCDE
O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, que dividiu o painel do fórum com Freitas, disse que a agenda ambiental também deve ganhar força com o esforço do Brasil para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“A agenda ambiental da OCDE oferece inúmeras oportunidades para melhoria do ambiente de negócios, aprimoramento do ambiente regulatório e atração de investimentos externos”, disse.

Entre as áreas que terão oportunidades, Ramos destacou o mercado de carbono e o comércio de lixo eletrônico. O processo de adesão à organização, deve, ainda, segundo o ministro, aumentar as possibilidades de comércio internacional.

“Ao aderir aos códigos de liberalização da OCDE e comprometer-se com a transparência e responsabilidade em suas políticas sobre o movimento de capitais, por exemplo, o Brasil irá aprimorar a sua reputação global como um agente responsável enquanto desfrutará de melhor acesso a todos mercados da OCDE”.

PIB tem alta de 1,2% no primeiro trimestre de 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil – cresceu 1,2%, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano passado. É o terceiro resultado positivo, depois dos recuos de 2,2% no primeiro e de 9,2% no segundo trimestres de 2020, quando a economia recuou 4,1%, atingida pela pandemia da covid-19.

Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,048 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a alta de 1,2% no primeiro trimestre, embora ainda esteja 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014, o PIB retornou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia.

Os resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%) contribuíram para a expansão da economia brasileira. A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, observou que esse crescimento ocorreu apesar da evolução da pandemia no país, “Mesmo com a segunda onda da pandemia de covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, disse.

Agropecuária
Segundo o IBGE, a alta na agropecuária, foi favorecida pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, sobretudo, a soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano.

Indústria
O avanço das indústrias extrativas (3,2%) ajudou a atividade industrial, que também registrou crescimento na construção (2,1%) e na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%).

O único resultado negativo ficou nas indústrias de transformação (-0,5%). “Todos subsetores da indústria cresceram, menos a indústria de transformação, que tem o maior peso, impactada pela indústria alimentícia, que afetou o consumo das famílias”, comentou a coordenadora.

Serviços
De acordo com o IBGE, os resultados positivos nos serviços, que contribuem com 73% do PIB, ocorreram em transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1,0%). Outros serviços ficaram estáveis (0,1%).

Rebeca Palis afirmou que a única variação negativa ocorreu em administração, saúde e educação pública (-0,6%). “Não está havendo muitos concursos para o preenchimento de vagas e trabalhadores estão se aposentam, reduzindo a ocupação do setor. Isso afeta a contribuição da atividade para o valor adicionado”, ressaltou.

Consumo
A pandemia influenciou a estabilidade no consumo das famílias que caiu 0,1% no primeiro trimestre deste ano, se comparado ao quarto trimestre. No consumo do governo houve recuo de 0,8%.

Segundo a coordenadora, o aumento da inflação pesou principalmente no consumo de alimentos, ao longo do período. “O mercado de trabalho ficou desaquecido. Houve ainda redução significativa nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial”, disse, acrescentando, que, por outro lado, ocorreu aumento no crédito para pessoas físicas.

Os investimentos – formação bruta de capital fixo – avançaram 4,6%. Contribuíram para isso, o aumento na produção interna de bens de capital e no desenvolvimento de softwares, a alta na construção e os impactos do Repetro, regime aduaneiro especial que permite ao setor de petróleo e gás adquirir bens de capital sem pagar tributos federais.

Em relação ao quarto trimestre de 2020, a balança comercial brasileira registrou alta de 3,7% nas exportações de bens e serviços e crescimento de 11,6% nas importações. Rebeca Palis informou que, na pauta de importações, destacaram-se os produtos farmoquímicos para a produção de vacinas contra a covid-19, máquinas e aparelhos elétricos, e produtos de metal. Entre as exportações, foram os produtos alimentícios e veículo automotores.

Anual
Na comparação anual, no primeiro trimestre, o PIB cresceu 1%, com alta de 5,2% na agropecuária e de 3% na indústria. Os serviços, no entanto, tiveram queda de 0,8%. O motivo, para a coordenadora, é o perfil dos serviços, que em maioria é feito de maneira presencial.

“As atividades de outros serviços, que são majoritariamente presenciais, e a administração pública puxaram o resultado dos serviços para baixo. Esse é um setor que ainda sofre os efeitos da pandemia”, analisou.

Nas despesas, houve destaque para os investimentos, com alta de 17%, sendo a maior taxa desde o segundo trimestre de 2010. O consumo das famílias registrou queda de 1,7%. A explicação, segundo o IBGE, foram o aumento da inflação e os reflexos da pandemia, que afetaram negativamente o mercado de trabalho, reduzindo o número de ocupações e a massa salarial real. O consumo do governo também apresentou recuo (-4,9%).

Ainda na comparação anual, as exportações subiram 0,8% e as importações 7,7% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

Contas nacionais
Conforme o IBGE, o Sistema de Contas Nacionais apresenta os valores correntes e os índices de volume trimestralmente para o PIB a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços. A pesquisa começou em 1988 no IBGE e foi reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao Sistema de Contas Nacionais, de periodicidade anual.