Uso emergencial: Anvisa suspende prazo de análise da Sputnik V

Sputnik V/ vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite do último sábado (27), informando a suspensão dos prazos de análises do pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V, feito na semana que passou pela União Química, empresa responsável pelo imunizante russo, no Brasil. Segundo a Anvisa, a medida foi adotada em função da ausência de documentos.

“Devido à ausência de documentos considerados importantes para a análise, conforme previsão legal, houve a suspensão da contagem dos prazos, até que a empresa apresente as informações descritas como ‘não apresentado’ no painel divulgado”, diz a Agência.

Segundo a Anvisa, o painel apresenta a porcentagem relativa ao status de submissão de cada um dos relatórios e informações necessárias à análise de autorização de uso temporário e emergencial.

Apesar da suspensão do prazo, a Agência informou que continua a análise das demais informações apresentadas pela União Química.

Versamune
Sobre a Versamune, vacina desenvolvida em parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), a empresa Farmacore e a PDS Biotechnology, dos Estados Unidos, a Anvisa disse que emitiu exigências para a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, depois de analisar o pedido de realização de estudos clínicos das fases 1 e 2 de desenvolvimento do imunizante.

Segundo a Agência, a documentação foi protocolada na quinta-feira (25) e que “as exigências não suspendem a análise das demais informações apresentadas pelas desenvolvedoras da vacina”.

Incêndio volta a atingir a Chapada da Diamantina

Incêndio volta a atingir a Chapada da Diamantina

Uma nova frente de incêndio teve início na Chapada da Diamantina, localizada na região central da Bahia. Dessa vez o fogo está restrito ao Morro do Camelo, onde 34 bombeiros já estão atuando, com a ajuda de oito brigadistas voluntários e de duas aeronaves modelos air tractor do Programa Bahia Sem Fogo, da secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema).

“Os bombeiros e brigadistas trabalham com mochilas costais, pás, foices e enxadas, fazendo aceiros e apagando as chamas para evitar que o fogo se propague ainda mais”, informou o Corpo de Bombeiros baiano.

Os primeiros focos de incêndio na região foram identificados no dia 22, na região da Serra do Mandassaia, em Lençóis, a cerca de 420 quilômetros de Salvador. Segundo o diretor da superintendência estadual de Proteção e Defesa Civil, Paulo Sérgio Menezes Luz, o incêndio já estava quase extinto na madrugada do dia 25, mas acabou ressurgindo em pontos isolados.

Na sexta-feira (26), após o trabalho de rescaldo, o fogo foi considerado extinto, mas acabou reiniciando na noite desse sábado (27).

Saúde Fiocruz recebe insumos para produção de vacina da Oxford/AstraZeneca

O voo da Cargolux (CV7606) pousou no RIOgaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim às 6h22, procedente de Xangai (Chi) - Luxemburgo (Lux), realizando desembarque de insumos (IFA) para a Fiocruz no RIOgaleão Cargo.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu no início da manhã deste domingo (28), no Rio de Janeiro, mais duas remessas de insumo farmacêutico ativo (IFA) suficientes para produzir 12 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, usada na imunização contra a covid-19.

O produto, procedente da China, chegou ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) às 6h22 deste domingo. Inicialmente, o voo estava previsto para chegar às 18h de ontem (27). O motivo da mudança da data se deveu a um atraso na conexão do voo.

Na última quinta-feira (25), a Fiocruz já havia recebido uma remessa para produzir 6 milhões de doses. Esta semana, está prevista a chegada de uma nova carga suficiente para fabricar 5 milhões de vacinas.

As 23 milhões de doses serão produzidas pela própria Fiocruz e, uma vez prontas, serão entregues ao Ministério da Saúde, entre abril e maio.

Este mês, a Fiocruz já produziu e entregou 1,8 milhão de doses de vacinas produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Ainda está prevista a entrega de mais 2,1 milhões de doses nesta semana, que irão completar os 3,9 milhões de vacinas previstas até o fim desta semana.

Família faz campanha para arrecadar R$ 12 milhões para salvar bebê com doença rara

 (Redes sociais/Reprodução)
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Um casal paraibano foi pego de surpresa ao descobrir que o filho nasceu com uma doença genética rara. O pequeno Heitor Moreira Melo, bebê de 10 meses, foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME) e precisa tomar o Zolgensma, tido como o medicamento mais caro do mundo, que custa em média R$ 12 milhões. Os pais, o bancário Hugo Vinícius Moreira e a enfermeira Carla Melo, que se mudaram para o Recife em meio a pandemia, devido as melhores estruturas hospitalares para o filho, iniciaram uma campanha nas mídias sociais (@ameheitormoreira) para arrecadar o valor.

“Agora mais do que nunca precisamos que as doações continuem para o nosso filho, porque está tudo muito incerto ainda, não sabemos o que o futuro nos espera. É muito angustiante esse momento, contamos com a solidariedade e o apoio de todos”, pediu o pai Hugo Vinícius Moreira. O medicamento só pode ser administrado até os dois anos de idade, por isso, a necessidade da família em adquirir o remédio.

O pequeno Heitor nasceu em João Pessoa, capital da Paraíba, de forma prematura após uma gravidez conturbada, e teve que ficar 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pouco tempo depois de voltar para casa, Heitor teve que ser internado de novo porque não conseguia respirar sozinho e estava hipoativo.

Desde então, o menino luta para sobreviver, e a família organiza uma campanha pelas redes sociais, com o objetivo de conseguir recursos financeiros para a compra da medicação Zolgensma, que é a primeira terapia gênica do mundo para o tratamento.

 (Redes sociais/Reprodução)
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No Instagram, o perfil de Heitor já possui mais de 26 mil seguidores. A família mantém a rede social atualizada com os dados referentes as doações que recebem. Até o último balanço, a família divulgou que conseguiu arrecadar aproximadamente R$ 3 milhões, com a ajuda de cerca de 240 voluntários e ações como Anjo Mensalista, Troco Solidário, Atividades no Instagram, Rifas, Bazar, Pedágio virtual e Ações com funcionários da Caixa Econômica Federal, onde o pai trabalha há 12 anos. Para chegar a quantia total do medicamento, faltam cerca de R$ 9 milhões.

Além da campanha de arrecadação, os pais de Heitor também tem um processo na Justiça, com o plano de saúde da família. “A gente ganhou na justiça uma liminar, contra o Saúde Caixa, que é o nosso plano de saúde, no qual eles tem cinco dias para se pronunciar e para complementar o dinheiro para a compra do medicamento de Heitor”, explicou a mãe Carla Melo, em vídeo divulgado.

 (Redes sociais/Reprodução)

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O Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, de João Pessoa, havia deferido na semana passada, a favor do menino, garantindo que o plano de saúde completaria cerca de R$ 6 milhões para o medicamento. No entanto, o plano de saúde recorreu da decisão que determinava o pagamento e complemento do valor para a compra do remédio.

“Aconteceu o que mais temíamos: o Saúde Caixa apresentou recurso contra a decisão da Justiça do Trabalho que determinava que o plano pagasse a quantia que falta para a compra da medicação do Heitor. Ficamos muito tristes com essa notícia, mas a luta não pode parar. Nossa advogada já está elaborando a resposta e, mais do que nunca, as doações precisam acontecer. Doe qualquer quantia”, pedem os pais do pequeno Heitor.

As doações podem ser feitas pela Caixa Econômica, Banco do Brasil, Santander, Itaú, Paypal, Bradesco, Sicredi, Picpay e PIX. Os dados bancários estão disponível no endereço: https://www.instagram.com/ameheitormoreira.

Com 3.438 óbitos em 24 horas, Brasil ultrapassa 310 mil mortes por Covid-19

 (MARCIO JAMES / AFP)
MARCIO JAMES / AFP

O Brasil registrou neste sábado (27/3) mais 3.438 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a 310.550 mortes pela doença. Esta é a maior quantidade de óbitos registrados em um sábado desde o início da pandemia

. O país passa por uma onda de casos e mortes mais dramáticas que em 2020, com números de mortes diárias ultrapassando 3 mil vítimas.

Também foram registrados 85.948 novos casos em 24 horas, chegando a 12,6 milhões de casos da doença. São Paulo é o estado com a maior quantidade de óbitos, com 71.747, sendo que 1.051 foram registrados nas últimas 24 horas.

Vasco vacila e cede empate ao Madureira após abrir 2 a 0

Vasco e Madureira empatam em 2 a 2 na Taça Guanabara

O Vasco desperdiçou a chance de chegar à segunda vitória consecutiva pelo Campeonato Carioca com o empate de 2 a 2 com o Madureira, na tarde deste sábado (27), em Los Larios. O Gigante da Colina chegou a estar vencendo por 2 a 0, mas sofreu dois gols em menos de três minutos em jogadas de bola parada. Com o resultado, o Vasco chega a seis pontos, ocupando momentaneamente a oitava posição da Taça Guanabara. Já o Madureira segue invicto, com 10 pontos, na terceira posição.

O JOGO

A primeira grande chance foi do Vasco. Logo aos dois minutos, Miranda descolou longo lançamento para Germán Cano. O camisa 14 apareceu sozinho na grande área, teve tempo de escolher o canto, mas chutou em cima de Felipe Lacerda. Três minutos depois, foi a vez de Zeca encontrar Carlinhos em boa posição para finalizar, mas o meio-campista chutou para fora.

O Madureira respondeu aos 11 minutos. Rhuan, livre pela direita, lançou para Luiz Paulo, que apareceu entre os zagueiros do cruzmaltino e cabeceou com muito perigo. Aos 20 minutos, o Tricolor Suburbano levou perigo novamente. Juninho ganhou de Cayo Tenório pela esquerda, entrou na área e tentou o chute cruzado, mas Ricardo Graça afastou o perigo.

O Vasco então começou a utilizar bastante as subidas de Cayo Tenório pela direita, pressionando o Madureira. Aos 27 minutos, o lateral-direito recebeu ótimo lançamento de Marquinhos Gabriel, avançou e tocou na medida para Matías Galarza que, de primeira, bateu de perna direita no cantinho esquerdo do goleiro para abrir o placar. Foi o segundo gol do volante paraguaio de apenas 19 anos, em sua quarta partida como profissional.

O Madureira respondeu três minutos depois em uma cobrança de falta de Breno. Lucão fez grande defesa e jogou para escanteio. O Cruzmaltino não ficou atrás e por pouco não ampliou aos 39 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Miranda, que driblou o adversário e tocou com categoria tentando o ângulo direito de Felipe Lacerda. A bola passou tirando tinta da trave.

O segundo tempo começou com as duas equipes errando demais, principalmente o último passe, o que facilitava a vida dos goleiros. Se estava difícil chegar perto, o Vasco ampliou chutando de longe. Aos 15 minutos, Zeca soltou o foguete de perna direita do meio da rua, acertando o ângulo direito de Felipe Lacerda e marcou o segundo do Gigante da Colina.

O Madureira reagiu. Aos 24 minutos, Juninho cobrou falta pela direita, rasteira, e Victor Feitosa desviou na primeira trave para diminuir o placar. Três minutos depois veio o empate. Mais uma falta, só que dessa vez pela esquerda. Rodrigo Yuri alçou a bola na área e o zagueiro Maurício Barbosa subiu sozinho para cabecear e deixar tudo igual no placar: 2 a 2.

No fim da partida, o Vasco perdeu três chances incríveis. Na primeira, aos 41 minutos, Ulisses cruzou na área e Tiago Reis teve liberdade para finalizar de cabeça, mas acabou jogando para fora. No minuto seguinte, Cano recebeu lançamento, dominou e, dentro da pequena área, chutou por cima do gol. Aos 44 minutos, Tiago Reis entrou na área e chutou cruzado, no rebote, Vinícius, livre na marca do pênalti, isolou a possibilidade da vitória.

Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Fluminense, terça-feira (30), às 21h35min, no Raulino de Oliveira. Já o Madureira encara o Botafogo quarta-feira (31) às 17h, no Giulite Coutinho.

Edição: Marcio Parente

Caruaru Shopping funcionará, a partir do dia 1º de abril, com horário especial

O Caruaru Shopping informa que, atendendo ao decreto do Governo Estadual de estender a quarentena, divulgado na última quinta-feira (25), permanece aberto até o dia 31 de março apenas para os serviços essenciais. O centro de compras voltará a funcionar com horário especial a partir do dia 1° de abril, com validade até o dia 25 do mesmo mês.
De 1 a 23 de abril, que correspondem da segunda a sexta-feira, as lojas, quiosques, lazer e serviços estarão abertos das 10h às 20h. Já aos sábados e domingos, das 9h às 17h.
Os feriados dos dias 2 (sexta-feira da Paixão de Cristo) e 21 (Tiradentes), o horário também será das 9h às 17h.
A Praça de Alimentação, de segunda a sexta, com horário especial: 11h às 20h. Nos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
A academia, de segunda a sexta, funciona das 10h às 20h. Nos sábados, das 9h às 17h; aos domingos, das 9h às 15h, e nos feriados, das 9h às 17h.
Já o Hipermercado funcionará de segunda a sábado, das 7h às 22h, e nos domingos, das 7h às 21h. O cinema abrirá conforme horário de sessão, respeitando o decreto governamental.

O gerente de Marketing do Caruaru Shopping, Walace Carvalho, lembra que essa é uma medida preventiva e temporária. “O horário de funcionamento pode ser revisto a qualquer momento”, adiantou.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Petrolina lidera cobertura de esgoto e água no estado

O Instituto Cidades Sustentáveis divulgou o índice com a avaliação dos municípios brasileiros em políticas de desenvolvimento sustentável. No ranking, Petrolina obteve o melhor desempenho de Pernambuco e a 9ª colocação no Nordeste. A avaliação levantou dados de 770 municípios do Brasil e segue critérios da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para elaborar o índice, o Instituto considerou 80 indicadores e 17 metas de desenvolvimento sustentável. Entre elas estão Água Limpa e Saneamento. O conjunto de compromissos faz parte da Agenda 2030, um pacto assinado por países-membros das Nações Unidas para enfrentamento dos principais problemas globais.

Neste índice de Água Limpa e Saneamento, que tem o objetivo de garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos, Petrolina atingiu 100% da população com serviço de água. Já em relação ao esgotamento sanitário, o levantamento mostrou que o município tem 83,6% de cobertura de esgoto. O estudo também apontou que 85% do esgoto de Petrolina é tratado antes de chegar aos rios, córregos e mares.

De acordo com a presidente da Compesa, Manuela Marinho, os resultados são reflexo do compromisso do Governo do Estado, através da Compesa, em universalizar o acesso à água e ao esgotamento sanitário em todo o estado, por meio de grandes investimentos e obras que estão transformando a vida das pessoas. “Nos últimos dez anos, foram investidos, apenas em Petrolina, mais de R$ 200 milhões em obras e projetos, o que contribui para avançar na melhoria e ampliação dos serviços que prestamos. Petrolina continua se destacando, neste e em outros índices de desenvolvimento, o que comprova nossos acertos e que estamos no caminho certo. Continuaremos avançando para promover no município um dos maiores programas de saneamento do Brasil”, afirmou.

Fala do secretário Pedro Eurico prejudica setor de turismo do Estado

Em carta enviada na sexta-feira (19) ao governador Paulo Câmara, membros da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Pernambuco (Abav-PE) cobram uma retratação sobre a fala do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, em entrevista ao programa Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, no dia 18 deste mês.

Durante a entrevista, mais uma vez, Pedro Eurico minimizou a superlotação do transporte público. Questionado pela repórter sobre a possibilidade de utilizar ônibus de turismo para ajudar no transporte de passageiros, o secretário afirmou que não é possível colocar mais ônibus nas ruas – para evitar aglomeração dentro dos veículos – porque “seria desorganizar o sistema e também a questão de segurança dos ônibus”.

Ainda segundo Pedro Eurico, os ônibus de turismo nem sempre têm a segurança e as exigências que têm o transporte coletivo normal. As declarações do secretário repercutiram negativamente nas redes sociais – entre os profissionais do transporte turístico, agentes de viagem, operadoras, entidades do segmento e a sociedade em geral.

Na carta destinada ao governador Paulo Câmara, além de exigir uma reparação do governo, a Abav-PE lista normas e recomendações – que o setor segue – de entidades como a Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT para prevenção da Covid-19.

O presidente da Abav-PE, Marcelo Waked, falou sobre o caso e comentou sobre as dificuldades que o setor já vem enfrentando há meses por causa da pandemia. “Diferente do transporte público, os ônibus de turismo, fretados por empresas para transportar seus funcionários, seguem um rígido protocolo para evitar a contaminação do novo coronavírus. Para se ter uma ideia, os trabalhadores só podem ocupar as cadeiras que ficam na janela. Só é permitido sentar uma pessoa ao lado da outra quando fazem parte da mesma família”.

“Vale ressaltar que essa já é a terceira fala vergonhosa do secretário para imprensa. Uma fala que repercutiu, mais uma vez, negativamente para Pernambuco. Como os turistas do Brasil vão entender essa última fala dele? O que vão pensar do turismo do Estado? É por isso que pedimos no ofício enviado ao governador Paulo Câmara uma retratação e uma divulgação na mídia para salvar o nosso setor, que foi prejudicado – mais do que já estava – depois da fala do secretário Pedro Eurico”, comentou Marcelo Waked.

Outras entidades do setor, como a Associação Brasileira de Empresas e Eventos (Abeoc), Sindicato das Agências de Viagem de Pernambuco (Sindetur) e o Sindicato de Guias de Turismo de Pernambuco (Singtur), também se posicionaram contra a declaração e apoiaram a iniciativa da Abav-PE.

Armando Monteiro: auxílio-emergencial e apoio aos micro e pequenos empresários

Em artigo publicado neste sábado (27), no Jornal do Commercio, o ex-Senador Armando Monteiro Neto defendeu algumas medidas urgentes que devem ser tomadas para que se minimizem os impactos sociais e econômicos da pandemia do coronavírus. Abaixo, a íntegra:

As luzes que não podem se apagar

ARMANDO MONTEIRO NETO

A maior crise sanitária de nossa história é também um momento de graves consequências econômicas e sociais para o Brasil. A carta aberta assinada recentemente por mais de 1,5 mil economistas e empresários brasileiros dá a medida das dificuldades que atravessamos.

Em Pernambuco, pesquisa da FIEPE detecta o ambiente de incertezas enfrentado também por quem empreende: 37,3% das empresas dizem que ainda vão ter queda de faturamento este ano e 48,5% ficarão estagnadas, enquanto apenas 14,2% acreditam em recuperação no curto prazo.

Além de acelerar a vacinação, o momento exige rigorosas ações de controle e restrições de atividades consideradas não essenciais. Tais medidas, embora necessárias, afetam ainda mais a retomada dos pequenos negócios no País que, segundo o SEBRAE, tiveram em fevereiro queda de 40% no faturamento médio, com 19% das micro e pequenas empresas demitindo no período.

Para minorarmos esse cenário, devemos trabalhar em três frentes. Primeiro, o pagamento imediato do auxílio emergencial, que sequer deveria ter sido interrompido, por ser a única renda com a qual a imensa parcela mais pobre e vulnerável da população poderá contar. O auxílio-emergencial é também um benefício que alavanca a demanda e movimenta os pequenos negócios. É de se reconhecer, porém, que o montante de R$ 44 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional é insuficiente, dada a gravidade da pandemia e o ritmo lento de vacinação. Há de se encontrar espaço fiscal para sua ampliação.

Segundo, é necessária a reedição do programa de suspensão de contrato de trabalho e redução de jornada, com a complementação de renda para trabalhadores formais. Assim, dá-se um fôlego para as micro e pequenas empresas, responsáveis por 52% dos empregos formais. Finalmente é preciso inaugurar uma nova fase do Pronampe. A extensão da carência e do prazo de pagamentos dos contratos no mínimo por 6 meses se faz necessária, além do aporte adicional de recursos no fundo garantidor que possibilitará empréstimos novos.

As empresas, e os empregos, também precisam sobreviver a este período crítico da crise sanitária, em especial os micro e pequenos negócios. Eles são como luzes na cidade, que não podem se apagar.