Defesa de Lula diz que decisão de Fachin não repara danos

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que anulou, hoje, todas as condenações do ex-presidente pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato, afirma “incompetência” da Justiça Federal em Curitiba, mas não repara danos causados.

Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível. Segundo os advogados, a decisão “está em sintonia” com a defesa, mas não repara danos causados.

“A decisão, portanto, está em sintonia com tudo o que sustentamos há mais de 5 anos na condução dos processos. Mas ela não tem o condão de reparar os danos irremediáveis causados pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da “lava jato” ao ex-presidente Lula, ao Sistema de Justiça e ao Estado Democrático de Direito”, diz a nota assinada por Cristiano Zanin Martin e Valeska Teixeira Zanin Martins.

Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula.

Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o “juiz natural” dos casos. Na mesma decisão, Fachin declarou a “perda do objeto” e extinguiu 14 processos que tramitavam no Supremo e questionavam se o Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula.

A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações. “Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados. “Com a decisão, foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz a nota do gabinete do ministro.

De acordo com o gabinete de Fachin, julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal já havia restringido o alcance da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba. “Inicialmente, retirou-se todos os casos que não se relacionavam com os desvios praticados contra a Petrobras. Em seguida, passou a distribuir por todo território nacional as investigações que tiveram início com as delações premiadas da Odebrecht, OAS e J&F. Finalmente, mais recentemente, os casos envolvendo a Transpetro (subsidiária da própria Petrobras) também foram retirados da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba”, diz a nota.

De acordo com o texto, nas ações penais envolvendo Lula, assim como em outros processos julgados pelo plenário e pela Segunda Turma do STF, “verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas, ainda outros órgãos da Administração Pública”.

Segundo o ministro, em outros casos de agentes políticos denunciados pelo Ministério Público Federal em circunstâncias semelhantes ao de Lula, a Segunda Turma do Supremo já vem transferindo esses processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Embora divergente e derrotado nas votações na Segunda Turma em relação a esse ponto, Fachin considerou que o mesmo entendimento deveria ser aplicado ao ex-presidente. “Faço por respeito à maioria, sem embargo de que restei vencido em numerosos julgamentos”, escreveu o ministro na decisão.

Elegibilidade de Lula causa reviravolta no cenário político para as eleições em 2022

 (Foto: Arquivo/Agência Brasil/Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Foto: Arquivo/Agência Brasil/Ricardo Stuckert/Instituto Lula

A decisão do ministro Edson Fachin de anular todos os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Justiça do Paraná no âmbito da Lava-Jato sacudiu o tabuleiro político do Brasil. Relator da Lava-Jato, Fachin atendeu ao pedido da defesa do petista e anulou os processos que se referem ao triplex do Guarujá, ao Sítio de Atibaia e ao Instituto Lula. O ministro considerou a Justiça Federal do Paraná “incompetente” para julgar os processos, que passarão a ser avaliados pela Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão de Fachin, tomada de forma monocrática, ainda será analisada pelo Plenário do Supremo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já declarou que vai recorrer.

A mudança acende o sinal de alerta no Palácio do Planalto, já que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sofrido constantes desgastes por conta da condução do governo durante a pandemia. Pesquisas divulgadas nesta semana inclusive já apontam a possibilidade de Lula derrotar o presidente nas próximas eleições, caso o petista se mantenha de fato elegível para 2022. Especialistas apontam que uma disputa no ano que vem entre Lula e Bolsonaro poderia criar um acirramento de ânimos ainda maior que o visto em 2018.

“Os dois no páreo vão gerar uma das eleições mais polarizadas da história do Brasil. Lula é uma figura central, diferente de um Haddad, de uma Gleisi Hoffmann”, explica o cientista político Antônio Lucena. “Se fosse Bolsonaro contra um outro candidato do PT, que seria o melhor cenário para ele, ele provavelmente se reelegeria. Mas com Lula na disputa, a coisa muda de figura, porque você ainda tem uma parcela da população que tem na memória os ‘anos dourados’, digamos assim, das duas gestões de Lula e a primeira de Dilma Rousseff”, completa.

Por outro lado, a possível candidatura de Lula pode exacerbar ainda mais o sentimento do antipetismo, que já deu mostras de que permanece vivo na memória de parte da população. Nas últimas eleições municipais, a sigla não conseguiu vencer em nenhuma capital brasileira, amargando derrotas em cidades como Recife e São Paulo.

Quem também pode sair perdendo com a entrada do petista na corrida à presidência são os outros nomes que já são vistos como pré-candidatos. É o caso de quem busca se colocar como opção “anti-Bolsonaro”, casos do governador de São Paulo João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), como os ‘outsiders’ como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e até mesmo o apresentador Luciano Huck.

Lula e Bolsonaro são os nomes com maior capacidade de angariar apoio de parcelas significativas da população, o que virtualmente já os colocaria no segundo turno. “O que a gente vai ter é um rearranjo do processo eleitoral. Essas discussões envolvendo Luciano Huck, Sergio Moro, Mandetta, como vai ficar esse processo? Se todos esses forem disputar, haverá um nível de fragmentação muito elevado, que favorece Bolsonaro e Lula. Acho que a gente pode discutir já que vai ser uma eleição de segundo turno, se isso que está ocorrendo se mantiver”, explica o cientista político Antônio Lucena.

Diário de Pernambuco

5G: mais de 9 milhões de lares terão de custear troca da parabólica

televisão

Depois de mais de um ano de intensos debates, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definiu as regras do leilão para a oferta de banda larga móvel na tecnologia 5G. Uma delas implicará que mais de 9 milhões de pessoas arquem com a compra de novos equipamentos de TV por parabólicas.

Em razão de interferências no serviço de transmissão para parabólicas (TVRO) por redes de 5G em uma das faixas (3,5 GHz), a Anatel decidiu que esse serviço audiovisual não poderá mais ser prestado como é hoje.

Outra opção discutida era a possibilidade de instalar filtros nas antenas para tentar mitigar a interferência. Essa solução acabou não sendo acolhida pela maioria dos integrantes do conselho da agência.

“Fizemos testes com 5G, um serviço adjacente do TVRO [transmissão por parabólicas], que usam entre 3,7 e 4,2 GHz. Constatou-se interferência do 5G no serviço de TVRO. O 5G respeita seus limites de transmissão, mesmo assim os receptores das parabólicas são muito ruins”, explica o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Karam.

Com isso, as transmissões deverão migrar para outra faixa, denominada banda KU. As faixas são as “avenidas no céu” por onde passam os sinais de radiodifusão, como TV, rádio, satélite e telefonia celular.

Hoje, a Anatel estima 20,7 milhões de lares que têm TV por parabólica, sendo 17 milhões de parabólica por sinal aberto (o restante tem TV por assinatura).

Desses, 8,3 milhões estão no cadastro único e terão a migração custeada a partir dos recursos arrecadados com o leilão. Outros 9,2 milhões terão de trocar os equipamentos com seus recursos. A previsão da Anatel é que o kit instalado custe R$ 250.

A distribuição dos kits será feita por uma entidade a ser criada com essa finalidade. O custeio inclui também a instalação dos novos equipamentos. O procedimento foi semelhante quando do leilão da faixa de 700 MHz para o 4G, que desalojou parte das emissoras.

“A entidade vai ser constituída, terá plano de comunicação. Todos serão informados para retirar o seu kit ou solicitar instalação de novo kit. Uma preservação para todos que assistem ao TVRO, só que distribuído gratuitamente para cadastro único e sendo informado”, acrescenta Karam.

Até 2025, haverá uma transmissão concomitante tanto na faixa atual (banda C) quanto na nov (KU). Neste ano, será feito o desligamento, e só poderão continuar assistindo à TV por parabólica quem tiver adquirido os novos aparelhos.

Empresas
Para o diretor-geral da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Samir Nobre, a solução de migração para uma nova faixa do serviço de TV aberta por parabólicas adotada pela Anatel foi acertada.

“Foi a única alternativa que concilia os fatores técnicos, econômicos e de planejamento de espectro, além de proteger a população socialmente carente que faz uso desse serviço para ter acesso à televisão aberta, gratuita e de qualidade”, diz.

Operação prende 1,5 mil pessoas por crimes contra mulheres

Realizada simbolicamente no Dia Internacional da Mulher, a Operação Resguardo prendeu 1.548 pessoas e cumpriu 985 mandados de prisão por crimes relacionados à violência contra a mulher. A megaoperação envolveu a participação de 19 mil policiais civis de 1.832 municípios em 27 unidades da Federação.

No total, foram atendidas 17.417 vítimas e emitidas 8.331 medidas protetivas e instaurados 9.991 inquéritos. A operação foi coordenada pela Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o ministério, o objetivo da operação é localizar e deter suspeitos de ameaças, tentativas de feminicídio, lesão corporal, descumprimentos de medidas protetivas, estupro, importunação, entre outros crimes contra as mulheres. A ação visa, também, ao fortalecimento da atuação conjunta entre governos federal e estaduais, conforme estabelece o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

A ação desta segunda começou a ser delineada em janeiro deste ano, com a análise de diversas denúncias, instauração de inquéritos policiais e levantamento de mandados judiciais. Do dia 1º de janeiro de 2021 até esta terça foram presos 10.235 pessoas por crimes de violência contra a mulher e cumpridos 2.520 mandados de prisão.

Nesse período, 188.693 vítimas foram atendidas em 1.832 municípios de 27 unidades da Federação.a

Câmara aprova MP que aumenta limite de crédito consignado

04/03/2021 - Plenário - Sessão Extraordinária Deliberativa

A Câmara aprovou a MP que aumenta de 35% para 40% o limite para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contratarem crédito consignado com base no valor do benefício. Servidores públicos federais e estaduais e trabalhadores com carteira assinada (CLT) também poderão usufruir do novo limite.

O texto segue para o Senado. A MP perde a vigência na quinta-feira (11).

Dos 40% previstos no novo texto, cinco pontos percentuais devem ser destinados para saque ou pagamento da fatura do cartão de crédito, mas trata-se de um percentual que já existia antes da edição da MP.

O percentual de 40% também será aplicado para as operações de crédito tomadas por militares das Forças Armadas; policiais militares dos estados e do Distrito Federal; militares e policiais reformados; servidores públicos estaduais e municipais; servidores públicos inativos; empregados públicos da administração direta, autárquica e fundacional de qualquer ente da Federação; e pensionistas de servidores e de militares.

Pelo texto aprovado, o novo limite, que tinha terminado em dezembro de 2020, passará a valer até 31 de dezembro de 2021. Após esse prazo, as dívidas de consignado voltarão aos patamares anteriores, mantidas aquelas contratadas com o aumento temporário de margem e vedadas novas contratações até que o total do desconto volte ao máximo de 35%

Começou o prazo para comprovar a documentação exigida para o Prouni

Começou nesta segunda-feira, 8, o prazo para os pré-selecionados em lista de espera do processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni), edição do 1º semestre de 2021, comprovar as informações da inscrição para obter a bolsa para uma das opções de curso escolhidas.

Os documentos para comprovação de que o pré-selecionado atende aos critérios do Prouni devem ser entregues na instituição para a qual o estudante foi pré-selecionado, até a próxima sexta-feira, 12.

A instituição de ensino deve, obrigatoriamente, entregar ao pré-selecionado o protocolo de recebimento da documentação solicitada. O candidato deve ficar atento quanto à exigência de entrega de documentos adicionais, caso seja julgada necessária pelo coordenador do Prouni na instituição. A perda do prazo ou a não comprovação das informações implicará na reprovação do candidato.

A divulgação da lista de espera do Prouni, que é a última etapa do processo seletivo, foi antecipada para a quinta-feira, 4. A previsão era a de que fosse divulgada só na última sexta-feira, 5. Quem manifestou interesse em participar da lista de espera ainda pode conferi-la na página do Prouni.

O total de inscrições registradas na edição do Prouni do 1º semestre de 2021 foi de 599.223, sendo que cada candidato pode escolher até duas opções de curso. Ao todo foram ofertadas bolsas do Prouni para 13.117 cursos de graduação em 1.031 instituições privadas de ensino superior, localizadas em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. A oferta foi de mais de 162 mil bolsas de estudo.

O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior, destinado a quem não tem diploma de graduação, que oferece bolsas de estudo integrais, que cobrem a totalidade da mensalidade do curso, e parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade, em instituições privadas de ensino superior.

Bruno Araújo diz que posse de Raquel Lyra e filiação de Armando representam um novo momento para o PSDB de Pernambuco

“A prefeita Raquel Lyra carrega a responsabilidade de conduzir o PSDB em Pernambuco e também muito da esperança coletiva que representa um projeto futuro do nosso partido no estado. A chegada de Armando Monteiro Neto, num momento de dificuldade da política nacional, é um marco deste novo momento que vive o PSDB. Armando chega com a missão de contribuir nacionalmente para o Instituto Teotônio Vilela (ITV), em Brasília, preparando o partido para as eleições de 2022”, destacou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, durante encontro hoje, 08, no Recife.

Durante a reunião, reservada por conta da pandemia da Covid-19, o partido empossou a prefeita Raquel Lyra na presidência estadual e filiou o ex-ministro e senador Armando Monteiro Neto.

“Trago a minha experiência e todo o entusiasmo para ajudar nessa construção, pois um PSDB fortalecido é bom para o Brasil e para Pernambuco”, afirmou Armando Monteiro Neto. O ex-senador também elogiou a posse de Raquel Lyra como nova presidente estadual do partido destacando que estará ao seu lado para somar forças. “Raquel tem se dedicado exemplarmente a sua missão como prefeita de Caruaru, mas eu diria que a dimensão do seu trabalho também a alçou a uma posição de grande liderança em Pernambuco. E o PSDB pode oferecer um novo caminho a Pernambuco”, disse.

“Ainda não é comum ver mulheres ocupando espaços de poder. A gente precisa trabalhar muito para garantir igualdade de gênero, respeito e ocupação de espaço e garantir que a nossa visão de mundo possa influenciar nas políticas que façam da nossa sociedade, uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais solidária. Assumo essa missão e sei o tamanho da responsabilidade que tenho para conduzir os rumos do partido daqui por diante”, destacou a nova presidente do PSDB em Pernambuco, Raquel Lyra.

Primeira mulher presidente do partido por dois anos, a deputada estadual Alessandra Vieira falou sobre o desafio. “Deixo a presidência do PSDB com o sentimento de dever cumprido, agradecendo a missão a mim confiada pelo nosso presidente, Bruno Araújo. Vivemos momentos difíceis com a pandemia, mas mesmo assim ampliamos as comissões executivas no estado, investimos em comunicação, e conseguimos reunir remotamente nossos filiados e pré-candidatos. Neste dia Internacional da Mulher, desejo à nossa nova presidente Raquel Lyra um mandato marcado pelo diálogo e fortalecimento do partido em nosso estado”, frisou.

No ato, que em respeito ao momento sanitário, ocorreu também em formato virtual, várias lideranças saudaram a posse de Raquel Lyra como presidente estadual do PSDB e também a filiação de Armando Monteiro no partido, dentre eles os ex-governadores João Lyra e Mendonça Filho, o deputado federal Daniel Coelho, presidente do Cidadania, o deputado federal Ricardo Teobaldo, presidente do Podemos, o ex-senador José Aníbal, o ex-senador Douglas Cintra, os ex-deputados federais José Chaves, Jorge Corte Real, o ex-prefeito de Igarassu, Mário Ricardo, a deputada Priscila Krause, prefeitos e lideranças do PSDB.

Armando: o PSDB pode oferecer um novo caminho a Pernambuco

No ato que marcou a sua filiação ao PSDB de Pernambuco, o ex-senador e ex-ministro do Desenvolvimento Armando Monteiro Neto destacou que está desafiado e estimulado a participar do fortalecimento do partido nesta nova fase de sua vida pública. “Trago a minha experiência e todo o entusiasmo para ajudar nessa construção. Um PSDB fortalecido é bom para o Brasil e para Pernambuco”, afirmou.

Armando também elogiou a posse de Raquel Lyra como nova presidente estadual do partido destacando que estará ao seu lado para somar forças. “Raquel passa a ser depositária da esperança de largos setores da sociedade de Pernambuco. Ela tem se dedicado exemplarmente a sua missão como prefeita de Caruaru, mas eu diria que a dimensão do seu trabalho também a alçou a uma posição de grande liderança no nosso Estado. E o PSDB pode oferecer um novo caminho a Pernambuco”, disse.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, adiantou que Armando Monteiro chega também com a convocação nacional de poder ajudar o partido no Instituto Teotônio Vilela (ITV), “e de ajudar a preparar o PSDB para a eleição presidencial de 2022”.

Para Armando, o triste momento de extremismo vivido pelo País mostra que o Brasil precisa mais do que nunca da social democracia. “Sempre tive muita identificação com o ideário social democrata, que tem por compromisso construir uma sociedade mais equilibrada em um país que é fraturado pelas desigualdades“, afirmou.

No ato, que em respeito ao momento sanitário, ocorreu também em formato virtual, várias lideranças saudaram a posse de Raquel Lyra como presidente estadual do PSDB e também a filiação de Armando Monteiro no partido, dentre eles os ex-governadores João Lyra e Mendonça Filho, o deputado federal Daniel Coelho, presidente do Cidadania, o deputado federal Ricardo Teobaldo, presidente do Podemos, o ex-senador José Aníbal, o ex-senador Douglas Cintra, os ex-deputados federais José Chaves, Jorge Corte Real, os deputados estaduais Priscila Krause , Romero Sales e Alessandra Vieira (que passou a presidência do partido para Raquel Lyra), além do ex-prefeitos Mário Ricardo (Igarassu) e Izaias Regis (Garanhuns), dentre outras lideranças.

Prefeitura desobstrui rua derrubando muro construído há anos

Há mais de dez anos que os moradores da Rua Gumercindo Pereira dos Santos, no Bairro Indianópolis, tinham apenas uma opção de entrada e saída na via onde moram, porque um empresário construiu um muro que dava acesso à Avenida José Rodrigues de Jesus. Com isso, os moradores que queriam se dirigir ao centro da cidade teriam que fazer um contorno pela Adjar da Silva Casé e percorrer pelo menos dois quilômetros a mais e sem necessidade.

Devido a uma denúncia deste blog à Prefeitura de Caruaru, a equipe da URB foi rápida, notificou as pessoas envolvidas e, na última quinta-feira (4), liberaram a rua. “Nós estamos trabalhando muito. Esse pleito para derrubar o muro não é de hoje. Nós notificamos os envolvidos e não teve problema nenhum. A rua está entregue em sua plenitude à população”, comemorou o presidente da URB, Francisco.

Os moradores também comemoraram. “Realmente não fazia sentido esse muro fechando a rua e aumentando áreas privadas. A via é de todos”, disse o empresário José Romero Figueiredo, que há pouco mais de duas semanas ligou para o Blog do Wagner Gil denunciando o fato. “Um absurdo. Eu já tinha denunciado também na época da construção, mas não adiantou nada. Agora sim, denunciando à imprensa, o problema foi resolvido”, completou a professora Elisabeth Santos.

Pfizer confirma: governo Bolsonaro rejeitou oferta de 70 milhões de doses de vacina

Reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo (7) traz à tona a informação de que a farmacêutica Pfizer, desenvolvedora da primeira vacina contra Covid-19 com registro no Brasil, confirmou que o governo Jair Bolsonaro rejeitou, em agosto de 2020, a oferta de envio 70 milhões de doses de imunizante ao país. As revelações escancaram a omissão de Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diante da pandemia de Covid-19 no Brasil.

De acordo com nota da empresa publicada em 7 de janeiro, a proposta inicial, enviada ao governo federal em 15 de agosto de 2020, previa a entrega de doses já em dezembro do ano passado. Um acordo de confidencialidade firmado entre a Pfizer e o governo brasileiro não permitia que a empresa repercutisse detalhes sobre as negociações.

Do total de doses ofertadas pela farmacêutica, três milhões seriam entregues até fevereiro de 2021, o que corresponde a 20% do número de vacinas que já foram distribuídas pelo Brasil até hoje.

A Pfizer propôs enviar ao Brasil 500 mil doses em dezembro do ano passado, totalizando 70 milhões até junho de 2021.

Quatro dias depois a farmacêutica aumentou a proposta: 1,5 milhão de doses ainda em 2020 e mais 1,5 milhão até fevereiro de 2021. O restante seria entregue ao longo do ano.

Com a demora de uma definição do governo, a empresa deu espaço a outros países, que adquiriram os imunizantes com antecedência. Agora, o governo brasileiro tenta fechar um acordo para a compra da vacina.