O governo municipal de Berlim tornou obrigatório o uso de máscaras em mercados, filas e em dez ruas comerciais movimentadas nessa terça-feira (20), mas não chegou a impor outro lockdown para evitar mais uma onda de infecções pelo novo coronavírus na capital alemã.
A incidência do vírus em Berlim subiu para 87,9 casos para cada 100 mil habitantes ao longo de um período contínuo de sete dias, quase o dobro da média nacional de 45,4, mostraram os números mais recentes do Instituto de Doenças Infecciosas Robert Koch (RKI).
O prefeito Michael Mueller pediu aos os berlinenses que respeitem as novas regras mais rígidas, que incluem limites a festas, para evitar outra interdição da vida pública.
“Estamos em situação preocupante e, tirando um lockdown os políticos não têm mais muitas opções para adotar medidas que evitem exatamente que isso aconteça”, disse.
A notícia de Berlim coincidiu com a retomada de um lockdown nessa terça-feira para os moradores do distrito bávaro de Berchtesgadener Land, a primeira área da Alemanha a adotar a medida desde abril.
Embora as taxas de infecção alemãs estejam mais baixas do que as da maioria da Europa, elas vêm acelerando e atingiram recorde diário de 7.830 no sábado (17), de acordo com o RKI.
No mesmo dia, a chanceler Angela Merkel apelou aos alemães para que restrinjam os contatos sociais e limitem as viagens ao máximo.