Brasil aparece na 79ª colocação entre 176 países no ranking de percepção da corrupção, divulgado nessa quarta-feira (25) pela Transparência Internacional. O país divide a colocação com a Bielorrúsia, a China e a Índia. Em relação ao ano anterior, o Brasil piorou três posições na lista. Ficou com 40 pontos. O ranking vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (muito transparente). Quanto maior o índice, melhor o desempenho.
A Dinamarca e a Nova Zelândia, com índice de transparência de 90 pontos, a Finlândia e a Suécia, com 88, e a Suíça, com 86, são os países menos propensos à corrupção. Na outra ponta aparece a Somália, que, com dez pontos, ocupa a última posição no ranking pelo décimo ano seguido. Tecnicamente, a situação do Brasil é considerada estável, porque nessa última edição foram considerados oito nações a mais em comparação com 2015.
A Transparência Internacional destaca que a colocação do Brasil piorou nos últimos anos em razão das descobertas da Operação Lava Jato. Mas isso, ressalta, não é necessariamente ruim. “Apesar disso, o país mostrou neste ano (2016) que, através do trabalho independente de organismos responsáveis pela aplicação da lei, é possível responsabilizar publicamente aqueles antes considerados intocáveis”, afirma a entidade em comunicado.
Para o organismo, os resultados deste ano destacam a ligação entre corrupção e desigualdade: “Elas se alimentam mutuamente para criar um círculo vicioso entre a corrupção, a distribuição desigual de poder na sociedade, e distribuição desigual da riqueza”.