Bruno Covas anuncia uso da cloroquina no tratamento da covid-19

 O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anuncia a nova modalidade do programa Corujão da Saúde, durante entrevista à imprensa

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (8) que a Secretaria Municipal da Saúde vai incluir a cloroquina como uma das formas de tratamento para o coronavírus nos hospitais municipais. No entanto, lembrou que o uso da substância só é autorizado para pacientes internados e sob duas condições, quando houver prescrição do médico e desde que o uso seja autorizado formalmente pelo paciente ou por sua família.

“Já determinei à Secretaria de Saúde para que ela possa adquirir mais desse material. Temos hoje 6 mil cápsulas à disposição. Como cada paciente precisa de seis, já temos medicamentos para tratar mil pessoas que estejam internadas”, disse o prefeito.

“Ainda não é possível ser uma política pública porque não temos ainda pesquisas concluídas [sobre a eficiência do medicamento]. Mas havendo prescrição do médico e a concordância do paciente, a secretaria passou a integrar esse medicamento no protocolo de atendimento da covid-19”, disse Covas.

Infectologista

No domingo (7), em entrevista coletiva, o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que o uso da cloroquina deve ser feito com muito cuidado, já que se trata de um medicamento com efeitos colaterais. “A cloroquina está indicada para pacientes internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, disse Uip, ressaltando que sua eficiência ainda não foi comprovada cientificamente.

Também ontem (07), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que estão sendo distribuídos para uso nos hospitais públicos.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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