Caminhoneiros propõem greve em 1º de novembro

Entidades que representam os caminhoneiros reuniram-se, ontem, e deram prazo de 15 dias para que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) atenda as reivindicações da categoria. Caso contrário, os motoristas prometem parar a partir de 1º de novembro. As informações são do Poder360.

Entre as demandas estão o estabelecimento e cumprimento de um frete mínimo, redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras. Estiveram reunidos a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores).

As entidades são ligadas aos caminhoneiros autônomos que participaram da greve de 2018. “O governo Bolsonaro teve o prazo de 3 anos para melhorar a vida do transportador autônomo e nada foi cumprido”, declarou Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL

“Daremos mais 15 dias para que a nossa pauta, que é de conhecimento do ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] e do governo Bolsonaro, seja aplicada de fato para os caminhoneiros”, afirmou.

Segundo ele, os caminhoneiros enfrentam dificuldades nunca vistas. Litti Dahmer destacou que a situação vem piorando ao longo dos últimos 3 anos de “desgoverno” Bolsonaro. “Nosso chamado de paralisação tem o respaldo de 1 milhão de caminhoneiros e a sociedade virá conosco”, disse.

REIVINDICAÇÕES

As entidades divulgaram a lista de demandas para suspenderem a paralisação:

  • redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);
  • constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
  • retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;
  • aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);
  • aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no Senado.
  • melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015)

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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