Uma onda de violência atingiu o Espírito Santo desde que a Polícia Militar, em greve, sumiu das ruas do estado. Desde a última sexta-feira (3), familiares de policiais militares estão dificultando a saída de viaturas da 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, na Serra. Segundo informações Departamento Médico-Legal da capital capixaba, mais de 50 assassinatos foram registrados desde sábado (4). Para auxiliar as forças estaduais, 200 homens da Força Nacional foram solicitados.
Segundo o secretário de Segurança Pública, André Garcia, a Justiça já concedeu liminar declarando a ilegalidade do movimento dos policiais militares, a necessidade de liberar todos os quartéis e unidades da polícia. Ele classificou a manifestação como uma “greve branca”, e determinou que a saída dos quartéis seja liberada. Segundo o diretor Social e de Relações Públicas da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS), Thiago Bicalho, o movimento de mulheres dos policiais militares foi espontâneo.
Nas manifestações os militares reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno para os policiais militares. As manifestações se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e, de acordo com a ACS, já atingem todos os batalhões do estado.
A insegurança registrada no estado levou a prefeitura de Vitória a suspender a volta às aulas na rede municipal e o atendimento em todas as unidades de saúde da capital do Espírito Santo. Nas unidades de saúde, a vacinação contra a febre amarela está temporariamente suspensa.
Além da crise de segurança pública, o Espírito Santo também sofre com um problema pessoal do governador – que está no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ele passou por uma cirurgia para retirar um tumor na bexiga na sexta-feira. A previsão de alta é na próxima quarta-feira. Até lá, o vice, César Colnago, tem atuado para conter a crise.
Com informações da Agência Brasil