Um dos maiores agravantes da pandemia que vivemos é a falta de respiradores e oxigênio. O que pudemos perceber no combate fora do país foram as “soluções de emergência” que o mercado passou a pensar, criar e reformular para ajudar nessa batalha. É assim que, com base em terapias da década de 80 e 90 dos Estados Unidos, novos modelos do “capacete de astronauta” para ventilação não invasiva foram aprimorados. Em alguns centros médicos como o da Universidade de Chicago (EUA) já existem estudos há pelo menos quatro anos do uso de capacetes em pacientes com doenças respiratórias. Porém, só no ano de 2020 esse tipo de interface foi muito divulgado internacionalmente na linha de frente de países da Europa, como a Itália, no pico da sua pandemia, como um forte aliado contra a COVID-19.
E foi aí que surgiu a ideia de recriar no Brasil essa ideia de sucesso. E assim compartilhar a experiência em ventilação não invasiva baseada em capacete rapidamente para atender à demanda nacional. “Em uma pandemia de doença respiratória, é imprescindível alternativas urgentes para dar suporte para a linha de frente e assim criar um produto de rápida reprodução e mais barato. Um Helmet hoje representa menos de 2% do custo de um ventilador de UTI”, explica Antonio Mello, Diretor Geral da Medicalway.
Diante desse cenário, a Medicalway Equipamentos Médicos, empresa paranaense com mais de 20 anos de experiência no mercado, se uniu com outras empresas renomadas da área médica, para buscar uma solução alternativa, rápida, eficiente e com um custo acessível que suprisse a falta de ventiladores e leitos de UTI. Como resultado dessa busca incessante e inúmeras pesquisas e testes clínicos, surgiu o 7Lives – Helmet, uma interface de ventilação não-invasiva que vem ajudando a salvar vidas em meio à pandemia da COVID-19.
Segundo Hellen Morais, fisioterapeuta e especialista em produtos da Medicalway, o projeto foi desenvolvido pela Agile Med, empresa de São Paulo e é montado e distribuído para todo o país pela Medicalway, em Curitiba. “O Helmet foi uma solução buscada fora do país a fim de trazer um novo modelo de ventilação não invasiva, que fosse mais confortável para o paciente e mais seguro para equipe multi, uma vez que ele vai reduzir a produção de aerossol, mais eficaz num primeiro momento para evitar intubações, ele vai gerar uma pressão positiva para o paciente através de fluxos altos de oxigênio e ar e pode dispensar o uso dos ventiladores mecânicos.”
Estudos demonstraram uma diminuição significativa de infecções pulmonares e do tempo de recuperação de pacientes que recebem terapias de ventilação não invasivas em relação aos que são submetidos à intubação endotraqueal. E justamente desde que foi comprovado na prática a eficácia deste estilo de tratamento, que empresas nacionais começaram a desenvolver alternativas semelhantes, para também entrar nessa guerra contra esse vírus que ainda ceifa tantas vidas.
O 7Lives – Helmet pode ser uma excelente alternativa em termos de custos e disponibilidade no mercado em relação às interfaces de ventilação não-invasivas disponíveis. Afinal, pequenos detalhes podem fazer muita diferença na linha de frente.
O 7Lives Helmet é a Interface de VNI com o melhor custo-benefício do mercado. O foco principal é criar uma solução completa e acessível para que mais hospitais tenham a oportunidade em adquirir o produto e salvar mais vidas.
Mantém um ambiente com pressão positiva e rico em oxigênio para facilitar a inspiração.
Vedação do pescoço confortável e eficiente (evita sensação claustrofóbica).
Possibilidade de uso sem ventiladores mecânicos.
Permite a ingestão de líquidos e alimentação através de sondas.
Dependendo da necessidade clínica, permite oferta de O2 variado de 21% a 100%.
Compatível com ventiladores de VNI – Ventilação não-invasiva.
Eficiência estudada e comprovada cientificamente.
As equipes da saúde e pacientes ficam protegidos dos riscos de contaminação pelo ar.
Pode ser utilizado em qualquer ambiente intra-hospitalar.
Além disso, o 7Lives Helmet disponibiliza, como opcionais, o Kit de Válvula PEEP, o que possibilita o suporte ventilatório ao paciente ligado diretamente à rede de gases do hospital, sem a necessidade de um ventilador mecânico.
O Helmet é um capacete com filtros e exaustão antivirais e antibacterianas, que promovem a renovação do ar para o paciente.
De acordo com dados publicados pela OMS, embora a maioria das pessoas com COVID-19 desenvolva apenas doenças leves ou sem complicações, aproximadamente 14% requerem hospitalização e suporte de oxigênio e 5% requerem admissão em unidade de terapia intensiva (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020; CHINA CDC WEEKLY, 2020.
Diversos estudos mostram ainda que o uso desta interface evita em 60% a intubação de pacientes em estado críticos de Covid-19, e isso acaba ajudando no tratamento. “A estrutura do Helmet permite a formação de um ambiente com pressão positiva e enriquecido com oxigênio. A maior parte do seu material é feito com PVC atóxico e a membrana de vedação do pescoço é produzida com látex ou silicone, garantindo conforto e adequado ajuste para diferentes pacientes”, explica Renato Abreu, sócio proprietário da Agile Med, empresa responsável pelo desenvolvimento do produto. “Para fixação do produto na cabeça, duas alças de polipropileno com fechos ajustáveis e neoprene dão segurança, conforto e fácil limpeza ao usuário. Esta interface conta com duas válvulas para conexões dos circuitos de fluxo inspiratório e/ou expiratório. Próximo à boca do paciente, há ainda uma válvula de alimentação que permite tanto o fornecimento de líquidos, quanto de alimentação através da passagem de sondas”, complementa.
Por mais que a aparência possa parecer desconfortável para o paciente, a verdade é que não é. O 7Lives – Helmet foi elaborado justamente pensando no máximo conforto e bem-estar nesse paciente em recuperação Covid e também na segurança da equipe em volta, uma vez que o Helmet impede que gotículas se espalhem pelo ambiente, evitando infecções na equipe.
A ventilação não-invasiva só é possível porque o respirador funciona como um capacete com filtros e exaustão antivirais e antibacterianos, capazes de promover renovação do ar e de criar uma pressão positiva para o paciente, que fica na parte de dentro da cápsula, sendo uma das melhores formas para não intubar o paciente, além de reduzir as chances de óbito. “Importante dizer que o 7Lives – Helmet é uma reprodução de um equipamento que fez muito sucesso durante a pandemia na Europa e nos Estados Unidos e que a Medicalway, em parceria com a Agile Med, recriou com toda segurança, conforto e preço justo, para levar ao mercado de saúde a melhor opção de interfaces de ventilação não-invasivas atualmente disponível no mercado para a recuperação dos brasileiros em estado crítico de Covid. Cada vez mais nosso equipamento tem sido aceito nos hospitais pelo Brasil e sendo muito elogiado pelos profissionais da saúde”, completa.
O 7Lives – Helmet já é utilizado em diversos hospitais pelo Brasil inteiro.
No Nordeste já está na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Secretaria de Saúde de Pernambuco, Casa de Saúde São Lucas S A, no Rio Grande do Norte, Lions Clube Currais Novos Sheelita no Rio Grande do Norte, Instituto Madre Teresa de Apoio a Vida no Ceará, Secretaria de Saúde do Piauí, Centro de Tratamento Intensivo em Alagoas, no Hospital Unimed Teresina S/S Ltda no Piauí, Medradius Clínica de Medicina Nuclear e Radiologia de Maceió, Hospital Esperança AS em Pernambuco.
Erick Mendonça, Coordenador de Fisioterapia do Hospital dos Pescadores, no Rio Grande do Norte, explicou a utilidade do equipamento. “Basicamente sua função é a melhora de ventilação e recuperação do paciente. O paciente acometido da Covid possui lesão pulmonar e por vezes não consegue naturalmente a troca ventilatória suficiente, então a gente precisa de uma pressão positiva através deste equipamento para não necessitar intubar o paciente”, disse. O Hospital ganhou o equipamento após a campanha “Uma Chance Para a Vida”, promovida pela Prefeitura do Natal começar para ajudar o município nessa luta contra o vírus.
O Superintendente do BNB no Rio Grande do Norte – um dos doadores, Thiago Dantas e Silva, disse que o momento é de união. “Vivenciamos um momento em que a união de toda sociedade, agentes públicos e privados, contribuirá para minimizar os efeitos dessa tragédia humanitária. Esperamos que os equipamentos possam contribuir para salvar vidas, devolvendo-as para o seio de seus entes queridos”, afirmou.
Até o momento foram doados ao município 41 kits:
– 21 kits da Fecomércio RN
– 2 kits do Vale do Pará
– 3 kits de funcionários do Banco do Nordeste (Superintendente do BNB no RN, Thiago Dantas e Silva; Gerentes gerais do BNB na capital, Luciano Fabrício Tinoco de Oliveira, Vitor Hernandes Barbosa Pereira e Jeová Lins de Sá) e 15 doações anônimas.
No Norte a empresa já está no Amazonas e com vários novos contatos para as próximas semanas.
No Rio Grande do Sul, por enquanto está na Associação Hospitalar Beneficente Sto. Antônio em Tenente Portela, na Associação Hospitalar Caridade Santa Rosa – Hospital Vida e Saúde em Santa Rosa, no Hospital de Clínicas de Passo Fundo e no Hospital de Caridade de Erechim.
Segundo Débora D’Agostini Jorge Lisboa, fisioterapeuta do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, a aquisição dos equipamentos foi muito boa, não só para os profissionais de saúde, como para os pacientes: “Tivemos uma surpresa positiva com a utilização. Os pacientes mostraram ter maior conforto no tratamento, além de ser um material de fácil manuseio e boa qualidade”.
No Paraná está no Hospital VITA, Clinipam, Hospital Hélio Anjos Ortiz, hospitais do Grupo Marista, Hospital São Vicente e Marcelino Champagnat, Pronto Socorro Municipal de Guaratuba.
O superintendente do Hospital Vita Batel, Gustavo Schulz, que implementou o recurso no hospital, fala da importância de ferramentas, como o capacete, em tempos de crise. “Diante desse cenário eu acredito que esse capacete respiratório, que a gente chama de Helmet, ele é uma alternativa extremamente útil, e não está aqui com o objetivo de substituir o respirador que faz a ventilação mecânica, mas vale dizer que eles são complementares e ele tem um atrativo muito interessante que é o fato de permitir ser acoplado diretamente a rede de oxigênio do hospital, salienta”. Schulz ainda ressalta que a grande vantagem do capacete é a utilização sem a necessidade de um respirador, o que é usado em outras modalidades de ventilação não invasiva.
Já segundo Jarbas da Silva Motta Junior, médico intensivista do Hospital Marcelino Champagnat, o capacete é uma boa alternativa para os pacientes que ficam desconfortáveis com a ventilação tradicional e uma opção também para evitar a intubação.
Em Santa Catarina está no Hospital Unimed Grande Florianópolis, no Hospital Unimed Joinville, no Hospital Alto Vale de Rio do Sul, no Hospital São Vicente de Paula de Mafra, no Hospital Unimed Região Carbonífera de Criciúma, no Hospital Regional Alto Vale, no Hospital Santa Izabel de Blumenau, no Hospital OASE de Timbó, no Hospital Unimed Joinville e Vitale – fisioterapia hospitalar ltda.
Em São Paulo no Hospital Samaritano, Rede Dor Jabaquara, Casa de Saúde de Santos,
Casa de saúde da Praia Grande, Hospital Portinari. Em teste na casa de saúde do Guarujá, Hospital Vl Alpina (Seconci), B.P. IABAS, Hospital Ana Costa e Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.
Fonte Nordeste – as informações foram retiradas do site da prefeitura de Natal https://www.natal.rn.gov.br/