Para os serviços de emergência administrados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Carnaval de 2018 manteve a tendência de redução observada nos últimos anos. Das 19h da última sexta-feira (09/02) até as 7h da Quarta-feira de Cinzas (14/02), foram registrados 29.672 atendimentos em todas as unidades da rede estadual, localizadas nas proximidades dos focos de folia, o que inclui 25 hospitais e 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) distribuídos por todas as regiões de Pernambuco. Esse número representa uma redução de 1,6% em relação ao mesmo período do ano de 2017, quando foram registrados 30.154 atendimentos.
“Neste ano, nós mantivemos o planejamento que vem sendo feito pelo Governo de Pernambucano nos últimos carnavais. Mesmo com a maior convocação de profissionais de Saúde realizada por determinação do governador Paulo Câmara, nós reforçamos ainda mais as escalas dos hospitais e monitoramos as ocorrências de importância em Saúde Pública nos principais focos de festa. E podemos dizer que a estrutura montada funcionou perfeitamente, em sintonia e de forma ordenada. Desta forma, conseguimos alcançar o nosso objetivo de garantir a assistência a todos que vieram brincar o Carnaval em Pernambuco”, ressalta o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.
As 15 Unidades Pronto Atendimento (UPAs) foram responsáveis por 59% (17.524) do total de atendimentos de toda a rede estadual de saúde. Apenas 4,4% (780) dos pacientes atendidos nas UPAS precisaram ser transferidos para as emergências dos grandes hospitais, o que demonstra o alto grau de resolutividade destas unidades.No período carnavalesco, as UPAS estaduais realizaram 1.067 suturas e curativos e 1.032 imobilizações em pacientes com traumas leves. No Carnaval do ano passado, as 15 Unidades de Pronto Atendimento foram responsáveis por 17.739 atendimentos (uma redução de 1,2% em 2018).
A maior diminuição nos atendimentos foi registrada nos 12 hospitais localizados na Região Metropolitana do Recife (RMR), que realizaram, das 19h da sexta (09) até as 7h desta quarta (14), 4.832 atendimentos, um número 5,45% menor que o do mesmo período de 2017 (5.111). Já nas unidades localizadas no interior do Estado, houve uma tendência de manutenção da quantidade de atendimentos, com um acréscimo de apenas 12 pacientes neste ano em comparação a 2017.
REGULAÇÃO DE LEITOS – Considerando a análise das estatísticas do Carnaval 2018, observou-se aumento no quantitativo geral de encaminhamentos em 4,10%. As solicitações de transferências para as grandes emergências e maternidades de alto risco mantiveram-se praticamente estáveis, com uma redução de 0,4%. Também constatou-se uma redução de 23% no total de encaminhamentos para maternidades de baixo risco. Em relação aos encaminhamentos dos hospitais regionais, houve uma ampliação em 138%
ATENDIMENTOS NO WILMA LESSA – Entre o sábado (10.02) e a terça-feira (13.02), o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, localizado no Hospital Agamenon Magalhães, no Recife, atendeu cinco pacientes vítimas de violência. Foi um caso de agressão física e quatro de violência sexual. Das cinco pacientes, uma chegou ao local de forma espontânea, uma encaminhada do IML, uma de delegacia e as outras duas de uma UPA e um hospital. As ocorrências foram no Recife (3), Carpina e Vicência.
MONITORAMENTO EM TEMPO REAL DO GALO DA MADRUGADA – Pelo sétimo ano consecutivo, o desfile do Galo da Madrugada teve suas ocorrências de saúde monitoradas em tempo real pela SES. Ao todo, durante o sábado de Zé Pereira, foram registrados 292 atendimentos de saúde relacionados à festividade, sendo 278 envolvendo foliões e 14 pessoas que trabalhavam no evento. Isso significa uma redução de 38,9% em relação a 2017, com 478 atendimentos (465 de foliões e 13 de trabalhadores). Ao todo, foram 12 locais monitorados, sendo três hospitais, três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e seis postos de atendimento do Samu.
As ocorrências foram notificadas das 7h às 22h por equipamentos portáteis (tablets) conectados ao software Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber), com dados gerados pelos hospitais da Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas; pelas UPAs dos Torrões, Imbiribeira e Caxangá; e pelos postos de atendimento do Samu no percurso do Galo – Base Central, Praça Sérgio Loreto, Dantas Barreto, Pátio do Carmo, Rua do Sol e PAM Centro.
De acordo com as informações coletadas, as ocorrências com os foliões foram relacionadas, principalmente, à ingestão de álcool (30,86%) e mal estar (12,34%). Quanto à resolutividade dos atendimentos 75,54% (210/278) foram deliberados no local de atendimento e 13,67% (38/278) necessitaram de transferência ou internação.
Além das informações geradas sobre os 292 atendimentos aos foliões e trabalhadores durante o desfile do Galo da Madrugada, o Amber também registrou outras 813 ocorrências nas mesmas unidades de saúde, que envolviam pacientes que não estavam em polo de festa. No ano passado, foram 545.