O carnaval é uma festa que, como outros grandes eventos, atrai milhares de turistas para algumas das mais conhecidas cidades, famosas pelo espetáculo. São pessoas vindas de outros estados e de outros países, mesmo em tempos de crise.
No Rio de Janeiro, o maior carnaval do país, é esperada, segundo dados da Riotur – Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro, a chegada de 1,5 milhão de foliões. Em Recife foram 1,3 milhão de pessoas em 2017, com a expectativa de ultrapassar esse número em 2018. Em outras cidades como Olinda e Salvador a expectativa ultrapassa os 2 milhões.
São cidades de renome pelo turismo e que estão acostumadas a receber os turistas; Ouro Preto, em Minas Gerais, a capital paulista, Rio de Janeiro, Salvador, Olinda e Recife. Diante dessa grande migração de pessoas durante o carnaval, ultrapassando em muito o normal dessas cidades, é que o Empresômetro realizou levantamento quanto à infraestrutura desses locais.
“Pensamos em informar o público sobre como será o período dos festejos de carnaval, levando em conta o sistema de transporte, hospedagem e alimentação. Conseguimos identificar as empresas regulares que estão ativas e atenderão os turistas em algumas das maiores festas do país”, explica o diretor do Empresômetro, Otávio Amaral.
Carnaval Brasil adentro
No Rio de Janeiro, por exemplo, são mais de 590 hotéis que aguardam seus hóspedes durante o evento, além de 1.280 pensões em atividade que servirão como local de pouso para muitos foliões.
Para aqueles que preferem fugir do trânsito, e chegar mais rápido à festa, serão 163 empresas de transporte aéreo à disposição dos turistas. Mas onde as pessoas estarão mais bem servidas é no setor de alimentos, são, ao todo, 27.929 estabelecimentos, entre restaurantes, lanchonetes, casa de chá e cafés, sem falar dos 7.250 bares na capital fluminense que atenderão durante o feriado.
Outro extremo é Olinda com seu conhecido e divertido carnaval, onde a Prefeitura espera receber mais de 2 milhões de pessoas, muitas delas ficarão na vizinha Recife. Até porque, segundo o levantamento, Olinda conta com 39 hotéis e 7 pensões registradas e em atividade e 1.133 estabelecimentos para consumo de alimentos, o que, se não fosse a estrutura da capital do estado pernambucano, não seria o suficiente para atender toda essa multidão de foliões que invade as ruas da histórica Olinda.
Já em Salvador, famosa por arrastar multidões atrás dos trios elétricos, espera-se que mais de 2 milhões de turistas apreciem a maior festa de participação popular do planeta, a estrutura não é condizente com o turismo regular, em épocas de festas menos ainda. São apenas 375 hotéis e 57 pensões/alojamentos para atender ao público na capital baiana, conferindo lotação desses estabelecimentos, com reservas esgotadas já em dezembro passado.
O que não deixa a desejar em Salvador são os lugares para conhecer a culinária da região: são 4.450 restaurantes, 4.172 lanchonetes e 2.398 bares. Números bons para uma das cidades turísticas mais conhecidas do país.
Em Ouro Preto, Minas Gerais, cidade monumento nacional por sua importância histórica, reinventou-se e nos últimos anos atrai pessoas para suas festas o ano todo. Durante o carnaval chegam milhares de turistas que terão ao seu dispor 101 estabelecimentos entre hotéis, pousadas e pensões para se hospedar, além de 467 locais para alimentação. Não é pouco, considerando o público esperado de mais de 40 mil pessoas durante a festa, que ocorre pelas ruas dessa pitoresca cidade mineira.
Em São Paulo o carnaval de rua está cada vez maior, já no final de semana anterior ao da festa, foram levadas mais de 2 milhões de pessoas com expectativa de dobrar esse número durante os festejos. Serão 491 blocos e mais de 4 milhões de pessoas na capital paulista.
E para atender a toda essa gente é que estão a disposição 1.849 estabelecimentos para hospedagem, entre hotéis, apart-hotéis e alojamentos, somente na cidade de São Paulo. Serão quase 20 mil restaurantes, mais de 36 mil lanchonetes e outros 8 mil bares prontos para a folia. São realmente números de uma metrópole e que pode atender bem seus moradores e turistas durante o evento.
“Todos esses números evidenciam que a economia local será impulsionada em diversos setores, mas que poderiam oferecer mais diante do grande número de pessoas que o carnaval atrai a cada ano. Havendo um grande déficit no que diz respeito à hospedagem, com exceção do Rio de Janeiro, que fora preparada para grandes eventos internacionais, as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Vê-se que cidades menores como Olinda e Ouro Preto fazem grandes eventos com estrutura ainda pequena perto dos grandes centros da folia no Brasil. São setores a serem explorados, com certeza, por investidores e empreendedores do país”, conclui Amaral.