Uma festa natalina especialmente produzida pela Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, foi oferecida para 103 crianças e adolescentes atendidos pelas cinco casas de acolhimento institucional do município, incluindo o CAUD. O evento aconteceu nesta terça-feira (17) no Centro de Treinamento do Clube Atlético do Porto, em Caruaru, onde os convidados foram recebidos para uma tarde de brincadeiras, apresentações culturais e distribuição de brindes e doces.
A garotada pôde aproveitar momentos de lazer em ambiente arborizado com cama elástica, pipoca, algodão doce, lanche e ainda receber o tão esperado presente de Natal das mãos do Papai Noel. Tudo foi preparado com muito amor e carinho pelos profissionais da SDSDH e servidores da Rede Socioassistencial, que, junto com os membros do Rotary Clube de Caruaru, atenderam aos pedidos de presentes feitos pelas crianças nas cartinhas endereçadas ao bom velhinho. “É de imensa importância essa integração entre os serviços que a prefeitura disponibiliza para toda a população. A gestão da prefeita Raquel Lyra trabalha muito a questão das parcerias e nessa que foi feita, pôde ser proporcionado a essas crianças e adolescentes um dia que vai ficar marcado na memória deles”, frisou o vice-prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro.
A programação contou também com a participação das crianças atendidas que se apresentaram no palco com números musicais. Teve também a apresentação da esquete teatral “O Natal de Lili”, do Grupo de Teatro do Projeto Fazendo Direito (da SDSDH), e do Coral Cantando a Vida (da Secretaria de Políticas para Mulheres). “Nas pautas principais que a prefeita Raquel Lyra tem lutado e defendido desde quando era deputada estadual, está a política para a criança, infância e juventude, então a gente não podia fazer diferente. A gente procurou fazer uma celebração com todas as equipes reunidas, com todo mundo sendo presenteado, porque a gente tem que ter por essas crianças o mesmo zelo e o carinho que nós temos pelos nossos filhos e essas casa. Tem que representar o ambiente e a acolhida que a casa da gente representa, então essa é a nossa luta permanente, a de integração e fraternidade”, destacou a secretária da SDSDH, Perpétua Dantas.
Como funciona o Acolhimento Institucional em Caruaru
As Casas de Acolhimento, na modalidade de Abrigo Institucional, é um serviço da Proteção Social Especial de Alta complexidade, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH). Trata-se de um acolhimento provisório para crianças e adolescentes separados de suas famílias por situação de risco e/ou violação de direitos, quando não se é possível realizar uma intervenção mantendo-as no convívio com sua família (nuclear ou extensa).
Os serviços são estruturados na provisoriedade do afastamento do convívio familiar e na preservação e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Em todas as Unidades de Acolhimento o trabalho desenvolvido pela equipe técnica visa prioritariamente à reintegração familiar, seja para a família nuclear ou extensa, sempre observando a segurança e o bem estar do acolhido. O retorno ao convívio familiar deve ser promovido assim que a família apresentar condições favoráveis para o retorno da criança ou do jovem, justificando assim o caráter provisório da medida. Uma vez que esgotadas todas as possibilidades de reintegração familiar, é iniciado o trabalho no sentido de inserir a criança ou o adolescente em uma família substituta através do processo de adoção.
A rede de Acolhimento em Caruaru conta com as seguintes Casas:
Casa de Passagem: Os encaminhamentos para acesso à Casa de Passagem são feitos por determinação do Poder Judiciário ou por requisição do Conselho Tutelar. É um serviço que funciona como uma “porta de entrada”, tendo uma equipe multidisciplinar focada em diagnóstico, que analisa a situação antes de concretizar o acolhimento institucional. A faixa etária é de zero a 17 anos e 11 meses e conta com capacidade para abrigar 20 acolhidos. Atualmente está com 14 acolhidos entre crianças e adolescentes;
Unidade de Acolhimento – Casa 1: Os encaminhamentos para acesso à Casa 1 se dão através de guias de acolhimentos emitidas pelo Poder Judiciário. Atende a faixa etária de zero a 8 anos. Tem Capacidade para 20 acolhidos, como determina as orientações técnicas para acolhimento institucional para criança e adolescente, e atende atualmente 19 crianças.
Unidade de Acolhimento – Casa 2: Os encaminhamentos para acesso à Casa 2 se dão através de guias de acolhimentos emitidas pelo Poder Judiciário. Atende a faixa etária de nove a 17 anos e 11 meses, e tem capacidade para 20 acolhidos, como determina as orientações técnicas para acolhimento institucional para criança e adolescente. Atualmente está 27 acolhidos entre crianças e adolescentes.
Unidade de Acolhimento – Casa 3: Os encaminhamentos para acesso a Casa 3 se dão através de guias de acolhimentos emitidas pelo Poder Judiciário. O local atende a faixa etária que vai de zero a 17 anos e onze meses, com a especificidade de acolher grupos de irmãos ou parentesco de primeiro grau.Tem Capacidade para 20 acolhidos, como determina as orientações técnicas para acolhimento institucional para criança e adolescente e atualmente abriga 27 acolhidos.
CAUD – A instituição recebe adolescentes entre 12 e 17 anos e onze meses, com algum tipo de dependência química, que demonstrem interesse espontâneo de serem atendidos. Possui atualmente dez acolhidos.