Os casos relatados de coronavírus no Peru aumentaram rapidamente esta semana e passaram de 20 mil nessa quinta-feira (23), dobrando em nove dias e atingindo a economia do segundo maior produtor de cobre do mundo.
A crise deixou milhões de desempregados, e os hospitais do país estão com dificuldade para lidar com o crescimento veloz de infecções de covid-19 – corpos são mantidos em corredores, máscaras são reutilizadas constantemente e protestos têm sido feitos por profissionais de saúde preocupados com sua segurança.
O Ministério da Saúde acredita que o número de pacientes atingirá o pico na semana que vem.
O Peru registrou o primeiro caso de coronavírus em 6 de março e levou 25 dias para chegar a mil, mas, em alguns dias, atingiu 10 mil casos como em 14 de abril, segundo contagem da Reuters.
Os casos voltaram a dobrar para 20.914 casos nessa quinta-feira, e o Peru acumula um total de 572 mortes.
O país tem o segundo maior número de casos da América do Sul, só perdendo para o Brasil, apesar de um isolamento rigoroso que visa a conter a disseminação do coronavírus.
Em 15 de março, o Peru anunciou que fecharia suas fronteiras e pediu que os cidadãos fizessem uma quarentena voluntária de 15 dias, apesar de ter somente 71 casos registrados da doença. Desde então, a quarentena nacional foi prorrogada para 26 de abril.
No dia 19 de abril, no entanto, o primeiro-ministro, Vicente Zeballos, disse que o isolamento continuará por mais algumas semanas.