Prefeitura de Caruaru inicia a vacinação infantil no município

A semana começou com mais um suspiro de esperança e alívio para os caruaruenses. Na manhã desta segunda-feira (17), foi iniciada a vacinação infantil contra a Covid-19, no município. A primeira criança a receber a primeira dose do imunizante foi Igor Gabriel dos Santos Melo, de 8 anos, que tem síndrome de down. A vacinação acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Nos sábados, domingos e feriados, o horário será das 8h às 18h, na Via Parque, em frente ao INSS.

Todo cheio de coragem e com o sorriso nos lábios, o pequeno Igor recebeu o imunizante e não hesitou a dizer: ‘vacina boa é vacina no braço’. “A gente esperou tanto tempo e sabe o quanto é importante. É uma sensação de alívio ver nosso filho recebendo o imunizante. Fico muito feliz em ter chegado esse momento”, comemorou Suzana Maria dos Santos Melo, mãe do garoto.

“A gente está fazendo o cadastramento de todas as crianças com doença neurológica crônica, autismo, síndrome de down, deficientes e imunossuprimidas, porque elas são prioridades na vacinação. Mas logo mais também estará disponível para todos e teremos a alegria de ter todas as crianças do município vacinadas”, comemorou a Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

Para vacinar os pequenos, os pais e responsáveis devem se dirigir ao local com o CPF, Cartão do SUS, laudo médico e caderneta de vacinação. Não será exigida prescrição médica. O agendamento está disponível no site www.vacina.caruaru.pe.gov.br

A vacina pediátrica é aplicada em um intervalo de oito semanas, entre a 1ª dose (D1) e a 2ª (D2). O imunizante é Pfizer, em dose de 0,2ml.

PT reage a ataques em artigo de chefe da Casa Civil

O PT reagiu ao artigo assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, na edição deste domingo do Globo. O texto trouxe duras críticas às gestões anteriores dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e adotou tom de alerta sobre o que seria um eventual próximo governo petista.

Para especialistas, Nogueira estabeleceu as linhas da argumentação que será usada pelos aliados de Jair Bolsonaro durante a campanha à Presidência.

O partido concentrou sua resposta na presidente, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), que chamou o artigo de “mentiroso” e sustentou que é uma narrativa “terrorista do governo do terror”.

“Estão querendo responder ao Lula, candidato que tem colocado a discussão sobre os problemas do povo. Não concordamos com o modelo neoliberal que implantaram e está destruindo o país”, disse a presidente do PT, acrescentando que o ministro precisa explicar o orçamento secreto que ele teria coordenado no governo Bolsonaro.

Sobre a acusação de que um governo petista iria guinar o país para o rumo da Venezuela ou da Bolívia, Gleisi afirmou que se trata de discurso usado desde o nascimento do PT.

“Governamos por 13 anos e tivemos nosso modelo de desenvolvimento. Se era para guinar, já teríamos feito. É desespero de quem não tem argumentos para combater o que falamos.”

“O preço do combustível não tem a ver com a pandemia, mas com a expropriação da Petrobras em favor dos estrangeiros, que gerou política de preços absurda.”

No campo econômico, amplamente explorado pelo ministro de Bolsonaro, Gleisi argumenta que Lula sempre teve responsabilidade e aposta em Estado forte, com investimento para gerar emprego e sem tirar direitos trabalhistas.

Os argumentos de Ciro Nogueira foram defendidos por aliados nos bastidores. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem dito a interlocutores que a pauta econômica será essencial para buscar eleitores no Nordeste, onde Bolsonaro sofre com alta rejeição.

Parlamentares do Centrão afirmaram que um dos eixos da estratégia neste ano será disseminar um sentimento de medo com o possível retorno do PT ao Planalto. Por isso, será repetida com exaustão a defesa da responsabilidade fiscal.

Essa estratégia é vista com ressalvas entre parlamentares do bloco, diante dos desgastes do atual governo. Um deputado do PP, que não quis se identificar, apontou um problema, indicado pelas pesquisas, no quadro para outubro: o medo de um novo governo Bolsonaro está se tornando maior entre o eleitorado do que o medo do PT. Nesse cenário, avalia esse parlamentar, apenas essa estratégia não seria suficiente para atrair votos em favor do atual presidente.

Entre economistas, há a opinião de que o discurso governista de equilíbrio das contas públicas pode ser neutralizado pelo desempenho do governo na gestão fiscal. Avaliam, por exemplo, fragilidade na defesa do teto de gastos, citada no artigo pelo ministro, que não lembrou, porém, de mudanças que criaram brechas significativas no ano eleitoral.

A economista Margarida Gutierrez, professora da Coppead- UFRJ, afirma que, embora o governo não tenha eliminado a regra, houve “arrombamento” do teto para permitir que se incluísse os gastos do novo benefício social do governo que substituiu o Bolsa Família, o Auxílio Brasil de R$ 400.

“A grande questão é a disciplina fiscal. Ainda não foi explicitada qual será a postura de Bolsonaro em relação ao teto. Neste ano, mudou-se a regra no meio do jogo eleitoral”, afirma.

Na quinta-feira, Bolsonaro também editou decreto transferindo o controle do orçamento para a Casa Civil, atribuição que era do Ministério da Economia.

“O problema é que as decisões fiscais são eminentemente de cunho eleitoral, que culminou na decisão de passar a aprovação de receitas pela Casa Civil”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, que também fez ressalvas à redução dos juros e à prática da menor taxa da história recente do país, citada por Ciro. A taxa, que chegou a 2% em março de 2021, agora está fixada em 9,25% ao ano.

“Se o regime fiscal estivesse sob controle, a taxa de câmbio estaria muito mais baixa e os juros não estariam aumentando. A taxa deve voltar a 12%, com riscos para frente.”

Professor de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado avalia que o artigo apresenta um esboço da estratégia argumentativa que será vista no debate eleitoral. Para ele, Ciro Nogueira tenta caracterizar a gestão petista pelo segundo mandato de Dilma, sem considerar a estabilidade econômica e redução da pobreza ocorridas no governo Lula, ao mesmo tempo que justifica as dificuldades de Bolsonaro com a pandemia.

“A gente deve esperar uma resposta invertida do petismo, de que a leitura da política econômica deve se concentrar nos anos Lula. São duas estratégias que podem pegar no eleitorado e temos de ver qual terá mais força.”

Caruaru City começa semana com foco na estreia no Campeonato Pernambucano

O Caruaru City começa nesta segunda-feira (17) a última semana de pré-temporada antes da estreia no Campeonato Pernambucano. A equipe comandada pelo treinador Thyago Marcolino vem de empate em 1×1 contra o Campinense, em jogo-treino disputado no último sábado (15), no estádio Amigão, em Campina Grande-PE.

O Caruaru City volta aos treinos nesta tarde, no CT Ninho do Gavião, já com foco no duelo diante do Salgueiro, no próximo domingo, às 16h, no estádio Cornélio de Barros. Os atletas que disputaram 60 minutos ou mais do jogo-treino participam de atividade regenerativa e os demais terão treino normal.

Atual campeão da Série A2 e estreante na elite do estadual, o Caruaru City está em preparação desde o dia 13 de dezembro e será o representante caruaruense no Campeonato Pernambucano deste ano.

Em um ano de vacinação, quase 70% dos brasileiros já tomaram 2 doses

Um ano depois de começar a vacinação contra a Covid-19, o Brasil se aproxima do patamar de 70% da população com as duas doses, enquanto 15% já receberam a dose de reforço e cerca de 75% receberam ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A campanha coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) já tinha atingido 68% dos brasileiros com as duas doses até a última sexta-feira (14) e dá agora os primeiros passos para proteger crianças de 5 a 11 anos.

A vacinação contra a doença teve sua primeira dose administrada em 17 de janeiro de 2021, na enfermeira Mônica Calazans, em São Paulo. A profissional de saúde recebeu a vacina CoronaVac, produzida no Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Desde então, três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI: AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.

Pesquisadores da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Imunizações ouvidos pela Agência Brasil indicam que o resultado da vacinação foi uma queda drástica na mortalidade e nas internações causadas pela pandemia, mesmo diante de mutações mais transmissíveis do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.

Mudança epidemiológica

Quando o Brasil aplicou a primeira vacina contra Covid-19, no início do ano passado, a média móvel de vítimas da doença passava das 900 por dia, e 23 estados tinham mais de 60% dos leitos de pacientes graves da doença ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). Com doses limitadas, a campanha começou focando grupos mais expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos.

Levou até junho para que um quarto dos brasileiros recebesse ao menos a primeira dose, e o país viveu o período mais letal da pandemia no primeiro semestre do ano passado, quando a variante Gama (P.1) lotou centros de terapia intensiva e chegou a provocar picos de mais de 3 mil vítimas por dia. Nos grupos já vacinados, porém, as mortes começaram a cair conforme os esquemas vacinais eram completos, e os pesquisadores chegaram a indicar que a pandemia havia rejuvenescido, já que os idosos imunizados passaram a representar um percentual menor das vítimas.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, reforça que as vacinas reduziram a ocorrência de casos graves e mortes na pandemia, mesmo que a ascensão de variantes mais transmissíveis tenha provocado novas ondas de disseminação do coronavírus. “Não conseguimos ganhar do aparecimento de variantes, principalmente porque não houve uma vacinação em massa no mundo inteiro simultaneamente. Então, em lugares em que havia condições de alta transmissibilidade, surgiram variantes”, afirma ela, que acrescenta: “Mas as vacinas se mostraram eficazes contra formas graves e mortes mesmo nesse contexto de variantes. Neste momento, com a Ômicron, a explosão do número de casos não foi acompanhada nem pelos casos de internação nem pela mortalidade. E isso se deve à vacinação. As vacinas cumpriram o papel principal e mais importante: salvar vidas”.

Pesquisador da Fiocruz Bahia, o epidemiologista Maurício Barreto concorda e avalia que a velocidade de transmissão da Ômicron trará mais um alerta para quem ainda não tomou a primeira dose ou não concluiu o esquema vacinal.

“Esse pico que estamos começando da Ômicron vai crescer nas próximas semanas e pode atingir número grande de pessoas. Pode haver casos severos entre os vacinados, porque a efetividade da vacina não é de 100%, mas será em uma proporção muito maior entre os não vacinados”, prevê o epidemiologista, que vê risco para os sistemas de saúde com demanda grande por internação de não vacinados. “Havendo número razoável de não vacinados, isso pode gerar enorme quantidade de casos severos. A Ômicron está expondo a fragilidade dos não vacinados”.

Barreto vê como positivo o número de 68% da população com duas doses, mas acredita que há espaço para aumentar esse percentual, porque o Brasil tem tradição de ser um país com alto grau de aceitação das vacinas. Além disso, destaca que há diferença grande entre os vacinados com a primeira dose (75%) e com a segunda dose (68%), o que dá margem para avançar entre quem já se dispôs a receber a primeira aplicação.

“De modo geral, é positivo [o percentual de vacinados]. Reflete, de um lado, o desejo da população de ser vacinada, e, do outro, o desenvolvimento de vacinas com efetividade capaz de proteger principalmente contra casos severos da doença”, afirma ele, que pondera: “Poderia ser um pouco mais. O Brasil poderia chegar um pouco além”.

Estados e municípios

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, na última semana, que o sucesso do enfrentamento da pandemia depende da colaboração de estados e municípios, principalmente com relação ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço. Queiroga chamou a atenção para a situação de alguns estados, principalmente da Região Norte, onde os níveis de aplicação da vacina estão baixos.

Ele comentou que assiste-se ao aumento do número de casos, mas ressaltou que ainda não há pressão sobre os estados. “Estamos ampliando os testes. Em janeiro, vamos distribuir 28 milhões de testes rápidos”. Segundo ele, em fevereiro, devem ser distribuídos 7,8 milhões de testes.

Vacinação no mundo

O percentual de vacinados com a segunda dose no Brasil posiciona o país à frente da maioria dos vizinhos sul-americanos, segundo a plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford. Apesar disso, Chile (86%), Uruguai (76%), Argentina (73%) e Equador (72%) conseguiram cobertura maior no continente.

Quando são analisados os 30 países mais populosos do mundo, o Brasil fica na nona colocação entre os que conseguiram a maior cobertura com duas doses, lista que é liderada pela Coreia do Sul (84,5%), China (84,2%) e Japão (78,9%). Em seguida, o ranking tem Itália (74,9%), França (74,8%), Alemanha (71,8%), Reino Unido (70%) e Vietnam (69,7%). Os países onde a população teve menos acesso às vacinas foram Quênia, Nigéria, Tanzânia, Etiópia e República Democrática do Congo, onde o percentual não chegou a 10%.

A América do Sul é o continente com a maior média de vacinação no cálculo da platafoma Our World in Data, com 65% da população com as duas doses. A lista indica grandes desigualdades regionais, com Europa (62%), Asia (58%), Oceania (58%), América do Norte (54%) e América do Sul acima da média mundial de 50% de vacinados, e a África com apenas 9,9% da população com duas doses.

Mônica Levi vê o percentual de vacinados no Brasil como alto em relação a países que lidam com movimentos antivacina mais fortes, como Estados Unidos (62%) e Israel (64%). “Eles não conseguem avançar, porque sobraram aqueles que têm resistência enorme à vacinação. A gente vê no Brasil facilidade muito maior, e estamos em situação melhor. Alguns países estão melhores que a gente, mas a resistência à vacinação aqui ainda não é tão grande, mas pode se tornar”, diz ela, que vê com preocupação a hesitação à vacinação de crianças. “É uma tristeza para nós, da área médica, ver que questões políticas estejam influenciando as decisões de pais sobre a saúde dos próprios filhos, que possa existir pais que se importem mais em seguir orientações politicas do que as bases da ciência e as conclusões de pessoas que são qualificadas para a tomada de decisões na saúde”.

Eventos adversos

A médica afirma que o público está sob bombardeio de informações confusas, que supervalorizam eventos adversos raros previstos na vacinação e ignoram os benefícios que as vacinas já trouxeram desde o início da pandemia.

“Eventos adversos aconteceram, alguns graves, mas foram extremamente raros e muito menos frequentes que a ocorrência desses mesmos quadros sendo causados pela própria Covid-19. A ponderação do risco-beneficio é extremamente favorável à vacinação. A gente não está negando a existência de eventos adversos graves. Eles existem, mas são extremamente raros. Só que a gente tem que considerar as vidas salvas e os benefícios que a vacinação traz frente ao risco que é incomparavelmente menor”.

O epidemiologista da Fiocruz concorda e afirma que as vacinas contra Covid-19 usadas no Brasil estão em uso em muitos outros países, o que faz com que diferentes órgãos regulatórios e pesquisadores avaliem os resultados e sua segurança.

“Internacionalmente, já são bilhões de doses. Não são vacinas dadas só no Brasil, mas no mundo inteiro. Então, há muita clareza de que há efeitos adversos, mas que são em uma proporção tão ínfima, que os benefícios os superam e muito. E, sobre isso, há uma concordância dos órgãos regulatórios, sejam brasileiros, americanos, europeus, japoneses, australianos. Milhares de instituições estão monitorando os efeitos dessas vacinas, então, há uma tranquilidade imensa de que a gente tem vacinas seguras”.

Para avançar na vacinação, Barreto acredita que é preciso entender por que algumas pessoas não completaram o esquema vacinal e identificar localmente possíveis problemas que podem ter criado dificuldades para que as pessoas retornassem aos postos. O objetivo, reforça ele, deve ser facilitar ao máximo a ida aos locais de vacinação.

Mônica Levi lembra que, em outras vacinas que preveem mais de uma dose, é frequente que a cobertura caia na segunda e terceira aplicação. ” A gente já vê isso na vacina da Hepatite B, por exemplo, que também tem três doses. Esse é um comportamento normal que a gente já via, uma dificuldade de fazer vacinas de várias doses e manter a adesão ao esquema completo”, diz ela, que ainda acha difícil prever se a vacinação contra covid-19 vai ser encerrada na primeira dose de reforço. “Mais para frente, se vamos ter novas variantes que vão obrigar a fazer vacinas diferentes, ou se a imunidade vai cair mais uma vez depois do reforço, só o tempo vai dizer”.

Ômicron no Brasil: os estragos provocados pela nova variante da Covid-19

Quando o primeiro paciente contaminado com a variante Ômicron foi confirmado no país, no final de novembro, pouco se podia prever ou mensurar. A população, ansiosa para as comemorações de fim de ano, via um cenário epidemiológico razoavelmente estável, com o avanço da vacinação e estados registrando números menores de óbitos e infecções por Covid-19.

À época, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a afirmar que a nova cepa ‘não é variante de desespero’ e que o Brasil estaria preparado para uma nova onda de casos do novo coronavírus.

Um mês e meio depois, a Ômicron tem se revelado forte. O tsunami de infecções provocado pela nova variante registra, dia após dia, recorde no número de casos: no mundo, foram mais de 3,2 milhões em 24 horas; no Brasil, a média móvel subiu mais de 600%.

Ao contrário do que previa Queiroga, o país não conseguiu acompanhar a evolução da situação pandêmica. Com a explosão de casos do novo coronavírus, algumas capitais brasileiras já estão sofrendo com grandes filas e lotação de pacientes.

O avanço da variante está provocando falta de profissionais de saúde na linha de frente do combate aos efeitos da doença, devido aos afastamentos de profissionais. Além disso, prefeituras e secretarias de saúde lutam contra a falta de estoque de testes para a detecção dos vírus das duas doenças.

Um estudo feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, constatou que a cepa prevaleceu em 98,7% das amostras analisadas no Brasil. Os pesquisadores analisaram 8.121 amostras coletadas entre 2 e 8 de janeiro de 2022.

Desde o dia 1º de dezembro de 2021, os pesquisadores testaram um total de 58.304 amostras em 478 municípios de 24 estados e do Distrito Federal. A Ômicron foi identificada em 191 municípios de 17 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e também no Distrito Federal.

A análise demonstrou também, um aumento nos testes positivos para COVID-19. Entre a última semana de 2021 e a primeira de 2022, a positividade nos testes saltou de 13,7% para 39,5%.
Sobre a ômicron, o presidente da república, Jair Bolsonaro, declarou que a variante é “bem-vinda”.

A fala foi proferida durante entrevista ao site Gazeta Brasil, na quarta-feira (14). “A Ômicron, que já se espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, tem uma capacidade de difundir muito grande, mas é de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias, e não vinculadas a farmacêuticas, a Ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia”, complementou.

Em resposta, o diretor-executivo da OMS, Mike Ryan, rebateu Bolsonaro afirmando que “ainda não é hora de dizer que um vírus é bem-vindo”. “Existem muitas pessoas ao redor do mundo em hospitais, em UTIs, em respiradores, buscando fôlego no oxigênio. Obviamente é muito claro, não é uma doença leve”, explicou o representante do órgão.

Sintomas
De acordo com algumas pesquisas, é possível diferenciar, pelos sintomas, a ômicron das outras variantes. O infectologista Hemerson Luz explicou que os pacientes que são contaminados pela Ômicron relatam uma fadiga anormal e não percebem perda no olfato e no paladar. Além disso, a Ômicron é marcada por dores na garganta e por vezes, perda de voz.

Correio Braziliense

Vacinação infantil é fundamental para barrar a ômicron, alertam especialistas

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, que começou ontem no Distrito Federal, será uma importante aliada no combate ao avanço da variante ômicron. A cepa, considerada por especialistas mais transmissível do que a delta, tem levado ao aumento de casos diários da doença no DF. Desde 24 de dezembro de 2021, o índice de contágio da capital federal está em patamares elevados. Na véspera de Natal, o valor estava em 0,8; no último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado na sexta-feira, o número chegou a 2,09. A taxa indica a reprodução da pandemia, e o resultado de 2,09 mostra que 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença para outros 209 indivíduos. O ideal é que o índice permaneça abaixo de 1.

Infectologista do Hospital das Forças Armadas, Hemerson Luz defende que, quanto mais pessoas estiverem imunizadas contra a covid-19, menos espaço o vírus terá para se disseminar. Segundo o médico, estudos indicam que, em comparação com a variante delta, a ômicron é de menor letalidade e maior transmissibilidade. “Ela pode ser transmitida até oito vezes mais facilmente (do que a delta). Temos visto aumento no número de casos e internações, que podem refletir em crescimento no número de óbitos, pela grande quantidade de pessoas infectadas. Outros estudos demonstram que a vacinação é de suma importância para diminuir a gravidade e a possibilidade de quadros mais críticos e internações”, aponta o infectologista.

Felipe Teixeira infectologista pediátrico da Maternidade Brasília e do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) ressalta a importância da cobertura vacinal para conter a reprodução da doença. “Apesar de a vacina não interromper a transmissão, sabemos que reduz, sim. Crianças não vacinadas podem ter carga viral maior e são potenciais transmissores, inclusive para adultos”, pontua.

Como a imunização de crianças, Hemerson Luz destaca que a aplicação adicional da vacina também contribui para um combate mais incisivo e eficiente contra a doença. “A vacinação com a dose de reforço é essencial porque potencializa os anticorpos, e a vacinação das crianças também tem um papel fundamental, porque o coronavírus vai procurar brechas para continuar se disseminando. Essas brechas estão nas pessoas não vacinadas, inclusive nas crianças. Vaciná-las é conter os riscos de elas apresentarem quadros graves e diminuir a disseminação do vírus”, completa o especialista.

Respostas
Apesar de ser essencial para conter o avanço da pandemia, os efeitos da imunização não são instantâneos. “Toda medida tomada leva um tempo para começar a dar respostas. Ainda vamos conviver com número elevado de casos por duas a quatro semanas. Depois, teremos estabilização e, aos poucos, vai cair. A resposta da vacinação não é imediata. Existe um atraso de, pelo menos, 15 dias. Certamente, a diminuição do número de casos não será imediata, mas vai acontecer”, garante Hemerson Luz.

Quanto aos efeitos colaterais que o imunizante pode gerar em meninos e meninas, o infectologista pediátrico Felipe Teixeira frisa que os eventos são, na imensa maioria dos casos, leves, sendo o principal deles dor no local da aplicação da dose. “A vacina foi testada e a maioria dos efeitos colaterais são leves. São pouquíssimos os efeitos moderados e graves e não tem óbito de crianças por reação à vacina”, aponta.

Djokovic é esperado na Europa após ser expulso da Austrália

O número um do mundo no tênis, o sérvio Novak Djokovic, expulso da Austrália após uma batalha judicial sobre sua situação em relação à vacina contra a covid, é esperado nesta segunda-feira (17) na Europa após escala em Dubai, após o início do Aberto da Austrália que sonhava em vencer pela décima vez.

O tenista sérvio de 34 anos desceu do avião com duas malas e máscara, após aterrissar às 05h32 (21h32 de domingo no horário de Brasília) no Aeroporto Internacional de Dubai.

O destino final do atleta não foi revelado, mas a polícia mantinha os jornalistas afastados do aeroporto de Belgrado, segundo um fotógrafo da AFP.

O tenista seria a figura central na abertura do Aberto da Austrália nesta segunda, mas não pôde participar do torneio depois que um tribunal rejeitou seu pedido para permanecer no país.

O torneio australiano começou, enfim, sem sua estrela principal, que venceu nove vezes. A expulsão de Djokovic se deu após uma disputa legal com as autoridades australianas que polarizou a opinião mundial e prejudicou a imagem de ambas as partes.

O tenista se declarou “extremamente decepcionado” depois que um tribunal federal confirmou por unanimidade a decisão do governo de cancelar seu visto.

“Há quase uma semana, quando ele ganhou o caso em primeira instância, conseguiu recuperar seu visto e estava treinando. Eu disse que a justiça havia falado”, comentou hoje Rafael Nadal em Melbourne, depois de passar para a segunda rodada.

“Ontem a justiça disse outra coisa. Nunca serei contra o que a justiça diz”, acrescentou.

“Acho que a situação foi um desastre (…) Ele não é o único que provavelmente fez coisas erradas nesse caso. Claro, há mais responsáveis em toda essa situação terrível que estamos enfrentando há duas semanas”, completou o espanhol.

Após a decisão, o atleta embarcou, no domingo, em um voo no aeroporto de Melbourne com destino a Dubai na companhia de assistentes e autoridades.

Duas vezes nos últimos 11 dias, o governo australiano revogou o visto de Djokovic e o deteve em um centro de imigrantes, dizendo que sua presença poderia alimentar um sentimento antivacina em meio a uma onda de infecções pela variante ômicron da covid.

O tenista sérvio contestou ambas as decisões na Justiça, onde venceu a primeira, mas perdeu a fase decisiva no domingo.

O tenista sérvio pode ficar três anos sem poder entrar na Austrália, o que dificultaria a conquista do seu 21º Grand Slam. Atualmente ele tem 20 títulos como Roger Federer e Rafael Nadal.

O primeiro-ministro australiano, o conservador Scott Morrison, considerou que o que aconteceu “envia uma mensagem muito clara”.

No entanto, sugeriu em uma entrevista que Djokovic poderia retornar nos próximos três anos “nas circunstâncias certas”.

Sem outras opções para apelar, Djokovic reconheceu que o jogo havia acabado e que não disputaria o torneio de Melbourne.

“Independentemente de como se chegou a esse ponto, Novak é um dos grandes campeões do nosso esporte e sua ausência no Aberto da Austrália é uma perda para o jogo”, disse a ATP, que regula o tênis mundial.

Da mesma forma, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, foi severo em suas críticas às autoridades australianas.

“Eles acreditam que com isso, com esses 10 dias de maus-tratos, humilharam Djokovic, mas se humilharam. Djokovic pode retornar ao seu país de cabeça erguida”, disse Vucic à mídia estatal.

O tenista poderá ter que responder sobre aspectos de sua conduta em audiências judiciais. Constatou-se que o tenista de 34 anos contraiu covid-19 em meados de dezembro e, segundo sua própria versão, não se isolou depois de saber que testou positivo. Ele até deu uma entrevista à imprensa cara a cara depois que o contágio foi confirmado.

O tenista se recusou a apresentar provas no caso para evitar a noção de que ele é antivacina.

“Ele se tornou um ícone dos grupos antivacinas”, disse o advogado do governo australiano, Stephen Lloyd. “Com ou sem razão, ele é visto como alguém que apoia as opiniões antivacinas e sua presença aqui (na Austrália) contribui para isso.”

AFP

Promotorias do Agreste e Região Metropolitana pedem reforço nas medidas contra a Influenza e a Covid-19

A intensificação dos esforços para conter o avanço da Covid-19 e do vírus da gripe (Influenza) foi expedida por Promotorias de Justiça de municípios do Agreste e da Região Metropolitana do Recife, após a multiplicação de casos no Estado. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a recomendação foi feita às prefeituras das cidades de Canhotinho, Belo Jardim, João Alfredo, Salgadinho, no Agreste; e à Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. Nas publicações disponíveis no Diário Oficial do Ministério Público da última sexta-feira (14), está explícita a necessidade de que sejam adotadas medidas para ampliar a rede de assistência local, além de recomendar que seja retomada a execução do Plano de Contingência Municipal, com providências voltadas à atenção integral das pessoas diagnosticadas com os vírus.

“É preciso ainda que sejam mantidas em pleno funcionamento a atenção primária, as unidades de pronto atendimento, policlínicas e hospitais, procedendo, quando necessário, com o internamento dos casos de síndrome gripal, priorizando pacientes com maior condição de vulnerabilidade, bem como realizando o primeiro atendimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave, com contato subsequente com a central de leitos do Estado”, informa o MPPE. Até o momento, já foram expedidas 13 recomendações em alinhamento à Recomendação nº 01/2022, publicada pela Procuradoria Geral de Justiça.

De acordo com as Promotorias de Justiça, é preciso que o prefeito e o secretário de Saúde de cada município retomem a execução do Plano de Contingência Municipal, com providências voltadas à atenção integral das pessoas diagnosticadas com a Covid-19 e Influenza, pois: “Necessitem de acolhimento em unidades de saúde de baixa, média e alta complexidade, de âmbito local ou regional, reativando o funcionamento dos leitos de retaguarda, enfermarias, abrigos temporários, espaços de proteção social, hospitais de campanha, leitos de assistência crítica”.

Nas publicações da última sexta-feira, também recomenda que as equipes de vacinação devem ser reforçadas e mobilizadas no período das campanhas de vacinação de âmbito estadual e nacional, com a ampliação dos horários de atendimento à população. “O município deve também analisar a possibilidade de instituir a obrigatoriedade da comprovação de vacinação contra a Covid-19 para o exercício de determinadas atividades, observadas as orientações médicas”.

No texto também está explícita a necessidade de que sejam adotadas medidas para promover a: “ampla divulgação por todos os meios disponíveis da importância da vacinação contra a Covid-19 e doenças imunopreviníveis de âmbito estadual/nacional, realizando a busca ativa de indivíduos ainda não completamente imunizados, notadamente os mais vulneráveis”.

E ainda que sejam intensificadas as fiscalizações quanto à adoção das medidas não farmacológicas, a exemplo do uso de máscaras, distanciamento social, cumprimento de protocolos setoriais, dentre outras medidas que visem a contenção da disseminação das doenças infectocontagiosas.

Diario de Pernambuco

Brasil precisa de nova âncora fiscal para acalmar os investidores

Moeda Real

Especialistas reconhecem que o quadro fiscal piorou significativamente após a aprovação da PEC dos Precatórios no ano passado, e, com isso, avisam que o debate eleitoral deverá incluir uma discussão sobre uma nova âncora fiscal diante do abandono das atuais. O problema é achar uma regra ideal para, depois, não ser cumprida, como ocorreu com o teto de gastos, pois, quando ele iria mostrar alguma eficiência, foi modificado.

Diante da escalada da inflação, que ajudou a melhorar o quadro da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), analistas afirmam que o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o compromisso fiscal está mantido, convence muito pouco. O calote parcial das dívidas judiciais, para criar espaço fiscal para as polêmicas emendas parlamentares de destino duvidoso, o chamado orçamento secreto, não é bem visto pelos analistas mais sérios e que têm preocupação com o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Eles alertam para a trajetória da dívida pública em ascensão devido às medidas desesperadas do presidente Jair Bolsonaro (PL) para conseguir pavimentar o caminho da reeleição, agradando o Centrão, que sequestrou o Orçamento e agora, um dos caciques, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que passou a ter mais poder do que Paulo Guedes na gestão dos recursos.

O teto de gastos era considerado uma âncora fiscal ruim para muitos analistas, mas, mesmo os críticos lamentam o fato do atual governo antecipar a mudança do indexador, que estava prevista apenas para 2026, para ampliar os espaços de gastos em ano eleitoral. “Acabou a âncora fiscal e, sem dúvida, a PEC dos Precatórios foi a maior barbeiragem que o governo fez. Em ano eleitoral, vamos ver um governo gastador naquilo que dá voto. O Auxílio Brasil é meritório, independente se dá voto ou não. O que não é positivo é o fato de o governo não cortar nem mesmo os gastos supérfluos”, destaca o economista Simão Davi Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP).

Desde 2014, quando passou a registrar deficit primário, o Brasil deixou de lado a principal âncora fiscal em vigor, a meta de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública). Os rombos consecutivos colocaram contra a parede outra âncora de quem poucos se lembravam que existia na Constituição: a emenda da regra de ouro, que proíbe o governo emitir títulos da dívida pública para cobrir despesas correntes, como salários e aposentadorias. O teto de gastos, aprovado em 2016, segundo alguns analistas “sem paredes”, acabou ajudando a preservar a confiança do mercado de que havia algum compromisso para evitar a explosão dos gastos públicos e, até mesmo, na redução dos juros básicos para o piso histórico de 2% ao ano em 2020.

A pandemia não ajudou em 2020 e fez os gastos públicos explodirem em todo o mundo, mas, agora, quem assumir o governo em 2023 terá que arrumar o estrago deixado por Bolsonaro provocado pela PEC dos Precatórios e pela farra das emendas de relator. E a herança maldita nas contas públicas, lembram analistas, deverá ser pior do que a deixada pelo governo Dilma Rousseff (PT), diga-se de passagem, pois a dívida pública bruta estava em 65,5% do PIB, em 2015. Em 2020, chegou a 88,8% do PIB, e as estimativas são de disparada da dívida pública se não houver âncoras fiscais capazes de segurar o endividamento em bola de neve que pode ocorrer com as pedaladas de precatórios e do aumento de gastos com viés populista e sem a preocupação de impacto na atividade.

O especialista em contas públicas e consultor do Senado Federal Leonardo Ribeiro, reconhece que o teto de gastos “perdeu efetividade”. “Eu não diria que a regra acabou, mas discutir uma nova regra fiscal em um momento de eleição não é bom porque é impopular e acaba influenciando essa discussão”, analisa. Na avaliação de Ribeiro, além das incertezas no campo institucional, há os riscos do cenário externo.

Exemplo alemão
Um modelo de âncora fiscal que o Brasil poderia adotar é o da Alemanha, estabelecido depois da crise de 2008, de acordo com Oreiro, da UnB. “Estamos falando de uma regra que dá atenção para os ciclos econômicos e para como o PIB performa em relação ao PIB potencial”, explica o consultor do Senado Leonardo Ribeiro. “Essa regra está sendo discutida. Aliás, a Europa está rediscutindo as âncoras fiscais e precisamos ficar atentos a essa discussão também”, aconselha.

Ribeiro lembra que, em 2015, o projeto de lei que tratava do limite para a dívida pública proposto pelo senador José Serra (PSDB-SP), poderia ser um bom “ponto de partida” nessa discussão, a fim de resgatar a ideia original da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O sucesso de uma nova âncora vai depender de como a regra será desenhada, porque é preciso colocar no papel a sinalização que envolva a segurança jurídica e uma compreensão do que é a regra”, complementa Ribeiro.

O especialista em contas públicas José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), e um dos autores da LRF, não acha que o Brasil precisaria copiar o modelo de outros países. “O Brasil era tido como um modelo de regras fiscais, reconhecido por especialistas e por organismos internacionais”, explica.

Afonso lamenta o fato de que, no Brasil, as leis e as regras não são cumpridas e acredita que, se mudar o modelo, por si só, não há garantia de que ele será respeitado. “Em um país em que autoridades máximas parecem não ver problemas que algumas crianças possam morrer apesar de se saber que elas poderiam ser vacinadas e como tal protegidas, porque esperar que as mesmas autoridades cumpririam regras fiscais?”, questiona.

Correio Braziliense

Luto: Cantora de banda de brega morre em acidente em município de Pernambuco

Três pessoas se feriram e uma morreu em um acidente que aconteceu no último sábado (15), na PE-22, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Dentre as vítimas estava a cantora da banda de brega Adupla, Jamyle Magalhães, 18 anos, que não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Miguel Arraes.

O acidente ocorreu após o motorista, que trafegava pela PE-22, perder o controle do veículo, capotando e atingindo dois postes de energia. Todas as vítimas foram socorridas, mas Jamyle Magalhães não resistiu. Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) informou que o motorista deixou o local do acidente sem prestar assistência às vítimas. Um inquérito policial foi instaurado e mais informações serão anunciadas após completa elucidação do caso.

De acordo com informações da PN Produtora, responsável pela banda de brega, o velório de Jamyle será nesta segunda-feira (17), no Cemitério de Paulista, às 14h.

Confira a nota da PCPE:

A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO, registrou no dia 15.01, através da 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil – Paulista, uma ocorrência de Acidente de Trânsito com Vítima Fatal e Omissão de Socorro, na PE-22, município de Paulista. A vítima fatal, uma mulher, com 18 anos, estava com outras pessoas num veículo utilitário quando este perdeu o controle e colidiu. Todos os feridos foram socorridos. O motorista  deixou o local do acidente sem prestar socorro aos envolvidos. Um inquérito policial foi instaurado e outras informações poderão ser fornecidas após a completa elucidação.

Diario de Pernambuco