Abertas as inscrições para o 9° Congresso de Inovação da Indústria

Estão abertas as inscrições para o 9° Congresso de Inovação da Indústria, um dos maiores eventos do gênero na América Latina, que reunirá lideranças das maiores empresas brasileiras e multinacionais da área de tecnologia e inovação. O evento é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Esta edição acontece em formato híbrido, nos dias 9 e 10 de março, em São Paulo (SP), devido à pandemia da Covid-19. Com isso, haverá oportunidade para que pessoas em todo o mundo assistam à programação por meio de uma plataforma com capacidade para mais de 15 mil acessos simultâneos. Para participar, é preciso se inscrever no site do evento.

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Inovação é chave para o crescimento sustentado

A única saída para que empresas sejam competitivas de forma sustentável é o investimento em inovação. A diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, ressalta que a inovação é imprescindível para o desenvolvimento econômico do país. “A experiência internacional demonstra que a inovação é o caminho mais curto para o desenvolvimento sustentável da economia”, afirma.

O 9° Congresso de Inovação visa promover debates sobre como criar um mundo mais sustentável, com a inovação e a educação como motores de transformação. Idealizado pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o Congresso de Inovação tem como missão fazer da agenda de inovação uma estratégia de país. Criada e coordenada pela CNI, a MEI reúne cerca de 400 CEOs e lideranças das principais empresas com atuação no Brasil.

Para o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, a inovação é o caminho para mudar a economia brasileira, que passa pelos pequenos negócios – responsáveis pela geração de 2 milhões de empregos durante a pandemia. “Não tem como falar de estratégia, de conceito, sem falar de inovação. Inovação também é saber reutilizar, fazer mais com nosso tempo. E nosso país tem grande potencial para inovar, ainda mais quando o tema se torna agenda prioritária e destacada em eventos, como o Congresso de Inovação da Indústria”, aponta Quick.

Evento terá arena virtual e discutirá megatendências em inovação

Na arena virtual, os participantes terão a oportunidade de passear virtualmente pelo espaço em 3D. Além disso, a plataforma tem um espaço para networking que permite reuniões em tempo real. Serão dois dias de evento para debater o que há de mais moderno em termos de tecnologia em 40 painéis com 26 palestrantes internacionais, de 15 diferentes países, além de 75 brasileiros.

Essa edição abordará temas como caminhos para um Brasil mais inovador, megatendências, futuro do trabalho, da alimentação, da saúde e, também, da produção de energia. Entre os palestrantes confirmados estão o diretor de criação do Exploratorium, Thomas Rockwell; a CEO da Microsoft Brasil Tânia Consentino; o diretor executivo de Tecnologia e Inovação da Suzano, Fernando de Lellis Garcia Bertolucci; a CEO da Bayer Brasil, Malu Nachreiner; o vice-presidente sênior da BASF para América do Sul, Antonio Lacerda; o vice-presidente e chefe de Tecnologia da Rockwell Automation, Cyril Perducat; Nina da Hora, membra do Conselho de Segurança do Tik Tok; Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho; Pablo Roberto Fava, CEO da Siemens no Brasil; Rodrigo Dienstmann, CEO LATAM South da Ericsson; Luiz Tonisi, presidente para América Latina da Qualcomm; Bruno Flach, diretor do Laboratório de Pesquisas no Brasil da IBM; Daniel Moczydlower, presidente e CEO da EmbraerX; entre outros.

Evento presencial será restrito por conta de protocolos de segurança

Seguindo os protocolos de segurança, o 9° Congresso de Inovação da Indústria será no formato híbrido. Sendo assim, apenas convidados poderão estar presentes na arena montada no WTC Events Center, em São Paulo, o evento respeitará os protocolos sanitários, com uma programação exclusiva, distribuída em diferentes pontos.

A arena conterá com um palco reservado a palestras e debates com as principais referências em inovação no Brasil e no mundo. Além de lounges montados para realização de workshops, sessões privativas com palestrantes e atividades de mentoria com lideranças empresariais. O espaço destinado para networking será na modalidade “one-on-one” com reuniões agendadas via funcionalidade de matchmaking da plataforma virtual do Congresso.

Confira aqui a programação completa.

Erick Lessa se reúne com representantes de farmacêuticos

Debatendo o cenário da saúde pública, o deputado estadual Erick Lessa se reuniu com representantes de farmacêuticos nesta quinta-feira (13). No encontro, foi discutido o papel e a valorização desses profissionais.

De acordo com o deputado Erick Lessa, outras ações serão adotadas em prol da categoria. “Estamos construindo pontes para debater assuntos referentes a esses profissionais tão importantes para a saúde, os quais desenvolvem um trabalho que gera reflexos em toda a sociedade”, pontuou.

O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Pernambuco (Sinfarpe), Holdack Velôso; o presidente do Conselho Regional de Farmácia de Pernambuco (CRF-PE), Aldo César Passilongo; o vice-presidente do Sinfarpe, Luciano Costa; e o farmacêutico Emanuel Rosa participaram da reunião, ocorrida na sede do Sinfarpe, em Recife.

UniFavip oferece cursos de férias gratuitos e abertos ao público

O início do ano é o período ideal para planejar os próximos passos na carreira e nos estudos. Pensando nisso, o Centro Universitário UniFavip Wyden realizará, de 17 a 23 de janeiro, o projeto Ativação, um conjunto de cursos de férias rápidos e gratuitos. Eles acontecerão nos formatos presencial e on-line e são destinados aos estudantes do UniFavip, alunos de outras instituições e profissionais. As capacitações são focadas em temas em diversas áreas do conhecimento: saúde, negócios, engenharias, comunicação, direito, psicologia e tecnologia.

O evento envolve um time de mais de 20 professores especialistas. “O foco do AtivAÇÃO UNIFAVIP é Empreendedorismo, colaborando socialmente com a construção de novas possibilidades econômicas e de uma atuação profissional de qualidade. Os cursos foram planejados e pensados para contribuir com a comunidade, estudantes e profissionais nas mais diversas possibilidades de desenvolvimento social e econômico. As metodologias e estratégias aplicáveis em diversas realidades, perpassando pela cultura maker”, explica o reitor do UniFavip Wyden Diego Cunha.

Os interessados devem se inscrever pelo link: https://www.even3.com.br/ativacao2022/. Na plataforma, os inscritos terão acesso à lista completa dos cursos com datas, horários e salas, além dos nomes dos professores que irão ministrar as atividades. É preciso estar atento na hora de efetuar a inscrição e aos formatos disponíveis (presencial ou on-line). Para as palestras e workshops remotos, é necessário ter a ferramenta Microsoft Teams para participar. Mesmo gratuitas, as vagas são limitadas, com quantidades determinadas para atividades que serão ofertadas no período. Para toda programação, haverá emissão de certificados.

Veja alguns destaques e confira a programação completa pelo site: https://www.even3.com.br/ativacao2022/.

Segunda-feira (17)
Diagnóstico por Imagem (Presencial) – 8h às 12h

Hematologia – Teoria e prática (Presencial) – 14h às 17h

Aprendendo a usar instrumentos de medidas de precisão Turma 1 (Presencial) – 15h às 16h
Saúde financeira: como anda a sua? (On-line) – 19h às 21h

Organização do Estado para o exame da OAB (On-line) – 19h às 21h

Terça-feira (18)

Semiologia em grandes animais (Presencial) – 8h às 12h
Da graduação à profissão: diálogo sobre a Educação Física (On-line) – 14h às 17h

Quarta-feira (19)

Formulação de ração para animais de companhia (Presencial) – 8h às 12h
Microagulhamento (On-line) – 17h às 19h
2022! O que está faltando em seu negócio é design e você nem sabe (On-line) – 19h às 21h30
Campeonato de Robocode (On-line) – 19h às 22h
PJ: Utilização na rotina advocatícia (On-line) – 19h às 22h
Planejamento e Gestão de Clínica (On-line) – 19h às 22h

Quinta-feira (20)
Homeopatia: um tratamento em pequenas doses (Presencial) – 14h às 17h
Diabete mellitus tipo 1 (DM1): fisiopatologia, diagnóstico, terapia e novas tecnologias (On-line) – 14h às 17h
Personal Branding: como trabalhar o seu marketing pessoal (On-line) – 16h às 18h
Planejamento e Gestão de Clínica (On-line) – 19h às 22h
Prática em Execução Penal – Progressão de Regime (On-line) – 19h às 22h
Adolescente em situação de risco, ECA e redes sociais (On-line) – 20h às 22h

Sexta-feira (21)

Como tirar dores da coluna e extremidades com as mãos? (On-line) – 9h às 11h
Fabricação de detergente Turma 1 (Presencial) – 15h às 16h

Segunda-feira (24)
Aprendendo a usar instrumentos de medidas de precisão Turma 2 (Presencial) – 15h às 16h

Sexta-feira (28)

Fabricação de detergente Turma 2 (Presencial) – 15h às 16h

Unidades Básicas de Saúde em Caruaru ganham reforço para a vacinação contra a Covid-19

Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Caruaru, tanto da zona urbana, quanto da rural, já vêm realizando a vacinação contra a Covid-19. Cada uma segue o seu cronograma, que estabelece um dia da semana para as unidades de porte 1 (com uma equipe) e dois dias da semana para as unidades de portes 2 e 3 (com duas ou três equipes). Essa medida visa evitar desperdício do imunizante.

Agora, sete unidades estarão de portas abertas, diariamente, com demanda livre, para realizar a vacinação nos diferentes bairros. São elas: Centro de Saúde Boa Vista, Dr. Antônio Vieira, AME Maria Lira, Agamenon I e Encanto da Serra, Indianópolis I e II, Demóstenes Veras e Novo Mundo e AME Pedro Justino.

Nos fins de semana, a imunização acontecerá na Via Parque, em frente ao INSS, sempre das 8h às 18h. Nos demais dias da semana, o local oferece vacinação noturna, das 17h às 20h.

O Centro de Vacinação, localizado no Espaço Cultural Tancredo Neves, encerra as atividades nesta sexta-feira (14).

Serviço:

Unidade: Centro de Saúde Boa Vista
Endereço: Rua Cabo, s/n° Cohab I
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: Dr. Antônio Vieira
Endereço: Rua Presidente Artur Bernardes, s/n° Salgado
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: AME Maria Lira
Endereço: Rua Francisco Maximiniano, n° 280, Rendeiras
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: Agamenon I e Encanto da Serra
Endereço: Rua Marieta Cruz, s/n°, Bairro Agamenon
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: Indianópolis I e II
Endereço: Rua Monteiro Lobato, n° 480, Indianópolis
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: Demóstenes Veras e Novo Mundo
Endereço: Av. Recife, s/n° Lot. Demostenes Veras
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 16h

Unidade: AME Pedro Justino
Endereço: Rua Joaquim Alves de Souza, s/n°, Vila Kennedy
Horário: das 8h às 12h e das 13h

Câncer e anemia: entenda a relação

O câncer ou tratamento dele pode gerar um quadro de anemia. O alerta é da hematologista do NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), Dahra Teles. Por isso a necessidade do paciente oncológico se alimentar de forma saudável e realizar acompanhamento médico adequado para que, em caso de redução de hemoglobina/ hemácias/ glóbulos vermelhos (relacionada ao câncer ou tratamento desse), haja o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a fim de minimizar os sintomas e a necessidade de transfusão.

A médica tranquiliza ao dizer que a anemia não se transforma em câncer. Ela pode ter diversas causas, na verdade, sendo a deficiência de ferro e de outras vitaminas a mais comum. Também pode estar associada à alteração da tireóide ou da função renal, a doenças autoimunes, doenças da medula óssea ou ao câncer. São vários os mecanismos de anemia no paciente oncológico: a própria doença pode infiltrar a medula óssea, a ocupando e fazendo com que ela não consiga produzir as hemácias normalmente; pode ocorrer destruição precoce das hemácias (hemólise); o câncer pode ocasionar sangramentos e com isso anemia ferropriva (por deficiência de ferro) ou ocorrer anemia da doença crônica.

A hematologista acrescenta que a anemia também pode acontecer em consequência do tratamento de quimioterapia e radioterapia. “Por isso é importante o acompanhamento adequado antes e durante o tratamento. Atenção também à toxidade do tratamento na medula, que pode reduzir a produção de hemoglobina”. O tratamento da anemia é importante para melhorar a qualidade de vida do paciente, a fim de aumentar a disposição desse reduzir complicações também relacionadas ao tratamento oncológico.

Sintomas, Diagnóstico e Tratamento da Anemia – A redução de glóbulos vermelhos no sangue dificulta o transporte/ circulação de oxigênio para os tecidos do corpo, o que pode causar sintomas (relacionados à diminuição da oxigenação) como coração acelerado, falta de ar (principalmente ao fazer esforço), palpitação (sensação de batimentos cardíacos acelerados), palidez (devido à redução dos glóbulos vermelhos), edema de membros inferiores, fraqueza, unhas quebradiças e queda de cabelo.

Quanto mais severa a anemia e mais rápido esse quadro se instala, menos o organismo vai estar adaptado e mais sintomas o paciente pode apresentar. Os sintomas relacionados à anemia não são específicos, então o ideal é que o paciente realize o acompanhamento médico para que seja dado o diagnóstico, que acontece a partir da avaliação de um hemograma (exame de sangue). A partir daí, outros exames são solicitados para a investigação da causa e direcionamento do tratamento adequado.

Coreia do Sul detecta lançamento de projétil pela Coreia do Norte

Lançamento de míssil pela Coreia do Norte - Agência Reuters

As Forças Armadas da Coreia do Sul informaram nesta sexta-feira (14) que detectaram o lançamento, pela Coreia do Norte, de “projétil não identificado na direção leste”, o terceiro teste realizado pelo país nos últimos nove dias.

A declaração curta dos militares sul-coreanos não forneceu maiores detalhes sobre o lançamento.

O regime norte-coreano disparou o que se presume serem mísseis hipersônicos  nos dias 5 e 11 de janeiro.

O teste de hoje ocorre horas depois de Pyongyang ameaçar resposta “mais forte e determinada” a novas sanções dos EUA contra cidadãos norte-coreanos.

Agência Brasil

INSS suspende temporariamente perícias médicas

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) volta atendimento presencial nas agências.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu temporariamente a realização de perícias médicas do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade. As perícias são necessárias para revisão do benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença. A suspensão se deu em virtude do aumento de casos de covid-19 no país.

A suspensão vale para perícias marcadas desde o dia 12 de janeiro deste ano. A portaria conjunta do INSS e do Ministério do Trabalho foi publicada nesta quinta-feira (13). Segundo o ministério, as perícias suspensas serão remarcadas para o segundo semestre, e o INSS comunicará aos segurados a nova data.

Os segurados afetados pela suspensão das perícias continuarão recebendo os benefícios normalmente.

A portaria manteve o atendimento para os casos de mutirões de realização de perícia médica que já estavam previamente programados e com viagens definidas no âmbito da Subsecretaria da Perícia Médica Federal.

O Brasil vem registrando uma curva acentuada no aumento dos casos de covid-19. Dados de ontem (12) do Ministério da Saúde registraram 87.471 casos de covid-19 em apenas 24 horas (https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-01/covid-19-brasil-tem-874-mil-casos-e-133-mortes-em-24-horas). Há uma semana (5), o número de diagnósticos positivos foi 27.267, três vezes menor do que o registrado na quarta-feira. Já o último dia de 2021 registrou 10.282 casos de covid-19 no Brasil em 24 horas.

CoronaVac tem eficácia contra Ômicron, mostra estudo preliminar

Caixas com vacinas experimentais contra Covid-19 da Sinovac em Pequim. coronavac

Um estudo realizado por pesquisadores de universidades chinesas e publicado na última segunda-feira (10) na revista Emerging Microbes & Infections, aponta que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, tem efetividade na neutralização da variante Ômicron. O estudo ainda á preliminar. Apesar de já ter sido publicado e passado por revisão de pares, o artigo médico-científico contém dados observados em laboratório, o que ainda não demonstra se há a mesma efetividade na população em geral.

Para o estudo, os pesquisadores usaram pseudovírus contendo a proteína Spike de sete variantes do vírus Sars-CoV-2: Ômicron, Alpha, Beta, Gama, Delta, Lambda e Mu. Um pseudovírus é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus, com a diferença de que ele não infecta as células. Os pseudovírus foram utilizados na pesquisa por permitir uma manipulação mais segura em laboratório.

No experimento foi utilizado plasma sanguíneo de pessoas vacinadas com a CoronaVac e também de pessoas com infecção prévia. Essas amostras são então infectadas com os pseudovírus que carregam a proteína Spike das variantes.

O teste consiste em checar se anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo. O resultado é então comparado com a capacidade de neutralização dos anticorpos da linhagem de vírus que circulava no início da pandemia.

Os testes de neutralização conseguem avaliar a capacidade dos anticorpos de erradicar o vírus, mas não medem outros aspectos de defesa do organismo, como por exemplo a memória do sistema imunológico.

O que diz o estudo

Após produzidos os pseudovírus das sete variantes, pesquisadores analisaram anticorpos neutralizantes de 16 pessoas convalescentes de covid-19 e também de 20 pessoas que haviam tomado duas doses da vacina CoronaVac. O estudo não incluiu pessoas que tomaram doses de reforço.

No caso das pessoas que tiveram a infecção prévia, foi observada uma redução de 10,5 vezes da neutralização contra a variante Ômicron, ou seja, a neutralização pela Ômicron é 10,5 vezes pior do que para cepa original do novo coronavírus. No caso da Alfa, a redução é de 2,2 vezes; 5,4 vezes contra a Beta; 4,8 vezes contra a Gama; 2,6 vezes contra a Delta; 1,9 vez contra a Lambda; e 7,5 vezes contra a variante Mu.

Já no teste feito com os anticorpos neutralizantes das 20 pessoas que tinham tomado as duas doses da vacina CoronaVac, a redução de neutralização média foi de 12,5 vezes sobre a Ômicron; de 2,9 vezes contra a Alfa; 5,5 vezes contra a Beta; 4,3 vezes contra a Gama; 3,4 vezes contra a Delta; 3,2 vez contra a Lambda; e 6,4 vezes contra a variante Mu.

Para os autores do trabalho, essa redução de neutralização de cerca de 12,5 vezes da CoronaVac frente a Ômicron – que demonstra perda de efetividade da vacina em relação à cepa original – é muito “melhor do que os trabalhos publicados sobre duas doses de vacinas de RNA mensageiro, nas quais foi observada uma diminuição de 22 vezes e de 30 até 180 vezes da neutralização em imunizados com a Pfizer”.

Mesmo assim, os autores destacam que a comparação dos estudos da CoronaVac com a Pfizer pode ter problemas, já que a diferença encontrada entre eles pode ser atribuída a ensaios diferentes ou amostras diferentes.

“A CoronaVac, ou outras vacinas inativadas, induzem um repertório maior de imunidade contra covid-19. Recentemente, há evidências científicas de que a capacidade de neutralização da CoronaVac contra a variante Ômicron é maior do que a capacidade das vacinas baseadas em proteína S. A consequência disso é que as vacinas inativadas, como a CoronaVac, resistem mais às variantes”, disse Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Para especialistas que leram o estudo publicado na revista científica, ainda faltam dados para que seja possível afirmar que duas doses da CoronaVac seriam suficientes para neutralizar a Ômicron. Eles destacam que faltam dados, por exemplo, de resposta celular. Eles também lembram que o resultado observado com anticorpos neutralizantes nem sempre corresponde ao que é observado em cenários epidemiológicos reais.

Todas as vacinas aprovadas até este momento foram desenvolvidas para combater apenas a cepa original do SarS-CoV-2, que surgiu inicialmente na China. Todas elas apresentam, em maior ou menor grau, queda de eficácia em relação às variantes.

Vacinação

Independentemente do resultado desse estudo, especialistas lembram que vacinas salvam vidas. Ontem (12), em entrevista coletiva, o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse que as vacinas que estão sendo aplicadas em todo o mundo ajudam a prevenir mortes e hospitalizações por covid-19.

Segundo ele, a variante Ômicron, que fez os casos de covid-19 explodirem em todo o mundo, tem sido, no geral, uma pandemia de não vacinados. “Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados. E, quando se fala dos não vacinados, estamos falando das pessoas com mais de 18 anos que não completaram o seu esquema vacinal e das crianças que ainda não foram vacinadas. Esses dois segmentos é que são responsáveis por esse acréscimo no número de internações e de casos”, disse ele. “Quando dizem que esta variante é inofensiva, que os casos são leves, temos que levar em consideração que isso é resultado da vacinação. O número de pessoas que ainda se infectam é muito elevado. E internações, embora não sejam tão graves, são muito elevadas”, falou Gabbardo.

Resposta imunológica

O Instituto Butantan divulgou que um outro estudo, feito no Chile e que ainda não foi publicado, demonstrou que três doses da CoronaVac foram capazes de reforçar a resposta imunológica celular contra a variante Ômicron.

“Os primeiros resultados que obtivemos são respostas celulares, que são células chamadas linfócitos T, que reconhecem antígenos de coronavírus. Fomos capazes de medir a capacidade de reconhecimento e de resposta imune em amostras obtidas de pessoas vacinadas com duas doses da CoronaVac, mais a dose de reforço, e detectamos um nível significativo de reconhecimento da proteína S da variante Ômicron”, disse o pesquisador Alexis Kalergis, diretor do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, professor na Pontifícia Universidade Católica do Chile, em entrevista à Rádio Pauta.

Para a pesquisa, foi analisado um grupo de 24 pessoas com ciclo vacinal completo feito com a CoronaVac e que haviam recebido uma dose de reforço do mesmo imunizante após seis meses. Amostras de sangue dos vacinados foram avaliadas em laboratório para verificar a capacidade específica dos linfócitos T em identificar cepas da variante Ômicron. “Esses linfócitos T têm a capacidade de reconhecer células infectadas para eliminá-las. Para conseguir isso, os linfócitos T também devem produzir uma molécula antiviral chamada interferon gama e nossos resultados mostram que essa molécula foi efetivamente produzida”, disse o pesquisador chileno.

Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos

Usuários do transporte público usam máscara na plataforma e trem da Linha 9 Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, em Pinheiros.

O Ministério da Saúde divulgou neta quinta-feira (13) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, desde o início da pandemia, 22,8 milhões de casos confirmados da doença e 620,5 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 21,7 milhões (95,2% dos casos). 

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 97,9 mil casos e 174 mortes.

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 4,4 milhões de casos e 155,5 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (2,3 milhões de casos e 56,7 mil óbitos); Paraná (1,6 milhão casos e 40,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de casos e 36,5 mil óbitos).

Os menores números de casos e óbitos estão no Acre (89.244 e 1.844, respectivamente), Amapá (128.212 e 2.028) e Roraima (131.529 e 2.078)

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – 13/01/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Ômicron

A pasta também informou que foram registrados 503 casos de pessoas infectadas pela variante Ômicron, com incidência confirmada em 16 unidades da Federação, com Rio de Janeiro (133) e São Paulo (121) registrando o maior número de casos. Também foram registradas duas mortes, uma em Alagoas e outra em Goiás.

Há 796 casos e duas mortes pela nova variante em investigação.

Confirmado segundo caso de Candida auris em PE

Um cultivo do superfungo Candida auris feito pelo CDC norte-americano.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu a confirmação do segundo caso de Candida auris no país. O “superfungo” foi detectado em um paciente de um hospital em Pernambuco. É o segundo caso confirmado no hospital. Os dois pacientes, um homem de 38 anos e uma mulher de 70 anos, foram isolados no início do mês. No dia 3 de janeiro, a Anvisa foi notificada sobre os casos possíveis de Candida auris, agora confirmados.

De acordo com a Anvisa, o hospital onde os pacientes estão internados estabeleceu medidas de precaução e adotou ações para conter o surto. Além disso, a agência destacou que órgãos de saúde pública foram acionados e ações de vigilância, prevenção e controle foram intensificados.

A Anvisa trata o caso como o terceiro surto do superfungo no país. Segundo a agência, a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde. A agência destacou que o fungo significa uma ameaça à saúde global.

Candida Auris
O organismo é chamado de superfungo pela resistência que possui a antibióticos e outras formas de tratamento. De acordo com a Anvisa, o fungo também permanece no ambiente por longos períodos, que podem chegar a meses, e resiste a diversos tipos de desinfetantes.

Por essas razões, casos de infecções pelo fungo trazem risco de surto e demandam monitoramento e medidas de prevenção e controle para impedir a disseminação em outros pacientes.

Conforme nota de alerta da agência, o Candida auris “pode causar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades”.

Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) publicou um alerta epidemiológico em função dos relatos de surtos de Candida auris em serviços de saúde da América Latina, recomendando aos Estados-membros a adoção de medidas de prevenção e controle de surtos decorrentes deste patógeno.

No Brasil, o primeiro caso foi registrado em dezembro de 2020 na Bahia. O caso culminou em um surto com 15 casos, resultando em duas mortes. Já em dezembro de 2021, a Anvisa foi notificada de outro caso, também na Bahia, caracterizando o segundo surto.