Chegando na rua 20, no Centro de Convenções, em Olinda, você vai encontrar quatro estandes coloridos da Seteq (Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego e Qualificação), um do lado do outro. É lá que você vai conhecer as histórias de mulheres e homens que produzem peças de artesanato pra sustentar as famílias.
Eles estão entre os cinco mil expositores da vigésima primeira edição da feira Nacional de Negócios do Artesanato de Pernambuco, que começou na última sexta (10) e vai até o dia 19 deste mês.
Os olhos dos artesãos brilham ao falar sobre a expectativa de negócios, já que no ano passado eles deixaram de expor porque a feira foi cancelada, devido a pandemia da Covid-19. Este ano os artesãos vieram com todo gás, pra fazer negócios, conhecer pessoas e vender as peças.
Incentivo do governo do estado não falta, já que as artesãs e os artesãos não pagaram para se instalar na Fenearte: “ano passado não teve Fenearte. Mas esse ano a gente retoma adotando todos os protocolos de segurança. Acho importante incentivar os trabalhadores a expor as peças sem precisar pagar pelo estande. A gente espera que as pessoas conheçam os trabalhos e comprem”, explicou Alberes Lopes, que comanda a Seteq.
A coordenadora dos estandes, Ana Pessoa, disse que são 17 associações, cada uma trouxe de 6 a 20 artesãos pra expor. “Eles estão animados e com boas energias. Os negócios que eles fecham na Fenearte garantem vendas pra o ano inteiro”.
A Fenearte vai até o dia 19. Funciona das 14h às 22h, de segunda a sexta e das 10h às 22h nos finais de semana. O ingresso é a partir de 5 reais (meia entrada). É preciso apresentar o comprovante de vacina
Mulheres
Dona Bernadete Pereira se orgulha das peças de barro que produz e vende, pra sustentar a família. A matéria prima é extraída da zona rural da cidade de Feira Nova. Há 12 anos ela participa da Fenearte, três deles expondo nos estandes da Seteq, onde não precisa pagar para participar. Entre as peças produzidas por dona Bernadete estão panelas, chaleiras, tigelas e até cuscuzeiras feitas em barro.
Dona Maria Goreth, que também expõe desde a primeira Fenearte, definiu a participação como gratificante: “eu espero boas vendas e sucesso para todos”. Ela assina peças como chaveiros, jogos americanos feitos de fuxico, entre outras.
Já Cecília Ferreira, exibe as caqueiras feitas com pneus reciclados. Numa delas estava estampada a palavra felicidade. É o sentimento dela por participar de um evento que reúne artesãos do mundo inteiro: “Pra gente é muito importante essa oportunidade que a Secretaria de Trabalho nos dar, pra poder expor sem custo algum”, concluiu.