Caruaru recebe comitiva para análise de certificação internacional

Caruaru pode ganhar mais um reconhecimento internacional. O novo selo é a Certificação Prata do programa What Works Cities (WWC), que visa reconhecer cidades que adotam práticas de gestão baseadas em evidências e no uso eficiente de dados. Para a análise, a cidade recebeu, nesta segunda-feira (18), uma comitiva da Bloomberg Philanthropies, que irá conhecer as práticas e programas adotados pela gestão municipal.

A visita segue até a terça-feira (19) e contemplará encontros estratégicos com a equipe do Executivo, incluindo secretários e técnicos de diversas pastas. O objetivo dessas reuniões, que têm sido articuladas pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, é apresentar as iniciativas que priorizam a análise de dados para tomada de decisões mais assertivas e eficazes.

Durante a agenda, estão presentes os representantes Amilcar Pereira Cardoso e Marissa Loterina. “Nós estamos muito animados por estar aqui, em Caruaru. É uma cidade linda, com ótimas práticas de uso de dados e uma população muito calorosa. Estamos ansiosos para conhecer mais desse lugar incrível”, afirmou Marissa.

Com a adesão ao programa de certificação What Works Cities, Caruaru busca não apenas fortalecer sua governança com o uso estratégico de dados, mas também se posicionar como uma referência entre as cidades brasileiras que implementam práticas administrativas modernas e baseadas em evidências.

“O processo de certificação da governança de dados que estamos passando em Caruaru é um reflexo das atividades e do modo de trabalho que nosso prefeito, Rodrigo Pinheiro, escolheu para a gestão pública nos últimos anos. É o reflexo das práticas que buscam aumentar a eficiência dos gastos públicos e o alcance dos serviços públicos do nosso município. Trabalhamos para posicionar Caruaru como referência na área de gestão”, celebrou a secretária Andrezza Ribeiro.

Governadora Raquel Lyra comanda aula inaugural do curso de formação do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco

Nesta terça-feira (19), a governadora Raquel Lyra comanda aula inaugural do curso de formação dos 339 aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE). A cerimônia marca o início da última etapa do concurso, onde os alunos passarão por treinamentos teórico e prático, voltados para o aperfeiçoamento técnico da atividade bombeiro militar.

Serviço:

8h – Aula inaugural dos Cursos de Formação de Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco

Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Olinda

Ingrid Zanella: OAB-PE elege sua primeira presidente mulher em votação histórica

A advocacia pernambucana vivenciou um marco histórico nesta segunda-feira (18), com a realização das primeiras eleições eletrônicas e online da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE). O pleito, marcado por recordes e ineditismos, elegeu Ingrid Zanella como presidente da OAB-PE para o triênio 2025-2027, com 11.441 votos.

Concorrendo com Almir Reis, que obteve 10.175 votos, e Fernando Junior, com 1.308 votos, Zanella se torna a primeira mulher a presidir a instituição em seus 93 anos de história. Um feito que representa não apenas a modernização do processo eleitoral, mas também um avanço significativo em termos de representatividade e equidade de gênero na advocacia.

O comparecimento dos advogados e advogadas às urnas também foi expressivo, atingindo 82% da advocacia pernambucana. Um recorde que reforça a relevância da eleição, agora acessível a profissionais em qualquer lugar do mundo, bastando uma conexão à internet para exercerem seu direito de voto de forma segura, rápida e sigilosa.

A modernização do processo eleitoral foi conduzida com a implementação de uma tecnologia validada pela OAB Nacional e auditada para assegurar a integridade e transparência do pleito. A empresa responsável, Webvoto, garantiu a confiabilidade do sistema, que foi amplamente elogiado pela categoria.

Operação da Polícia Civil combate tráfico, falsidade e lavagem de dinheiro

NOTA À IMPRENSA

A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO desencadeou na manhã desta terça-feira,
19/11/2024, a 60ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada “HOLDING
DO CRIME”, vinculada à Diretoria Integrada Especializada – DIRESP, sob a
presidência dos Delegados José Tenório e Jorge Pinto, respectivamente, Chefe e
Subchefe do Grupo de Operações Especiais – GOE, unidade integrante do
Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO.

A investigação foi iniciada em março de 2022, com o objetivo de identificar e
desarticular Organização Criminosa voltada à prática dos crimes de Tráfico de Drogas,
Falsidade Ideológica e Lavagem de Capitais.

No dia de hoje estão sendo cumpridos 09 (nove) Mandados de Prisão, 19 (dezenove)
Mandados de Busca e Apreensão Domiciliar, Sequestro de Bens e Valores e Bloqueio
Judicial de Ativos Financeiros, todos expedidos pelo Juízo da Quarta Vara Criminal da
Comarca de Recife.

Na execução estão sendo empregados 60 (sessenta) Policiais Civis, entre Delegados,
Agentes e Escrivães.

As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de
Pernambuco – DINTEL e pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro
– LAB/LD, contando ainda com o apoio operacional do Comando de Operações e
Recursos Especiais – CORE/PCPE, do Instituto de Identificação Tavares Buril – IITB,
da Polícia Federal – PF, do Grupamento Tático Aéreo – GTA/SDS-PE e das
POLÍCIAS CIVIS DOS ESTADOS DA PARAÍBA, MINAS GERAIS, PARANÁ E
RONDÔNIA.

Os detalhes da referida operação serão divulgados pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil em momento oportuno.
Delegacia Geral de Polícia

Empregos ligados à tecnologia cresceram 95% em 10 anos, diz pesquisa

Ofertar e dinamizar o acesso à tecnologia a crianças e jovens é uma das prioridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Neste sábado (28), foi dado mais um passo neste sentido com a inauguração do primeiro laboratório de informática fruto do programa Reciclotech. A entidade beneficiada é o Instituto Viver Rafaela, localizado no Setor de Indústrias do Gama. O instituto recebeu 15 computadores que permitiram a criação de um laboratório de inclusão digital. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
© Acácio Pinheiro/Agência Brasí

Estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o número de empregos de profissões ligadas à tecnologia aumentou 95% em dez anos, de 2012 a 2022. A maior variação foi para engenheiro de sistemas operacionais em computação, que apresentou elevação de 741,2% na quantidade de vínculos de emprego no período.

A pesquisa foi feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, e analisou 30 ocupações ligadas à tecnologia que avançaram no mercado de trabalho brasileiro.

Também obtiveram crescimento expressivo as ocupações de tecnólogo em gestão de TI (450,7%), pesquisador em ciências da computação e informática (579,3%), seguidas de engenheiro de aplicativos em computação (258%) e técnico de planejamento e programação da manutenção (191,2%).

Considerando as oscilações em números absolutos, as funções ligadas à tecnologia que tiveram maior crescimento na quantidade de empregos foram: analista de desenvolvimento de sistemas (117.046 vínculos); programador de sistemas de informação (72.332); técnico de apoio ao usuário de internet (36.372); analista de suporte computacional (32.536); e instalador-reparador de redes telefônicas e de comunicação de dados (24.838).

Em 2012, o conjunto das 30 profissões ligadas à tecnologia analisadas na pesquisa tinha cerca de 445 mil vínculos de trabalho. Já em 2022, o grupo atingiu chegou a 868,1 mil postos de trabalho, representando uma alta de 95%.

“A tecnologia pode e vai gerar muito mais transformações econômicas e sociais, bem como no mercado laboral. Mas isso vai depender também dos níveis de digitalização do mercado consumidor, do rol empresarial e da força de trabalho. Isso passa pela sustentabilidade financeira de cada um desses agentes, mas também de ambientes econômico, trabalhista, tributário, social e de regulação mais favoráveis à absorção da própria inovação”, disse Jaime Vasconcellos, da FecomercioSP.

Noruega anuncia doação de US$ 60 milhões ao Fundo Amazônia

Primeiro-ministro da Noruega Jonas Gahr Stoere
 22/9/2022   REUTERS/Mike Segar

Em reconhecimento aos esforços do Brasil com a redução do desmatamento da Amazônia em 31%, em 2023, a Noruega fará a doação de US$ 60 milhões, cerca de R$ 348 milhões na cotação desta segunda-feira (18), para o Fundo Amazônia. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Jonas Gahr Støre, neste domingo (17), durante a Conferência Global Citizen Now: Rio de Janeiro. O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é mais uma demonstração importante da confiança do mundo e, em especial, da Noruega, ao compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a redução do desmatamento, a preservação da Amazônia e com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

“A Noruega é um país com quem temos uma longa parceria e que segue se fortalecendo”, disse Mercadante, em nota.

O primeiro-ministro Støre destacou os reflexos obtidos a partir do combate ao desmatamento no país. “O sucesso do Brasil na redução do desmatamento é uma prova clara das ambições e da determinação do governo Lula. Mostra como medidas direcionadas podem produzir resultados importantes para o clima e a natureza,” afirmou.

Segundo a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, o Fundo Amazônia alcançou a marca de R$ 882 milhões em aprovações de projetos este ano.

Ela disse que certamente o Fundo Amazônia é um dos mais auditados do mundo e o BNDES segue reforçando a sua governança, na busca de ampliar o impacto na proteção ambiental, na bioeconomia e na inclusão social na região amazônica.

“Essa nova doação da Noruega mostra que estamos num caminho auspicioso para amplificar ações que beneficiem ainda mais pessoas e a natureza naquele território”, pontuou Tereza Campello.

De acordo com o BNDES, dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes/Inpe), indicam que no período entre agosto de 2023 e junho de 2024, o desmatamento na Amazônia no Brasil chegou ao nível mais baixo desde 2015. O patamar é o quinto menor índice desde o início das medições, em 1988.

“É crucial para o clima e a natureza global que o Brasil atinja seus objetivos de controle do desmatamento. Por meio de nosso apoio ao Fundo Amazônia, estamos ajudando a proteger um dos ecossistemas mais importantes do planeta”, comentou o primeiro-ministro norueguês.

A meta do governo brasileiro de zerar o desmatamento na Amazônia é até 2030, o que é “fundamental para a maior floresta tropical do mundo, que desempenha um papel essencial na regulação climática global”, segundo o BNDES.

O ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Tore Sandvik, lembra que as florestas tropicais do mundo absorvem e armazenam bilhões de toneladas de CO² e o investimento na preservação da floresta tropical é um dos mais importantes que o país realiza.

“Desde que Lula reassumiu a Presidência em janeiro passado, o desmatamento diminuiu drasticamente, mostrando que o Brasil é um líder global e uma força motriz na proteção das florestas tropicais”, afirmou.

Estados Unidos
Também neste domingo (17), o governo dos Estados Unidos anunciou uma série de iniciativas de apoio à conservação da Amazônia, que integram o programa americano de combate às mudanças climáticas. O anúncio foi feito em visita do presidente Joe Biden à Manaus.

Biden anunciou que os Estados Unidos farão a doação de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia. O total de contribuições dos EUA ao fundo atinge US$ 100 milhões, sujeito a notificação do Congresso americano.

Por unanimidade, STF mantém prisão de Domingos Brazão

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (18) manter a prisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, acusado de envolvimento como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O entendimento foi formado no julgamento virtual no qual a defesa do acusado pretendia reverter a decisão do relator, ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Domingos, cumprida em março deste ano. Brazão está preso na penitenciária federal em Porto Velho.

Além do relator, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino e Luiz Fux se manifestaram pela manutenção da prisão.

Ao manter o entendimento favorável à prisão, Moraes disse que sua decisão está fundamentada na jurisprudência do Supremo e nas suspeitas de interferência nas investigações do assassinato. Dessa forma, não cabe a substituição da prisão por medidas cautelares, como quer a defesa.

“A presença de elementos indicativos da ação do agravante para obstruir as investigações (fatos que estão sendo objeto de apuração autônoma, no Inq 4.967/RJ, de minha relatoria), também reforçam a necessidade da manutenção da sua prisão preventiva e impedem a sua substituição por medidas cautelares diversas da prisão”, justificou Moraes.

Além de Domingos, o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também estão presos pelo suposto envolvimento no assassinato.

De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso de realizar os disparos de arma de fogo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como os mandantes do crime.

Corte no orçamento não vai impactar Bolsa Família, diz ministro

Rio de Janeiro (RJ) 18/11/2024 - O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, detalha ações da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na 19° Reunião de Cúpula do G20, no Museu de Arte Moderna. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, afirmou nesta segunda-feira (18), que os beneficiários do programa Bolsa Família não serão impactados pelos cortes orçamentários prometidos pelo Governo Federal. Em coletiva de imprensa durante a reunião de cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o ministro disse também que a pasta irá contribuir em 2025 economizando R$ 2 bilhões com medidas de “eficiência no combate à fraude e eficiência na redução da pobreza”.

Segundo o ministro, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que, em relação aos benefícios sociais, não será dado “nenhum passo para trás”.

“Deixando claro que não haverá corte de quem tem direito. Quem tem o Bolsa Família vai continuar. Se recebe porque cumpriu a regra legal, vai continuar recebendo. A mesma coisa com o BPC, Benefício de Prestação Continuada, e outros programas sociais”, garantiu Dias.

De acordo com Dias, mesmo com a manutenção dos benefícios, será possível economizar R$ 2 bilhões no próximo ano, graças ao combate a fraudes e à redução da pobreza no país.

O ministro explica que aqueles que conseguem melhorar a renda, que conseguem empregos que permitem melhorar de vida, são desligados do programa. Isso além de provar a eficiência do programa, que permite que as pessoas melhorem a renda, também leva à uma economia nos gastos públicos.

“A pessoa que sai do Bolsa Família só sai quando sai da pobreza. Por exemplo, uma família de cinco pessoas, para poder sair do Bolsa Família, ela precisa agora alcançar uma renda acima de cinco vezes meio salário mínimo, acima de R$ 3.530. No Brasil, depois que entra no Cadastro Único, só sai para cima. Se lá na frente perdeu o emprego, se lá na frente caiu a renda, ela volta, sem entrar em fila, pro Bolsa Família”, ressaltou.

Segundo Dias, em 2023, dos R$ 175 bilhões previstos, foram gastos R$ 168 bilhões, uma economia com famílias que não precisavam mais do benefício. Em 2024, ele estima uma economia de R$ 1,6 bilhão.

O programa não deixou de incluir novos beneficiários. Segundo o ministro, em outubro deste ano, foram incluídas na folha de pagamento do Bolsa Família mais cerca de 400 mil famílias que estavam em situação de insegurança alimentar, ou seja, não tinham acesso a alimentos de qualidade e nem em quantidade suficiente para a sobreviver.

O ministro ressaltou a importância do programa, que além de promover melhoras sociais, permite melhoras na economia, fazendo com que mais pessoas possam se integrar no mercado consumidor.

Dias também reconheceu a necessidade dos cortes, que, de acordo com ele, poderão melhorar também as condições econômicas para os mais pobres. “O equilíbrio fiscal é importante para os pobres, porque ajuda no controle da inflação, ajuda a ter juro baixo, ajuda a ter maior capacidade de investimento”, afirmou.

Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20

Rio de Janeiro(RJ), 18/11/2024 - Fotografia oficial Aliança global contra a fome e a pobreza G20 Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Reunidos no Rio de Janeiro, os chefes de Estado e de governo do G20, principal fórum de cooperação econômica internacional, aprovaram uma proposta de tributação progressiva, que inclui uma menção direta à taxação efetiva dos indivíduos considerados super-ricos. O texto aparece na carta final da cúpula, divulgada na tarde desta segunda-feira (18), primeiro dia do encontro anual.

“Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados. A cooperação poderia envolver o intercâmbio de melhores práticas, o incentivo a debates em torno de princípios fiscais e a elaboração de mecanismos antievasão, incluindo a abordagem de práticas fiscais potencialmente prejudiciais. Nós estamos ansiosos para continuar a discutir essas questões no G20 e em outros fóruns relevantes, contando com as contribuições técnicas de organizações internacionais relevantes, universidades e especialistas”, diz o documento, cujo conteúdo final foi aprovado por consenso.

Havia a expectativa de que pontos que estavam acordados pudessem sofrer resistência da Argentina, presidida pelo ultraliberal Javier Milei, que se opõe a esse tipo de política. Essa indicação da taxação dos super-ricos, no entanto, já havia sido consensuada na Declaração Ministerial do G20 do Rio de Janeiro sobre Cooperação Tributária Internacional, realizada anteriormente, e mediada pelo governo brasileiro. Este acordo foi mantido na versão final divulgada, sem ressalvas.

Estimativas do Ministério da Fazenda apontam que uma taxação de 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar US$ 250 bilhões por ano para serem investidos no combate à desigualdade e ao financiamento da transição ecológica. Esse grupo de super-ricos soma cerca de 3 mil pessoas que, juntas, detêm patrimônio de cerca de US$ 15 trilhões, maior que o Produto Interno Bruto (PIB) da maioria dos países. O texto do G20, no entanto, não propõe uma alíquota específica.

O texto da carta final também defende uma tributação progressiva, ou seja, que as pessoas com mais recursos sejam mais taxadas, como sendo uma das “principais ferramentas para reduzir desigualdades internas, fortalecer a sustentabilidade fiscal, promover a consolidação orçamentária, promover crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo e facilitar a realização dos ODS [Objetivos do Desenvolvimento Sustentável]”.

Combate à fome

Na mesma seção que trata de tributação progressiva, a carta final do G20 destaca o número de pessoas que enfrentam a fome aumentou, atingindo aproximadamente 733 milhões de pessoas em 2023, “sendo as crianças e as mulheres as mais afetadas”. Para enfrentar esse desafio global, a carta pede um compromisso mais eficaz e menciona o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta brasileira que recebeu a adesão de 82 países e dezenas de outras instituições multilaterais e privadas.

“O mundo produz alimentos mais do que suficientes para erradicar a fome. Coletivamente, não nos faltam conhecimentos nem recursos para combater a pobreza e derrotar a fome. O que precisamos é de vontade política para criar as condições para expandir o acesso a alimentos. À luz disso, lançamos a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e saudamos sua abordagem inovadora para mobilizar financiamento e compartilhamento de conhecimento, a fim de apoiar a implementação de programas de larga escala e baseados em evidências, liderados e de propriedade dos países, com o objetivo de reduzir a fome e a pobreza em todo o mundo”, diz a carta.

O G20 é composto por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais (União Africana e a União Europeia).

A cúpula de líderes do Rio de Janeiro encerra a presidência temporária do governo brasileiro, que vai repassar o comando do grupo para a África do Sul, ao longo do próximo. Durante a presidência brasileira, os temas prioritários foram combate à fome e à pobreza, reforma das instituições multilaterais e enfrentamento às mudanças climáticas.

Programa PE Produz recebe projetos até sexta-feira (22)

Última chamada para o segundo edital do PE Produz, o programa de fomento aos arranjos produtivos do Governo de Pernambuco realizado através da Agência de Desenvolvimento Econômico (Adepe): as submissões de projetos, que foram prorrogadas, vão até esta sexta-feira, 22/11. Serão R$ 16 milhões investidos em até 60 projetos que vão impactar diretamente cerca de 10 mil pessoas. As inscrições estão disponíveis no site da Adepe (www.adepe.pe.gov.br/programa-pe-produz).

A iniciativa permite aporte financeiro estadual em entidades e associações sem fins

lucrativos para ampliação da produção dos arranjos produtivos, promovendo o

fortalecimento de diversos setores da economia pernambucana. O programa chega mais robusto do que no primeiro chamamento: R$ 16 milhões contra R$ 7 milhões e valores que variam entre R$ 180 mil e R$ 800 mil por entidade. No primeiro edital do programa, 33 projetos foram contemplados e, agora, serão 60, passando por todas as Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco, como confecções, fruticultura, tecnologia da informação, agricultura familiar, apicultura, mandiocultura, laticínios, caprinovinocultura, avicultura, piscicultura, aquicultura, panificação, turismo, artesanato e panificação.

SERVIÇO

2º edital do PE Produz

Edital e submissão de projetos em www.adepe.pe.gov.br/programa-pe-produz/ até

22/11/2024