Hospital Miguel Arraes celebra 15 anos de dedicação à saúde da população

Neste domingo, 15 de dezembro de 2024, o Hospital Metropolitano Norte Miguel Arraes (HMA/FGH), localizado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, celebrou 15 anos de história e avanços no atendimento à saúde. Inaugurado em 2009 como primeiro serviço de saúde administrado por uma Organização Social de Saúde (OSS) do estado, a Fundação Gestão Hospitalar Professor Martiniano Fernandes (FGH), o hospital tem sido um pilar fundamental na assistência à população de 11 municípios da região.

Ao longo de sua trajetória, o HMA realizou mais de 1,26 milhão de atendimentos, consolidando-se como uma referência em urgência, cirurgias e consultas ambulatoriais. Apenas este ano, até o mês de novembro, o HMA contabilizou 35 mil atendimentos na urgência e emergência, 20,8 mil consultas ambulatoriais e mais de 5,7 mil cirurgias realizadas, dentre as especialidades de Ortopedia e Traumatologia, Urologia e Cirurgia Geral.

Ao longo de 15 anos, o Hospital Miguel Arraes se destacou por sua dedicação à promoção da saúde e à assistência de qualidade. O modelo de gestão, baseado em eficiência e humanização, tem garantido que a unidade beneficie milhares de pessoas todos os anos, fortalecendo o SUS em Pernambuco. A data também reafirma o compromisso do hospital com o futuro, buscando avançar ainda mais na oferta de uma saúde acessível e de qualidade.

HOMENAGEM

Com 180 leitos, o Hospital Miguel Arraes conta hoje com 1.206 colaboradores, dentre eles 275 médicos e 528 profissionais de Enfermagem. Alguns, que foram admitidos no serviço no dia de sua inauguração, serão homenageados numa solenidade que acontece nesta segunda-feira, dia 16, às 15h30, na área externa da unidade, com a presença de funcionários, da atual gestão, de ex-diretores, representantes da FGH e da Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE).

A chegada do verão e a importância dos cuidados com a pele nesse período

Com a virada do ano se aproximando, também vem o verão brasileiro, conhecido pelo sol escaldante. Os termômetros registram altas temperaturas e os raios ultravioletas estão em seu momento mais forte do ano, por isso, é indispensável o cuidado redobrado com a pele nesse período. A atenção vai além da estética, proteger-se é essencial para manter a saúde e prevenir problemas mais graves, como o câncer de pele.

Tereza Miranda, dermatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, reforça a importância do uso do protetor solar: “O protetor solar é a principal defesa contra os danos causados pelos raios UV, que podem gerar queimaduras, manchas, envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele. Ele deve ser usado diariamente, mesmo em dias nublados, já que os raios ainda possuem efeito na pele mesmo através das nuvens. É importante escolher um produto com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior, reaplicá-lo a cada duas horas ou após contato com a água’’.

O protetor solar não é o único aliado nessas horas, a médica explica que existem meios de complementar sua eficácia: ‘‘É fundamental entender que o protetor solar é parte de um cuidado maior, que inclui acessórios como chapéus, óculos de sol e roupas adequadas, que possuem fator de proteção ultravioleta, recomendável principalmente para quem faz exercícios ao ar livre regularmente. Água também é indispensável. O calor pode ressecar a pele, tornando-a mais vulnerável, por isso, hidratar-se com frequência é o ideal’’, conta a especialista.

Sem cuidados, a pele pode apresentar algumas complicações ou doenças, algumas delas bastante graves. ‘‘Entre os problemas mais comuns estão as queimaduras solares, que podem causar dor, descamação e até feridas. O câncer de pele, em especial os tipos melanoma e carcinoma, é uma das principais preocupações, sendo amplamente relacionado à exposição prolongada aos raios sem proteção. Todos esses riscos mostram a importância de adotar uma rotina de proteção e cuidados com a pele, especialmente durante os períodos de calor intenso, como o verão’’, conclui Tereza Miranda.

Programação do Ciclo Natalino e Réveillon de Fernando de Noronha promete encantar moradores e turistas

A Administração de Fernando de Noronha divulgou, na sexta-feira (13), a aguardada programação do segundo Ciclo Natalino e do Réveillon 2025, que promete momentos inesquecíveis para moradores e turistas. As celebrações começam no dia 19 de dezembro e seguem até o dia 4 de janeiro, com atrações que vão desde concertos até shows na virada do ano.

Destaques do Ciclo Natalino

A festividade no arquipélago vai ter início no dia 19 de dezembro (quinta-feira), com uma apresentação natalina, na praça de São Miguel, às 19h30. Na sacada do Palácio São Miguel, o concerto natalino Jesus Nasceu! Natal de Todos! reunirá servidores, moradores e convidados em uma celebração especial.

O Desfile do Bombeiro Noel promete encantar crianças e adultos na Praça São Miguel. O bom velhinho circulará em um carro do Corpo de Bombeiros, distribuindo brinquedos para a criançada. Além disso, os ajudantes do Bombeiro Noel animarão os pequenos com muitas brincadeiras e jogos. A tradicional Missa do Galo será realizada na Igreja Nossa Senhora dos Remédios, enquanto o culto especial promovido pela Igreja Assembleia de Deus acontecerá na Praça São Miguel. A festa será encerrada com mais uma apresentação.

Réveillon na Praia do Porto

A grande festa da virada será na Praia do Porto e contará com um line-up repleto de ritmos e energia contagiante! O evento contará com sets eletrônicos ecléticos do DJ Cardona, o samba animado do grupo Samba Pros Amigos, e o melhor do brega pernambucano com as bandas Conde e Sentimentos.

Para abrilhantar a virada, Chico César traz grandes clássicos da música brasileira. E, para encerrar a festa em grande estilo, a dupla Lucca e Wilker promete muita animação com seus sucessos sertanejos.

Facilidades de Transporte

Até as 23h, dois ônibus estarão em circulação nos horários regulares.

Para garantir que ninguém fique de fora das comemorações, preparamos um esquema especial de transporte para a virada do ano.

Da 0h às 5h, um ônibus expresso circulará para facilitar a locomoção durante a madrugada de festa. A partir das 4h, um ônibus extra começará a operar para atender a demanda dos primeiros momentos do ano novo.

A administradora do arquipélago, Thallyta Figuerôa, destacou que a programação do segundo Ciclo Natalino e do Réveillon foi planejada para transmitir o verdadeiro significado desse período. Encerramos um ano de muitas conquistas e avanços para a ilha. O Natal, para nós, é uma forma de demonstrar o amor e a gratidão por este lugar tão especial. É uma oportunidade de refletir e agradecer por tudo que vivemos em 2024. Cada detalhe da programação foi pensado com esse cuidado, para celebrar juntos esse momento tão significativo, afirmou.

O superintendente de Turismo, Cultura e Esportes da ilha, Thiago Correia, está ansioso para as celebrações de fim de ano. Nossa ideia é viver o Natal de forma tradicional, com apoio às festividades religiosas e momentos especiais para as crianças. Este ano, teremos também um concerto inédito, que promete emocionar e ficar na memória de moradores e visitantes. Já para o Réveillon, tudo foi pensado com muito cuidado para destacar a cultura, a música e a energia única da nossa ilha , comentou Thiago.

Programação do Ciclo Natalino e Réveillon em Noronha

Ciclo Natalino:

* 19/12 – Apresentação natalina | Praça São Miguel | 19h30

* 20 e 21/12 – Concerto Natalino | Palácio São Miguel | 20h

* 22/12 – Desfile do Papai Noel | Praça São Miguel | 19h

* 24/12 – Missa do Galo | Igreja Nossa Senhora dos Remédios | 20h

* 25/12 – Culto da Igreja Assembleia de Deus | Praça São Miguel | 19h

* 04/01 – Encerramento ciclo natalino

Réveillon – 31/12:

* 20h – DJ Cardona

* 20h30 – Lucca e Wilker

* 22h – Conde Só Brega

* 23h30 – Chico César

* 1h15 – Sentimentos

* 3h – Samba pros Amigo

* Encerramento

Advogado e professor Felipe Vila Nova entra para o quadro societário do maior escritório de advocacia de Caruaru

Os advogados Lucas Costa, Marcos Marinho e Renato Eleotério, sócios do Costa e Marinho Advogados Associados, escolheram o dia da confraternização de fim de ano da empresa para apresentar grandes novidades para seus colaboradores e convidados: a inclusão de dois novos sócios ao escritório e a expansão das áreas de atendimento jurídico.

Além disso, simbolizando este novo momento do escritório, ele passará por uma mudança de nome e marca, deixando de ser Costa e Marinho Advogados Associados para ser CME Advogados.

Chegam para agregar ao time, os advogados Felipe Vila Nova e Raul Oscar. Eles, que já possuem carreira consolidada no meio jurídico, irão possibilitar o escritório com DNA caruaruense de atuar em novas áreas, como o Direito Condominial, Direito Médico e Recuperação de Ativos.

O Costa e Marinho Advogados Associados, agora CME Advogados, possui seis anos de atuação em Pernambuco, atendendo mais de 250 clientes da área de proteção veicular. Atualmente, atua em 21 estados do Brasil, com escritórios em Caruaru e São Paulo.

No social, os sócios do escritório fundaram, em fevereiro deste ano, o Instituto CME Caruaru, um espaço colaborativo e gratuito para jovens advogados, com até cinco anos de formação. A proposta do Instituto é facilitar a entrada dos profissionais no mercado de trabalho, já que muitos iniciantes não têm um escritório, uma estrutura física para atendimento de clientes, um espaço para produção de conteúdo ou oportunidades de fazer cursos relacionados à área de atuação.

“Fico muito feliz em apresentar nossos novos sócios em um momento de descontração e comemoração de tudo que conseguimos realizar em 2024. Fechamos o ano com esta novidade que dará ainda novos ares para os nossos projetos em 2025”, disse o advogado Lucas Costa.

Sobre os novos sócios

Felipe Vila Nova é advogado;
mestre em Direito pela UNICAP; professor das disciplinas de Direito Processual Civil, Direito Processual do Trabalho e Direito das Sucessões na ASCES-UNITA; professor de Direito Processual Civil na UPE, Campus Arcoverde; e orientador de Carreiras.

Raul Oscar é advogado condominialista; especialista em Direito do Trabalho e Empresarial; membro da Comissão de Direito Condominial da OAB Caruaru e diretor de orientações técnicas para a jovem advocacia do Instituto CME.

O brado de alerta de Youval Harari

Por Maurício Rands

Sabe aqueles livros densos, mas que lamentamos quando chegamos ao final? É essa a sensação que experimentei ao percorrer as 404 páginas do Nexus, de Harari. Ele acaba de nos brindar com uma curadoria sobre as redes de informação do passado e do presente. Analisando a revolução da inteligência artificial, ele aponta riscos futuros. Até há pouco, a comunicação se dava de humano a humano. Potencializada por diversos meios. Seja o tablete de argila, o papiro manual, a escrita multiplicada pela prensa, o telégrafo, o jornal, o rádio. A novidade das atuais ferramentas digitais (robôs, bots, algoritmos e computadores empoderados pela inteligência artificial) é que elas desenvolveram a capacidade de gerar conteúdos e tomar decisões. Algo que nenhuma máquina anterior chegou a fazer. A comunicação que antes era feita entre humanos agora pode ser feita entre não-humanos. Trata-se de uma revolução na estrutura da comunicação.

Uma concepção ingênua (ou interesseira) sobre a comunicação acreditava que o amplo acesso às redes sociais iria culminar na autocorreção dos erros e excessos. E que, ao final, a descoberta da “verdade” e do conhecimento prevaleceria. Tudo em nome da liberdade de expressão. Ocorre que as coisas se passaram de outro modo. As “tech giants” logo perceberam como os seus modelos de negócio poderiam ser maximizados. A disputa pela audiência digital passou a depender da forma de organização dos algoritmos criados para colocar certos conteúdos em nossas telas. E logo descobriram que as mensagens de ódio, mentiras e ultrajes atraem mais atenção. Muito mais do que as de moderação, empatia ou as que buscam explicar as complexidades da realidade. Destruir sempre é mais fácil do que construir. Coisas da mente humana. Os acionistas e engenheiros das “tech giants” defendem-se dizendo que exercem a moderação ou contenção das mensagens mais escatológicas. E que esse tipo de conteúdo tóxico não é produzido pelas plataformas. Elas apenas transmitem o que os usuários criam. Mas que buscam se equilbrar entre a liberdade de expressão e o dever de cuidado. E que, por isso, não precisariam de regulação externa. Deixam de esclarecer, contudo, que instruem seus algoritmos para maximizar a captura das atenções. De qualquer modo. Mesmo estando cientes de que essa maximização do engajamento tem sido feita através da ampliação dos conteúdos de ódio e desinformação. Como confessado em alguns relatórios internos vazados: “64 por cento das adesões a grupos extremistas devem-se às nossas ferramentas de recomendação…Nosso sistema de recomendações aumenta o problema.” (relatório interno do Facebook em 2016). “Temos evidências de que a mecânica dos nossos produtos – viralização, recomendações e otimização de engajamento – é parte significtiva da explicação sobre o florescimento desse tipo de discurso [ódio e desinformação] na plataforma” (memorando interno do Facebook em 2019).

Confissões que demonstram como a natureza humana é falha e propensa ao abuso de poder.

Harari levanta questões. Aponta os riscos dos abusos totalitários. Mirando-se em experiências totalitárias como as da Inquisição e do Estalinismo adverte para os riscos ainda maiores que decorrem do poder da IA de criar ideias e tomar decisões. As redes de comunicação atuais potencializam riscos maiores porque a estrutura da comunicação agora também envolve membros não-humanos. Há riscos de novas formas de totalitarismos e de entrarmos numa nova cortina a nos dividir. Agora, não mais a de ferro, mas a Cortina do Silício. Não basta instruir os algoritmos da IA com a ordem para maximizar a audiência. Já sabemos como eles cumprem essa determinação. Agora a comunicação também ocorre entre humanos e não-humanos. E entre não-humanos e não-humanos. Isso exige novas cautelas.

Se as ferramentas digitais das redes inorgânicas criam ideias e tomam decisões, precisamos redefinir os objetivos dos algoritmos para alinhá-los com os fins últimos das nossas sociedades. Trata-se de enfrentar o problema do alinhamento de propósitos. Isso não é trivial. De plano, identifico dois problemas: i) esses objetivos estão longe de serem consensuais; e, ii) o extraordinário poder das “tech giants” continua impedindo que um agente externo (a sociedade, o estado e os organismos multilaterais) exerça a moderação que elas fracassaram em exercer internamente. Só esse tipo de intervenção externa pode promover o alinhamento de propósitos de que fala Harari. No presente, as “tech giants” ainda têm mais poder. Até quando, não se pode prever. A história não é determinista. Não é impossível desenhar algoritmos melhores que privilegiem o diálogo democrático e o conhecimento. Que deixem de cultivar nossas piores emoções. Podemos preservar os mecanismos de autocorreção da democracia, a liberdade, a justiça e a capacidade de decidir com base em evidências. Podemos criar redes de informação balanceadas capazes de controlar seus próprios poderes. Mas também podemos cair em novos totalitarismos ou numa Cortina de Silício. Não podemos sequer descartar a possibilidade de que entes superinteligentes, mas desprovidos de consciência – que é própria apenas do sapiens – venham a dominar o universo. Tudo está em aberto.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

Dino propõe que Lei da Anistia não vale para ocultação de cadáver

Sessão plenária do STF. 29/02/2024 - Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF.  Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, reconheceu o caráter constitucional e a repercussão geral sobre a possibilidade, ou não, do reconhecimento da anistia ao crime de ocultação de cadáver, considerado um crime permanente, pois continua se consumando no presente, quando não devidamente esclarecido.

A Lei da Anistia, de 1979, concedeu anistia, uma espécie de extinção de punibilidade, a crimes políticos e outros relacionados, entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, período que abrange boa parte ditadura militar brasileira (1964-1985). A decisão foi divulgada neste domingo (15).

Quando um caso é conhecido e julgado pelo STF com repercussão geral, a decisão passa a ser aplicada por todos os tribunais de instâncias inferiores em casos semelhantes.

O processo em questão trata de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) ainda em 2015, contra os ex-militares do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, e o tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel. Ambos estiveram à frente de operações contra militantes de esquerda que organizaram uma guerrilha de resistência contra a ditadura, na região do Araguaia, a Guerrilha do Araguaia, na primeira metade da década de 1970, nos chamados ‘anos de chumbo’, período de maior repressão política e autoritarismo estatal no país, comandado pelas Forças Armadas. A denúncia do MPF não foi acolhida em primeira instância nem no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Por isso, o órgão interpôs um Recurso Extraordinário com Agravo (ARE), agora admitido pelo STF.

“O debate do presente recurso se limita a definir o alcance da Lei de Anistia relação ao crime permanente de ocultação de cadáver. Destaco, de plano, não se tratar de proposta de revisão da decisão da ADPF 153, mas sim de fazer um distinguishing [distinção] em face de uma situação peculiar. No crime permanente, a ação se protrai [prolonga] no tempo. A aplicação da Lei de Anistia extingue a punibilidade de todos os atos praticados até a sua entrada em vigor. Ocorre que, como a ação se prolonga no tempo, existem atos posteriores à Lei da Anistia”, diz Dino em um trecho da decisão.

Segundo ele, o tipo penal atribuído aos militares neste contexto persiste no tempo.

“O crime de ocultação de cadáver não ocorre apenas quando a conduta é realizada no mundo físico. A manutenção da omissão do local onde se encontra o cadáver, além de impedir os familiares de exercerem seu direito ao luto, configura a prática crime, bem como situação de flagrante”, acrescentou.

Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil pelo desaparecimento forçado de 70 pessoas ligadas à guerrilha. O tribunal internacional determinou que o Brasil investigasse, processasse e punisse os agentes estatais envolvidos, e que localizasse os restos mortais dos desaparecidos.

O relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), de 2014, revelou que o Major Curió coordenou um centro clandestino de tortura conhecido como Casa Azul, em Marabá, no sul do Pará e atuou no Tocantins, também de forma clandestina, na investigação e captura de militantes contrários à ditadura durante a guerrilha. Sebastião Curió morreu em 2022 e chegou a ser recebido pelo então presidente Jair Bolsonaro no gabinete presidencial, em 2020.

“Ainda estou aqui”

Na fundamentação da decisão, Flávio Dino chega a mencionar o filme Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, que trata da história de desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura, cujo corpo jamais foi encontrado.

“No momento presente, o filme “Ainda Estou Aqui” – derivado do livro de Marcelo Rubens Paiva e estrelado por Fernanda Torres (Eunice) – tem comovido milhões de brasileiros e estrangeiros. A história do desaparecimento de Rubens Paiva, cujo corpo jamais foi encontrado e sepultado, sublinha a dor imprescritível de milhares de pais, mães, irmãos, filhos, sobrinhos, netos, que nunca tiveram atendidos seus direitos quanto aos familiares desaparecidos. Nunca puderam velá-los e sepultá-los, apesar de buscas obstinadas como a de Zuzu Angel à procura do seu filho”, diz o voto do ministro.

De acordo com o STF, a decisão de Dino reconhece a existência de repercussão geral da matéria, com o objetivo de formar jurisprudência na Corte se a Lei de Anistia se aplica a crimes que continuam a se consumar até o presente, como a ocultação de cadáver. A repercussão geral será agora avaliada pelos demais ministros em sessão virtual do Plenário.

Diplomação de Rodrigo Pinheiro, Dayse Silva e vereadores eleitos, será na próxima quarta-feira (18)

A Justiça Eleitoral inicia esta semana a diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos em todo estado. Nesta segunda-feira (16), acontece ato para eleitos no Recife, Jaboatão, Paulista e Olinda.

Em Caruaru, a diplomação do prefeito reeleito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e sua vice, Dayse Silva (PSDB), acontece na próxima quarta-feira (18). O evento será no Auditório do Colégio Adventista, às 15h, onde os vereadores eleitos também serão diplomados.

A diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral chancela que o candidato ou a candidata foi efetivamente eleito ou eleita e, por isso, está apto ou apta a tomar posse no cargo. Nessa ocasião, ocorre a entrega dos diplomas, assinados pelos juízes eleitorais de cada cidade.

Nos demais municípios, a cerimônia é organizada pela respectiva Zona Eleitoral. As datas, horários e locais já estão disponíveis.

TRE-PE diploma eleitos do Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista nesta segunda-feira (16)

TRE-PE diploma eleitos do Recife, de Olinda, Jaboatão e Paulista na próxima segunda-feira (16)

Os 104 eleitos e eleitas que vão ocupar os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador das cidades do Recife, de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista serão diplomados na próxima segunda-feira (16). A cerimônia terá início às 16h, no Teatro Guararapes, localizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A diplomação é o ato que encerra o processo eleitoral e habilita os eleitos a tomarem posse, sendo realizada a entrega dos diplomas pelos juízes eleitorais de cada cidade.

Confira aqui as datas da diplomação de outras cidades do estado.

A Assessoria de Cerimonial e Assuntos Institucionais (Ascai) do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), responsável pela organização do evento, reforça que é importante que os diplomandos e convidados estejam no local uma hora antes do início da cerimônia, para realizarem o credenciamento com tranquilidade.

Os profissionais de imprensa e dos órgãos de comunicação institucional, tais como assessorias das Prefeituras e Câmaras de Vereadores, que atuarão na cobertura do evento e que se credenciaram previamente, deverão retirar suas credenciais, em local indicado, na entrada do teatro. Devido à limitação de espaço físico, não será permitida a entrada de pessoas não cadastradas.

Assessorias de imprensa e fotógrafos que acompanharão as candidatas e os candidatos eleitos deverão integrar as suas comitivas, dentro da cota de ingressos disponibilizada pelo cerimonial do evento, conforme informado previamente.

As áreas reservadas dentro do teatro para cada grupo (diplomandos, convidados, autoridades e imprensa) estarão identificadas com a cor respectiva de cada credencial:

  • Diplomandos – pin na cor azul + dois acompanhantes – pulseira azul;
  • Convidados – pin na cor cinza;
  • Autoridades – pin na cor preta;
  • Imprensa – pin e crachás na cor laranja.

Servidores do TRE-PE estarão no local, devidamente identificados com crachás, para orientar, caso seja necessário.

 

TRE-PE MAPA TEATRO

 

No balcão superior, serão disponibilizados 600 lugares para o público que quiser acompanhar a diplomação. A entrada estará liberada a partir das 14h, sujeito à lotação do espaço. Também haverá um telão montado no hall externo para garantir que todos os presentes possam assistir a cerimônia.

A cerimônia de diplomação terá transmissão ao vivo no canal do TRE-PE no YouTube

Acessibilidade

O Centro de Convenções disponibiliza uma entrada acessível para pessoas com cadeira de rodas e mobilidade reduzida. O acesso é pela Rua Alemanha, após o Shopping do Automóvel, conforme o mapa abaixo:

TRE-PE diplomação MAPA ACESSIBILIDADE

Na entrada do Teatro Guararapes, há uma plataforma de acessibilidade, do lado direito, para facilitar o ingresso à área interna.

Para garantir um bom andamento e segurança do evento, a Assessoria de Segurança (Asseg) do Tribunal atuará em conjunto com a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros. Uma ambulância também estará à disposição no local.

 

Serviço – Diplomação dos Eleitos

Data: 16/12/24

Horário: credenciamento às 15h; início da cerimônia às 16h

Local: Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Olinda.

Banco Central leiloará US$ 3 bilhões nesta segunda-feira (16) para segurar o dólar

Dólar
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
© Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central (BC) irá intervir no câmbio para segurar a alta do dólar. A autoridade monetária leiloará, em Brasília, nesta segunda-feira (15) até US$ 3 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando o dinheiro é comprado de volta às reservas meses mais tarde.

Segundo comunicado emitido pelo BC na noite de sexta-feira (13), a autoridade monetária fará um leilão de até US$ 3 bilhões durante a manhã. A operação de recompra, em que o dinheiro será reincorporado às reservas internacionais, ocorrerá em 6 de março de 2025.

Na quinta-feira (12), o BC vendeu US$ 4 bilhões das reservas internacionais. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade de leilões de linha, como se chamam as vendas com compromisso de recompra.

Segurando a cotação

Na sexta-feira, o BC vendeu mais US$ 845 milhões para segurar a cotação da moeda norte-americana. O leilão ocorreu na modalidade à vista, em que o BC se desfez de parte das reservas internacionais sem recomprar os recursos.

A intervenção na sexta-feira ocorreu durante a tarde, quando a moeda norte-americana chegou a R$ 6,07. A cotação desacelerou e fechou a R$ 6,03. Mesmo assim, a moeda encerrou o dia com alta de 0,43%, permanecendo acima de R$ 6.

Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa

Brasília (DF), 12/12/2024 - Satélite Radar de Abertura Sintética NASA-ISRO - NISAR. Foto: NASA/Divulgação
© Nasa/Divulgação

A Petrobras terá mais um meio para garantir mais segurança em explorações de petróleo na Margem Equatorial, no trecho dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar). O sistema é inédito em coleta de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), por satélite, para observação da Terra.

O engenheiro Fernando Pellon, consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), explicou que em regiões inundáveis, os manguezais são ecossistemas muito sensíveis a derrame de óleo, por isso serão muito importantes as informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo.

“Esse mapeamento da região onde os manguezais estão inundados ou não, e quando estão inundados, são informações importantes para fazer um estudo de sensibilidade de derrame de óleo e para mapear a biota que está vivendo naquele local. São duas aplicações práticas da missão e dos objetivos da Petrobras”, informou em entrevista à Agência Brasil.

O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, com início previsto para 2025, quando também a petroleira brasileira passará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ).

A Petrobras vai representar um dos 100 projetos da missão. Por parte da empresa, a intenção é monitorar o ambiente marinho e costeiro no trecho dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento desse litoral.

“Essa é uma tecnologia que permite informações sobre determinado alvo sem contato físico com ele. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar, pode verificar remotamente se uma planta está verde ou com deficiência hídrica, pode identificar a constituição química e mineralógica de uma rocha. Isso tudo é possível recebendo do alto da Terra uma radiação eletromagnética”, explicou.

Mudanças climáticas

Para o engenheiro, o monitoramento vai permitir acompanhar também as mudanças climáticas. “O satélite orbita a 747 quilômetros da Terra e vai obter imagens a cada seis dias de um determinado ponto da superfície da Terra. Vai ter uma cobertura quase contínua de todas as áreas imersas e cobertas de gelo. É uma massa de dados muito interessante. Vai ter informações de biomassa, de desastres naturais, elevação do nível do mar, água subterrânea e vai ter dois sensores. Um da Nasa na chamada banda L e o dos indianos de um comprimento de onda menor na banda S”, disse.

“Um dos pontos relevantes da missão, justamente, é fornecer subsídios em torno das mudanças climáticas e seus impactos, tanto dos meios físicos como a subida do nível do mar e derretimento da cobertura de gelo, como o impacto nos vegetais e na dinâmica urbana. Em tudo isso ele vai fornecer informações muito valiosas para este tipo de trabalho”, pontuou.

Segundo Pellon, atualmente, é comum fazer avaliações com base em fotografias aéreas, imagens óticas que aparecem, por exemplo, no google maps. O engenheiro acrescentou que essas imagens são adquiridas na margem do visível, ou seja, recebem energia por comprimento de ondas que permitem aos olhos humanos enxergarem. Entretanto, existem outras faixas do espectro eletromagnético em que também existe radiação e não são percebidas. Com esse programa vai ser possível obter imagens para análises, mesmo que o céu esteja coberto por nuvens, o que não ocorre com outros sistemas.

“Uma delas é a infravermelho que se tem informação sobre a construção mineralógica e química das rochas. A gente não vê, mas esta informação está disponível e os sensores em aviões ou satélites são capazes de captá-las. No entanto, para essa faixa de espectro nas nuvens elas constituem barreiras, porque esses sensores medem a energia refletida pelo sol. Se a nuvem está no caminho ela é uma barreira e o sensor só consegue pegar a energia refletida pela nuvem. A imagem é cheia de nuvens”, observou.

O consultor do Cenpes adiantou mais uma aplicação significativa do sistema. “Uma outra vantagem do sistema de radar é que como dispõe da sua própria energia, se pode adquirir imagens à noite, porque não depende da luz solar. É como se fosse um flash. Se consegue fazer a imagem no escuro fazendo uma comparação”.

Rio Grande do Sul

Como o satélite terá condição de fazer uma cobertura contínua em toda a área imersa do globo terrestre, o engenheiro disse que pode ajudar também na avaliação dos impactos que o Rio Grande do Sul enfrentou após os desastres ambientais de maio deste ano.

“Vai ter dados também dessa região, por isso é uma missão tão importante”, disse, destacando que a importância das informações aumenta na medida em que são compartilhadas.

“O grande barato hoje é compartilhar, você cresce muito mais compartilhando do que excluindo. De fato, essa questão das mudanças climáticas é um assunto de interesse global, e toda informação de qualquer lugar do mundo é importante”, disse.

O projeto ObMEQ é um dos 13 realizados pelo Cenpes na área de sustentabilidade e meio ambiente para a Margem Equatorial. De acordo com a Petrobras, eles são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com a participação de universidades e de outros grupos da região, como costuma ocorrer nas parcerias de pesquisa da empresa.

Transparência

Na visão da empresa, o projeto terá transparência uma vez que fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da Margem Equatorial, disponível para utilização não só de diversas áreas da Petrobras, como de órgãos ambientais e da sociedade, conforme as necessidades de cada um.

“Uma utilização adicional dos dados da Missão Nisar diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural [exsudações] como antrópica [derrames]”, explicou.

O projeto ObMEQ, segundo a empresa, resulta da parceria entre o Cenpes e um ecossistema de universidades e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

“A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão Nisar é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”, disse.