São quase dois anos de pandemia e o início de mais um semestre acontece em meio ao medo para aqueles que ainda não tiveram a chance de se vacinar contra a COVID-19 e daqueles que já tomaram a vacina, porém, com o medo de levar para casa a doença para o não-imunizado.
A pandemia, como muito já foi discutido, mexeu com todas as pessoas. A busca por caminhos menos dolorosos não foi tão fácil achar, já que muita gente perdeu entes queridos. Em meio a um momento de luto constante, com o desejo de encorajar-se para enfrentar os desafios cotidianos, que vamos tentando.
É possível que aqueles que já buscaram ajuda psicológica consigam seguir com um pouco mais de coragem, dando-se a compreender sobre seus próprios medos, encontros e desencontros. A busca por suas compreensões também é algo que exige organização e desejo do próprio sujeito.
A forma como cada espaço educacional irá lidar com seus discentes será mantida por cada uma. Não tem um trajeto certo, mas existe a necessidade de acolher cada um na perspectiva de suas dores, perdas e de seus medos. A formação profissional dos docentes já não consegue ser mantida apenas a qual lhe foi possível durante sua vida, pois, nesse momento, o que mais se busca, além da incrível formação, é um docente capaz de compreender, olhar nos olhos de seus discentes, de escutar mais além do “presente” no momento da chamada (frequência).
Vamos e estamos precisando de seres humanos capazes de expandir sua humanidade, de explorar cada vez o que o outro tem de melhor. Cada um sabe exatamente o quanto é difícil perder alguém que se amou durante anos, ou, de saber que, naquela turma, não haverá aquele amigo que sempre brincava nas aulas, pois, ele não está mais entre os seres vivos.
Essas e outras situações são necessárias para que tenhamos um semestre letivo menos letal, menos máquina, menos apático, menos desencorajado. Precisaremos a cada momento sermos melhores para conosco, para com o outro, para o que fazemos e temos. Precisamos ser melhores.