Artesanato e grafite dão novo visual a Casas de Semiliberdade da Funase

O mês de setembro começa com novidades em duas Casas de Semiliberdade (Casem) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). As unidades, situadas no Recife, foram repaginadas como parte de um processo de melhoria de ambientes de convivência de socioeducandos e de trabalho de servidores da instituição. Os serviços de requalificação contaram com a participação de funcionários e de instituições parceiras, como o Movimento Social e Cultural Cores do Amanhã.

Na Casem Rosarinho, situada na Zona Norte e voltada ao público masculino, as paredes de alojamentos, salas de atendimento e áreas comuns ganharam frases que propõem reflexões sobre recomeço e esperança. Artesanato produzido por funcionários passou a compor a mobília. Os servidores se uniram para deixar tudo pronto para a entrega oficial do novo visual do espaço, realizada nesta semana. “Conseguimos reunir aqui representantes de todos os plantões de agentes socioeducativos, que participaram efetivamente desta repaginação durante a pandemia”, afirmou a coordenadora geral da Casem Rosarinho, Elizabete Nunes.

A outra unidade repaginada foi a Casem Santa Luzia, na Iputinga, Zona Oeste do Recife. Além da contribuição dos funcionários da Funase, também houve a participação do Movimento Cores do Amanhã, por meio do Projeto Cores Femininas, que deu um toque especial aos muros da casa com os traços do grafite. A unidade é voltada ao atendimento de socioeducandas. “Na decoração, trabalhamos a temática da liberdade, o que, com certeza, vai motivar as adolescentes a uma série de reflexões durante as atividades propostas”, declarou a coordenadora geral da Casem Santa Luzia, Edilene Lima.

Em visitas realizadas às duas unidades, a presidente da Funase, Nadja Alencar, destacou a união da comunidade socioeducativa como diferencial para a superação de dificuldades. “A Casem Rosarinho carrega muitas histórias que marcaram a execução da medida de semiliberdade em Pernambuco. Do mesmo modo, a Casem Santa Luzia já passou por várias repaginações e sempre consegue ser um espaço acolhedor para as meninas atendidas. Em plena pandemia, superando desafios e atendendo recomendações sanitárias, todos se uniram para melhorar os espaços e marcar mais um recomeço”, disse.

Os funcionários envolvidos nas obras de requalificação e nas doações de materiais receberam registros formais de agradecimento da Funase, assim como integrantes do Cores do Amanhã. Os atos ainda tiveram a participação das superintendentes da Política de Atendimento e de Gestão do Trabalho e Educação da Funase, respectivamente, Íris Borges e Nadja Oliveira, da assessora técnica de Casas de Semiliberdade, Vitória Barros, e de gestores, técnicos, agentes socioeducativos e outros servidores.

IBGE: 59,7 milhões de pessoas tinham plano de saúde em 2019

A Pesquisa Nacional de Saúde 2019, divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, revela que, no ano passado, 28,5% dos residentes no país possuíam algum plano de saúde médico ou odontológico, totalizando 59,7 milhões de pessoas.

Em 2013, o índice era de 27,9%, ou o equivalente a 55,7 milhões de habitantes. Nas regiões Norte e Nordeste, somente 14,7% e 16,6% das pessoas tinham plano de saúde, contra 13,3% e 15,5%, respectivamente, em 2013.

Os pesquisadores apuraram que, mesmo nas unidades da federação em que a renda per capita (por indivíduo) é mais alta, a proporção de pessoas com plano de saúde médico era inferior a 40% da população, em 2019. Exemplos: São Paulo (38,4%), Distrito Federal (37,4%), Rio Grande do Sul (35,4%) e Rio de Janeiro (35%). No Maranhão, somente 5% dos habitantes tinham plano médico e, em outros 17 estados, a proporção de moradores com plano médico não atingia 20% da população.

O estudo indica que 46,2% dos titulares de planos de saúde médico pagavam diretamente às operadoras, em 2019, e 45,4% tinham planos pagos parcial ou integralmente pelo empregador. No ano pesquisado, 8,1% da população residente em domicílios particulares permanentes, ou o correspondente a 16,9 milhões de pessoas, deixaram de realizar atividades habituais nas duas últimas semanas anteriores à data das entrevistas.

Em 2013, foram 14 milhões de pessoas (7%). As razões apresentadas com maior frequência para essa impossibilidade de trabalho foram problemas nos ossos e articulações (25,1%) e problemas respiratórios (21%). As maiores proporções de pessoas que deixaram de efetuar atividades foram encontradas nas regiões Nordeste (8,7%) e Norte e Sudeste, cada uma com 8%.

Rede pública
A pesquisa revela, ainda, queda no número de pessoas que costumavam procurar o mesmo médico ou local de saúde para serem atendidas. Em 2019, foram 76,5% contra 77,8% em 2013. Pelo menos 69,8% fizeram isso pela rede pública, no ano passado. Em relação a tratamento odontológico, a sondagem mostra que menos da metade da população residente (49,4%) tinha se consultado com dentista nos últimos 12 meses anteriores ao levantamento. Em 2013, foram 44,4%, ou 88,6 milhões de pessoas. A menor proporção foi achada na Região Norte (40,8%), sendo que, nas áreas rurais, o índice foi ainda inferior (38,7%), o que aponta que o tratamento odontológico ainda não ganhou a importância que merece no Brasil.

De acordo com a PNS 2019, 159,6 milhões de pessoas (76,2%) haviam se consultado com um médico no Brasil nos últimos 12 meses antes da data da entrevista, aumento significativo em relação a 2013 (71,2%).

A sondagem registra também que 39 milhões de brasileiros precisaram de atendimento médico nas duas últimas semanas anteriores ao estudo. Os principais motivos foram doença e tratamento de doenças (48,2%), vacinação, prevenção, check up médico e acompanhamento com outro profissional de saúde (25,1%), exames complementares e diagnóstico (10,2%), dor de dente, problemas odontológicos e consulta de rotina ao dentista (6,3%). Em 2013, foram 30,6 milhões (15,3%).

Em 2019, 28,7 milhões de pessoas conseguiram atendimento na primeira vez que procuraram; em 2013, foram 29,1 milhões. Dentre os que conseguiram atendimento médico, 60,9% tiveram algum medicamento receitado contra 65% em 2013; e 85% obtiveram todos os medicamentos prescritos. Em 2013, o índice foi 82,5%.

Internações

A pesquisa do IBGE identificou que 13,7 milhões de pessoas da população residente no Brasil (6,6%) ficaram internadas por mais de 24 horas nos últimos 12 meses antes da data das entrevistas. Desses, 64,6% (ou 8,9 milhões de pessoas) recorreram ao atendimento pelo SUS – Sistema Único de Saúide.

Em 2019, 4,6% da população utilizaram alguma prática integrativa e complementar. Em 2013, o percentual foi de 3,8%. Plantas medicinais e fitoterapia (58,0%) foram a prática mais utilizada, seguida por acupuntura (24,6%) e homeopatia (19,0%).

O estudo confirma que é crescente a empatia dos brasileiros com animais. No ano passado, 33,8 milhões de domicílios (46%) tinham, pelo menos, um cachorro, contra 44,3% em 2013; e 14,1 milhões de lares (19,3%) tinham pelo menos um gato, contra 17,7%, em 2013.

Entre os 39,4 milhões de domicílios com algum cachorro ou gato, 72% (ou 28,4 milhões) tiveram esses animais vacinados em 2019. Em 2013, o percentual foi 75,4% (24,8 milhões).

Do total de domicílios particulares permanentes, 44 milhões (60%) eram cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família (USF) em 2019, contra 34,6 milhões (53,3%) em 2013.

Dentre os 40 milhões de domicílios cadastrados há um ano ou mais em 2019, 38,4% receberam visita mensal de agente comunitário de saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família, o correspondente a 15,4 milhões de unidades domiciliares.

Em 2013, o percentual foi bem mais elevado (47,2%), embora fosse menor a quantidade de domicílios que recebiam essas visitas (14,1 milhões) naquele ano. Por outro lado, 9,5 milhões de lares particulares (23,8%) nunca receberam visita de agente comunitário ou da Equipe de Saúde da Família. O número evoluiu bastante frente a 2013, quando o percentual era 17,7% (5,3 milhões de pessoas).

A Pesquisa Nacional de Saúde 2019 é realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde. A coleta dos dados foi efetuada entre 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020. As informações são usadas para subsidiar a elaboração de políticas públicas nas áreas de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Agência Brasil

Governo destina R$ 396,7 milhões para rastrear e monitorar Covid-19

O governo federal instituiu um incentivo de custeio, em caráter excepcional e temporário, para ações de rastreamento e monitoramento de contatos de casos de Covid-19. A Portaria nº 2.358/2020, que traz as regras para distribuição dos recursos, foi publicada hoje (4) no Diário Oficial da União.

O impacto orçamentário estimado é de até R$ 369,7 milhões. Os recursos transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos fundos municipais e Distrital de Saúde, de forma automática e em parcela única. Não há necessidade de solicitação de adesão dos gestores locais.

A medida tem o objetivo de integrar as ações da Vigilância em Saúde e da Atenção Primária à Saúde, com a identificação precoce e a assistência adequada aos contatos de casos de Covid-19. Com isso, a expectativa do governo é de interromper a cadeia de transmissão, a redução do contágio e a diminuição de casos novos da doença.

Além disso, com os dados será possível fazer a avaliação regular da situação epidemiológica local e dar efetividade e qualidade às ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O documento lista o quantitativo de profissionais de saúde para custeio e valor total do incentivo financeiro que cada município e o Distrito Federal receberão. Para cada profissional de saúde foi estabelecido o valor de R$ 6 mil para ações a serem desenvolvidas nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020, sob pena de devolução dos recursos recebidos.

Os quantitativos de profissionais por município e Distrito Federal foram calculados considerando o porte populacional do local, de acordo com a seguinte fórmula: estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao ano de 2019 dividida pelo quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe de Saúde da Família.

Podem atuar na ação profissionais de 22 categorias da área da saúde, como médicos, agentes de saúde e de endemias, cirurgiões-dentista, assistentes sociais, sanitaristas e biólogos. Eles devem estar cadastrados nos códigos do Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) de estabelecimentos de saúde da administração pública com a Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), cumprindo, no mínimo, 20 horas semanais de trabalho.

As orientações do Ministério da Saúde para a execução das ações estão contidas no Guia de Vigilância Epidemiológica disponibilizado na página da pasta na internet, ou em outro documento do Ministério da Saúde que vier a lhe suceder. Os dados de rastreamento e monitoramento deverão ser inseridos ou integrados ao sistema de informação do Ministério da Saúde, e-SUS Notifica.

Receita suspende até dia 30 exclusão de parcelamento por inadimplência

A Receita Federal suspendeu os procedimentos administrativos de exclusão de contribuintes de parcelamentos por motivo de inadimplência até 30 de setembro de 2020. A medida está prevista na Portaria RFB nº 4.287, publicada no Diário Oficial da União de hoje (4).

Em nota, o subsecretário de Arrecadação da Receita Federal, Frederico Faber, explicou que, “apesar de uma melhora nos indicadores econômicos, por conta da pandemia, a medida ainda é necessária para que as pessoas físicas e pequenas empresas possam manter seus parcelamentos em dia”.

Agência Brasil

Fiocruz lança pesquisa sobre papel da saúde da família na Covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança hoje (4), no Rio de Janeiro, uma pesquisa nacional sobre o processo de trabalho da estratégia de saúde da família durante a pandemia de Covid-19.

A proposta é analisar, entre outras coisas, o papel das equipes de saúde da família no controle da doença e na redução da morbimortalidade [incidência das doenças e/ou dos óbitos numa população] dos infectados.

Entre os itens que serão analisados figuram a incorporação de novas rotinas de serviços durante a pandemia, as formas de atenção a pacientes, práticas de promoção da saúde e práticas de vigilância para monitoramento da doença.

A pesquisa, feita em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), também tentará conhecer as medidas de proteção dos profissionais das equipes de saúde da família.

A coleta de dados será feita através de um questionário online que pode ser respondido por todos os profissionais de saúde que atuam em equipes de saúde da família.

Segundo a Fiocruz, a Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada como primordial para o fortalecimento da atenção primária e coordenadora da rede de cuidados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Agência Brasil

Feriadão deve lotar praias e hotéis no Litoral de Pernambuco

O feriadão da Independência do Brasil, celebrada na próxima segunda-feira (7), desperta a atenção das prefeituras das cidades litorâneas de Pernambuco, no contexto da pandemia de Covid-19 e não recomendação de aglomerações, além do distanciamento social.

A data é considerada popularmente a “abertura do verão” e costuma arrastar multidões às praias. Este será o primeiro fim de semana depois da retomada do comércio de praia nos 187 quilômetros de litoral pernambucano e será justamente um feriadão.

O fluxo de turistas nas principais praias do Litoral deve aumentar já a partir desta sexta-feira (4), dia em que parte dos que vão viajar no feriado devem se deslocar. Estimativas da concessionária Rota do Atlântico indicam que cerca de 75 mil carros devem transitar pela via, que dá acesso às principais praias do Litoral Sul do Estado.

Em Ipojuca, no Litoral Sul, a Secretaria de Turismo já realiza ações de conscientização desde a retomada e prepara uma campanha especial para a segunda-feira (7). Intitulada “Eu respeito #UseMáscara”, a ação teve início nas redes sociais e entregará máscaras em diversos pontos da orla da cidade, especialmente nas praias de Porto de Galinhas e Muro Alto, no feriado. Borrifadores com álcool 70 também serão utilizados para promover a higienização das mãos.

Desde a retomada, na última segunda-feira (31), a prefeitura realiza ações de conscientização com barraqueiros e turistas, como destaca a secretária Carol Vasconcelos. As ações vêm dando resultado, segundo a gestora. “Verificamos que os trabalhadores estão conscientes, utilizando luvas, máscaras e álcool em gel nas mesas. Nossa equipe entrevistou diversos turistas que se mostraram satisfeitos, reconhecendo essa preocupação”, destaca Carol.

A Vigilância Sanitária de Ipojuca ainda vistoria as cozinhas onde são preparados os alimentos consumidos nas praias. Com apoio da Guarda Municipal, fiscais da cidade também observam itens como a presença da quantidade máxima de quatro cadeiras por guarda-sol, cardápios plastificados e o álcool em gel para os clientes. Para o feriado, a cidade ainda prepara um aumento de 30% no efetivo da Guarda Municipal e de 50% no número de salva-vidas.

Um dos principais destinos turísticos de Pernambuco, a praia de Porto Galinhas, em Ipojuca, já tem a rede hoteleira com 60% da capacidade garantida para o feriado, como destaca o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, entidade que atua em prol do desenvolvimento turístico da região. O número representa quase a totalidade da capacidade disponível, uma vez que hotéis podem atender, neste momento, com 70%.

Pontal da Ilha de Itamaracá
Pontal da Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
Já na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte, a rede hoteleira está lotada – dentro da limitação de 70% da capacidade por causa da Covid-19 – desde a semana passada, como destaca o secretário municipal de Turismo, Cultura e Eventos, Bruno Reis.

“Sabemos que a demanda é muito grande, é um alto volume de pessoas que quer ir à praia. A movimentação vai ser muita intensa e teremos um trabalho redobrado”, destaca o gestor, acrescentando que a prefeitura reforçará as ações conduzidas pela Vigilância Sanitária durante o feriado.

“Desde que abrimos a ponte [localizada na PE-035, que dá acesso à Ilha de Itamaracá], agentes orientam diariamente e visitam bares, restaurantes e todo o comércio. Vamos intensificar agora no feriado porque vem muita gente de fora”, explica Bruno. Segundo o secretário, em feriadões como o da Independência, a população da ilha salta de 25 mil para 80 mil pessoas – no Carnaval chega a 150 mil.

O Forte Orange, fechado para a visitação pública por causa do coronavírus e um dos principais pontos turísticos da ilha, deve reabrir na segunda-feira. “A previsão para a reabertura segue para 7 de setembro. Estamos aguardando materiais como placas de aviso e orientação, álcool gel, máscaras, pias e luvas. O forte só vai ser reaberto se tivermos as condições de cumprirmos os protocolos”, finaliza Bruno Reis.

Gerente da Pousada Ruínas do Pilar, localizada em Itamaracá, Matilde Montano conta à reportagem que todos os 11 quartos disponíveis no estabelecimento estão lotados desde agosto para o feriadão de 7 de setembro. “Em agosto, assim que começou a liberação para a ilha, o povo já começou a procurar a disponibilidade [para o feriado]. Estamos tendo muita procura, o telefone não para de tocar”, comemora.

A gerente ressalta ainda que a procura segue alta para os próximos feriadões do ano, como de Nossa Senhora Aparecida, em outubro. “Até o final do ano os clientes estão procurando. Durante a semana o movimento ainda está calmo e não como era antes, mas a procura está grande para fim de semana e feriado”, acrescenta Matilde.

Folhape

Alepe aprova projeto que obriga preso a pagar por tornozeleira eletrônica

Deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovaram, nessa quinta-feira (3), Projeto de Lei que obriga presos do Sistema Prisional do Estado a pagar pelo uso da tornozeleira eletrônica. A iniciativa prevê ressarcimento ao Poder Público pelo tempo de uso do equipamento.

A proposta foi aprovada em segunda discussão entre os parlamentares. O texto é resultado de um substitutivo da Comissão de Administração Pública aos Projetos de Lei (PLs) nº 394/2019 e nº 439/2019, apresentados, respectivamente, pelos deputados Gustavo Gouveia (DEM) e Delegado Erick Lessa (PP).

A matéria recebeu votos contrários dos deputados Aluísio Lessa (PSB), João Paulo (PCdoB), José Queiroz (PDT), Juntas (PSOL) e Teresa Leitão (PT). O projeto segue para sanção do governador Paulo Câmara. Atualmente, Pernambuco tem 34 mil presos no Sistema Prisional.

O valor do ressarcimento pelo uso da tornozeleira poderá ser descontado da remuneração paga pelo trabalho do apenado. Segundo o texto, a quantia cobrada será repassada ao Fundo Penitenciário de Pernambuco (Funpepe).

Os presos provisórios, caso tenham absolvição concedida pela Justiça, terão o recurso desembolsado devolvido pelo Estado após o fim do processo.

A Folha de Pernambuco entrou em contato com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) para saber do posicionamento da pasta sobre o tema e aguarda retorno para atualização do texto.

Cerca de 1,6 milhão voltam a procurar emprego com fim do isolamento, diz IBGE

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) avalia que, com a reabertura da economia, cerca de 1,6 milhão de brasileiros voltaram às ruas em busca de emprego na segunda semana de agosto, em comparação com a semana anterior.
Segundo o instituto, parte desse contingente encontrou ocupação, o que sugere retomada do emprego após o relaxamento das medidas de isolamento. Mas o país ainda tem cerca de 40 milhões de pessoas com vontade de trabalhar.

As conclusões são da pesquisa Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar) Covid, divulgada todas as semanas para mostrar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. A edição mostra ainda que segue em queda o número de trabalhadores afastados pela pandemia.

De acordo com o IBGE, caiu de 28,1 milhões para 27,1 milhões o número de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou trabalho no período. O grupo dos que gostariam de trabalhar, mas não procuraram vaga devido à pandemia caiu de 18,3 milhões para 17,7 milhões.

“Uma parte dessas pessoas conseguiu se ocupar, mas o restante foi para desocupação”, disse a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira. Houve um pequeno aumento na população ocupada, que passou de 81,6 milhões para 82,1 milhões de pessoas.

“Isso sugere, como já tínhamos observado na semana passada, uma leve retomada das atividades econômicas e da recuperação do emprego”, afirmou ela. A reversão da crise no mercado de trabalho é vista como fundamental para acelerar a recuperação do país após a pandemia.

Vieira citou ainda o dado de informalidade para reforçar a ideia de recuperação. Após um período de queda, o total de pessoas que estavam trabalhando dessa forma teve pequena alta, de 27,9 milhões para 28 milhões de pessoas. Os informais foram os mais atingidos pela crise.

A população fora da força de trabalho -aqueles que não trabalham nem procuram- também registrou leve melhora, passando de 76,1 milhões para 75,5 milhões de pessoas. Com maior pressão daqueles que voltaram às ruas, a taxa de desemprego na segunda semana de agosto foi de 13,6%, ante 13,3% registrados na semana anterior. Isso significa que 12,9 milhões de brasileiros procuraram uma ocupação no período. Na semana anterior, foram 12,6 milhões.

A expectativa do mercado é que a taxa de desemprego cresça à medida em que as pessoas voltem às ruas em busca de vagas, já que o indicador considera apenas aqueles brasileiros que procuraram emprego na semana de referência da pesquisa.

A população ocupada ficou em 75,1 milhões de pessoas na segunda semana de agosto, contra 74,7 milhões na semana anterior. Já se vê avanços com relação ao início de maio, quando a pesquisa começou a ser feita e o Brasil tinha 63,9 milhões de ocupados.

Entre os ocupados, 8,3 milhões trabalhavam remotamente, número estável frente à semana anterior (8,6 milhões).
Cerca de 4,3 milhões estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente ficou numericamente estável frente à semana anterior e é bem menor do que os 16,6 milhões da primeira semana de maio.

Folhapress

Micro e pequenas empresas puxam alta de 6,2% na busca por crédito em julho, revela Serasa Experian

A busca das empresas por crédito vem registrando números positivos desde maio. Em julho, o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian revela crescimento de 6,2% em comparação mensal. Na análise por porte, todos os tipos mostram aumento, com destaque para as micro e pequenas empresas, que influenciaram a alta com variação mensal de 6,4%. Na sequência, estão as médias e grandes com 1,0% e 0,7% respectivamente.

De acordo com economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o crédito é uma alternativa para as empresas manterem ou retomarem os seus negócios. “Com a recente abertura dos comércios e a retomada das vendas presenciais, impactando fortemente as demandas das empresas por crédito em maio e em junho, era esperada alguma acomodação, uma vez que

o volume de negócios dos empreendedores começou a evoluir gradualmente. Assim, a procura por linhas de crédito deve continuar em expansão nos próximos levantamentos. No entanto, é importante ressaltar que as empresas precisam ter planos de negócios seguros para o uso desses recursos, a fim de evitar o endividamento descontrolado” diz.

A análise por setor traz crescimento em todos as áreas na comparação mensal – julho x junho de 2020 –, com destaque para o segmento de Serviços, que registrou alta de 6,4% na procura por crédito. O Comércio revela aumento de 6,2% seguido pela Indústria com 5,7%. Em relação ao desempenho das regiões brasileiras as variações são próximas, com exceção do Nordeste, que atinge o percentual de 9,2%.

Setor automotivo também tem de cuidar da segurança por causa do coronavírus

Em meio à crise do novo coronavírus, o Sebrae está elaborando alguns protocolos para orientar alguns setores de como proceder nesse período para proteger tanto funcionários como clientes. Um deles é o segmento de automotivos que, assim como os demais, deve adotar sempre a regra básica, que é usar o álcool 70% para higienização das mãos e solas do sapato, além do borrifador ou tapete com desinfetante. A crise causada pela doença mudou a dinâmica das grandes cidades, fechou escolas, trouxe a necessidade do trabalho remoto e parou a economia do país.

O protocolo elaborado pelo Sebrae é para orientar o pequeno negócio do setor automotivo. O principal objetivo é com a segurança e a saúde de trabalhadores, gestores e clientes, além de trazer informações para que o consumidor conheça as boas práticas do segmento se sinta confiante para voltar à rotina. Uma das recomendações é que os funcionários tenham um espaço para guardar bolsas e itens pessoais e que tragam o mínimo possível, de objetos pessoais para o trabalho.

É importante criar rotinas de higienização de superfícies como mesas, bancadas além de telefones, monitores, teclados, canetas, entre outros e instale placas ou similares com orientações de como proceder a lavagem das mãos, higiene respiratória e outros cuidados necessários e que o ambiente de trabalho tenha boa ventilação. As máscaras faciais são sempre necessárias, assim como a adequação da capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível minimizar o contato.

A regra básica é manter o distanciamento mínimo entre pessoas nas filas na entrada ou para o pagamento e instalar, se for possível, barreira de vidros/acrílicos nos caixas para manter a distância e o contato entre colaborador e cliente. Outra dica é planejar um espaço separado para recepção de mercadorias, estoques e outros insumos.

Os colaboradores devem ser orientados sobre a prevenção de contágio pelo coronavírus (Covid-19) e a forma correta de higienização das mãos, com utilização de água e sabão em intervalos regulares. A empresa automotiva, conforme os protocolos do Sebrae, deve orientar os trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes de ingressar no ambiente de trabalho e instituir mecanismos e procedimentos para que os funcionários possam reportar aos empregadores se estiverem doentes ou experimentando sintomas.

As pessoas do grupo de risco e acima de 60 anos, assim como colaboradores que residem com pessoas do grupo de risco, não devem exercer atividades de contato com o público direto. É importante manter distância segura entre os trabalhadores, considerando as orientações do Ministério da Saúde e as características do ambiente de trabalho.

Conforme a protocolo do Sebrae, é importante também priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno só.

Cuidados pontuais

Em relação aos clientes, uma das sugestões é fazer agendamento e verificar se o cliente não tem sintomas do covid-19.
No caso de idosos, se possível, tente a implantação do sistema leva e traz, para que o cliente não necessite se deslocar até a oficina.
Como sempre, organize uma área de chegada para clientes disponibilizando álcool 70% para higienização das mãos e tapete com desinfetante para higienização das solas dos calçados e realize o controle de entrada e saída para evitar aglomerações.
Conforme o protocolo do Sebrae para o setor automotivo, se for possível, crie e sinalize um local para o cliente parar e deixar o veículo, garantindo o distanciamento mínimo recomendado entre os clientes.
Também defina procedimentos para higienização do veículo, limpando os pontos críticos de contato, como: maçaneta externa, chaves, interior da porta, volante, câmbio, freio de mão, encosto de braço, cinto de segurança.
Plastifique itens de maior contato, como volante, câmbio, alavanca e freio de mão. Importante também forrar os bancos com plástico. Na entrega do veículo, informe que o mesmo foi protegido nas partes de maior contato e posteriormente higienizado.
É importante evitar contatos muito próximos, como abraços, beijos e apertos de mão e diminuir a intensidade e a duração da proximidade pessoal entre trabalhadores e o público externo.