Ensino híbrido é tendência para a vida escolar no mundo pós-pandemia

ensino online, educação a distância

Com o surgimento da pandemia da covid-19, da noite para o dia professores e alunos tiveram que se acostumar e se reinventar na forma de aprender e de ensinar: com aulas online e vídeoaulas, entre outras ferramentas, os educadores se viram diante de novos desafios, aos quais estavam pouco ou nada preparados.
Embora o ensino a distância (EAD) já seja realidade para os adultos que fazem cursos técnicos, graduação e pós-graduação de forma online, para crianças e jovens a modalidade ainda está em crescimento, mesmo que não seja uma novidade, explica o professor e autor de livros didáticos Ismael Rocha.

“Há muito tempo, diversas escolas praticam o ensino híbrido. A partir do momento em que utilizam diferente plataformas de ensino e aprendizagem, estão trabalhando com o ensino híbrido. Quando há uma excursão para visitar um museu, uma área de mata, essas visitas representam ensino híbrido, que é algo que acontece na sala de aula e fora dela”.

O que não estava estruturado, diz Ismael, era o uso constante do online. “O que nós não tínhamos antes da pandemia era o uso das ferramentas virtuais para o trabalho do ensino híbrido, não tínhamos a construção do online, que era muito pouco utilizado. Algumas escolas já tinham uma plataforma onde os alunos podiam tirar exercícios, publicar alguma lista de coisas que tinham feito, mas da maneira sistemática como estamos começando a ver hoje e como teremos daqui para a frente é uma novidade – não o ensino hibrido, mas o ensino a partir do uso de plataformas digitais, o ensino online”, acrescenta.

Considerada tendência na área da educação para o futuro, a mistura entre o ensino presencial e o online, que prevê um mix entre a sala de aula convencional e conteúdos produzidos com apoio de ferramentas de tecnologia, vai invadir mais fortemente a vida do estudante no mundo pós-pandemia. Mas o formato exige muito mais mudança dos professores do que dos estudantes, acredita Rocha, que também é diretor da Iteduc, organização pioneira em capacitar professores de educação básica para o ensino online.

“É uma mudança de paradigma, que vai levar professores e alunos a acreditarem que a plataforma digital é uma ferramenta extremamente útil para o processo de ensino-aprendizagem, principalmente porque a grande maioria dos jovens, desde as crianças, utilizam as ferramentas digitais para o lazer. A relação com o digital para as crianças e os jovens não é uma relação nova, já é presente”.

Nativos digitais
Na visão do especialista, o esforço está em transferir essa habilidade dos jovens para a área da educação. “O trabalho do professor vai ser fazer a transposição, acreditando que essas ferramentas podem trazer e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, vamos ter dados mais significativos, vamos saber quantos alunos estão entrando na plataforma para fazer a tarefa, para cumprir as atividades. Vamos gerar a possibilidade de trazer para esses alunos informações muito mais criativas e envolventes, ou seja, muda muito e muda para melhor”.

A adoção do método exige uma reorganização do tempo de sala de aula, junto com novo plano pedagógico. O professor ganha um papel também de mentor, apto a impulsionar os alunos em direção a uma postura crítica, acompanhando as questões individuais e dando vazão ao que melhor funciona no aprendizado de cada estudante. E as diversas plataformas digitais vêm para somar essa relação ensino-aprendizado.

“Temos inúmeras plataformas que permitem esse tipo de interação. Desde as mais simples, que permitem que você faça uma aula e um exercício online, até as mais sofisticadas. Essas ferramentas ainda não são tão fáceis de serem trabalhadas, porque a grande maioria dos professores não é nativa digital, o que gera certa dificuldade para que o processo todo aconteça de maneira tranquila. Os professores estavam acostumados a ensinar, agora eles terão que aprender para ensinar. Certamente, os professores conseguirão dominar essas ferramentas para colocá-las em prática e permitir que o ensino híbrido se torne cada vez mais uma realidade”.

Ensino híbrido
Também conhecido pelo termo em inglês blended learning, o ensino híbrido se acentuou com o advento da internet e nada mais é do que combinar diversas plataformas, como filmes, rádio e televisão, por exemplo. “Quando eu peço que o aluno assista um filme e, na aula seguinte, tenho um debate sobre o filme, estamos trabalhando com diferentes plataformas para o que o processo de ensino se dê de forma mais intensa, e tudo isso veio de maneira mais forte com o advento da internet”, afirma Rocha.

Segundo o professor, atualmente quem não tem acesso à internet e a computadores pode ficar prejudicado, mas há outras formas. “Os alunos que não têm acesso a essas plataformas ficam prejudicados sim, mas temos experiências em alguns lugares do mundo, com características socioeconômicas parecidas com as do Brasil, em que as aulas foram dados pelo rádio por meio de emissoras estatais, ou seja, fizeram aulas permitindo que os alunos daquele país pudessem aprender. Se olharmos de uma maneira muito reducionista, entendendo que o ensino híbrido só pode ser feito por meio de internet com banda larga, não há dúvida de que realmente há um prejuízo para aquelas crianças e jovens que não têm acesso”.

O ensino híbrido pode ser feito por meio de formas bem conhecidas, lembra Ismael Rocha. “Nós temos estações de TV e rádio estatais, temos a possibilidade de fazer a geração de materiais escolares numa velocidade muito rápida. É muito mais uma decisão política, para que o ensino híbrido possa fazer parte do dia a dia das escolas, do que uma decisão de tecnologia. Um exemplo no Brasil é o famoso telecurso, quando uma série de pessoas conseguiu seu diploma dos antigos primeiro e segundo graus, acompanhando aulas todos os dias pela televisão. Elas não tinham oportunidades de ter aulas presenciais”, diz.

Na opinião do professor, a pandemia traz esse avanço para a educação. “Se tiver um programa de educação que seja formatado de maneira que todos possam ter acesso à informação, certamente nós teremos um ganho. A pandemia traz exatamente esse desenho: a possibilidade de mudarmos definitivamente a realidade da educação no Brasil. Para a educação não existem limites, existe sim a necessidade de ter boa vontade, porque aprender é algo que o ser humano faz desde quando nasce, desde os tempos das cavernas, por diferentes plataformas, nós estamos só sistematizando isso”.

Educa Week 2020
Nesta terça-feira (14) no Educa Week, às 9h, Ismael Rocha e mais três especialistas vão falar sobre o tema, em debate de utilidade pública online. O debate contará com a participação de algumas das maiores autoridades no assunto: Ismael Rocha, diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), Mario Ghio, diretor-presidente do Somos Educação, Guilherme Cintra, head de Tecnologia Educacional do Eleva Educação e Ademar Celedônio, diretor de ensino e inovações educacionais da SAS plataforma de educação.

A Educa Week 2020 vai até domingo (19 de julho). No total, serão mais de 30 painéis com a participação de 70 especialistas, que vão debater o futuro da educação no Brasil e compartilhar experiências de sucesso do ensino-aprendizagem durante a pandemia, entre outras pautas do setor. Para acompanhar os debates, aberto ao público, basta acessar o site do evento.

Califórnia recua em plano de reabertura com expansão do coronavírus

estudantes na Califórnia

O governador da Califórnia, Gavin Newson, decretou um recuo no plano de reabertura da economia do estado norte-americano, após uma disparada no número de casos do novo coronavírus. 

Newson determinou o fechamento de bares e proibiu o atendimento de restaurantes em ambientes internos em toda a Califórnia. Igrejas, academias e salões de beleza também foram fechados nos condados mais atingidos pela epidemia.

Los Angeles é o segundo maior distrito escolar nos Estados Unidos (EUA) e, juntamente com San Diego, reúne 706 mil estudantes e 88 mil funcionários.

O presidente Donald Trump, que busca a reeleição em novembro, exigiu que as escolas reabrissem em todo o país para o ensino presencial a partir de setembro. A campanha vê a reabertura das escolas como necessária para a retomada econômica, especialmente para trabalhadores que sejam pais de crianças menores.

Trump está atrás de seu adversário democrata, Joe Biden, tanto nas pesquisas de opinião nacionais quanto nas específicas para estados decisivos nas eleições dos EUA.

A Flórida, o Arizona, a Califórnia e o Texas aparecem como os novos núcleos norte-americanos da pandemia. As infecções cresceram de maneira rápida em cerca de 40 dos 50 estados do país nas últimas duas semanas, de acordo com análise da Reuters.

Artigo: Os últimos suspiros da Operação Lava jato

Por João Américo

A música popular do cancioneiro nacional Regra Três, de Toquinho e Vinícius, pode retratar o atual momento da operação lava jato. Diz o início da música: “Tantas você fez que ela cansou”. A Lava Jato cansou e dá os últimos suspiros. A falta de um juiz ativista deslumbrado pela fama, embriagado no seu próprio eu, aliado a uma briga fraticida no seio do Ministério Público, com divergência de rumos e métodos, tudo isso engendrado em um ambiente de ocultação de informações, abuso de poder, egocentrismo institucional e diminuição por desinteresse do apoio popular estão levando a Lava Jato para o fim.

A Lava Jato de hoje é uma sobra pálida do que já foi um dia. As preocupações atuais da operação que mudou o rumo da política no Brasil, e que colocou o combate à corrupção em outro patamar, são internas, e o seu maior inimigo, o mais atual e iminente, é o Procurador Geral da República (PGR) Augusto Aras, que abriu uma campanha conflagrada contra os “menudos de Curitiba”. No projeto de asfixia institucional da lava jato, já existe uma proposta, em Brasília, de centralização das operações anticorrupção no âmbito federal, com a criação de um órgão central que substituiria os modelos atuais de forças-tarefas, a chamada Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (UNAC). Se a centralização for colocada em prática, eliminará a Lava Jato e todas as forças tarefas do Brasil. O projeto já tem empenhada a concordância do Procurador Geral da República, contado com sua simpatia e entusiasmo.

Ainda internamente, a Lava Jato sofreu com decisão recente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que considerou irregularidades na forma de distribuição de processos, com tentativas de alteração do sistema, e determinou a suspensão de casos para a Lava Jato de São Paulo. Hoje, são três pedidos de providências que tramitam no (CNMP) contra a Lava Jato de Curitiba, ainda sem contar com o controverso caso de camuflagem de nomes, pessoas que não poderiam ser investigadas pela operação por conta do foro, mas tiveram os nomes deliberadamente “camuflados”, tais como “Rodrigo Felinto” ou “Davi Samuel” ou Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Nessa camuflagem haveria até nomes incompletos de ministros do STF, que podem ter tido seus sigilos quebrados de maneira irregular.

Outra controvérsia atual acerca da autointitulada “força-tarefa” da “Lava Jato” diz respeito ao uso de equipamentos de gravação para monitorar ligações que depois desapareceram, e a parceria oculta com agências de inteligência dos Estados Unidos, sem respeito a uma legislação correlata ao tema.

E, além do desidratado apoio institucional interno, a Lava Jato vem amargando derrotas em série ao longo de 2019. O Supremo Tribunal Federal (STF), antes o grande aliando dos ares de Curitiba, impôs revés à operação com decisões acerca do caixa dois, prisão em segunda instância e delação premiada, e a mais recente decisão do Ministro Dias Toffoli que determinou que a Lava Jato, em todas as suas extensões, compartilhe dados com a PGR.
Foi ainda no ano de 2019 que a reportagem do Intercept demonstrou a relação nada republicana e viciada entre o Juiz Moro e os Promotores, com uma constante troca de mensagens, mostrando a intimidade de quem acusava e de quem julgava, em uma ciranda onde a defesa não era chamada a participar, mas no final, era quem dançava.

Por todos esses motivos, podemos vislumbrar que a saída de Moro, a politização consentida por promotores, que deixaram a Lava Jato sair do campo “neutro” da Justiça para ser capturada pela pauta das conveniências políticas, são alguns dos pecados da Camelot da República de Curitiba, e o fim da operação, que nasceu reta, vai morrer torta.

A múscia referência no início desse artigo termina assim:
“Tinha deixado raízes no seu penar/ Depois perdeu a esperança/ Porque o perdão também cansa de perdoar.”

João Américo é advogado

Crise do novo coronavírus pode ficar pior, alerta OMS

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom

A pandemia de coronavírus pode piorar muito se os países não aderirem às precauções básicas de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (13).

“Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo público número um”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em entrevista online da sede da organização, em Genebra. “Se o básico não for seguido, o único caminho dessa pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior.”

As infecções superaram a marca de 13 milhões em todo o mundo nessa segunda-feira, de acordo com contagem da Reuters, aumentando 1 milhão em apenas cinco dias, em uma pandemia que matou mais de meio milhão de pessoas.

Tedros, cuja liderança tem sido criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que de 230 mil novos casos no domingo, 80% eram de dez países e 50% de apenas dois.

“Não haverá retorno ao antigo normal no futuro próximo. Há muito com o que se preocupar”, acrescentou, em um de seus comentários mais fortes nas últimas semanas.

Os Estados Unidos e o Brasil são os países mais afetados.

Ele disse que a OMS ainda não recebeu uma notificação formal da saída dos EUA da organização, anunciada por Trump. O presidente norte-americano diz que a OMS se alinhou à China, onde a covid-19 foi detectada pela primeira vez, no início da crise.

Trump, que usou uma máscara protetora em público pela primeira vez no fim de semana, foi acusado por adversários políticos de não levar o novo coronavírus a sério o suficiente, o que ele nega.

Uma equipe da OMS foi à China para investigar as origens do novo coronavírus, descoberto pela primeira vez na cidade de Wuhan. Os membros da equipe ficaram em quarentena, de acordo com o procedimento padrão, antes de começar a trabalhar com cientistas chineses, disse Mike Ryan, chefe do Programa de Emergências da OMS.

Artigo: Um novo líder no Agreste

 

Por Alberes Xavier

Eleito contra a lógica do sistema, enfrentando estruturas milionárias com uma campanha modesta e praticamente sem dinheiro, Fernando Rodolfo foi a grande surpresa das eleições de 2018. Conseguiu chegar à Câmara dos Deputados em Brasília sem ter o apoio político sequer de um vereador e mesmo assim, foi votado em 165 municípios nos quatro cantos de Pernambuco. Por pouco não foi majoritário em Caruaru, o maior colégio eleitoral do interior e quase foi o mais votado em Garanhuns, a maior cidade do agreste meridional. Mas essa vitória não foi um tiro no escuro ou um acaso. Fernando Rodolfo teve a percepção do momento. Sua história de vida virou discurso, sua garra na campanha fez renascer a esperança de quem teve oportunidade de ouvi-lo. Como disse no início, Fernando Rodolfo, deu um nó na cabeça de muitos caciques da política pernambucana que até hoje não conseguiram desatar.

Estreante na Câmara dos Deputados, aprendeu rápido a conviver do outro lado do balcão. É vice-líder de uma bancada de 42 deputados, de cara foi eleito pelos pares como vice-presidente da comissão de segurança pública, uma das mais importantes da Câmara. Por sua habilidade nas negociações internas, ganhou a disputa por uma relatoria de uma medida provisória relacionada ao INSS, que virou capa de um dos maiores jornais do Brasil: o Globo. Na esplanada dos ministérios, transita como um veterano. Tem ministros de estado na sua lista de amigos e o resultado disso todos nós estamos acompanhando pelas suas redes sociais. Hoje é o único deputado federal de Pernambuco que divulga suas ações todas as semanas e nitidamente vem agradando os seus eleitores que manifestam orgulho nos comentários das postagens.

Trabalha bem em Brasília e no estado, onde durante todo o ano de 2019 foi discreto na construção de uma base eleitoral sólida que reúne aliados do litoral ao sertão. No seu gabinete em Brasília e em Caruaru, é grande o entra e sai de lideranças políticas querendo marcar uma audiência com o jovem deputado. Por falar em Caruaru, decidiu se aliar à prefeita Raquel Lyra, que trabalhou muito para tê-lo em seu palanque nas eleições desse ano e pra isso contou com a ajuda do presidente nacional do seu partido, Bruno Araújo ( com quem Fernando mantém boa relação) e com o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira (de quem Fernando é aliado fiel).

Fernando Rodolfo tem sido parceiro da prefeita e já anunciou a destinação de verbas para a prefeitura nesse momento da pandemia, além de ter garantido investimentos na agricultura. Exemplo disso foi a aquisição de uma máquina Patrol para trabalhar nas estradas do município e que deverá ser entregue nos próximos dias. Noutra ponta, Fernando montou uma chapa competitiva para a disputa por vagas na Câmara de Vereadores, com a possibilidade de eleger de dois a três parlamentares esse ano.

Em Garanhuns, Fernando atuou muito nos bastidores e conseguiu assegurar a pré-candidatura do ex-prefeito Silvino Duarte, que agora conta com o apoio do atual prefeito Izaías Régis. Sua ligeira e inteligente articulação fez do seu aliado um dos favoritos para vencer a eleição de novembro.

Paralelamente ao trabalho político, Fernando Rodolfo mantém viva a sua excelente performance na televisão todos os sábados na TV Nova Nordeste, onde apresenta o programa “A Hora da Verdade”, bastante assistido pelas comunidades em Caruaru, Garanhuns, Recife e na região metropolitana. Fernando Rodolfo tem se mostrado um líder nato. Transformou seu mandato num instrumento de defesa dos mais vulneráveis, da educação, da anticorrupção, das causas municipalistas e da saúde. Neste caso, convém lembrar que é o único federal de Pernambuco que faz fiscalização nos hospitais para verificar a aplicação dos recursos públicos e o atendimento aos pacientes e nas escolas, para averiguar a qualidade da merenda escolar fornecida aos alunos.

Por todas essas pontuações, é possível afirmar que o agreste está assistindo a consolidação de um novo líder político. Um jovem deputado federal que parece não conhecer o cansaço, que é bem intencionado no seu mandato e que se continuar nesse pique, certamente, chegará em 2022 fortalecido e terá uma reeleição sem dificuldades.

MEC divulga hoje resultado do Sisu do segundo semestre deste ano

resultado do Sisu, educação. MEC

O Ministério da Educação (MEC) divulga hoje (14) o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2020. Para saber se conseguiu ou não a vaga desejada, o candidato deve acessar o site oficial do Sisu, informando o número de inscrição e a senha. O período para matrícula da chamada regular será de 16 a 21 de julho.

Ao todo, mais de 814 mil inscrições foram feitas. Segundo o MEC, mais da metade desses estudantes – 424.991 mil – disputam 51.924 mil vagas ofertadas em 57 instituições públicas de educação superior do país.

Pela primeira vez, o Sisu oferece vagas na modalidade ensino a distância (EaD). Além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, os candidatos não podem ter zerado a redação. Quem fez o exame na condição de treineiro não pode participar.

De acordo com o edital do programa, a ordem dos critérios para a classificação de candidatos é a seguinte: maior nota na redação, maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias; maior nota na prova de matemática e suas tecnologias; maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias e maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias.

Lista de espera
Quem não for selecionado nesta primeira chamada, deverá manifestar o interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre hoje e 21 de julho.

A partir daí, a convocação começa a ser feita no dia 24 de julho pelas instituições para preenchimento das vagas em lista de espera. Os selecionados devem observar prazos, procedimentos e documentos exigidos para matrícula ou para registro acadêmico, estabelecidos em edital próprio da instituição, inclusive horários e locais de atendimento por ela definidos.

Com quase 50 casos confirmados, ebola se espalha no Oeste do Congo

Trabalhadores da saúde são dedetizados após visitarem centro de isolamento de doentes de ebola no hospital de Bikoro, Congo. REUTERS/Jean Robert N

O ebola está se espalhando no oeste da República Democrática do Congo e já soma quase 50 casos conhecidos em uma vasta região que faz fronteira com a República do Congo e a República Centro-Africana, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (13).

Desde que as autoridades anunciaram o surto no dia 1º de junho, 48 casos foram confirmados na província de Equateur e existem mais três casos prováveis, além de um total de 20 mortes, disse o maior especialistas em emergências da OMS, Mike Ryan.

“Este ainda é um surto muito ativo, e eu diria que ainda é uma grande preocupação”, disse Ryan em entrevista coletiva.

A província inclui parte do Rio Congo, disse ele, acrescentando que se trata de uma área geográfica ampla, onde as comunidades estão ligadas e as pessoas viajam grandes distâncias.

“Eu alertaria qualquer um que, embora os números do ebola sejam baixos, na era da covid-19 é muito importante não desviarmos os olhos dessas doenças emergentes. Vimos no Kivu do Norte e em surtos anteriores de ebola que eles podem sair de controle muito facilmente.”

Ryan se referia a outro surto de ebola nas províncias de Ituri e Kivu do Norte, no leste do Congo, que foi considerado encerrado no mês passado. Aquela epidemia, a segunda maior já registrada, provocou 3.463 casos confirmados e prováveis e 2.277 mortes ao longo de dois anos.

Estudantes estrangeiros são barrados nos EUA devido a regras de vistos

Um painel na Universidade de Harvard

Estudantes estrangeiros já foram impedidos de ingressar nos Estados Unidos (EUA), devido às novas regras do governo Donald Trump que barram a entrada de alunos no país se as respectivas instituições de ensino realizarem aulas exclusivamente online durante a pandemia do novo coronavírus.

Um documento, assinado por dezenas de universidades e faculdades, foi apresentado em apoio a uma ação civil da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que tenta derrubar as novas regras de imigração estabelecidas no dia 6 de julho, que pegaram instituições acadêmicas de todo o país de surpresa.

O texto afirma que as autoridades imigratórias “já estão impedindo que estudantes em retorno voltem a entrar no país” e citou o caso de um aluno da Universidade DePaul, que voltava da Coreia do Sul e foi barrado no Aeroporto Internacional de San Francisco.

A Universidade DePaul não quis liberar o aluno para conceder entrevista. Um porta-voz da Agência de Proteção da Alfândega e da Fronteira dos EUA não comentou sobre os estudantes cujo ingresso está sendo negado em respeito às novas regras.

O comunicado foi somente um de uma série de documentos apresentados por várias associações comerciais, sindicatos trabalhistas e empresas de tecnologia, como Google, Microsoft, Facebook e Twitter, para apoiar a ação civil. Eles foram seguidos por mais de duas dúzias de cidades grandes e pequenas e condados que repudiaram a medida.

Há mais de 1 milhão de estudantes estrangeiros em universidades e faculdades dos EUA, e muitas escolas dependem da renda deles, que muitas vezes pagam mensalidades integrais.

Governo vai enviar PL com penas mais rígidas para violência sexual

Apresentação do Plano de Contingência para Crianças e Adolescentes e 30 Anos do ECA

O governo vai enviar um projeto de lei (PL) que prevê o endurecimento de pena para sacerdotes que cometem violência sexual, especialmente contra crianças e adolescentes. O anúncio foi feito durante cerimônia, no Palácio do Planalto, para marcar os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ocorrida na tarde desta segunda-feira (13). De acordo com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, o objetivo é impedir a prescrição de crimes cometidos por religiosos.

“No Brasil, alguns abusadores de criança escapavam da punição porque quando chegavam aos 70 anos de idade, como é esse emblemático caso do João de Deus, que abusou não só de mulheres, mas também de adolescentes, a eles era garantida a prescrição [do crime]. Esse PL eleva a idade para 80 anos. Esse PL vem agora aumentar a pena quando o crime sexual contra a criança for cometido por pessoas que abusam da confiança, especialmente se for cometido por um ministro de confissão religiosa. Vamos agora dizer para eles que acabou. O PL está sendo enviado hoje ao Congresso Nacional”, afirmou a ministra, que pediu celeridade na apreciação da matéria. Os detalhes da proposta ainda não foram informados pelo governo.

Segundo Damares, o projeto de lei foi concebido por integrantes da força-tarefa do Ministério Público do estado de Goiás (MP-GO) que investigaram justamente os crimes de abuso sexual cometidos pelo médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, denunciados por centenas de mulheres, e que chegou a levar o líder religioso à prisão. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar, mas foi condenado a quase 60 anos de prisão em dois dos processos que ele responde.

Além do PL, a ministra anunciou a criação de um canal de denúncias exclusivo para médicos, no âmbito do Disque 100 (Disque Direitos Humanos), para que eles possam denunciar, inclusive de forma anônima, situações de violência, especialmente contra mulheres, crianças e adolescentes, no contexto da pandemia.

“Uma casa que virou mundo”: olhar de criança sobre a quarentena inspira livro infantil

Escrito e ilustrado por Bruna Lubambo e publicado pela editora Aletria, “Dentro de Casa” também tem versão e-pub com trilha sonora de Zé Henrique Soares, músico da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

“Escrevi esse livro porque como mãe me sentia triste por não poder deixar meu menino brincar na rua, na terra, com os coleguinhas por causa da quarentena. Mas descobri que ele via tudo muito diferente e nossa casa acabou virando um mundo”, explica Bruna Lubambo, autora do livro “Dentro de Casa”, que será lançado no dia 11 de julho, pela Editora Aletria. A obra nos apresenta o olhar sensível de criança sobre a experiência do isolamento social na pandemia, a partir da história de um menino que viu sua casa abrigar lagoas, montanhas, pomares e muitas aventuras.

O livro foi produzido como o título diz: dentro de casa. Isso porque, além de escrever a história, Bruna também ilustrou a obra ali mesmo na sala de casa, utilizando tinta acrílica e giz. Ela mora com o marido e o filho em Belo Horizonte e foi nesse mesmo espaço que a obra também ganhou trilha sonora para a versão do e-pub.

A criação é do marido de Bruna, o músico Zé Henrique Soares, que faz parte da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Em um quarto-estúdio ele gravou a trilha com instrumentos como marimba, caixa clara, tom-tom, vibrafone, chocalhos e apitos.

O menino protagonista de “Dentro de Casa” conquista o leitor ao contar sua própria história sobre uma “coisa muita estranha” que aconteceu em sua casa. Ele nos convida a passear pelos cômodos e, junto com ele, passamos a ver lagoa no lugar do banheiro, montanha onde era quarto e um grande pomar na cozinha.

Bruna destaca que a ideia do livro não é dizer aos pais que eles precisam “transformar a quarentena numa grande aventura dentro de casa”. É uma obra sobre a generosidade das crianças com as pequenas coisas. “Elas olham de perto, param por um instante, desmontam, inventam e escutam. O tamanho das coisas vem da intimidade que temos com elas, já diria Manoel de Barros. É como acontece com o amor. Mas a verdade é que quem costuma fazer isso são as crianças e nós somos convidados a acompanhá-las”, afirma.

A editora da Aletria, Rosana de Mont’Alverne, afirma que a obra é uma oportunidade para um respiro mais esperançoso em meio a um cenário tão conturbado e um convite à imaginação e à criatividade. “Dentro de Casa é sobre o olhar de uma criança, mas que também pode ser o nosso: é possível enxergar novas formas de viver mesmo quando as portas estão bem fechadas”, diz.

O livro será lançado online em uma série de eventos, como entrevistas e oficinas, que começam no dia 9 de julho, nas redes sociais da Editora Aletria. O lançamento oficial será no dia 11 de julho no perfil de Instagram da contadora de histórias @marianebigio.

Serviço

Livro: Dentro de Casa
Editora: Aletria
Autora: Bruna Lubambo
Trilha Sonora: Zé Henrique Soares
Animação: Luiz Máximo
Lançamento: 11 de julho nos perfis de Instagram da contadora de histórias @marianebigio e da @aletriaeditora.