Receita paga nesta sexta-feira as restituições do 1º lote do IRPF 2020

A Receita Federal paga nesta sexta-feira (29) as restituições do primeiro lote do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) 2020. Estão sendo depositados R$ 2 bilhões para 901.077 contribuintes. O primeiro lote contempla contribuintes com prioridade legal, sendo 133.171 idosos acima de 80 anos, 710.275 contribuintes entre 60 e 79 anos e 57.631 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

Neste ano, o cronograma de restituições foi antecipado para maio e a quantidade de lotes reduzidos de sete para cinco. A antecipação é uma iniciativa da Receita Federal para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. O último lote tem pagamento previsto para 30 de setembro. No ano passado, as restituições começaram no dia 17 de junho e se estenderam até 16 de dezembro.

Outra mudança feita pela Receita Federal foi no dia em que a restituição é depositada na conta do contribuinte. Normalmente o crédito bancário ocorria no dia 15 de cada mês. Neste ano, o pagamento da restituição será realizado no último dia útil do mês.

Como consultar
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza também um aplicativo para tablets e smartphones que facilita a consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com o aplicativo é possível consultar, diretamente nas bases de dados da Receita Federal, informações sobre liberação das restituições do Imposto de Renda e a situação cadastral.

A restituição fica disponível no banco durante um ano. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento da Receita por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Agência Brasil

‘Se Brasil parar por duas semanas, é possível evitar as 125 mil mortes’, diz especialista

Ali Mokdad dirige parte das projeções feitas pelo IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington utilizado pela Casa Branca como um dos principais modelos para monitorar Covid-19.

Desde o meio de maio, Mokdad e sua equipe acompanham o avanço da pandemia no Brasil e suas conclusões são bastantes sombrias. Na segunda-feira (25), o instituto atualizou para cima a expectativa de mortes pela doença no país: de 88 mil para mais de 125 mil óbitos previstos até agosto.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Mokdad diz que a tendência de casos e mortes no país é de alta e que a situação pode ser ainda pior se governo e população não levarem a crise a sério e adotarem “lockdown” por duas semanas.

“As infeções e mortes vão crescer e, o mais assustador, haverá a sobrecarga total do sistema de saúde.” Caso cumpra o confinamento total por 14 dias, explica Mokdad, o Brasil conseguirá controlar a propagação do vírus e poderá fazer a reabertura das atividades econômicas de maneira estratégica -e até mais rapidamente.

Especialista em saúde pública, diz sofrer críticas por ter um modelo que varia bastante, mas, no caso da pandemia, prefere que suas projeções se ajustem com o tempo. “Se os brasileiros ficarem em casa por duas semanas, meus números vão baixar. E não porque fiz algo errado, mas porque os brasileiros fizeram algo certo.”

PERGUNTA – Qual a situação da pandemia no Brasil?
ALI MOKDAD – Infelizmente o que vemos no Brasil é uma tendência de aumento de casos, que vai resultar no crescimento das mortes no país. Isso se dá por várias razões. Primeiro porque o país não entrou em “lockdown” cedo para impedir a propagação do vírus. O governo e a população brasileira não levaram isso a sério e não fizeram logo as coisas certas para impedir a transmissão do vírus.

Segundo, há muita disparidade no Brasil e a Covid-19 aumenta isso. Nesse caso, é preciso proteger não só os trabalhadores de saúde mas os trabalhadores de serviços essenciais, pessoas pobres que trabalham em funções que as obrigam a sair de casa. Elas não estão protegidas e estão morrendo. A terceira e mais importante preocupação é a sobrecarga do sistema de saúde. Se o país não agir, vai haver mais casos no inverno e não haverá tempo para se preparar. É perigoso e arriscado. Se você colocar tudo isso junto, o Brasil ainda vai enfrentar sérias dificuldades diante da Covid-19.

P. – Em duas semanas, o IHME aumentou as projeções de morte no Brasil de 88 mil para mais de 125 mil até agosto. O que aconteceu?
AM – Adicionamos mais estados [de 11 para 19] na nossa projeção, isso é uma coisa. Mas estamos vendo no Brasil mais surtos e casos do que esperávamos. O país está testando mais e encontrando mais casos, mas, mesmo quando ajustamos para os testes, há uma tendência de alta.

No Brasil há também um erro de suposição quando falamos de circulação. Os dados [de mobilidade da população] são baseados no Facebook e no Google, ou seja, em smartphones, ou seja, em pessoas mais ricas. Percebemos que a circulação não parou nas favelas, por exemplo, em lugares onde pessoas mais pobres precisam sair para trabalhar. Se as pessoas se recusarem a levar isso a sério, infelizmente vamos ver mais casos e mortes.

P. – Quais medidas precisam ser tomadas?
AM – Fechar escolas e universidades, impedir grandes aglomerações e encontros de pessoas, fechar os estabelecimentos não essenciais, igrejas, templos e locais religiosos. Nos locais essenciais, como mercados e farmácias, é preciso estabelecer regras, limitando o número de pessoas dentro, garantindo que elas se mantenham distantes umas das outras.

A última e mais importante coisa é pedir para quem precisa sair de casa -e sabemos que há quem precise- usar máscara e manter distância de 2 metros de outras pessoas. Para o sistema de saúde, é aumentar a capacidade de tratamento, de detectar cedo a chegada de um surto, fazendo rastreamento e o isolamento de casos, o que é um desafio para o Brasil, onde muitas vezes dez pessoas vivem em uma mesma casa.

P. – Se o Brasil não cumprir essas medidas, qual é o pior cenário para o país?
AM – As infeções e mortes vão crescer e, a parte mais assustadora, haverá a sobrecarga total do sistema de saúde. Isso vai causar mais prejuízo à economia do que se fizer o isolamento por duas semanas. Se a população ficar em casa e levar isso a sério por duas semanas, registraremos diminuição da propagação do vírus e poderemos reabrir em fases. É preciso garantir que a retomada econômica seja feita de maneira estratégica, por setores.

P. – É possível evitar o pico de 1.500 mortes diárias em julho e as 125 mil mortes até agosto se o país parar agora?
AM – Sim. O Brasil está em uma situação muito difícil e pode ser assim por muito tempo, mas ainda há esperança. Se o governo e a população pararem por duas semanas, podemos parar a circulação do vírus e reabrir o comércio. Se você olhar para estados americanos, como Nova York, depois que há o “lockdown”, as mortes e os casos diminuem. O “lockdown” salvou muitas vidas nos EUA. Fizemos as projeções para o Brasil de 125 mil mortes até 4 de agosto, mas não significa que vai acontecer, podemos parar isso. É preciso que cada brasileiro faça sua parte.

P. – O presidente Jair Bolsonaro é contra medidas de distanciamento social, compara a Covid-19 com uma gripezinha e defende um medicamento com eficácia não comprovada contra a doença. Como essa postura pode impactar a situação do Brasil?
AM – Aqui nos EUA temos também uma situação política nesse sentido, infelizmente. Não sou político, vejo os números e dou conselhos a partir do que concluo deles. Pelos dados, o Brasil precisa de uma ação coordenada, caso contrário, vamos ter muitas perdas.

Mas precisamos ter uma coisa clara: Covid-19 não é uma gripe, causa mais mortalidade que gripe, a gripe não causa AVC e nem ataca os pulmões da maneira que a Covid-19 ataca. Contra Covid-19 não há medicamento e ponto final. Não tem vacina. Não é possível comparar Covid-19 e gripe. Fazer isso é passar mensagem errada. Dizer para a população que é possível sair e ver quem pega a doença é inaceitável, é falha de liderança.

P. – Como ganhar a confiança dos governos e da população com projeções que variam tanto e com tanta gente trabalhando com dados sobre o tema?
AM – Há muita gente fazendo projeção mas, pela primeira vez na história da ciência, todos concordamos. Os números podem ser diferentes, mas a mensagem mais importante é a mesma: isso é um vírus letal e temos que levá-lo a sério. Meus números mudam porque as pessoas mudam. Se os brasileiros ficarem em casa por duas semanas, meus números vão baixar. E não porque fiz algo errado, mas porque os brasileiros fizeram algo certo. Aprendemos que o modelo muda se novos dados aparecem.

P. – O sr. já foi acusado de ser alarmista ou de produzir notícias falsas quando seus números mudam?
AM – Acusado é demais, mas tem gente que fala que meus números são mais altos ou mais baixos do que deveriam ser, e isso eu nem resposto, porque não é um debate científico, é um debate político. No debate científico está todo mundo a bordo com a mesma mensagem.

P. – Trump parece ter sido convencido da gravidade da pandemia em parte baseado nos seus números. Foi isso mesmo?
AM – Sim. Nos EUA e também na Inglaterra nossos números mudaram a postura do governante. Claro que lá o primeiro-ministro [Boris Johnson] pegou Covid-19 ele mesmo.

P. – Como é trabalhar tendo isso em vista, com números tão sensíveis e poderosos?
AM – A gente não dorme muito por esses dias, é muito trabalho. É muito difícil dizer que 125 mil pessoas vão morrer no Brasil até agosto. Isso não é um número, são famílias, amigos, é muito duro.

Folhapress

Investigado por desvios na saúde, ex-secretário deixa o governo Witzel

O governo do estado do Rio confirmou agora à noite que Edmar Santos pediu exoneração ao governador Wilson Witzel do cargo de secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19. Santos foi nomeado após deixar o cargo de secretário de Estado da Saúde e era investigado por desvios na construção de hospitais de campanha e na compra de respiradores para equipar as unidades de saúde. Com a decisão, Santos perde o foro privilegiado.

Como secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19, Santos era responsável por gerir o conselho de notáveis, formado por especialistas e professores universitários e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que discutiam as ações de combate à pandemia no estado.

Na quarta (27), por decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, a juíza Regina Chuquer determinou o afastamento de Edmar Santos do cargo de secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19.

Na decisão, a juíza disse que apesar de responsabilidade e livre escolha do governador na nomeação de membros do secretariado, “essa discricionariedade não é um cheque em branco”. Segundo Regina, a nomeação de Edmar Santos após as denúncias de corrupção dentro da secretaria não cumprem os princípios constitucionais de moralidade e probidade administrativas.

O governo do estado informou ontem que cumpriria a determinação da Justiça, mas que recorreria da decisão.

Agência Brasil

PIB do Brasil cai 1,5% no 1º trimestre, início da pandemia, segundo IBGE

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE. Essa é a maior queda desde a retração de 2,1% no segundo trimestre de 2015. Em relação ao mesmo período de 2019, o PIB caiu 0,3%. No acumulado em 12 meses, houve expansão de 0,9%. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam retração de 1,5% na comparação com o trimestre anterior e -0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O período foi marcado pelo início das medidas de distanciamento social no país, adotadas a partir da última quinzena do trimestre. Antes disso, a pandemia já impactava outros países, com reflexos também sobre a economia brasileira. Entre as principais economias mundiais, a China foi a que registrou a maior queda no PIB trimestral, de 9,8%. O país asiático foi o primeiro foco do coronavírus. Na Zona do Euro, segundo foco da crise internacional, houve retração de 3,3%. Até mesmo a Suécia, país que não adotou o isolamento, viu o PIB encolher no período (-0,3%).

Países nos quais a circulação do vírus começou mais tarde, como o Brasil, foram menos atingidos economicamente. Nos EUA, o PIB recuou 1,2% no trimestre. Segundo dados compilados pela OCDE, entre as 50 economias mais relevante, apenas duas registraram crescimento no trimestre. A Finlândia cresceu apenas 0,1%. O Chile avançou 3% no período, mas o resultado desse último se deve à base de comparação, pois a economia chilena teve o pior desempenho para o quarto trimestre de 2019 entre os países selecionados.

O PIB é uma medida da produção de bens e serviços do país em um determinado período, e o seu aumento é utilizado como sinônimo de crescimento da economia.
O Brasil vem de um período de três anos de fraco crescimento econômico. A expectativa dos analistas é que, no segundo trimestre deste ano, marcado por dois meses quase completos de isolamento social na maior parte do país, a economia apresente retração ainda maior.

De acordo com análise publicada pelo economista Marcel Balassiano, da área de Economia Aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), 82% dos países acompanhados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) devem apresentar desempenho melhor da economia do que o Brasil no biênio 2020/2021. Segundo a Economist Intelligence Unit, o Brasil deve ser a economia mais afetada pela Covid-19 em uma amostra de 19 países, quando se compara a previsão para o PIB em 2020 antes e depois da pandemia.

Folhapress

Vereador Ítalo Henrique solicita reabertura de óticas em Caruaru

O vereador Ítalo Henrique, defendeu a reabertura das óticas na cidade de Caruaru. O pedido dele à prefeita de Raquel Lyra, é que ela inclua o serviço como essencial. O pronunciamento aconteceu durante Sessão Ordinária desta quinta-feira (28), por vídeo conferência.

O parlamentar defende que o serviço seja tido como essencial. Por se tratar de saúde, também, séria importante que a população que precisa voltasse a ter acesso.

“Devem serem tomadas as devidas preucações e cuidados necessários para que o atendimento não levem riscos aos usuários. Fazendo isso, não teria nenhum problema em reabrir”, afirma.

Ítalo Henrique também explica que o que levou a fazer este pedido. “Venho recebendo pedidos de pessoas que estão precisando comprar seus óculos e lentes e, infelizmente, não está tendo acesso. Espero que, em breve, mais este serviço possa atender as demandas da população”, finalizou.

Senado aprova projeto que cria linha de crédito para profissionais liberais

Por unanimidade, o Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (28) o projeto que concede uma linha de crédito para profissionais liberais autônomos durante o estado de calamidade pública (PL 2424/2020). O projeto segue para análise da Câmara dos Deputados.

Profissionais liberais são pessoas físicas que exercem, por conta própria, atividade econômica com fins lucrativos. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), há 10 milhões de profissionais dessa categoria no Brasil.

Por acordo com o governo, o relator, senador Omar Aziz (PSD-AM), incluiu a nova linha de crédito na legislação de apoio aos pequenos negócios recentemente aprovada – o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Com essa alteração, a linha de crédito voltada a profissionais liberais poderá contar com a garantia da União, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Na prática, os bancos que aderirem ao programa emprestarão os recursos e o governo entrará com a garantia da operação.

O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), reconheceu que há dificuldade para que os recursos cheguem aos pequenos e médios empreendedores brasileiros. “O governo quer aplicar o funding que ele já disponibilizou para que esse dinheiro possa chegar na ponta”, disse.

O líder afirmou que o governo se compromete a fazer a suplementação necessária ao Pronampe. Há dois dias, foi editada uma medida provisória (MP 972/2020) para destinar R$ 15,9 bilhões ao fundo.

Condições

Os profissionais liberais poderão contratar operações de crédito garantidas pelo Pronampe com taxa de juros anual máxima igual à taxa Selic, acrescida de 5%. O prazo para pagamento será de até 36 meses, dos quais até 8 poderão ser de carência. O valor das operações ficará limitado a 50% do total anual do rendimento do trabalho, no limite máximo de R$ 100 mil reais.

Não terão acesso à linha de crédito aqueles profissionais liberais que tenham participação societária em pessoa jurídica ou que possuam vínculo empregatício de qualquer natureza.

O autor do projeto, Eduardo Girão (Podemos-CE), destacou a situação de vulnerabilidade dos profissionais liberais, que não têm salários fixos e que, com a paralisação da economia, ficam muitas vezes incapazes de exercer suas atividades.

Girão destacou os profissionais ligados à área de saúde, como os dentistas e os nutricionistas, que tiveram seus trabalhos interrompidos ou estão dentro de um grupo de risco.

Caruaru Shopping aberto com tês operações : Big Bompreço, Lojas Americanas e Caixa

O Caruaru Shopping, nesta época de pandemia devido ao coronavírus, está com apenas algumas operações funcionando. São elas: Big Bompreço, Lojas Americanas e agência da Caixa Econômica Federal.

O Big Bompreço está aberto todos os dias, das 8h às 20h. A Lojas Americanas funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Já a Caixa recebe os clientes de segunda a sexta, das 9h às 14h.

“A entrada para quem deseja utilizar um desses serviços é diferenciada. Para ter acesso ao Big Bompreço, o centro e compras e convivência disponibiliza dois acessos exclusivos. Um é pelo corredor da entrada social próxima a academia e o outro acesso é pela lateral do hipermercado.Dispondo também de hig contam com entradas identificadas na parte posterior do shopping. Em caso de dúvidas o shopping dispõe de seguranças e porteiros próximo as estes espaços para orientar os clientes. “, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Dólar fecha em alta e aproxima-se de R$ 5,40 após seis dias de queda

Dolar-Moeda estrangeira

Depois de seis sessões seguidas de queda, o dólar voltou a subir e aproximou-se de R$ 5,40. A bolsa de valores encerrou em baixa depois de ter fechado no maior nível em quase três meses ontem.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (28) vendido a R$ 5,386, com alta de R$ 0,103 (1,95%). A moeda chegou a ser vendida pouco acima de R$ 5,30, mas acelerou durante a tarde até fechar na máxima do dia. A moeda norte-americana acumula valorização de 34,28% em 2020.

O euro comercial fechou o dia vendido a R$ 5,968, com alta de 2,79%. A libra comercial subiu 2,94% e terminou a sessão vendida a R$ 6,658.

O Banco Central (BC) interveio pouco no mercado hoje. A autoridade monetária ofertou até US$ 620 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – venda de dólares no mercado futuro – que venceriam em julho.

Bolsa de valores
No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O Ibovespa, índice da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou o dia aos 86.949 pontos, com queda de 1,13%. A bolsa operou perto da estabilidade durante boa parte do dia, mas passou a cair perto do fim das negociações.

O Ibovespa foi influenciado pelo mercado norte-americano. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou a quinta-feira com recuo de 0,58%. Além do escalonamento das tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a China, o mercado refletiu a divulgação de que a maior economia do planeta encolheu 5% no primeiro trimestre, em taxas anualizadas (quando a variação de um trimestre é projetada para os 12 meses anteriores).

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença.

No Brasil, o mercado refletiu as tensões políticas internas e a divulgação de indicadores econômicos que mostram o impacto da crise. A taxa de desemprego subiu para 12,6% no trimestre entre fevereiro e abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quarentena em Bogotá continuará por mais duas semanas

A quarentena imposta na capital da Colômbia, Bogotá, por causa da pandemia do novo coronavírus continuará até o dia 15 de junho pelo menos, anunciou o prefeito da cidade nessa quinta-feira (28), enquanto outras partes do país iniciam a reabertura.

Bogotá foi uma das primeiras áreas do país andino a colocar em vigência medidas de lockdown, em março. A capital tem mais de 8 mil dos 24 mil casos de coronavírus no país.

A Colômbia inteira está de quarentena até domingo (31), embora milhares de empresas estejam reabrindo gradualmente com protocolos de segurança e equipes reduzidas.

“Concordamos com o Ministério da Saúde em seguir essas recomendações em Bogotá pelas próximas duas semanas”, disse a prefeita da capital, Claudia López, no Twitter.

A cidade, de 8 milhões de habitantes, vai continuar mantendo o isolamento, não levará adiante a reabertura de empresas, intensificará a supervisão em vendas de alimentos por atacado e aumentará os testes para o coronavírus em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde.

Mais detalhes serão anunciados em entrevista coletiva neste sábado (30), afirmou López. O ministério e o governo municipal vão reavaliar as medidas após o dia 15 de junho.

Dezenas de áreas de Bogotá com altas taxas de infecção já foram colocadas sob restrições especiais, que previnem que seus moradores façam exercícios físicos na rua, entre outras medidas.

França abrirá bares e praias em segunda fase de flexibilização

Pessoas em parque de Paris

A França permitirá a reabertura de restaurantes, bares e cafés a partir de 2 de junho, embora com restrições mais duras em Paris do que em outros lugares, disse o primeiro-ministro Edouard Philippe nessa quinta-feira (28), ao anunciar a próxima fase de flexibilização das restrições impostas devido ao novo coronavírus.

O governo também está suspendendo uma restrição nacional a viagens de mais de 100 quilômetros e reabrirá praias e parques a partir da próxima semana, enquanto tenta reativar a segunda maior economia da zona do euro antes da temporada de turismo de verão.

“A liberdade será a regra, proibições a exceção”, disse Philippe em discurso transmitido pela televisão.

Mais de 28.600 pessoas morreram em decorrência da covid-19 na França. Pelo oitavo dia consecutivo, o número de mortos aumentou em menos de 100.

A disseminação do vírus está diminuindo mais rapidamente do que se esperava, e Paris não é mais considerada uma “zona vermelha” da doença, disse Philippe. Mas o perigo ainda existe e não há espaço para complacência, acrescentou.

A região da grande Paris agora é uma zona “laranja”, o que significa que não está tão livre do vírus como quase todas as outras do país, que foram designadas como “verdes”, e o alívio das restrições será mais cauteloso.

Em todo o país, restaurantes, cafés e bares terão que garantir espaço mínimo de um metro entre as mesas e todos os funcionários devem usar máscaras. Nas zonas “laranja”, eles só poderão abrir áreas ao ar livre.

A França e seus vizinhos europeus vêm diminuindo progressivamente as restrições sem precedentes à vida públic, decretadas no mês passado. Eles querem retomar as economias prejudicadas, mas mantêm a preocupação com uma possível segunda onda de infecções.