Injustiça Climática e Racismo Ambiental: Quem Sofre Mais com as Crises Ambientais?

O racismo ambiental é uma realidade que se infiltra nas estruturas sociais e econômicas do Brasil, impactando de forma desproporcional populações vulneráveis. No Nordeste, essa questão assume contornos ainda mais dramáticos. Trata-se de um fenômeno em que comunidades historicamente marginalizadas – especialmente as negras, quilombolas e indígenas – sofrem com a falta de acesso a recursos básicos, infraestrutura precária e impactos ambientais que poderiam ser evitados ou mitigados.

O Nordeste brasileiro é, historicamente, uma das regiões mais afetadas pelas desigualdades estruturais do país. Além dos desafios econômicos, a região enfrenta secas prolongadas e a desertificação de áreas antes produtivas. O problema é que essas dificuldades não afetam todas as populações da mesma forma. Enquanto grandes centros urbanos do Sul e Sudeste recebem investimentos contínuos em saneamento, abastecimento de água e políticas de mitigação climática, comunidades do interior nordestino são frequentemente esquecidas.

A distribuição desigual dos impactos ambientais não é um acidente. Governos e empresas frequentemente tomam decisões que favorecem grupos economicamente privilegiados, enquanto comunidades vulneráveis sofrem com a degradação ambiental. Um exemplo claro é a expansão do agronegócio e a especulação imobiliária, que avançam sobre territórios tradicionais, expulsando populações que vivem da agricultura familiar e destruindo ecossistemas que garantiam sua sobrevivência.
O acesso à água ilustra de forma clara o racismo ambiental. Enquanto megaprojetos hídricos, como a transposição do Rio São Francisco, são amplamente divulgados como soluções para a seca, a realidade é que os benefícios desses projetos não chegam de forma equitativa. Grandes produtores agrícolas conseguem acesso privilegiado à irrigação, enquanto comunidades rurais e quilombolas continuam a depender de carros-pipa ou caminham quilômetros para obter água de baixa qualidade.
Os reservatórios construídos pelo poder público frequentemente abastecem setores industriais e cidades turísticas, enquanto pequenas comunidades continuam marginalizadas. Isso não é apenas um problema de infraestrutura; é uma escolha política que perpetua a desigualdade.

Outro aspecto do racismo ambiental está relacionado à destinação de resíduos e poluentes. Indústrias e usinas frequentemente se instalam em áreas periféricas, onde vivem populações mais pobres. Como resultado, essas comunidades enfrentam níveis alarmantes de contaminação do ar, da água e do solo, o que se reflete em maiores índices de doenças respiratórias e outras enfermidades associadas à exposição a substâncias tóxicas.

Além disso, projetos de energia eólica e solar, embora apresentados como sustentáveis, muitas vezes não consideram os impactos sobre as comunidades locais. Povos tradicionais são expulsos de suas terras sem consulta adequada, e os benefícios desses empreendimentos não são distribuídos de forma justa. O discurso da sustentabilidade, nesse contexto, serve como uma cortina de fumaça para a perpetuação de desigualdades históricas.

Enfrentar o racismo ambiental no Nordeste exige mudanças estruturais. Primeiro, é essencial garantir que políticas públicas sejam formuladas com participação ativa das comunidades afetadas. Projetos de infraestrutura e desenvolvimento devem respeitar o direito à terra e os modos de vida das populações tradicionais.

Além disso, é necessário fortalecer o acesso a recursos básicos, como saneamento, energia limpa e abastecimento de água, de forma equitativa. A justiça ambiental só será alcançada quando políticas de mitigação climática levarem em conta as desigualdades preexistentes e priorizarem aqueles que historicamente foram marginalizados.

O racismo ambiental não é um problema invisível – ele está presente nas decisões políticas, na distribuição de recursos e na forma como o desenvolvimento é conduzido. Para mudar essa realidade, é preciso reconhecer que a luta ambiental também é uma luta social e racial.

Marcelo Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, consultor técnico em sustentabilidade da Prefeitura Municipal de Caruaru, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife.

Nove em cada dez agressões contra mulher foram presenciadas por alguém

Violência contra a mulher, criança e adolescente. Violência doméstica. Foto: Freepick

Nove em cada dez agressões cometidas contra mulheres nos últimos 12 meses, o equivalente a 91,8%, foram testemunhadas por outras pessoas. A maioria (86,7%) pertencente ao círculo social ou à família da vítima.

Apesar disso, quase metade das vítimas (47,4%) decidiu não denunciar o caso nem procurar ajuda de instituições ou de pessoas próximas.

Os dados constam da 5ª edição do relatório Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, divulgada nesta segunda-feira (10). O levantamento foi realizado pelo Instituto Datafolha, solicitado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Em relação ao perfil de quem estava presente no momento das agressões, os pesquisadores constataram que 47,3% eram amigos ou conhecidos das vítimas, 27% eram filhos e 12,4% tinham outro grau de parentesco.

Assistir aos episódios de violência, conforme ressaltam os especialistas, é algo que pode ter efeitos duradouros na vida de alguém e que pode originar “distúrbios emocionais, cognitivos e comportamentais, além de contribuir para uma percepção da família como um ambiente inseguro e caótico”.

“As evidências científicas também sugerem que crianças que testemunham violência doméstica têm maior probabilidade de serem afetadas pela violência na vida adulta, seja como vítimas ou como agressoras”, aponta o relatório.

O levantamento cita ainda que estudos demonstram que testemunhar esse tipo de situação entre os pais pode ser pior do que ser a própria vítima.

Foram entrevistadas 2.007 pessoas com mais de 16 anos de idade, entre homens e mulheres, em 126 municípios. Os questionários foram aplicados de 10 a 14 de fevereiro deste ano.

Agressores

Além de aparecerem como testemunhas das agressões, familiares figuram como agressores em parcela significativa dos casos, o que evidencia que a violência é doméstica e intrafamiliar.

O principal autor das violências contra mulheres foi o cônjuge/companheiro/namorado/marido (40%) e ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (26,8%), o que já foi constatado em pesquisas anteriores do fórum. Pais e mães das vítimas foram os autores de 5,2% dos crimes, padrastos e madrastas de 4,1% deles e filhos e filhas, de 3% das ocorrências.

Violência dentro de casa

Outro aspecto frequente, também notado na pesquisa, diz respeito à preponderância da casa da vítima como local em que a violência é cometida (57%).

No período de análise, as mulheres que se tornaram alvo da violência de gênero sofreram, em média, mais de três tipos diferentes de agressões.

Em maior número, estão as ofensas verbais (31,4%), que abrangem insultos, humilhações e xingamentos. Tal porcentagem cresceu 8 pontos percentuais em relação a dados coletados em 2023.

A quantidade de mulheres atacadas com golpes, tapas, empurrões e chutes apresentou aumento expressivo, atingindo 16,9%, o maior patamar já registrado desde a primeira edição do relatório. Em números absolutos, significa que pelo menos 8,9 milhões de brasileiras sofreram agressão física no último ano.

Uma em cada dez mulheres sofreu abuso sexual e/ou foi forçada a manter relação sexual contra sua vontade (sem consentimento).

A violência sexual é apenas uma das cinco existentes, juntamente com a moral, a psicológica, a patrimonial e a física, e pode acontecer, inclusive, dentro do casamento, quando ocorre o estupro marital.

De acordo com o relatório, 37,5% das mulheres sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses, o que representa 21,4 milhões de brasileiras de 16 anos ou mais e é a “maior prevalência já identificada, desde 2017”.

O que fazer quando uma mulher sofre violência
Em casos de emergência e intervenção imediata, a recomendação é ligar para a Polícia Militar, por meio do 190.

Já Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) fornece diversas informações, como as referentes à aplicação da Lei Maria da Penha e serviços especializados de atendimento, que recebem denúncias de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

É possível fazer a ligação de qualquer parte do Brasil ou via Whatsapp (61) 9610-0180.

O relatório elenca ainda instituições que oferecem serviço de acolhimento a mulheres vítimas de violência.

Bolsonaro recorre de decisão que negou impedimento de Dino e Zanin

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu nesta segunda-feira (10) da decisão que negou os pedidos para declarar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e Cristiano Zanin impedidos para julgar a denúncia sobre a trama golpista.

No recurso, os advogados de Bolsonaro pedem que o caso seja julgado pelo plenário da Corte, colegiado formados pelos 11 ministros, entre os quais, André Mendonça e Nunes Marques, nomeados para a Corte durante o governo Bolsonaro.

No mês passado, o pedido para afastar Dino e Zanin do julgamento foi rejeitado pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que entendeu que as situações citadas pela defesa de Bolsonaro não são impedimentos legais contra a atuação dos ministros.

A defesa do ex-presidente alega que Flávio Dino entrou com uma queixa-crime contra Bolsonaro quando ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública nos primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No caso de Zanin, a defesa do ex-presidente diz que, antes de chegar à Corte, o ministro foi advogado da campanha de Lula e entrou com ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Julgamento

No mesmo recurso, a defesa de Bolsonaro pede que seja suscitada uma questão de ordem para que o plenário da Corte decida se deve julgar o caso.

As ações de impedimento foram direcionadas a Flávio Dino e Cristiano Zanin porque eles fazem parte da Primeira Turma do Supremo, colegiado que vai julgar a denúncia contra Bolsonaro.

A turma é composta pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.

Dieese: cesta básica fica mais cara em 14 capitais no mês de fevereiro

Supermercado

No mês de fevereiro, o custo médio da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais brasileiras que são analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apenas três capitais apresentaram queda no custo da cesta: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).

As maiores elevações observadas entre os meses de janeiro e fevereiro ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).

Entre os maiores vilões para o aumento no preço da cesta estão o café, que subiu em todas as capitais pesquisadas, o tomate e o quilo da carne bovina de primeira. No caso do café, as altas variaram entre 6,66%, na capital paulista, e 23,81%, em Florianópolis.

Cesta mais cara

A cesta básica mais cara do país no mês de fevereiro foi a de São Paulo, com custo médio de R$ 860,53. Em seguida, estão as cestas do Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Já nas regiões Norte e Nordeste do país, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).

O Dieese estimou que o salário-mínimo em fevereiro deveria ser de R$ 7.229,32 ou 4,76 vezes o mínimo atual de R$ 1.518,00. O cálculo foi feito com base na cesta mais cara, que, no mês passado foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Gleisi Hoffmann cita isenção do IR como prioridade da agenda política

Brasília (DF), 10/03/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (c), posa para foto após  cerimônia de transmissões de cargos e posses, da ministra da secretaria de relações institucionais, Gleisi Hoffman (d) e ministro da saúde, Alexandre Padilha (e).
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Ao assumir o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI), Gleisi Hoffmann destacou a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil como agenda legislativa prioritária do governo este ano.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (10), em concorrida cerimônia no Palácio do Planalto. Gleisi Hoffmann assumiu a pasta, no lugar de Alexandre Padilha, que foi deslocado para o Ministério da Saúde, e que também tomou posse no mesmo evento, sucedendo a Nísia Trindade, que deixou o governo.

“Nosso trabalho conjunto deve se refletir na consolidação de uma base de apoio estável, já a partir da votação do Orçamento de 2025, para avançarmos na agenda legislativa, essencial e urgente este ano para o povo brasileiro. Desta agenda, quero destacar, por seu sentido transformador, a isenção do Imposto de Renda para os que recebem até R$ 5 mil. Uma questão de justiça”, afirmou a ministra.

“Hoje, presidente [Luiz Inácio Lula da Silva], uma professora que ganha R$ 5 mil paga 27,5% de Imposto de Renda, enquanto cerca de 150 mil pessoas, que ganham muito, pagam menos de 10% de imposto. Essa medida vai ajudar milhões de brasileiros e brasileiras”, acrescentou.

Articulação política

A SRI é a pasta responsável pela articulação política do governo no Congresso Nacional e também no diálogo interfederativo com estados e municípios.

“Chego para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir. Um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos. Chego para colaborar com todos ministros e ministras, que coordenam suas respectivas áreas, respeitando os espaços e competências de cada um e cada uma, sob a liderança do presidente Lula”, afirmou Gleisi Hoffmann.

A ministra também fez questão de citar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao falar sobre sua disposição de lutar pela pauta econômica do governo.

“Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política. Eu estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar na consolidação das pautas econômicas desse governo. As pautas que você conduz, e que estão colocando novamente o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda”, afirmou.

Quando era presidente do PT, cargo que deixou para assumir o ministério, Gleisi era crítica ao aumento de juros pelo Banco Central e às medidas de arrocho fiscal excessivo.

A ministra também agradeceu as presenças dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e dos líderes do governo e demais líderes partidários.

A cerimônia lotou o Salão Nobre do Palácio do Planalto, e muitas pessoas tiveram que acompanhar a posse do térreo e em outra ala do prédio. Houve grande presença de ministros, parlamentares e outras autoridades, e representantes de entidades da sociedade civil.

Perfil

Nascida em Curitiba,no Paraná, em 6 de setembro de 1965, Gleisi é formada em Direito e tem especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil e, em 1989, filiou-se ao PT. Foi secretária no governo de Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública na Prefeitura de Londrina (PR).

Em 2002, no primeiro governo Lula, assumiu a Diretoria Financeira de Itaipu Binacional. Entre 2008 e 2009, presidiu o diretório estadual do PT no Paraná e em 2010 foi eleita senadora pelo estado. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff convidou-a a assumir a chefia da Casa Civil da Presidência da República, função que desempenhou até fevereiro de 2014, quando, então, retornou para o Senado Federal.

Gleisi Hoffmann foi eleita, em 2017, para a presidência nacional do PT e, em 2018, para uma cadeira na Câmara dos Deputados, pelo Paraná. Em 2022, foi reeleita como deputada federal.

Março Lilás: Dra. Violeta Canejo reforça a importância da prevenção do câncer de colo do útero

Março é um mês de conscientização sobre o câncer de colo do útero, e a ginecologista e obstetra Dra. Violeta Canejo, de Caruaru, destaca a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce para salvar vidas. A campanha Março Lilás tem como objetivo sensibilizar mulheres sobre a doença, que é uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres no Brasil.

Segundo a Dra. Violeta, a principal forma de prevenção é a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), vírus responsável por aproximadamente 95% dos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). “A vacinação é essencial, assim como a realização periódica do exame de Papanicolau, que permite a detecção precoce de alterações nas células do colo do útero, prevenindo o desenvolvimento do câncer”, explica a especialista.

Dados do INCA indicam que, no Brasil, são diagnosticados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero por ano, resultando em aproximadamente 6 mil mortes anuais. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) ressalta que a maior parte desses casos poderia ser evitada com medidas preventivas simples e acessíveis. “A conscientização e a educação em saúde são ferramentas poderosas. Precisamos incentivar as mulheres a buscarem informação e assistência médica regularmente”, reforça Dra. Violeta.

Durante todo o mês, a médica promoverá ações informativas e palestras para orientar a população sobre a importância da prevenção, do autocuidado e da busca por atendimento ginecológico regular. “Nosso objetivo é garantir que cada vez mais mulheres tenham acesso à prevenção e ao tratamento adequado, reduzindo os índices da doença e promovendo a saúde feminina”, conclui.

O Março Lilás é um lembrete importante de que a informação salva vidas. A prevenção é o melhor caminho para um futuro mais saudável para todas as mulheres.

 

Quem são os atores de Caruaru, que integram o elenco do mega espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém -Pernambuco ?

Entre os 50 atores e 450 figurantes que formam o elenco da Paixão de Plínio Pacheco, estão nomes da cultura caruaruense bem conhecidos do público.

Vamos começar por um gigante que é Sebastião Alves, o maravilhoso Sebá, que passou a fazer parte do elenco em 1987, e em 2025 vai viver o Cego 1, Ancião 1 e Músico da Côrte do Rei Herodes.

São inúmeros trabalhos em teatro, cinema e televisão, e destaque para a sua participação na série Cidade Invisível da Netflix, além do seu Teatro Mamusebá. Ele também dirige a Companhia Pernas Pra Circular.

Rita Assis atriz de teatro e cinema, foi convidada para integrar o elenco por Robinson Pacheco, produtor e coordenador geral do espetáculo. Ela também atua como assistente de direção nas filmagens de captação de imagens para campanha publicitária do evento.

Na temporada 2025, vai interpretar a Mulher do Sermão, Dama da Côrte do Rei Herodes, Mulher da Lamentação e Transeunte.

O ator de teatro e cinema, e também jornalista Wagnner Sales, aportou nas muralhas de Jerusalém há mais de duas décadas e dá vida a quatro personagens; Demônio 4, Vendedor do Templo, Fariseu 3 e Homem da Côrte do Rei Herodes.

Sales ainda integra a equipe do CNF/ Grupo Asa Branca, que atua em parceria com a equipe dos Bastidores da Paixão. Ele é o jornalista principal dessa equipe que faz a cobertura completa do que acontece dentro e fora do teatro, antes e durante a temporada.

O premiado ator de teatro e cinema Severino Florêncio, é outro grande nome da nossa cultura, inclusive já fez temporada na Europa.

É o intérprete do Apóstolo Pedro, além de viver um Homem da Côrte de Herodes e Transeunte.

Florêncio além de ator , é diretor de teatro, e já foi presidente da Fundação de Cultura de Caruaru.

Com um talento maravilhoso, o ator Ednilson Leite também faz parte da história do maior teatro ao ar livre do mundo.

É assistente de direção do espetáculo sob a batuta do diretor artistico Lúcio Lombardi, além de viver o Bom Ladrão, Apóstolo Tomé e Homem da Côrte do Rei Herodes.

Outro grande ator de teatro e cinema é Lucas Neves que em 2006 passou a fazer parte do elenco , e em 2011 foi stand-in do Cristo.

Neves também atuou vários anos como ator no Rio de Janeiro.

Na temporada 2025, ele dará vida a Elias, Príncipe 2 e Homem da Côrte do Rei Herodes.

A temporada 2025, acontecerá de 12 a 20 de abril, e os ingressos já podem ser adquiridos no site novajerusalem.com.br

Em até 12 X nos cartões de crédito, com juros da operadora.

Abertura dos portões às 16h

Início dos espetáculos às 18h

Rodrigo Pinheiro reforça seu compromisso com Raquel Lyra em solenidade do PSD

O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), reafirmou seu compromisso com a governadora Raquel Lyra, que oficializou sua filiação ao PSD nesta segunda-feira (10). O evento, realizado no Recife, reuniu uma grande quantidade de lideranças políticas de todo Pernambuco, demonstrando a força da governadora no novo partido.

Presente na solenidade, Pinheiro destacou, mais uma vez, sua lealdade a Raquel e a importância da parceria para o desenvolvimento de Pernambuco. “Sou aliado da governadora e estarei ao seu lado onde ela estiver. Meu compromisso é com esse projeto que vem transformando nosso estado nos últimos dois anos”, disse o prefeito, que reafirmou que segue no PSDB.

No Agreste, governadora Raquel Lyra entrega PE-95 totalmente restaurada

Em mais uma entrega do programa PE na Estrada, a governadora Raquel Lyra inaugurou, nesta segunda-feira (10), a nova PE-95, no Agreste do Estado, após a conclusão das obras de restauração da rodovia. Com um investimento de cerca de R$ 54 milhões, a requalificação abrange uma extensão de 80,1 quilômetros, beneficiando cerca de meio milhão de pessoas e melhorando a mobilidade entre os municípios de Limoeiro, Passira, Cumaru, Riacho das Almas e Caruaru. O ato de entrega foi realizado na cidade de Limoeiro.

“Entregamos hoje a restauração da PE-95, que se soma ao conjunto de investimentos que a gente vem fazendo nas estradas de Pernambuco por meio do programa PE na Estrada. O que fizemos foi trabalhar, reunir um time bom, garantir investimentos junto ao governo federal, buscar empréstimos, organizar as nossas próprias contas e o que a gente colhe é a entrega de uma estrada que traz prosperidade para uma região inteira. O que queremos é fazer Pernambuco crescer sem deixar ninguém para trás, e para isso a infraestrutura é fundamental, porque aqui gira a economia, há o transporte da mercadoria da confecção, da agricultura, mas sobretudo há mais acesso à saúde, à segurança e à dignidade”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

A entrega da nova PE-95 representa um avanço significativo para a região, facilitando o escoamento de produtos agrícolas, além da produção industrial e têxtil local. Segundo o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra, a entrega reforça o compromisso do Governo de Pernambuco com a infraestrutura viária e o desenvolvimento regional.

“Dentro do programa PE na Estrada, lançado em outubro, havia a retomada dessa obra, uma obra que começou há mais de 12 anos e é muito importante para a região. Esta é uma obra de R$ 54 milhões, que hoje a gente entrega para os cidadãos e que vai permitir o acesso, redução de custo e uma melhor condição de vida para a população”, disse o secretário.

Para o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PE), Rivaldo Melo, a restauração da rodovia é fundamental para o desenvolvimento do Estado. “Esta é uma rodovia que traz mobilidade, traz economia para todas as pessoas que moram nessa região. Essa é uma rodovia fundamental para a ligação dos municípios do Agreste, porque ela tem mais de 80 quilômetros. Portanto, é um eixo transversal no estado de Pernambuco”, declarou.

Um dos beneficiados pela restauração da pista é o morador de Limoeiro José Luiz. Ele conta que a obra garante melhores condições de trafegabilidade, reduzindo riscos de acidentes e proporcionando mais segurança para os motoristas.

“Hoje a gente pode andar nessa via sem buracos, sem medo de acidente. Eu estou aqui representando as mais de 500 mil pessoas que estão sendo beneficiadas pela nova PE-95 e, de coração, quero agradecer ao Governo do Estado”, destacou José Luiz.

O programa PE na Estrada é a maior iniciativa de infraestrutura rodoviária da história de Pernambuco, com um investimento de R$ 5,1 bilhões na recuperação de diversas rodovias, com o objetivo de melhorar as condições de mobilidade em todo o Estado e impulsionar o desenvolvimento econômico das regiões atendidas.

“Este é um dia memorável, importante para Limoeiro e para região do Agreste Setentrional. Depois de quase duas décadas, recebemos a PE-95 requalificada, uma grande e importante obra estruturadora para a nossa região”, avaliou o prefeito de Limoeiro, Orlando Jorge.

Também presente na entrega, o deputado estadual Henrique Queiroz Filho ressaltou a importância do planejamento estadual na entrega das obras. “Mais uma entrega que o Governo de Pernambuco faz com responsabilidade, com determinação e com a organização de iniciar uma obra com o dinheiro em caixa, porque quem vai executar cada obra sabe que o dinheiro já está lá para para receber”, enfatizou.

*PROJETO DE LEI -* Durante a entrega da PE-95, a governadora Raquel Lyra também reafirmou seu compromisso com a saúde e o bem-estar das mulheres que lutam contra o câncer. Em resposta ao pedido do grupo Curadas para Curar, formado por mulheres que venceram o câncer e oferecem apoio a outros pacientes em Limoeiro, ela anunciou a intenção de enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa para ceder um prédio do Estado que servirá de sede da associação, oferecendo acolhimento e suporte psicológico aos pacientes e suas famílias. “Sabemos da importância da solidariedade, do cuidado psicológico, da atenção e do acolhimento às mulheres vítimas de câncer. Eu estou aqui combinando com o prefeito e com os deputados para encaminhar o projeto de lei da cessão do prédio para a Alepe”, destacou a governadora.

Também participaram da entrega os prefeitos Zé Luiz (Lagoa do Carro), Jóia (Salgadinho), Joel Gonzaga (Feira Nova), os vice-prefeitos Zé de Nena (Limoeiro) e Ernande Filho (Passira), o deputado estadual Wanderson Florêncio e outras lideranças políticas locais.

Governadora Raquel Lyra inaugura Estações de Tratamento de Esgoto e avança na revitalização ambiental do Grande Recife

A governadora Raquel Lyra inaugurou, nesta segunda-feira (10), dois importantes projetos para o fortalecimento da infraestrutura sanitária e ambiental da Região Metropolitana do Recife. Com investimentos que somam R$ 15 milhões, em parceria com a iniciativa privada, as entregas incluem a funcionalidade da 1ª etapa da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Cabanga e a ampliação da ETE São Lourenço da Mata. As inaugurações marcam um avanço significativo nas políticas públicas voltadas para a sustentabilidade e qualidade de vida dos pernambucanos.

“Essa entrega representa a revitalização da bacia do Pina. A ETE Cabanga é responsável pelo tratamento de quase 50% do esgoto coletado da cidade do Recife. Tínhamos 38% de tratamento de todo o esgoto que era lançado para cá, hoje chegamos a 78% da eficiência do tratamento de esgoto e em poucas semanas chegaremos a 90%. Com isso, lançamos o esgoto tratado de volta para o rio e permitimos a revitalização das nossas bacias hidrográficas, beneficiando a população ribeirinha, pescadores e marisqueiras. É um ganho de qualidade ambiental e de saúde pública para o Estado como um todo, porque esses rios alimentam e cortam grande parte da nossa cidade e seguem para o mar e, quando a gente não trata, todo mundo perde”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Com a entrega da funcionalidade plena da ETE Cabanga, localizada na Zona Sul do Recife, a unidade, que já é a maior estação de tratamento de esgoto do Estado, passou a operar com um novo sistema, aumentando significativamente a capacidade de tratamento e garantindo a remoção de 90% da carga orgânica. Com um investimento inicial de R$ 10 milhões e outros R$ 10 milhões estão plenejados para aumentar a capacidade operacional da ETE Cabanga, que terá um impacto direto na preservação ambiental, melhorando a qualidade do efluente lançado no rio Jiquiá e no manguezal da bacia do Pina.

O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, ressaltou que a ETE representa uma mudança de paradigma importante para a cidade e para o Estado. “O tratamento de esgoto envolve não só os estuários da bacia do Pina, mas também melhora a saúde e qualidade de vida da população porque reduz a incidência de doenças”, enfatizou o titular da pasta.

A modernização da estação, que inclui a implementação de novos módulos e tecnologias, como tanques de aeração e um sistema de desinfecção por ultravioleta (UV), possibilitará um tratamento mais eficiente de esgoto, beneficiando diretamente mais de 500 mil habitantes da capital pernambucana. A operação aprimorada da ETE Cabanga também contribuirá para a proteção de ecossistemas costeiros, essenciais para a reprodução de espécies marinhas e a preservação das águas da região.

De acordo com o diretor-presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, com os novos módulos implementados, o equipamento passará a remover 600 toneladas de carga orgânica por ano. “A entrega da ETE Cabanga é muito importante para a Compesa, porque tem uma simbologia muito grande para a companhia, mas sobretudo para a cidade do Recife. Estamos falando em começar a tratar e não depositar efluentes nessa região do estuário do Pina, que reúne vários rios. São comunidades ribeirinhas que serão impactadas, pescadores, a vida marinha e todo o ecossistema”, disse.

A ETE Cabanga faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Cabanga e é responsável pelo tratamento de quase 50% do esgoto coletado da cidade do Recife. O entendimento entre a Compesa e a BRK viabilizou o recebimento da operação da ETE por parte da empresa privada, que havia considerado que a unidade ainda estava fora dos padrões adequados para o seu funcionamento a partir da concepção do projeto original.

“A parceria, cada dia mais forte, entre o Governo e a Compesa, possibilita que a gente faça, acompanhe e entregue mais saneamento para a população do Recife”, afirmou o diretor-presidente da BRK, Alexandre Thoillier.

A unidade opera com a capacidade de tratar mil litros de esgoto por segundo, sendo responsável por receber o efluente de 34 Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs), abrangendo os bairros de Santo Amaro, Derby, Torre, Bairro do Recife, Afogados, Jiquiá, Boa Viagem, Pina, Brasília Teimosa, Benfica, Madalena, Cabanga, Coelhos, Graças, Ilha do Leite, Ilha de Deus, Mustardinha e São José.

Para o senador da República, Fernando Dueire, esta é uma ação redentora do Governo de Pernambuco. “Isso marca um momento histórico de Pernambuco, um divisor de águas entre um passado em que não se tratava esgoto. É uma ação que merece todos os elogios, a equipe do Governo de Pernambuco mostra um compromisso muito grande com a saúde e o cuidado com a população”, pontuou.

Por sua vez, a deputada estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Socorro Pimentel, salientou a importância que este equipamento tem para o futuro do Estado. “Saímos daqui com um governo que está construindo um Pernambuco melhor para se viver, pensando na saúde de toda a população”, frisou a parlamentar.

SÃO LOURENÇO DA MATA – Outra entrega realizada nesta segunda-feira (10) pela governadora Raquel Lyra foi a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) São Lourenço da Mata, que recebeu investimentos de R$ 5 milhões do Programa Cidade Saneada, parceria entre a Compesa e a BRK.

“Estamos presenciando um divisor de águas na Região Metropolitana do Recife (RMR) junto à BRK Ambiental, nossa contratada desde 2012, para fazer a universalização do tratamento de esgoto. Por muito tempo, a peleja foi de não entendimento entre as partes, e só quem perdia era a população de Pernambuco. Ficamos para trás nos indicadores de qualidade de vida, com a RMR como a segunda região metropolitana mais desigual do Brasil. Esse é um trabalho que vai ter começo, meio e não tem fim, mas tem uma meta a ser atingida, que é garantir a universalização de acesso à água e ao tratamento de esgoto dentro do marco regulatório de saneamento básico”, ressaltou a governadora Raquel Lyra.

A ampliação da ETE São Lourenço da Mata beneficiará duplamente a população do município e o Rio Capibaribe. Em primeiro lugar, a estação duplicou a capacidade de tratamento, saltando de uma vazão de 20 litros por segundo para 40 litros por segundo. Além disso, a ETE utiliza uma tecnologia avançada, composta de lodos ativados com filme fixo integrado (IFAS) e combinados com desinfecção por cloração, procedimento que será feito por meio de novos reatores aerados, decantadores, adensadores de lodo e tanque de desinfecção.

Esse modelo de tratamento, que atende a todos os requisitos ambientais vigentes, permitirá mais eficiência na degradação da matéria orgânica e redução de 90% dos poluentes, contribuindo significativamente para a qualidade de vida da população e para a preservação do Rio Capibaribe.

“Essa estação foi entregue há seis anos e, com o passar do tempo, vários bairros cresceram muito. Então, essa ampliação é importante para a qualidade das pessoas, além de preservarmos o meio ambiente”, disse o vice-prefeito de São Lourenço da Mata, Lucca Labanca.

Também estiveram presentes nos eventos os secretários estaduais Ana Luísa Ferreira (Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha) e Cícero Moraes (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca); o vice-presidente de Operações da BRK, Jorge Augusto; e o vereador do Recife, Davi Muniz.