Mestre Vitalino é o novo artista homenageado para a Páscoa 2025 da Confeitaria da Oliveira

A Confeitaria da Oliveira apresenta a sua Páscoa de 2025, combinando inovação gastronômica com a rica tradição pernambucana. Este ano, o escolhido para ser homenageado foi o renomado Mestre Vitalino. Uma escultura 100% em chocolate representa uma das peças mais importantes do artesão, o “Boi”.

Idealizado pela Confeitaria do Oliveira, sob a liderança do chef confeiteiro Matheus Oliveira e seu sócio Leonardo Carvalho, o Movimento Chocolarte tem por objetivo transformar obras icônicas pernambucanas em criações feitas de chocolate. Além da venda de produtos, busca oferecer experiências carregadas de histórias e tradições de Pernambuco, fornecendo a disseminação da cultura do povo através da gastronomia.

“O mestre Vitalino é o nosso sexto artesão homenageado no Movimento Chocolarte. Ele é uma figura icônica da arte popular brasileira, conhecido por suas esculturas em barro que retratam a vida nordestina de forma única e expressiva. Estamos muito felizes em homenageá-lo. Além de celebrar a arte e a gastronomia, continuamos nosso compromisso com a comunidade. Parte das vendas será destinada ao apoio ao Museu do Mestre Vitalino, fortalecendo nossa missão de preservar e promover a cultura pernambucana”, pontua o Chef Matheus Oliveira.

Outra novidade desta Páscoa é uma collab com o influenciador pernambucano Gustavo Belarmino, @viajou.contou que criaram um chocolate em formato de Capivara que deverá ser um grande sucesso para a criançada.

Para mais informações e encomendas é só entrar no Instagram @confeitariadaoliveira

Coleção Especial de Páscoa:

Além de todas as artes em Chocolate já conhecidas do público, como o Leão de Nuca, Cabeça da La Ursa customizada por Tiago Henrique (ilustrador), o Pássaro de J.Borges, a Sereia de Mano de Baé e a Galinha de Carcará, a Confeitaria do Oliveira preparou delícias especiais. Tais como:

“Bolo Sol do Sertão”, com cenoura, laranja e nozes;
Ovo coelho;
Barra coelho;
mini ovos;
bombom ovinho;
bombom cenoura
Coelhinhos com recheios especiais.

Empreendedorismo em pauta: Prêmio Sebrae de Jornalismo abre inscrições

Oportunidade à vista para profissionais de imprensa e estudantes de comunicação: o Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ) está com inscrições abertas até 9 de junho. São quatro categorias principais: Texto, Áudio, Vídeo e Fotojornalismo. Há também, pelo segundo ano consecutivo, a categoria especial Jornalismo Universitário.

Criado pelo Sebrae, o PSJ está na 12ª edição e se consolidou como uma vitrine para as produções de profissionais de imprensa e universitários, de todo o Brasil, que abordam o universo do empreendedorismo com foco nos pequenos negócios.

Para participar, os conteúdos jornalísticos precisam ter sido veiculados entre 3 de junho de 2024 e 8 de junho de 2025. Portanto, o prazo permite a produção de matérias ainda durante o período de inscrição. Confira os subtemas sugeridos no regulamento do prêmio:

* Bioeconomia;

* Pequenos Negócios e COP-30;

* Inovação e Startups, Produtividade e Competitividade;

* Inclusão Produtiva e Desenvolvimento Territorial;

* Transformação Digital;

* Empreendedorismo Feminino;

* Políticas Públicas e Legislação, Acesso a Crédito e Gestão Financeira;

* Empreendedorismo Social.

Caminho até a premiação

Assim como nos anos anteriores, a 12ª edição será realizada em três etapas: a primeira, em nível estadual, classificará os concorrentes para a etapa regional, que definirá os finalistas da etapa nacional.

Na etapa nacional, os vencedores das categorias Texto, Áudio, Vídeo e Fotojornalismo serão premiados com um notebook. Dentre os quatro, será selecionado o vencedor do Grande Prêmio, que receberá também um celular de última geração – mesmo prêmio que será ofertado ao ganhador da categoria especial Jornalismo Universitário.

Recorde de inscrições

Na edição de 2024, o PSJ alcançou número recorde de inscritos. Ao todo, foram 3.076 trabalhos enviados por profissionais e estudantes de jornalismo de todo o país. Esse resultado foi 62% maior que o número de participantes registrados na edição de 2023 do prêmio.

PSJ em tópicos

Confira os detalhes do regulamento no site www.premiosebraejornalismo.com.br.

* São quatro categorias principais (Texto, Áudio, Vídeo e Fotojornalismo) e uma categoria especial (Jornalismo Universitário).

* Também será concedida uma premiação especial na etapa nacional: Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo. Concorrem os vencedores nacionais das categorias principais.

* Inscrições: 7 de abril a 9 de junho de 2025.

* Período de veiculação dos conteúdos que podem concorrer: 3 de junho de 2024 a 8 de junho de 2025.

* Tema geral do prêmio: Empreendedorismo com foco nos pequenos negócios.

* Subtemas sugeridos: Bioeconomia, Pequenos Negócios e COP-30; Inovação e Startups; Produtividade e Competitividade; Inclusão Produtiva e Desenvolvimento Territorial; Transformação Digital; Empreendedorismo Feminino; Políticas Públicas e Legislação; Acesso a Crédito e Gestão Financeira; Empreendedorismo Social.

SESI-PE oferece 300 vagas gratuitas para Educação de Jovens e Adultos

O Serviço Social da Indústria de Pernambuco (SESI-PE) está ofertando 300 vagas gratuitas para a entrada 2025.2 da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo 100 para o Nível Fundamental e 200 para o Nível Médio. O curso tem duração de 12 meses e é voltado para quem não completou os anos da Educação Básica em idade apropriada por qualquer motivo. As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de abril (ou até as vagas serem preenchidas) pelo site https://pe.sesi.org.br ou em qualquer uma das 12 unidade do SESI Pernambuco. As aulas estão previstas para iniciar no dia 5 de maio e acontecerão de forma online ou no modo semipresencial em duas unidades: Caruaru e Vasco da Gama, no Recife.

As vagas oferecidas são destinadas para os interessados em cursar a EJA Ensino Fundamental Anos Finais, voltada para estudantes a partir de 15 anos e tenham concluído no mínimo o 5º ano do Fundamental, ou a EJA Ensino Médio, para quem tem 18 anos e concluiu o 9º ano do Fundamental. As aulas acontecerão de duas formas: online (100% EAD) ou semipresencial (80% EAD e 20% presencial). A modalidade semipresencial, entretanto, será oferecida apenas nas unidades do Vasco da Gama e Caruaru, e o estudante precisa comparecer na escola uma vez por semana.

Diretora de Educação do SESI-PE, Mirella Barreto, destaca que, entre os diferenciais da Nova EJA do SESI, está o Reconhecimento de Saberes, que reaproveita os conhecimentos, formais ou informais, dos estudantes, o que pode reduzir o tempo e agilizar a conclusão do curso. “Essa agilidade possibilita que o nosso estudante consiga antecipar as chances de se inserir no mercado de trabalho e, consequentemente, de melhorar o próprio futuro”, pontua a gestora.

Para realizar a inscrição, é necessário apresentar os seguintes documentos: cópia do RG e CPF; cópia do comprovante de residência; histórico escolar original (ou declaração de transferência provisória); e uma autodeclaração de baixa renda (o modelo está no link das inscrições). A via original do histórico escolar precisa ser entregue presencialmente, em qualquer unidade do SESI em Pernambuco ou enviado pelos correios para a Casa da Indústria. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo matriculaeja@sistemafiepe.org.br e pelo WhatsApp (81) 98814-5391.

Foto: Sistema FIEPE

Sebrae e Adepe anunciam projeto com foco no reconhecimento de novas Indicações Geográficas em Pernambuco

Foto: Antônio Holanda

O bolo de rolo, o artesanato de barro de Caruaru e a renda renascença de Poção são mais do que produtos: fazem parte da identidade dos pernambucanos. Agora, uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco (Sebrae/PE) buscará trazer ainda mais notoriedade para esses e outros ícones da cultura pernambucana. Juntas, as instituições irão desenvolver um projeto para propor o reconhecimento de 13 Indicações Geográficas (IGs) para o estado. A iniciativa será apresentada no próximo dia 10 de abril, a partir das 10h, em cerimônia a ser realizada na sede do Sebrae/PE.

Com um investimento de R$ 2,9 milhões, que será rateado pelas duas instituições, o projeto tem o objetivo de identificar, estruturar e solicitar o registro das novas IGs junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Atualmente, Pernambuco conta com três IGs registradas: Vinhos do Vale do São Francisco, Uvas e Mangas de Petrolina e o Porto Digital no Recife. Em todo o país, são 130 Indicações Geográficas, a maior parte delas presentes em estados com fortes tradições agrícolas e artesanais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Entre os produtos selecionados para estudo estão o mel do Araripe, o abacaxi de Pombos, o café de Triunfo, a manta caprina da região de Dormentes, o artesanato de barro de Caruaru e Tracunhaém, o artesanato de madeira de Sertânia e a renda renascença de Poção. Produtos gastronômicos tradicionais como o queijo coalho artesanal produzido no Agreste e no Araripe e os bolos de noiva, de rolo e Souza Leão completam a lista. O projeto de ampliação das IGs será desenvolvido em quatro etapas: diagnóstico, estruturação, submissão dos pedidos e acompanhamento dos processos. Para a primeira fase, que já está em andamento, as instituições também contarão com o apoio do Sebrae Nacional.

Fase mais robusta do projeto, a etapa de estruturação envolverá a sensibilização dos produtores, o levantamento histórico-cultural, a delimitação da área geográfica e a criação de um caderno de especificações técnicas, além da formalização das entidades representativas de cada Indicação Geográfica. Também haverá a criação de um signo distintivo para cada uma das IGs propostas. Por fim, será realizada a solicitação do registro junto ao INPI. A expectativa é de que o projeto esteja finalizado até 2026.

Para a Adepe, essa iniciativa representa um grande avanço na valorização dos arranjos produtivos locais, além de dar visibilidade a produtos tradicionais e inovadores de Pernambuco. “É missão da Adepe fomentar o desenvolvimento dos arranjos produtivos de todo o Estado, em seus 184 municípios. O Projeto de Identificação Geográfica vem para dar destaque àqueles mais relevantes e torná-los exemplo da valorização do que é produzido em Pernambuco. O crescimento do nosso PIB dá sinais claros da importância da nossa agricultura e dos nossos arranjos produtivos e estamos muito felizes em sairmos na frente com este projeto ao lado de um parceiro tão importante como é o Sebrae Pernambuco”, detalhou o presidente da Adepe, André Teixeira Filho.

Superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra destaca que a iniciativa ajuda a valorizar a riqueza dos territórios pernambucanos e a promover o desenvolvimento dos pequenos negócios. “A valorização do regionalismo tem se consolidado como uma estratégia importante para estimular o desenvolvimento econômico e social e ampliar a competitividade nos mercados nacional e internacional. O reconhecimento das Indicações Geográficas protege o conhecimento tradicional ao mesmo tempo em que agrega valor aos produtos e serviços locais”, enfatiza.

MAIS
As Indicações Geográficas são certificações concedidas a regiões que se tornaram conhecidas ou apresentam características distintivas ligadas a um produto ou serviço. Elas podem ser classificadas como Indicação de Procedência (IP), quando a região já é reconhecida pela produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço, ou Denominação de Origem (DO), quando há uma ligação entre as características do produto e seu meio geográfico e dos fatores naturais e humanos ali presentes.

Costurando o amanhã: O futuro das confecções passa pela reciclagem em Pernambuco

Por Marcelo Rodrigues

Os municípios que dependem economicamente da indústria têxtil enfrentam desafios ambientais significativos devido ao acúmulo de resíduos. Este problema requer soluções integradas que contemplem aspectos econômicos, sociais e ambientais simultaneamente, como se observa claramente no Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, formado principalmente por Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.

A implementação de um sistema de economia circular representa uma abordagem promissora para esta região, que produz aproximadamente 20% das peças jeans do Brasil. Esta estratégia poderia iniciar com o mapeamento completo do ciclo produtivo têxtil local, identificando pontos de geração de resíduos e oportunidades de reintegração destes no processo produtivo, e estabelecer metas progressivas de redução de descarte final pode orientar este processo.

Em Toritama, conhecida como a “Capital do Jeans”, onde a produção gera toneladas de retalhos diariamente, o desenvolvimento de cooperativas de beneficiamento de resíduos têxteis surge como alternativa viável. Estas organizações poderiam transformar retalhos e sobras em novos produtos comercializáveis, como acessórios, materiais de isolamento térmico e componentes para outros setores industriais. Uma meta factível seria a criação de pelo menos uma cooperativa para cada município do polo, gerando empregos e renda adicional para as comunidades.

O engajamento do setor público de Santa Cruz do Capibaribe, que abriga o maior centro de compras de confecções do Norte/Nordeste, o Moda Center, mostra-se essencial por intermédio da criação de estruturas regulatórias favoráveis. Isso inclui incentivos fiscais para empresas que adotem práticas sustentáveis, com metas específicas de benefícios proporcionais ao percentual de reaproveitamento comprovado. Paralelamente, faz-se necessário o estabelecimento de centrais de reciclagem especializadas em materiais têxteis, com capacidade de processamento dimensionada conforme a geração local de resíduos.

Em Caruaru, com a maior feira e sede de importantes instituições de ensino, a transformação cultural constitui elemento fundamental neste processo. Parcerias e programas educacionais integrados ao currículo escolar local podem disseminar conhecimentos sobre reutilização têxtil, alcançando toda uma geração de futuros profissionais e consumidores. O objetivo seria atingir todas as instituições educacionais municipais em um prazo de quatro anos.

Os três municípios podem contribuir significativamente para o avanço dessa política na formação de um consórcio intermunicipal específico para gestão de resíduos têxteis. Esta estrutura permitiria o compartilhamento de recursos, tecnologias e conhecimentos, além de conferir maior poder de negociação junto a outras esferas governamentais e investidores privados. O compromisso formal dos gestores municipais, materializado em legislação local harmonizada, garantiria a continuidade das ações independentemente de mudanças administrativas.

A captação conjunta de recursos federais e internacionais para projetos de sustentabilidade têxtil representaria outra contribuição relevante. Os municípios poderiam destinar parte de seus orçamentos anuais como contrapartida, estabelecendo um fundo comum para investimentos em infraestrutura de reciclagem e pesquisa aplicada, visando atrair recursos adicionais de fontes como BNDES, BIRD, governos estaduais e organismos internacionais.

Parcerias com instituições acadêmicas regionais potencializariam a inovação neste campo. O desenvolvimento de novas tecnologias adaptadas à realidade local – como biodigestores para fibras têxteis específicas do polo, processos de decomposição acelerada ou materiais construtivos alternativos – pode gerar propriedade intelectual valiosa. Estabelecer projetos de pesquisa aplicada para melhorando contínuo do reaproveitamento dos resíduos constitui meta realizável.

A criação de um sistema de certificação para produtos fabricados com material reciclado no Agreste pernambucano agregaria valor comercial e visibilidade às iniciativas. Alcançar reconhecimento regional em dois anos e nacional em cinco anos permitiria a diferenciação mercadológica destas comunidades, fortalecendo o polo têxtil como referência em sustentabilidade.

Todas estas abordagens, implementadas de forma gradual e adaptadas às características específicas de cada município do polo, podem transformar o que hoje representa um problema ambiental em oportunidade de reinvenção econômica e social para Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, consolidando a região não apenas como potência produtiva, mas como modelo de desenvolvimento sustentável para outros polos têxteis do país. ​​​​​​​​​​​​​​​​

Marcelo Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, consultor técnico em sustentabilidade da Prefeitura Municipal de Caruaru, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife.

SEAP e Universidade Federal do Agreste firmam acordo para levar capacitação a reeducandos em Canhotinho

Um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) vai colaborar com a ressocialização das pessoas privadas de liberdade (PPLs) no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho. A Unidade prisional funciona sob o regime semiaberto com atividades agrícolas.

Atualmente em fase de implantação, o acordo prevê que alunos dos cursos de Zootecnia e Agronomia da universidade desenvolvam projetos acadêmicos nas áreas de agropecuária e agrícola com o objetivo de contribuir para a redução da reincidência criminal e a oferta de oportunidades de qualificação profissional que fortaleçam o senso de autonomia e dignidade das PPLs. A parceria, com duração de 60 meses, foi formalizada por meio de publicação no Diário Oficial da União, em 31 de outubro de 2024. A previsão é de que 120 PPLs sejam beneficiadas a cada semestre.

“A reestruturação do sistema prisional inclui qualificação e trabalho digno, promovendo a integração da ciência com a prática, beneficiando alunos e otimizando o trabalho no processo de reintegração”, afirmou o superintendente de Ressocialização da SEAP, Alexandre Felipe. O gerente-geral de Educação e Esporte da SEAP, Jorge Henrique, destaca o pioneirismo da ação. “É a primeira vez que uma universidade ingressa no sistema penitenciário, com a presença de alunos, para ensinar e aprender na área agrícola, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo a qualificação das pessoas privadas de liberdade”, disse.

Os reeducandos terão a oportunidade de se capacitarem em atividades teóricas e práticas tendo como monitores os profissionais da Ufape e utilizando a área física e os recursos de campo que já existem na unidade prisional. O projeto abrange áreas como avicultura, bovinocultura, ovinocultura e piscicultura comercial e ornamental. A professora da Ufape, Raquel Lira Neves, fala da importância da ação para os alunos. “Estamos formando alunos com consciência social, mas acima de tudo pessoas que vão levar adiante essa proposta de conhecimento para os futuros alunos”, destacou.

Ao longo do programa desenvolveremos projetos na área das ciências agropecuárias e agrícolas para que esses detentos possam, após o período de ressocialização, ter uma vida mais digna social e economicamente”, concluiu o coordenador do projeto de extensão da Ufape, o professor Danilo Cavalcante.

Deputado Antônio Coelho repudia invasão do MST em Petrolina

As invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em particular no município de Petrolina, na Fazenda CopaFruit, no projeto de irrigação Nilo Coelho, foram repudiadas pelo deputado estadual Antonio Coelho (UB), na tarde desta terça-feira (8). Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, o parlamentar classificou a ação do MST como arbitrária e danosa, tanto do ponto de vista do estímulo à insegurança jurídica quanto da perspectiva econômica, diante da possibilidade de ameaças à geração de emprego e aos riscos de afugentar os investimentos para a cidade.

Mencionando o artigo 5º da Constituição Federal, o deputado destacou o direito à propriedade como fundamental, assim como é assegurado o direito à vida, liberdade, igualdade e segurança. Na sequência, citou o inciso XXIV, do mesmo artigo, no qual fica estabelecido que apenas a lei estipulará as condições que possam acarretar desapropriação, processo no qual sempre deverá ocorrer com justa e antecipada indenização.

“Portanto, a ação praticada pelo MST não é apenas uma violência contra seu proprietário, mas se configura uma agressão ao estado democrático de Direito, pois, a realização de uma eventual desapropriação é de responsabilidade do estado brasileiro. Não é uma pessoa ou uma organização que detém esse poder”, sublinhou o parlamentar, logo é, essencialmente, a usurpação das competências do estado brasileiro por um grupo armado”, destacou o deputado Antonio Coelho.

Em sua fala, o deputado relembrou que Petrolina é a terceira maior cidade de Pernambuco e tem na atuação de muitos empreendedores o sucesso do seu desenvolvimento econômico, com grande relevância para a fruticultura irrigada.

Conforme destacou o parlamentar, a aposta no futuro e no desenvolvimento de Petrolina levou ao sucesso do Vale do São Francisco, atualmente, com 130 mil hectares de área irrigada, onde são gerados mais de 260 mil empregos diretos e 960 mil indiretos. Além disso, o Vale responde por 90% da exportação de uva e manga, com expressivos números de US$ 500 milhões em exportação por ano.

“Uma omissão perante essa ação do MST seria também uma afronta à cultura de trabalho que ergueu a nossa cidade ao patamar de locomotiva do desenvolvimento econômico em Pernambuco”, defendeu o deputado Antonio Coelho para, na sequência, fazer um apelo ao governo estadual para que exerça o seu dever constitucional conforme previsto no artigo 114, da Constituição Federal. O mesmo estabelece que a segurança pública é um dever do estado e deve ser exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio.

“Conclamo à governadora Raquel Lyra para que ela exerça seu dever constitucional e mobilize todo o aparato estatal e a força policial para que todos nós, enquanto estado, possamos buscar uma pronta reintegração de posse. A omissão do estado diante de um direito constitucional vigente é catastrófica para a nossa Petrolina e o nosso estado, resultando em perda de empregos, fuga de investimentos e gerando insegurança jurídica”, sublinhou.

Celular Seguro começa a emitir alerta de bloqueio de aparelhos

Brasília (DF) 14/02/2025 - Proibição do uso de celulares nas escolas. A aluna do colégio Galois, Joana Chiaretto. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A partir de agora, quem ativar o celular que teve alerta de bloqueio emitido pelo programa Celular Seguro, vai receber uma notificação avisando que se trata de um aparelho roubado, furtado ou perdido. 

As mensagens serão enviadas assim que um novo chip for inserido no aparelho que teve a restrição ativada. O alerta vai para o WhatsApp do usuário, enviado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de dois números de telefone oficiais: 2025-3003 ou 2025-3000.

Quem receber esse alerta fica ciente de que se trata de um aparelho que pode ter sido roubado ou furtado, e deve acessar o site do programa Celular Seguro para receber instruções sobre o que fazer.

A pessoa que receber o alerta precisa ir a uma delegacia de Polícia Civil, para regularizar a situação e apresentar a nota fiscal do aparelho. Se não tiver a nota para comprovar que é a dona do celular, o aparelho deve ser devolvido.

O celular que recebe o alerta geralmente é roubado, furtado ou perdido. Quem passa por isso deve solicitar o bloqueio no Modo Recuperação, na ferramenta Celular Seguro.

Com a emissão da mensagem de alerta, o Ministério da Justiça quer devolver às vítimas o celular roubado ou furtado, descobrir a pessoa que cometeu o crime, que acaba vendendo para quem nem sempre sabe de onde vêm o aparelho, e também combater a prática criminosa.

Para evitar a compra de celulares roubados, a pessoa deve acessar a opção Celulares com Restrição, no aplicativo ou site Celular Seguro, informar o Imei, que é o número de identificação com 15 dígitos que cada aparelho tem de fábrica. É como se fosse o chassi de um carro. A consulta é muito simples: basta digitar no teclado do próprio aparelho a ser consultado as teclas *#06#.

Seis em cada 10 brasileiros apoiam a redução da jornada de trabalho

Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes se reunem em protesto pelo fim da jornada  de trabalho 6 x 1, na Cinelândia, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um levantamento feito pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados mostra que 65% dos brasileiros são favoráveis à redução da jornada de trabalho atual de 44 horas semanais. Segundo a pesquisa, 27% são contrários à diminuição; 5%, não são nem a favor e nem contra; e 3% não souberam responder.

Foram ouvidas presencialmente 2 mil pessoas com mais de 16 anos de idade, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram realizadas de 10 a 15 de janeiro de 2025.

De acordo com a pesquisa, os principais benefícios criados pela redução da jornada apontados pelas pessoas ouvidas foram:

Melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores (indicado por 65% dos entrevistados)
Aumento na produtividade (55%)
Desenvolvimento social do país (45%)
Desenvolvimento econômico (40%)
Aumento da lucratividade das empresas e indústrias (35%)

Em relação à jornada de seis dias de trabalho por um dia de folga, a opinão dos entrevistados foi:

54% contra
39%, a favor
4% nem contra nem a favor
3% não souberam responder

Especificamente perguntados sobre a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como a PEC da escala 6×1, em análise na Câmara dos Deputados, que prevê a redução da jornada máxima de trabalho semanal para 36 horas, sendo 4 dias de trabalho e 3 dias de folga, sem a diminuição do salário, a opinão dos entrevistados foi:

63% a favor
31% contra
4% nem contra nem a favor
3% não souberam responder

A maioria (42%) disse ainda que a alteração seria positiva para o país; 30%, negativa; 22%, não faria diferença; e 6%, não soube responder.

Caso a redução da jornada de trabalho se tornasse uma realidade, 47% afirmaram que utilizariam o tempo livre do trabalho para se dedicar à família; dedicar atenção à saúde (25%); fazer renda extra (22%); e investir em cursos e capacitações profissionais (17%).

Apostadores destinam até R$ 30 bi por mês a bets, informa BC

Brasília (DF), 08/04//2025  -O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets.  Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A regulamentação das apostas online não inibiu o interesse do brasileiro pelos jogos de azar. De janeiro a março, os apostadores destinaram até R$ 30 bilhões por mês às bets, disse nesta terça-feira (8) o secretário-executivo do Banco Central (BC), Rogério Lucca. Ele e o presidente do órgão, Gabriel Galípolo, falaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets do Senado.

Segundo Lucca, no ano passado, quando o mercado ainda não estava regulado, o BC tinha estimado em torno de R$ 20 bilhões por mês o fluxo gasto com apostas eletrônicas. Com a atualização dos dados após a regulação, que entrou em vigor em 1º de janeiro, o BC constatou que o valor ficou um pouco superior, entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões.

“A gente chegou à época [no ano passado] a um valor médio mensal de R$ 20 bilhões de fluxo para esses sites. Durante este ano, de janeiro a março, o valor que a gente acompanha para efeito de atividade gira em torno de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês, ratificando o que a gente tinha estimado no fim do ano passado”, disse Lucca.

O acompanhamento tornou-se mais efetivo após as bets legalizadas serem obrigadas a registrar uma conta bancária com uma Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) específica. O BC esclareceu que os dados são apenas para consumo interno e não serão divulgados periodicamente.

Quase todo o valor gasto é distribuído aos ganhadores, mas os números divergem entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central. Segundo Galípolo, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), ligada à Fazenda, tem registrado retorno de 93% a 94% do valor desembolsado pelos apostadores em prêmios. Em relatório preliminar divulgado no ano passado, o BC tinha calculado em 85% o retorno médio em prêmios.

Sem poder de fiscalização

O presidente do BC esclareceu que o órgão pode apenas compilar estatísticas e não tem competência legal para fiscalizar, supervisionar ou aplicar sanções, como o bloqueio de transações de bets não autorizadas a funcionar no Brasil. Ele esclareceu que a autoridade monetária só pode tomar essas medidas caso seja notificada pela SPA.

“A Secretaria de Prêmios de Apostas é quem define a bet que está autorizada ou não. O Banco Central, uma vez informado pela SPA, vai dizer para a instituição financeira: ‘você tem aí empresas para observar nos seus procedimentos e, a partir de agora, não autorizar mais.’ Não é o Banco Central que interrompe uma transação. A partir daí, é a própria instituição financeira que interrompe”, explicou Galípolo.

O presidente do BC esclareceu que, além da elaboração de estatísticas, o trabalho do BC em relação às bets resume-se à prevenção à lavagem de dinheiro e ao combate ao terrorismo, atividade para a qual a autoridade monetária tem competência legal. Nesses casos, as instituições financeiras têm de avisar o BC, que repassa as movimentações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao Ministério Público e à Polícia Federal.

“Não posso nem deixar minhas prerrogativas serem invadidas nem invadir as prerrogativas de outros entes”, justificou Galípolo.

Sigilo bancário

Apesar do pedido de vários senadores, Galípolo informou que, por causa das obrigações legais para proteger os dados pessoais e o sigilo bancário, o BC não pode bloquear o Pix de apostadores que recebem o Bolsa Família. Segundo ele, o órgão também não tem poder para bloquear as chaves Pix das bets que recebem os recursos do programa social.

Na primeira semana como presidente do BC, Galípolo tinha se comprometido a colaborar com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a fornecer informações sobre o Pix de beneficiários do Bolsa Família que apostam em bets.

O único dado que o presidente do BC adiantou foi o de que apostadores online têm risco de crédito (chances de dar calote em empréstimos) bastante superior ao dos não apostadores. Segundo Galípolo, os bancos já percebem o risco maior e cobram juros mais altos desses clientes.

Galípolo e o técnico do BC prestaram depoimento a convite do presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR). Instalada em novembro no Senado, a CPI das Bets pretende investigar o impacto das apostas eletrônicas no orçamento das famílias brasileiras e no sistema financeiro, além da possível associação com organizações criminosas. A relatora é a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), autora do requerimento da CPI.