Do Diario de Pernambuco
Os virtuais candidatos ao governo do estado, em Pernambuco, cumpriram agendas neste fim de semana no melhor estilo pé na estrada. Seguindo roteiros bastante parecidos, o secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), e o senador Armando Monteiro Neto (PTB) reuniram lideranças, anunciaram apoios e trabalharam para reforçar os palanques nacionais dos respectivos padrinhos, o governador Eduardo Campos (PSB), e a presidente Dilma Rousseff (PT).
Ontem, em Paulista, Paulo Câmara aproveitou para defender o legado socialista no estado. Lembrando os avanços que ocorreram em Pernambuco nos últimos oito anos, ele apostou no discurso de manutenção das conquistas. “Queremos dar continuidade à política de investimentos no estado. Para se ter uma ideia, só no ano passado, aplicamos mais de R$ 3,8 bilhões em vários setores, ficando atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, pontuou.
O socialista terminou o dia ontem com um balanço positivo das andanças. Além de Paulista, ele esteve em Palmares e Nazaré da Mata. Ao todo, segundo o grupo, 50 prefeitos foram ouvidos e apresentaram sugestões para a campanha. Um deles foi o prefeito de Abreu e Lima, pastor Marcos José, que apesar de integrar as fileiras do PT, anunciou o apoio a Paulo Câmara durante a Agenda 40 em Paulista. “Aqui está o sangue de Abreu e Lima, o sangue de Pernambuco, que quer o Brasil melhor”, disse o gestor.
Os socialistas também contabilizaram, ontem, o apoio do PPS, ratificado com 110 dos 120 votos possíveis em reunião do diretório estadual. A sigla já apoia o PSB no plano nacional. Com isso, o número de partidos na base apoiada por Eduardo Campos sobe para 14. O presidente estadual da agremiação, Sileno Guedes, espera ainda para esta semana a adesão do DEM e do Solidariedade.
Petebista
O senador Armando Monteiro concentrou suas atenções no Agreste do estado. Ontem, em Surubim, ele se reuniu com lideranças de 20 municípios. Acompanhado do senador Humberto Costa (PT), ele foi recebido pelo prefeito da cidade, Túlio Vieira, também petista. No ato, Monteiro disse que o estado avançou com Eduardo Campos, mas precisa equilibrar o desenvolvimento. “Pernambuco ainda é um estado que tem desníveis de renda inaceitáveis. A renda do pernambucano do Sertão e do Agreste ainda é um terço da renda do pernambucano da região metropolitana”, reforçou.
Armando Monteiro conta até o momento com o PSC e o Pros entre os aliados e tenta atrair o PT, que não deverá lançar candidatura própria. Outro partido cortejado pelos petebistas é o PDT, do prefeito de Caruaru, José Queiroz. Ele conseguiu, para isso, o aval do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Apesar da proximidade com o PSB, o DEM e o Solidariedade figuram entre os partidos que Armando espera ver orbitando o seu projeto eleitoral. A aliança do petebista com o PT, no entanto, inviabilizaria isso.
SAIBA MAIS
Saldo socialista
3 municípios percorridos
50 prefeitos ouvidos
Tônica dos discursos: continuidade
Saldo petebista
1 município percorrido
20 lideranças de 20 municípios ouvidos
Tônica dos discursos: descentralização do desenvolvimento