Oferta de 10 mil vagas traz expectativa para os concurseiros

A jornada de estudos do Alessandro Gabri de Almeida, de 46 anos de idade, começou em 2007, e desde então ele foi aprovado e convocado para assumir as funções em vários concursos públicos até chegar à função de delegado de Polícia no Rio de Janeiro. “Quando comecei a estudar queria ser Oficial de Justiça, mas não saía o edital. Então fiz o concurso do Tribunal de Justiça (RJ), mas passei para analista e não para o cargo que queria. Depois fiz para inspetor da Polícia Civil, passei e comecei a trabalhar”.

Mas ele não parou por aí. Continuou estudando, e em 2009 passou para oficial de cartório, também da Polícia Civil, e ainda no concurso do Ministério do Trabalho e Emprego. Não assumiu as funções porque se identificava mais com a atividade policial de inspetor.

“Continuei estudando, porque queria ser Oficial de Justiça. No final 2009, passei no concurso de agentes da Polícia Federal (PF), mas tinha que sair do estado, não queria ficar longe da minha mãe, iria para o Acre e não assumi”, disse.

Finalmente, em 2012, saiu a prova de Oficial de Justiça. “E eu não passei por conta de uma questão de informática! Foi quando decidi estudar para cargo de delegado de polícia do Rio de Janeiro, em 2012. Mas por vários problemas o concurso levou 10 anos para sair, só saiu em 2022”.

No meio do caminho, em 2018, ele fez o concurso para delegado de polícia de São Paulo e passou. “Mas pedi fim de fila e só assumi em 2022. Quando fui para São Paulo, saiu o edital para delegado de Polícia do Rio de Janeiro”. Ele prestou o exame e passou. “Agora estou indo para a Academia de Polícia do Rio de Janeiro (Acadepol)”.

“Eu almejava essa função porque combina comigo, acho muito interessante, nenhum dia do trabalho do delegado de polícia é igual ao outro. Comparando com os outros cargos, [como] defensor, promotor, juiz, é a atividade mais instigante, que é a atividade investigatória”, explica.

Vagas

Para quem vem estudando há muito tempo para ingressar na carreira pública, como o Alessandro, há muitas oportunidades este ano. O governo federal anunciou novas vagas de concurso público para recompor o quadro do funcionalismo, defasado nos últimos anos. Casos como o atraso da análise de processos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aumento da fila nos serviços de saúde, desassistência a povos indígenas com redução do quadro da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mostram essa defasagem.

23/05/2023 - Alessandro Gabri de Almeida passou em vários concursos e atingiu o objetivo de ser delegado no Rio de Janeiro . Foto: Arquivo Pessoal
Alessandro Gabri de Almeida passou em vários concursos, e hoje é delegado no Rio de Janeiro . Foto: Arquivo Pessoal

“Só do último governo a defasagem no setor público federal é de 131 mil servidores a menos”, informa o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva. “É preciso fazer uma recomposição emergencial, porque um servidor do Executivo está fazendo as tarefas de três. Essa urgência nos concursos é imediata porque os serviços públicos tiveram uma decadência muito grande nos últimos anos. Ao juntar essa defasagem do governo Bolsonaro com o que já tinha do passado, avaliamos que chega a ser em torno de 200 mil novos servidores para suprir a defasagem do executivo”.

O secretário da Condsef disse que os setores mais críticos são a área ambiental, agrária, indígena (Funai), INSS, saúde e educação. “Os outros também têm, mas não na mesma necessidade desses setores, que precisam recompor essa força de trabalho, tanto dos que faleceram no período da covid-19, quanto os que se aposentaram e muitos estão afastados por conta de uma série de fatores”.

Silva ressalta o impacto da redução dos recursos humanos que promovem esses serviços e políticas públicas. “Essa redução da força de trabalho é drástica para a população brasileira, que carece dos serviços. O INSS está em uma situação caótica. O governo se comprometeu em acabar com a fila em um ano, mas o INSS precisa em torno de 20 mil novos concursados. Já chegou a ter 42 mil trabalhadores em atividade e hoje tem 18 [mil]. Precisa repor essa força de trabalho e acabar com a fila de INSS que gira em torno de 1 milhão de pessoas. Ficam prejudicados quem mais necessita dos serviços públicos, que é povo mais carente e das regiões mais inóspitas do nosso país”, lamenta Silva.

Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para saber quantas vagas são necessárias para recompor o quadro. A pasta informou que está analisando as demandas por concursos públicos dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, mas disse que não comenta solicitações em análise.

Para este ano, o MGI já autorizou 9.637 vagas. Quem se interessa pelas vagas do serviço público federal, já pode se preparar ou aumentar o ritmo de estudos. Só no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão disponibilizadas 8.141 vagas, e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, serão 814 vagas de nível superior.

“Importante lembrar que o MGI apenas autoriza o concurso público. A publicação do edital e realização do certame cabe a cada órgão autorizado”, lembra a pasta em nota.

MGI já autorizou também a realização de concurso público para preenchimento de cargos no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse, em abril, que até o fim deste ano devem ser anunciados três blocos de concursos públicos para recomposição de pessoal.

Modalidades

O concurso público tem a finalidade de preencher cargos públicos com as pessoas mais preparadas e de maneira justa. Essa modalidade de ingresso no serviço público está prevista na Constituição Federal (Artigo 37) e em outras leis complementares.

Todo concurso público precisa ter, pelo menos, uma prova escrita, que pode ser objetiva ou dissertativa, ou ambas. Apesar de não serem obrigatórias, provas práticas, avaliações de títulos e testes físicos poderão ser realizados.

Já o processo seletivo visa suprir uma necessidade, na maioria das vezes urgente ou temporária, em que o número de concursados do órgão não é suficiente para realizar todo o serviço, como é o caso dos processos seletivos do IBGE, em que selecionam agentes e outras funções para o Censo. O modelo de contratação é temporário.

Interior

Além das vagas do governo federal, os estados e os municípios realizam concursos para comporem seus quadros de funcionários. Nos municípios, a média é de nove vagas para as câmaras de vereadores e de 200 vagas para as prefeituras.

A organizadora de concursos públicos IADHED, sediada em Uberaba (MG), já organizou este ano concursos e processos seletivos em 11 cidades no estado de Minas Gerais. “Temos cinco já contratados e a previsão para o ano de 2023 é de finalizar com mais de 25 certames executados”, informa o diretor de Projetos e Operações, Marcelo Navarro, do Instituto Assistencial de Desenvolvimento Humano, Educacional e Desportivo (IADHED).

Essa organizadora atende principalmente câmaras municipais e prefeituras de municípios de até 200 mil habitantes, além de fundações, institutos e autarquias municipais nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

A Lei Federal 8666/93, que vigora até o fim de 2023, e a nova Lei de Licitação nº 14133/21, que já está em vigor e substituirá a 8666/93, estabelecem as formas de contratação por meio do processo licitatório em modalidades (pregão, tomada de preço, concorrência, entre outras), mas abre a possibilidade para dispensa de licitação, quando a contratação for voltada para instituições privadas de natureza jurídica sem fins lucrativos, com a pacificação do Tribunal de Contas da União, por meio da Súmula 287.

Atualmente, a dispensa de licitação é a forma mais utilizada para contratação na esfera Federal e estadual, que conta com organizadoras de abrangência nacional como Fundação Getulio Vargas (FGV), Fundação Cesgranrio, Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), Fundação Carlos Chagas (FCC), Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp).

“Mesmo tendo a possibilidade de dispensa, a maioria das cidades abaixo de 200 mil habitantes ainda está utilizando o pregão presencial, que é uma modalidade muito frágil para esse tipo de contratação, devido à baixa exigência de qualificação das organizadoras”, disse Navarro, do IADHED.

Para ele, a concorrência ou a tomada de preço são as modalidades mais adequadas para contratação do objeto concurso público. “Devido a toda a complexidade e idoneidade exigida na operacionalização desse tipo de serviço junto a órgãos públicos”.

O diretor da organizadora de concursos explica que nos últimos anos ocorreu uma evolução significativa nos certames, seja no nível de exigências e de fiscalização dos atos e fases. “Os avanços tecnológicos foram fundamentais nesse processo, agilizando toda a execução e acompanhamento”, disse.

Na visão dele, todo esse avanço proporciona uma melhor seleção de servidores públicos. “Os servidores públicos efetivos contribuem para transparência das ações dos gestores públicos. Considerando que um servidor concursado não deve seu cargo ao ente político, ele pode agir estritamente dentro da legalidade, sem medo de perder seu cargo, por não atender a solicitações não republicanas de alguns gestores”.

Preparatórios

O setor de cursos preparatórios também tem boas expectativas para este ano. “Acreditamos fortemente que teremos mais alguns concursos nas carreiras bancárias, inclusive da Caixa Econômica Federal, que ainda depende de decisão judicial. Apostamos também na continuidade das recomposições, como têm acontecido desde o início do ano, com concursos do Executivo e do Judiciário estaduais, principalmente segurança pública e fiscais de tributos”, disse Márcio Cisco, gerente de Preparatórios da Casa do Concurseiro, curso digital preparatório para concursos públicos, sediado em Porto Alegre.

23/05/2023 - Cristiano Gonçalves Rosa se prepara para o concurso de delegado da PF e estuda em todo lugar. Foto: Arquivo Pessoal
Cristiano Gonçalves Rosa se prepara para o concurso de delegado da PF e estuda em todo lugar. Foto: Arquivo Pessoal

Com 17 mil alunos ativos, Cisco diz que a procura tem sido por cursos que preparam para os concursos públicos de bancos. “Hoje, a maior procura é para os concursos na área bancária, considerando a referência dos nossos professores no mercado. Outras áreas que também são bastante requisitadas são as de carreira policial e as carreiras administrativas do Judiciário e do INSS”.

O assessor parlamentar Cristiano Gonçalves Rosa, 43 anos de idade, vem se preparando há três anos para o cargo de delegado da PF. “Um sonho de vida. Já fiz nove concursos públicos para o cargo de delegado, sendo aprovado em quase todos, mas ficando fora da nota de corte, que está muito alta, ressalte-se! O último que fiz foi para delegado do Rio [de Janeiro] e passei muito perto da nota de corte. Senti uma evolução boa desde o primeiro que fiz, estando ainda na faculdade, o que me fez crer e continuar lutando”.

Bacharel em Direito e policial militar concursado do Bope-RJ, Cristiano disse que a vontade de ser delegado surgiu quando foi instrutor de um curso para a PF. “Conheci um delegado que me incentivou a iniciar o curso de Direito, que ocorreu em 2016, aos 36 anos”.

Para atingir o objetivo, a carga de estudos é alta. “Minha rotina de estudos é de 6 horas de estudo sem edital [aberto]. Com edital, costumo apertar para 10 a 12 horas, quando dá para conciliar com o trabalho. Mas hoje costumo estudar em qualquer lugar, na academia, fila de banco. Um dia fui mergulhar e um amigo me fotografou estudando no barco”, brinca.

Para quem vai começar a jornada de estudos, ele recomenda estudar, no mínimo, 4 horas por dia. “Mesmo sem previsão de concurso. Publicado o edital, o ritmo deve subir necessariamente!”

O futuro delegado Alessandro Gabri, que em breve começa a Acadepol, concorda com o colega de estudos Cristiano. Os dois se conheceram durante uma prova e dividem a opinião de que é preciso esforço e foco para estudar para os concursos.

“Para passar em um concurso público, não é preciso ser inteligente e fora da curva. É ser esforçado, ter paciência e perseverar. Ver e rever a matéria e esperar o seu momento. Só não passa no concurso quem desiste. Alguns passam mais rápido, outros demoram mais. Esse tempo é um tempo dolorido, de solidão, de dedicação e ter foco. O concurso tem início, meio, e esse meio demora, parece que nunca vai acabar, e tem o fim que é a posse. O estudo mudou a minha vida e pode mudar a vida de qualquer um”.

Últimos dias para declarar o Imposto de Renda acende alerta sobre as penalidades e multas para quem não acertar contas com Leão

Os contribuintes têm até o dia 31 de maio para enviar suas declarações de Imposto de Renda, e aqueles que ainda não o fizeram devem se apressar para evitar penalidades e multas. Desde o dia 15 de março, os contribuintes podem declarar seus rendimentos e despesas para o ano de 2022, porém, muitos procrastinam e deixam para a última hora.

O contador, planejador financeiro e sócio da Matriz Contábil, Paulo Marostica, lembra que o sistema pode ficar congestionado próximo ao prazo final. “Os contribuintes que perderem o prazo e não enviarem suas declarações a tempo vão ter que prestar contas com a Receita Federal, com multa mínima de R$ 165,74. E esse valor pode ainda ser acrescido em até 20% do imposto total devido”, explica.

De acordo com o contador, quem for multado terá até 30 dias para quitar o débito. Do contrário, incidirão juros sobre a multa. “Além disso, quem não declarou e nem pagou a multa devida poderá ter seu nome adicionado ao Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin) e adição do status de pendente de regularização no seu CPF, o que o impedirá de ações como tirar passaporte, utilizar o Pix, fazer movimentações financeiras, obter crédito e assumir cargos públicos, por exemplo”, aponta Marostica.

Declaração pré-preenchida – Para facilitar o processo, é possível utilizar a declaração de Imposto de Renda pré-preenchida, que traz a adição automática de informações do contribuinte. “Dados de compras de imóveis, doações efetuadas, movimentação de criptomoedas, saldos bancários, entre outros, poderão já aparecer no documento”, afirma o contador.

No entanto, de acordo com o especialista, o uso da declaração pré-preenchida ainda exige cuidados. “O declarante será o responsável por alterar, incluir, excluir e confirmar os dados. Então, qualquer divergência será de sua responsabilidade e, se não for corrigida, poderá levar o contribuinte a cair na malha fina”, aponta.

Outro dos principais pontos de atenção, segundo Marostica, devem ser os dados de serviços de saúde. “Cada prestador pessoa física tem um processo distinto com o seu contador e essa variabilidade de processos pode prejudicar a qualidade da informação, então é de grande importância que cada contribuinte guarde, além do recibo/nota fiscal do prestador de saúde, o comprovante de pagamento, pois em caso de erro do prestador, o contribuinte estará resguardado documentalmente”, finaliza.

HRA participa da Campanha Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos

Na última semana de maio, é realizada, em Pernambuco, a Campanha de Incentivo à Doação de Órgãos. No Hospital Regional do Agreste (HRA), onde está localizada a Central de Transplantes Macrorregional Caruaru, a campanha foi lembrada com uma palestra de conscientização sobre o tema nessa terça (23).

Em virtude da crescente fila de espera de pacientes que aguardam por um órgão no estado, houve mobilizações em todos os hospitais públicos estaduais com o objetivo de conscientizar e sensibilizar profissionais de saúde e usuários do SUS sobre a importância do diálogo acerca da doação.

“É importante falar sobre todos os processos que envolvem a doação de órgãos. Desde a constatação de morte encefálica do paciente, passando pela conversa sobre o assunto com a família, que é um momento difícil, porém necessário para conseguirmos salvar vidas, até os testes que fazemos para ver se ele é apto para doação”, explicou Raianne Monteiro, coordenadora da Central de Transplantes em Caruaru.

No HRA, participaram da palestra: enfermeiros, técnicos de enfermagem, residentes, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, recepcionistas, entre outros. Em Pernambuco, em 2022, foram realizados 1375 transplantes, entre órgãos sólidos e tecidos. Na lista de espera, há 2810 pessoas aguardando um órgão. Pode ser doador qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e que sua família autorize a doação dos órgãos ou tecidos. Algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV, impedem a doação. Para doar córneas, o doador pode ter tido morte com coração parado.

24 de maio, Dia Nacional do Café

Muito mais que uma bebida saborosa que nos acompanha em várias ocasiões, o café faz parte da História do Brasil, da História de Taquaritinga do Norte. Por este motivo, hoje, dia 24 de maio, comemoramos o Dia Nacional do Café. A segunda bebida mais consumida no Brasil depois da água.

Fruto que nos empodera, que nos coloca em um patamar de destaque no País, Taquaritinga do Norte, a Terra do Café. Taquaritinga a Terra do Festival do Café. Evento criado pelo Governo Municipal para empoderar essa preciosidade que a cidade cultiva.

Temos o melhor e mais raro tipo do fruto, o arábica típica, introduzido no Brasil, em 1727. O mesmo é cultivado nas sombras de grandes  árvores como pés de Ipê e Pau-Brasil. Por ser sombreado, o fruto demora mais tempo para maturar, sua colheita também é seletiva, os grãos maduros são colhidos primeiro, o que diferencia o gosto final.  

A cidade recebeu o título de Capital do Café em Pernambuco, ofertado pela ALEPE (Assembleia Legislativa de Pernambuco), no ano de 2019. É de Taquaritinga que sai mais 70% de todo café produzido em nosso estado. O Café é um patrimônio genético da cidade. Quem aqui visita, toma, pode levar para uso e presentear, além, de realizar visitas aos sítios de café.

Cerca de 400 produtores de café nortetaquaritinguese abastecem a produção de 20 rótulos no município atraindo turistas e aquecendo a economia local. Dessa forma, não há como negar: o café merece um dia especial no calendário do brasileiro.

E lógico que a gente não poderia deixar de homenagear este grão que tanto valorizamos e incentivamos sua produção.

Parabéns Café. Parabéns Taquaritinga do Norte por ser a Terra do Café!

Cinema no Calçadão Cultural: Belo Jardim recebe exibição de filmes ao ar livre

Vinte e cinco obras vão ser exibidas ao ar livre no Calçadão Cultural Ivanildo Ridomarques, na Praça da Estação, em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco. As exibições fazem parte da programação do VII Cine Jardim, e acontecem entre os dias 24 e 27 de maio, sempre às 19h.

A classificação dos filmes é livre para todos os públicos e a atividade tem programação para toda família. Os 25 curtas-metragens fazem parte da Mostra Rotas de Migração, umas das seis mostras paralelas do festival, e abordam temáticas do público jovem.

De acordo com o cineasta e produtor do Cine Jardim, Leo Tabosa, essa iniciativa visa democratizar o acesso ao cinema brasileiro no interior do País.

“Belo Jardim é uma cidade com menos de 80 mil habitantes e como outras centenas de cidades brasileiras não possui cinema. Passei minha adolescência na cidade de Caruaru, Agreste Central, sem uma sala de cinema ou qualquer projeto de festival ou mostra de cinema. Fazer cinema para mim era algo muito distante da minha realidade e hoje vejo em Belo Jardim jovens, que participaram das primeiras oficinas de formação, enveredarem pela cadeia de produção do audiovisual. Por isso é muito importante a adoção de políticas públicas voltadas para a efetiva democratização e interiorização do cinema”, pontua o produtor.

Confira a programação na íntegra dos quatro dias de mostra no Calçadão:

24 de maio, quarta-feira:
Hora: 19h

Remoinho
[Ficção | 12’ | 2020 | PB]
Direção: Tiago A. Neves
SINOPSE: Após um longo período de afastamento, Maria retorna à casa de sua mãe. Ela está decidida a sair do remoinho que a fez voltar.

Cercas
[Ficção | 20’ | 2022 | PB]
Direção: Ismael Moura
SINOPSE: Depois de perder a mãe, Maria precisa enfrentar seus medos e romper as cercas para o mundo.

Nem todas as manhãs são iguais
[Ficção | 18’ | 2022 | PB]
Direção: Fabi Melo
SINOPSE: Ana e o seu pai Luís retornam à casa da vovó. As lembranças, a dor e a saudade são vivenciadas e questionadas pela garota a partir da sua percepção sobre a vida e a morte.

Entre muros
[Ficção | 15’| 2021 | SP]
Direção: Gleison Mota
SINOPSE: José em suas férias escolares, é levado por sua mãe para o condomínio de luxo. Cercado pelos grandes muros, José quer brincar de bola na parte externa.

Maria
[Documentário | 9’ | 2021 | RS]
Direção: Guilherme Carravetta de Carli
SINOPSE: “Maria” é um sincero e emocionante pedido de desculpas. A partir de imagens de arquivo pessoal e através de diferentes intervalos espaciais e temporais, o filme apresenta uma relação entre uma avó e seu neto.

Eu não sei dançar, mas danço
[Documentário | 14’ | 2022 | SP]
Direção: Fábio Rogério
SINOPSE: Um cineasta vai à Espanha para exibir seu novo curta-metragem. Sem nenhum dinheiro para desfrutar dos luxos da cidade, ele vagueia pelas ruas e reflete sobre a sua condição de artista independente, em que tenta sobreviver sem ilusões de um falso glamour.

25 de maio, quinta-feira:
Hora: 19h

Trancinhas
[Ficção | 10’ | 2022 | MG]
Direção: Mariana Stolf
SINOPSE: Tamara, 16 anos, usa trancinhas no cabelo e é mal-humorada. Com o apoio de suas duas melhores amigas, Bárbara e Duda, está sempre arrumando confusão.

Apolo
[Ficção| 20’ | 2022 | PE]
Direção: Paulo de Sá Vieira
SINOPSE: Um projecionista de um cinema de rua vive sua rotina de trabalho até que um antigo frequentador vai ao local. Uma estranha relação se estabelece entre eles.

Cyntia
[Ficção | 11’ | 2021 | MG]
Direção: Rafael Diniz
SINOPSE: André, um jovem recém-formado em cinema e sem muita perspectiva, se frustra por não ter se tornado aquilo que gostaria de ser.

Helena
[Ficção | 9’ | 2022 | SP]
Direção: Paulo Ricardo
SINOPSE: Uma relação entre pai e filha que supera a temporalidade, marcada por uma música.

Céu
[Documentário | 16’| 2022 | PB]
Direção: Valtyennya Pires
SINOPSE: Entre imagens, silêncios e depoimentos, o documentário retrata a importância e o legado da louceira Maria do Céu, vítima de feminicídio em 2013, para a continuidade da cultura centenária de produção de louças na Comunidade Quilombola Serra do Talhado Urbano, em Santa Luzia.

Sem filtros
[Ficção | 5’ | 2022 | PE]
Direção: Heleno Florentino
SINOPSE: Alunos descobrem que machado de Assis era negro, apesar de não parecer nas fotos. Enquanto, Rafa, se percebe usando filtros que a embranquecem.

As coisas não vão mudar
[Documentário | 24’ | 2021 | PE]
Direção: Luiz Apolinário
SINOPSE: Sobre tudo que já mudou.

26 de maio, sexta-feira:
Hora: 19h

Acquarella
[Documentário | 15’ | 2021 | BA]
Direção: Catarina Brandão
SINOPSE: As experiências moldam a forma como enxergam a vida circense, com todos os seus desafios e maravilhas.

Antes de falar de amor
[Ficção | 8’| 2021 | MG]
Direção: SARAH TAVARES
SINOPSE: Luana quer brincar com uma antiga câmera que encontra na casa de sua avó. Enquanto os adultos conversam, a garota explora a casa, seus objetos e os arredores, sem imaginar que alguém se aproxima sorrateiramente.

O plantonista do dia
[ Ficção | 17’ | 2022 | RJ ]
Direção: Alan Ribeiro
SINOPSE: Dona Maria tem 90 anos. Seus 4 filhos se revezam para cuidar dela em plantões de 24 horas.

Mamãe!
[Ficção | 19’ | 2021 | BA]
Direção: Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
SINOPSE: Lá fora, o fim do mundo. Aqui dentro, Rafaela é mãe.

Pedra do Cabloco
[Documentário | 12’13” | 2021 | PE]
Direção: Heleno Florentino
SINOPSE: Uma viagem pela Pedra do Caboclo no agreste Pernambucano. Imponente e quase sagrada para alguns.

Lente de aumento
[Ficção | 15’ | 2022 | RJ]
Direção: Pedro Lucas de Castro
SINOPSE: Decidido a seguir um sonho, jovem se depara com dolorosos obstáculos impostos pela sociedade.

27 de maio, Sábado:
Hora: 19h

Quarentena
[Ficção | 6’ | 2021 | PR]
Direção: Adriel Nizer, Nando Sturmer
SINOPSE: Brasil. É noite. Mãe e filho descobrem que não estão sozinhos durante a quarentena.

A botija, o beato e a besta-fera
[Ficção | 12’ | 2021 | PE]
Direção: Tulio Beat
SINOPSE: Após um sonho, Beato enfrenta um dilema: ir atrás da botija e sucumbir à ganância ou se resignar na fé de dias melhores.

Entre a Serra e a Malhada
[Documentário | 17’ | 2021 | PE]
Direção: Raquel Santana e Cauê Kamalesha
SINOPSE: Entre a Serra e a Malhada é um curta-documentário que retrata vivências agroecológicas nas comunidades Malhada de Pedra e Serra dos Pintos, em Caruaru-PE.

Paola
[Documentário | 16’ | 2022 | PE]
Direção: Ziel Karapotó
SINOPSE: Paola e Ziel cresceram no território indígena Karapotó, no interior de Alagoas, porém em suas juventudes acabaram seguindo caminhos diferentes.

Para que não se acabe
[Documentário | 20’ | 2021 | PE]
Direção: Joyce Noelly e Davi Batista
SINOPSE: O filme retrata de forma documental a produção de goma em Serrote dos Bois, sítio de Caruaru, abordando as etapas de produção e a revenda na Feira da Goma, localizada na Feira de Caruaru.

Arte pra mim
[Documentário | 21’ | 2022 | PE]
Direção: Cláudio Neto
SINOPSE: O filme lança um breve olhar sobre as perspectivas de 12 estudantes de uma escola pública da Zona da Mata de Pernambuco e suas relações com diferentes formas de expressão artística no cotidiano.

Mostra traz a luta da mulher no futebol e a história da Copa feminina

exposição rainhas de copas, museu do futebol

A contagem regressiva para a estreia da seleção feminina de futebol na Copa do Mundo deste ano, na Austrália e na Nova Zelândia, chega a dois meses nesta quarta-feira (24). O maior evento da modalidade serve como inspiração para a exposição “Rainhas de Copas”, que é realizada no Museu do Futebol, em São Paulo, desde 28 de abril.

Mais do que contar a história das Copas femininas e da participação brasileira, a exposição apresenta a luta das mulheres por espaço no esporte mais popular do planeta. Ela parte de 1988, quando foi realizado um torneio experimental com 12 seleções na China, embrião do primeiro Mundial da Federação Internacional da modalidade (Fifa), quatro anos depois, no mesmo país.

Apesar de o evento-teste não ter sido televisionado, a mostra traz imagens raras de lances e gols do Brasil, além do acervo das próprias atletas e recortes do Jornal dos Sports, que teve a repórter Cláudia da Silva como única jornalista do país a cobrir a competição. No espaço destinado a 1988 há, inclusive, uma foto da sueca Pia Sundhage, então jogadora e, hoje, técnica da seleção brasileira.

“Quando a gente pesquisa sobre 1988, descobre a Cláudia e passa a fazer contato com aquelas jogadoras, pioneiras, criamos vínculos com elas. É dessa forma que resgatamos as histórias, procurando em acervos da hemeroteca para confirmar dados, trazendo fotos das próprias atletas, porque não existe cuidado nenhum com a memória do futebol de mulheres no nosso país”, destacou Juliana Cabral, ex-zagueira da seleção feminina do Brasil e uma das curadoras da exposição, ao lado de Aira Bonfim, Lu Castro e Silvana Goellner.

“Muito do que as pessoas vão percorrer [na mostra] é o que estava nas mãos daquelas rainhas que vivenciaram aquilo. É também uma homenagem a todas as mulheres que estiveram em campo por algum momento, mas, infelizmente, pela falta de estrutura e preconceito, não conseguiram se tornar rainhas”, completou a ex-atleta, que representou o Brasil nas Copas do Mundo de 1991 e 1995 e que conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004.

A exposição transita pelas Copas de 1991 a 2019, com a ficha técnica das partidas da seleção e registros marcantes, como a reconstituição do primeiro gol verde e amarelo em Mundiais (que não tem imagens) – de Elane sobre o Japão na edição inaugural do evento – ou o vídeo com o golaço de Marta contra os Estados Unidos na semifinal de 2007. Apresenta também diversas reivindicações de atletas durante a competição, a exemplo da foto das brasileiras segurando um cartaz com a mensagem “Brasil, precisamos de apoio”, justamente após o vice-campeonato de 16 anos atrás, melhor campanha do país.

“Tem muita gente falando sobre o futebol de mulheres no país que não conhece a história, que não sabe que a mulher foi proibida de jogar no país [devido a um decreto de 1941, que perdurou até 1979], que não sabe que as categorias de base [femininas] surgiram faz pouco tempo, depois da obrigatoriedade da Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol], em 2019 [exigindo que os clubes participantes dos torneios continentais tivessem equipes femininas profissionais e de formação]”, disse Juliana.

“Então, conhecer a história, as protagonistas, é extremamente importante para que as pessoas entendam o contexto atual. Quem vier à exposição conseguirá ver que nada nunca foi cedido à mulher. Ela sempre lutou muito para ocupar esse espaço, com muita bravura e qualidade”, completou a curadora e ex-atleta.

Na última sala da exposição, o visitante confere um painel interativo no qual pode conhecer a trajetória das jogadoras que já representaram o Brasil nas Copas do Mundo. Entre elas estão Marta, Cristiane, Formiga, Pretinha, Kátia Cilene, Sissi e a própria Juliana, que se tornaram as referências que elas próprias não tiveram na carreira. Há, ainda, uma réplica do troféu do Mundial, que a seleção brasileira tentará conquistar pela primeira vez.

“Acho que temos bons nomes [na atual seleção], uma base que, talvez, não brilhe nesta Copa, mas é um futuro muito promissor. Quem já está atuando e nunca disputou uma Copa, tenho certeza de que, por tudo que vem fazendo pela seleção, fará um grande Mundial. E a gente quer isso: colocar cada vez mais nomes das rainhas que puderam pisar em campo, defender a seleção, e que a luta continue para a mulher estar sempre dentro de campo”, concluiu Juliana.

O ingresso para visitar a exposição “Rainha de Copas” custa R$ 20,00 (meia R$ 10,00), sendo que crianças até sete anos não pagam. O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, no Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu). A mostra vai até 27 de agosto e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (horário de Brasília), com entrada até 17h.

Caruaru recebe a Feira de Empregabilidade com 50 vagas de empregos e estágios

Abrir novos caminhos no mercado de trabalho. É com essa proposta que o Grau Técnico Caruaru promove, nesta quinta-feira (25), das 9h às 13h, a 5ª edição da Feira de Empregabilidade. Serão mais de 50 oportunidades de empregos e estágios, palestras e dicas para o mercado de trabalho. A entrada é gratuita e o evento acontece na própria unidade, localizada na Rua Nunes Machado, 352A, no bairro Nossa Sra. das Dores.

De acordo com Carla Lima, coordenadora da Agência de Encaminhamento do Grau Técnico Caruaru, o momento é uma ótima oportunidade para a sociedade caruaruense. “Nosso principal objetivo é ofertar vagas para os alunos e para toda comunidade geral. Temos várias empresas participando, ofertando vagas de trabalho e também de estágio. Nossa meta é otimizar o caminho para o mercado de trabalho. Temos certeza que será um sucesso”, disse.

Além das vagas, os interessados irão contar com uma programação completa como serviços de saúde, capacitações e orientações, espaço de beleza para candidatos e dicas de maquiagem ideal para entrevistas e palestras diversas.

Sucesso absoluto por onde passa, a Feira de Empregabilidade é promovida pela rede Grau Técnico e já marcou presença em Petrolina (PE), Maceió (AL), Campina Grande (PB), Natal (RN), Camaragibe (PE), Salvador (BA), Garanhuns (PE), Vitória (ES), Recife (PE) e em muitos outros lugares.

Maior rede de ensino técnico particular do país, o Grau Técnico é o carro-chefe do grupo Grau Educacional e oferece mais de 30 cursos nas áreas de saúde, tecnologia, indústria, gestão e negócios. A duração dos cursos varia de 18 a 24 meses, com aulas três vezes na semana. Atualmente o grupo conta com mais de 200 mil alunos, em 130 unidades presentes em todo País.

Serviço:

Feira de Empregabilidade

Quinta-feira, 25 de maio, a partir das 9h

Entrada gratuita

Caruaru Shopping recebe primeiro hospital-dia da região, o Intensiva Day

Será inaugurado, nesta sexta-feira (26), em Caruaru, o Intensiva Day Hospital, o primeiro hospital-dia da região. A proposta deste modelo de atendimento hospitalar é prestar uma assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial para realização de procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na unidade por um período de até 12 horas.

O modelo de hospital-dia iniciou na Europa e Estados Unidos, mas já é uma realidade consolidada no Brasil e tem o objetivo de trazer mais economia e menos risco de infecção para os pacientes, reduzindo os custos para os planos de saúde e ajudando a desafogar o trânsito nos grandes hospitais.

Localizado no Caruaru Shopping, os sócios do empreendimento, um grupo da Bahia e de Alagoas, vislumbraram na Capital do Agreste a construção deste novo modelo de hospital. “Caruaru é uma cidade polo, que atende toda uma região. Após algumas pesquisas de mercado, constatamos que seria o lugar ideal para o nosso empreendimento. O conceito de hospital-dia nos leva a outro patamar, pois estamos saindo do modelo tradicional de hospital para uma unidade hospitalar com tecnologia de ponta, humanização, mas que libera o paciente em até 12 horas. É uma quebra de paradigmas, mas que já é uma realidade nos países de primeiro mundo”, explica o médico e responsável técnico do Intensiva Day Hospital, Luciano Ferreira de Souza.

O espaço tem uma área total de 3.100 m², sendo a primeira etapa inaugurada com 1.800 m², e contará com um moderno centro cirúrgico, equipado com aparelhos de última geração e alta tecnologia para cirurgias de baixa e média complexidade, consultórios, salas de pequenos procedimentos ambulatoriais, laboratório de análises clínicas, serviço de imunização (sala de vacinas), leitos individuais e coletivos, centro de Gastroenterologia (endoscopia e colonoscopia), entre outros. O investimento está estimado em cerca de R$ 15 milhões para a execução e a operação.

 

Tecnologia e baixo risco de infecções

A escolha pelo modelo de “hospital-dia” visa trazer mais segurança e agilidade para médicos e pacientes. No local não haverá internamentos prolongados, nem emergência, oferecendo muito menos riscos de infecção hospitalar do que um hospital convencional.

“Além disso, teremos a tecnologia ao nosso favor. Será possível, por exemplo, o médico falar com a família do paciente sobre determinado procedimento ainda no bloco cirúrgico, por meio de um sistema de comunicação. Sem contar que todos os leitos possuem uma tecnologia com assistente virtual que automatizará os serviços e será capaz até de facilitar a chamada dos enfermeiros”, comenta

a médica e sócia do Intensiva Day Hospital, Maristela Machado.

Outra tecnologia importante presente em poucos hospitais do país e que fará parte do Intensiva Day diz respeito ao sistema de ar-condicionado. Em todo o ambiente o ar é filtrado com filtros especiais e renovado constantemente. No bloco cirúrgico há um sofisticado sistema de insuflação e renovação de ar que protege o paciente dentro do campo cirúrgico, evitando o contato com o meio externo e, consequentemente, diminuindo o risco de infecções.

Grupo Intensiva

Com o slogan “Gente que cuida de gente”, o Grupo Intensiva existe há mais de 30 anos e tem como missão cuidar intensivamente das pessoas. Fundado em Salvador, associou-se ao grupo da Neuroal de Alagoas formando a NeuroIntensiva. O grupo conta com uma larga experiência em gestão em saúde, uma moderna infraestrutura tecnológica à disposição do paciente, com uma assistência de excelência, proporcionando aos pacientes e seus familiares um ambiente acolhedor e humanizado

Em Brasília, governadora Raquel Lyra tem agenda com Banco Mundial para discutir investimentos para Pernambuco

Em agenda realizada em Brasília nesta terça-feira (23), a governadora Raquel Lyra dialogou sobre as possibilidades de captação de recursos para o desenvolvimento de Pernambuco. Em encontro com líderes do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a chefe do Executivo estadual conversou sobre a prospecção de projetos em áreas como segurança hídrica, energia, infraestrutura rodoviária e mobilidade urbana.

“Estive em Brasília, em conversa com o Banco Mundial, para buscar recursos em projetos capazes de melhorar a condição de vida dos pernambucanos, além de elevar a competitividade do Estado”, destacou a governadora Raquel Lyra.

No encontro, a chefe do Executivo também tratou sobre dois projetos já pré-aprovados pelo Banco Mundial. Um deles foi o Programa de Saneamento Rural do Estado de Pernambuco (Prosar), que tem o objetivo de realizar projetos e obras voltadas para o aumento e melhoria do abastecimento de água da população rural de regiões do Estado. E o outro foi o Pernambuco Agroecológico, que visa transformar os sistemas produtivos dos agricultores familiares do Estado em sistemas agroecológicos e orgânicos. 

Acompanharam a governadora na agenda os secretários estaduais Fabrício Marques Santos (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional) e Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos). O Banco Mundial esteve presente com a equipe formada por Johannes Zutt, diretor do Brasil para o Banco Mundial; Sophie Naudeau, gerente de Operações; Luis Alberto Andres, líder setorial de Infraestrutura, e Renato Nardello, líder Escorial do desenvolvimento sustentável.

STF começa a discutir alteração na lei sobre homicídio em acidente de trânsito

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta terça-feira (23), o pedido de um homem responsável por acidente de trânsito com vítima fatal que pretende que o crime seja enquadrado como homicídio culposo (sem intenção), e não na modalidade de dolo eventual (em que o autor não quer atingir o resultado, mas assume o risco de produzi-lo), em razão de mudança na legislação sobre a matéria. O tema é discutido no agravo no Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC 208341), cujo julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.

Colisão

O caso ocorreu em 2013, em João Pessoa. De acordo com a denúncia, J.P.B.I.S. conduzia seu carro, sob a influência de bebida alcóolica, quando colidiu com outro veículo, matando uma pessoa e ferindo outra. O juízo de primeiro grau decidiu submetê-lo ao Tribunal do Júri pela prática dos delitos de homicídio simples doloso e lesão corporal grave.

Lei mais benéfica

O Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJ-PB) manteve a decisão em relação à vítima fatal, mas desclassificou a lesão corporal grave para leve. Em novo recurso, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa alegou que a Lei 13.546/2017 alterou dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e criou a figura do homicídio culposo sob a influência de álcool, mais benéfica ao réu.

Provas

O STJ, contudo, negou o pedido, por considerar que a decisão de submeter o caso ao júri se baseou em amplo conjunto de provas. Filmagens revelaram que o motorista havia consumido bebidas alcóolicas durante pelo menos três horas antes do acidente, e o laudo pericial atestou que ele dirigia em velocidade muito superior à permitida na via.

No STF, a defesa reiterou o argumento de que o juízo de origem deveria proferir nova decisão com base na nova legislação. O ministro Edson Fachin (relator) negou provimento ao recurso, e contra essa decisão foi interposto o agravo.

Jurisprudência

Na sessão de hoje, o relator manteve a compreensão de que o juízo de origem, com base no conjunto probatório, afastou a tipificação culposa por entender que os elementos indiciários contidos na denúncia caracterizam, em tese, o dolo eventual. Além de dirigir embriagado e em alta velocidade, o acusado avançava em cruzamentos cuja preferência não era sua.

Para o ministro, a alteração legislativa não implica o entendimento de que todo homicídio praticado sob influência de uso de álcool na condução de veículo seja necessariamente classificado como culposo, especialmente quando houver elementos indicativos de que o motorista assumiu o risco do resultado danoso.

Norma benéfica

Para o ministro Nunes Marques, que divergiu do relator, a alteração do CTB afastou a aplicação automática do dolo eventual simplesmente pela suposta embriaguez do autor do homicídio. A seu ver, a alteração legislativa constitui, em tese, norma penal mais benéfica, pois prevê penas menores do que as previstas no Código Penal para crime de homicídio ocorrido no trânsito em modalidade dolosa. Uma vez que a lei foi editada quando o processo ainda tramitava no STJ, ele entende que o acusado tem o direito de ter seu caso reexaminado pelo juízo competente considerando, entre as normas aplicáveis, a nova legislação.