Artigo: Lembre-se, estamos numa democracia

Por Tiê Felix 

De vez em quando é bom lembrar que o Brasil é uma democracia, ainda que alguns a apontem como uma democracia nova e imatura. Em qualquer democracia todos aqueles que chegam ao poder são apontados, ainda que de forma medíocre, pelo próprio povo. Quer queiramos ou não, aqueles que lá chegam somente o conseguem por intermédio do voto popular. Todos são representantes através dos votos de muitos.

A questão é:porque mesmo sendo nós tão críticos no nosso cotidiano, ainda assim, votamos em canalhas e deixamos um sistema corrupto nos dominar de uma forma tão descarada como vemos? Talvez a dura resposta seja aquela de sempre.

Gostamos da corrupção, muitos vivem dela e tantos, vez ou outra, se beneficiam dela agradavelmente. O sistema de poder no Brasil é apodrecido pelas relações sociais marcadas por violência moral constante, em todos os âmbitos de nossa sociedade.

A subalternidade se mantém. Aquele mesmo que questiona antes, se cala na hora de falar por que teme a violência da imoralidade nacional. Estamos cheios de uma pretensa oposição, quando somos pouco democráticos e temos pouca capacidade de concessão de direitos e oportunidade.

Queremos tudo para o nosso privado, para os nossos colegas e particulares. Se cada cidadão pudesse colocaria somente aqueles seus que qualquer um por valor particular. Isso resulta do modo pelo qual vivemos as relações sociais cotidianas.

Sérgio Buarque em seu “Raízes do Brasil” faz a análise mais sucinta no que diz respeito a esse modo de viver à brasileira. A democracia é um mal entendido no Brasil porque somos personalistas e incapazes de instituir uma verdadeira burocracia nos termos de um Estado moderno. A burocracia só existe para aqueles que não conseguem acessar o aparelho do Estado em seu favor.

A democracia no Brasil diante mão não o é pelo seu próprio funcionamento interno; não existe democracia porque não existe uma sociedade democrática. O Brasil ainda vive tempos pré-históricos como democracia, simplesmente porque a grande maioria desconhece o que realmente constitui uma democracia, inclusive intelectuais.

Se quiser comprovar pergunte por ai.

 Tiê Felix é professor. 

Coluna: Agora que o Carnaval passou

Por Menelau Júnior

Dizem que no Brasil o ano só começa depois das festas de Momo. Se é assim, este será nosso primeiro fim de semana de 2015. E na próxima segunda, o primeiro dia de semana realmente útil.

E já que a folia passou, talvez fosse o momento de criarmos um pouco de vergonha na cara. Já não é hora de realmente nos indignarmos com o cinismo petista, que insiste em exaltar corruptos e negar seus crimes de lesa-pátria? Já não é hora de pararmos de fingir que somos um povo pacífico – mesmo sabendo que nos matamos à ordem de mais de 50 mil por ano?

Passado o carnaval, já não é hora de assumirmos o ônus do estelionato eleitoral a que muitos se curvaram – uma candidata que, agora se sabe, faltou com a verdade o tempo inteiro com o único objetivo de se reeleger? Não é  o momento de deixarmos de lado a gastança ensandecida e irresponsável dos últimos anos e economizarmos para os dias duros que estão por vir?

Também não é o momento de termos mais responsabilidade com o ambiente – o que significa economizar água e energia? E também não é  hora de refletirmos sobre o fanatismo religioso – que encontrou sua mais brutal expressão no grupo terrorista Estado Islâmico?

Passada a farra, é hora de exigir de nossos representantes medidas eficazes para acabar com a impunidade. O que fazer com os bandidos e assassinos travestidos de “menores”? O que fazer com o tráfico de drogas, que dizima parte de nossa juventude?

Enfim, seria bom que deixássemos de ser tão “farristas” e fôssemos mais responsáveis com nosso futuro. Que fôssemos menos hipócritas e mais severos com aqueles que nos enganam. Menos partidários, menos militantes, menos fingidos. Enfim, mais honestos – independentemente dos cargos que nos oferecem para silenciar diante da corrupção deslavada.

É pedir muito, eu sei. É acreditar muito – inclusive naquilo em que nem se pode mais acreditar. Afinal, vivemos num país em que tudo é motivo para comemorar, em que “roubar” faz parte do jogo político e em que hipocrisia é regra. Por isso tanta gente gosta do carnaval. Se a gente pensar direitinho no país que aí está, a gente chora. E rir não é o melhor remédio?

Menelau Júnior é professor

OPINIÃO: Dilma desmonta a classe C

Por FERNANDO CANZIAN*

O início do segundo mandato de Dilma Rousseff caminha para dar cabo ao que a presidente começou em sua primeira gestão: o desmonte da chamada “nova classe C”. Um retrocesso que marcará o Brasil e a biografia da presidente. Recessão com inflação alta conspiram para fazer o serviço.

Entre empresários já se fala em queda de mais de 2% do PIB neste ano, com aumento do desemprego. E inflação acima de 8%.

PIB “zerado” do ano passado, paralisia nos investimentos das empresas, Petrobras, queda abrupta no consumo e provável racionamento de energia e água derrubarão a economia, por um lado.

De outro, é um clássico entre empresas no Brasil cortar custos (demitir e produzir menos) na crise e tentar manter margens de lucro, mesmo à custa de vender menos. A competição dos importados para impedir esse comportamento estará comprometida por conta do dólar mais caro, que encarece a compra de produtos similares vindos do exterior.

A inflação renitente veio para ficar por algum tempo, agora inflada com energia, combustível e outras tarifas mais caras. Para derrubá-la, haverá mais sacrifício em termos de crescimento.

A principal conquista das últimas décadas no Brasil, a ascensão de mais de 40 milhões à chamada “classe C” (hoje 54% da população), será a primeira grande vítima desse processo.

O último Datafolha dá uma pista: na média do país, a popularidade de Dilma despencou 19 pontos entre dezembro e fevereiro. Entre todas as regiões, foi no Nordeste, esteio eleitoral e de popularidade de Lula e Dilma, onde o tombo foi maior: 24 pontos.

O Nordeste foi a locomotiva da ascensão social nos dois governos Lula. A região cresceu em velocidade “chinesa” durante vários trimestres antes de Dilma, tirando milhões da miséria.

PAÍS POBRE

Mas, mesmo com todo o “boom” dos anos Lula, o Brasil segue um país pobre: 67% das famílias têm renda mensal até R$ 2.172,00. Qualquer corrosão no poder de compra via inflação (principalmente de alimentos, onde o grosso é gasto) destrói o orçamento de dois terços da população. É isso o que está em curso.

O inferno em que Dilma se meteu em termos de popularidade é o espelho do inferno em que ela meteu quem se acostumou a ascender ano a ano até meados de seu primeiro mandato. Isso acabou.

O Datafolha mostra pânico entre os entrevistados: 62% esperam mai d(eram 39% há dois meses) e 57% que o seu poder de compra caia (34% em dezembro).

Será devastador sobre o consumo o sentimento de que as coisas tendem a piorar, afetando produção, emprego e toda a capilaridade da economia.

Principalmente quando as coisas de fato estiverem piorando, como já estão. Diz muito o fato de, em janeiro, os saques líquidos (depósitos menos retiradas) das cadernetas de poupança terem sido os maiores desde 1995, em um total de R$ 5,5 bilhões. Está faltando dinheiro entre as famílias.

A conjuntura já seria ruim o bastante se não fosse o fato de Dilma ter arruinado também os “subterrâneos” da economia. Agora, a presidente precisa cortar e aumentar impostos para economizar cerca de R$ 66 bilhões em 2015 e, minimamente, readquirir alguma credibilidade.

Vai doer. Vale a pena rever uma das principais campanha do PT na eleição. Visionários.

*Texto extraído da Folha.com.

Opinião: Alguns problemas morais

Por Tiê Felix 

Em certos tempos de crise moral a inversão de valores e o moralismo excessivo tomam a frente do rumo das ideias e concepções das pessoas. É aquela conduta cristianizada de quem passou toda a vida em pecado e resolve do dia pra noite servir ao bem e ao justo para assim superar as suas máculas e as da sociedade. Agora que se vê claramente qual é a identidade brasileira – do progresso submisso a ordem – muitos querem resolver tudo com apenas um gesto, aquele mesmo do senhor de engenho. Estamos fadados ao paliativo porque a reflexão não é um habito dominante em nenhum setor da sociedade.

Como vivemos toda nossa história sob a égide de uma dominação impositiva, a consciência de si brasileira é pouco clara. Mesmo numa reflexão séria sobre temas tão problemáticos como a corrupção endêmica pela nossa ignorância sistemática corremos o risco de reafirmar a mesma estrutura de poder que desde sempre condena o Brasil ao fracasso. Em um país de fracassados o moralismo é o melhor caminho para a resolução de dilemas morais coletivos. A vergonha que sentimos, ainda que travestida de crítica, nos indica que nosso trabalho é em em vão, que o Brasil não é capaz de reconhecer coisa alguma, nada que lhe apareça e que possa encaminha-lo a algum rumo a algum projeto.

De agora em diante corre-se o risco de vivenciarmos um retorno exploratório em todos os setores do trabalho em função da ideia generalizada de que é cultural as práticas corruptas. Esse provavelmente é o maior argumento em favor de um aumento exploratório, sobretudo daqueles mais fragilizados numa sociedade de senhores. Não nos esqueçamos que o lado mais fraco sempre perde e que de agora em diante o discurso moralista irá se fazer presente em vários setores da nossa sociedade com o fim de erradicar o mal da corrupção no interior das nossas relações sociais.

A palavra crise está por demais desgastada. Precisamos perceber que a crise no Brasil nos é peculiar e não trivial.

Tiê Felix é professor.

Opinião: O Estado faliu

Por Tiê Felix

Somente numa democracia de palhaços é que um homem do naipe de Renan Calheiros fala em democracia. Somente num país sem história é que é possível uma câmara de vereadores ter um auditório com o nome de um vereador que há mais de 20 anos não sai do seu lugar e já se homenageia mesmo vivo. É a democracia dos palhaços.

O Estado faliu, a sociedade está prestes a ruir se já não estiver ruído. Nenhum órgão público funciona exatamente como devia; o dinheiro que era pra ser não é. Hoje sabemos que é de propósito. Não funciona de antemão já para que novos recursos venham e mais roubos aconteçam.

Todos querem tirar sua parte. Somos realmente aproveitadores.

Mesmo com a anunciação do novo nome para a Petrobras os escândalos não param de se suceder. A vergonha é grande, somente pra quem tem vergonha. Chego a pensar que se não houvesse o mínimo de código moral e religioso neste país estaríamos muito próximos de uma anarquia violenta como já vemos também. Só no Rio de Janeiro são tantos tiros que as balas estão perdidas encontrando corpos. Por aqui liga-se para a polícia mas não se atende. O 190 não funciona. A sociedade que é roubada responde de forma semelhante. Porque tantos ladrões, porque mesmo quando se faz um “pacto pela vida” se mata mais? Porque aqueles que deveriam ser exemplares, já que instituem, não o fazem, são ladrões. São extremamente ignorantes, essa é a verdade.

E se roubassem isso ou aquilo tudo temem todo lugar do mundo existe ladrão. O problema é que eles roubam tudo, até a dignidade e o serviço da sociedade. Quem não se sente, honestamente, deslegitimado em um país em que o que é é apenas de fachada? O serviço prestado, até bem intencionado, é logo relegado ao segundo plano em nome do faz de conta que toma conta de todas as instituições de hospitais até universidades. Onde só tem aproveitador mesmo aquele que é honesto termina por ceder as maracutaias.

A crise está longe de acabar e o remédio para ela somente vem do povo, se ao menos o povo não for tão hipócrita quanto são os nossos políticos. Mesmo falando de impeachment acho improvável que isso ocorra já que somos autoritários e sem vergonha em maioria, semelhante aos nossos representantes. Ninguém mais queira dizer que nem todo político é ladrão; eles mesmos não fazem questão de mudar essa frase, são egocêntricos demais para isso.Não estão nem ai!

Que a sociedade aprenda com o que sente na pele com todos estes aumentos abusivos.Todas as contas estão chegando e para quem é honesto o Brasil é por demais oneroso e o retorno é ridículo.

Tiê Felix, professor.

Opinião: Presidente franciscano

Por José Lucas da Silva

O que mais chama a atenção do visitante no pequeno, mas organizado Uruguai, não são as atrações turísticas de Montevidéu. Nem as rodovias bem conservadas e as cidades limpas do país vizinho. Nem o teleférico que conduz o visitante a uma bela praia em Piriápolis. Nem a interessante Playa de los Dedos no famoso balneário de Punta Del Este. Nem a conservada cidade histórica de Colonia Del Sacramento. Mas a popularidade do presidente da República Oriental do Uruguai.

Quando se chega à rodoviária Tres Cruces na capital, logo se ouve falar bem do presidente de singular estilo de vida. Os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, os guias de turismo, entre outros, se referem a José Mujica com palavras elogiosas, não importando se o assunto é puxado por um nativo ou visitante.  Esse senhor de quase oitenta anos é admirado em seu país e no exterior pelo seu jeito simples de viver, mesmo na condição de primeiro mandatário do país.

Ao ser eleito não quis fixar residência no palácio presidencial no centro de Montevidéu. Preferiu continuar morando em sua chácara num bairro periférico da capital, onde cria galinhas e bois. Também renunciou ao veículo oficial e se desloca para seus compromissos num fusca azul 1987, à semelhança de um cidadão comum. Segundo os uruguaios, até a sua linguagem é a de um homem simples do campo.

Pepe Mujica, como é carinhosamente chamado, é desapegado até de seu salário de presidente. Como já é aposentado, ele doa o dinheiro aos pobres e justifica a sua atitude dizendo “pobres não são os que têm pouco. São os que querem muito! Eu não vivo na pobreza, vivo com austeridade, com a renúncia. Preciso de pouco pra viver.”

Num encontro internacional de chefes de estado, um sheik árabe ofereceu um milhão de dólares – pasmem ! – pelo seu fusca, que não vale mais que três mil dólares. Ficou surpreso com a generosa proposta, mas não vendeu. Disse que ia pensar no caso. O líder uruguaio ainda não sabe o que faria com o dinheiro: está em dúvida se doaria para a universidade tecnológica ou para o programa de moradias populares.

Além de sua notória humildade, Mujica também é conhecido por suas ideias revolucionárias, como essa sobre o poder: “O poder não muda as pessoas, só revela quem realmente são”. Ao comentar a prioridade que o seu governo dá à educação, ele assim se expressou: “Vamos investir primeiro em educação, segundo em educação, terceiro em educação. Um povo educado tem as melhores opções na vida, e é muito difícil que os corruptos mentirosos os enganem.”

Esses motivos são suficientes para entendermos porque Pepe Mujica é tão querido em seu país. Muitos uruguaios afirmaram que ele só não foi reeleito no último pleito, porque a constituição do país não contempla o instituto da reeleição. No próximo dia primeiro de março, ele passa a presidência para Tabaré Vázquez, que já foi presidente antes de Mujica. Assim o governo do pequeno país sul-americano passa das mãos de um agricultor para as de um médico. Torcemos para que o povo uruguaio continue a ter um chefe de estado sério e comprometido com as causas populares.

José Lucas da Silva é professor 

Opinião: Sete “elefantes brancos” na Câmara de Municipal de Caruaru.

Por Hérlon Cavalcanti

A Câmara de Vereadores de Caruaru, a casa do povo, a casa das grandes discussões politicas. Essa casa que nos últimos anos, passa momentos delicados com os desfechos da operação ponto final 1 e 2, proferido pela justiça e seus órgãos competentes. Na realidade Caruaru espera que de fato sejam apurados e que os culpados venham a ser punidos ou absorvidos.

Mais o que me levou de fato como cidadão a pensar escrever esse texto que trás o titulo sete “elegantes Brancos” na Câmara de Vereadores de Caruaru?

Então vamos lá!

Em 2012 a Câmara de Vereadores através da sua presidência que naquela época ocupada pelo vereador do PCdoB Lícius Cavalcanti na entrega da reforma estrutural, em conjunto com os demais vereadores, aprovaram em requerimento a ideia de construir sete estátuas de personagens que marcaram a nossa história.

Confesso que a ideia é muito salutar com a intenção de valorização da nossa gente, da preservação da memoria e da nossa história. O processo de escolha se deu envolvendo alguns integrantes da ACACCIL, pesquisadores e memoristas da cidade que depois de alguns debates, chegaram à conclusão dos setes personagens escolhidos, são eles:

Joao Salvador (Primeiro 1º Prefeito de Caruaru)

Prazeres Barbosa (Professora e Atriz)

Lidio Cavalcanti (Poeta, Compositor e Radialista)

João Condé (Escritor e Advogado)

Luísa Maciel (Poetisa e Artista Plástico)

Álvaro Lins (Escritor e critico literário)

Azulão (Cantor e compositor)

As estátuas foram confeccionadas pelo artista Plástico Manoel Claudino da Silva, do ateliê das Artes de Pesqueira. A Câmara informou, ainda, que sondou o artista plástico Caxiado para criar os monumentos, mas, por questão de custos e prazo de entrega, acabou contratando outro profissional. Enfim as obras de artes foram pouco a pouco sendo construídas e entregues a Câmara e a população de um modo em geral, ocupando o lado esquerdo do hall de entrada da casa.

Depois de entregues as obras, podemos observar, e no meu caso como filho de um dos homenageados (Lídio Cavalcanti), que o resultado final não foi nada agradável, as estátuas quase nada têm haver com a realidade física dos personagens trazidos, os traços dos rostos ficaram diferentes, mal acabados mudando a fisionomia e o perfil dos homenageados. Uma obra que custou aos cofres públicos muita grana, e pelo seu resultado final tornou-se caro. Mais tudo bem a intenção de fazer a história acontecer superava esses obstáculos.

Passado dois anos desse feito, hoje resolvi trazer uma discussão que vai além de questões politicas, vai além de picuinhas ou qualquer outra coisa.

O problema é que as estátuas foram construídas e nunca houve por parte da Câmara a preocupação e o respeito de se fazer uma solenidade de entrega à população, ou um ato simbólico, em respeito aos familiares dos personagens escolhidos que já se foram e aos vivos como: Azulão e Prazeres Barbosa.

Muitas são as possibilidades de fazer um evento político e cultural, uma situação que não se alcança pela limitada compreensão do que é uma casa do povo e do que fazer quando chama para si situações que poderiam dialogar com uma mudança cultural de seu lugar.

O único sentido que acaba sendo possível pensar é que ideias interessantes acabam virando meros objetos sem sentido e entulhando cada vez mais o vazio que um espaço político precisa construir para sua cidade.

A casa do povo não consegue se fazer em homenagem ao povo que faz sua história.

O futuro é que vai dizer se aquelas estátuas de fato possam virar monumentos de busca de estudos por parte das escolas, alunos e profissionais da área, ou então serão esquecidas largadas ao leu, virando de fato “elefantes brancos” manchando a memoria de tantos que fizeram de suas vidas uma verdadeira entrega de amor e arte por Caruaru.

Hérlon Cavalcanti- Escritor e jornalista

Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br

Artigo: Como diminuir calorias na alimentação em 5 passos

Por Vinícius Possebon

Um dos desafios que mais fazem com que as pessoas desistam da dieta é a reeducação alimentar. Muita gente acha que precisa passar fome para emagrecer, mas não é verdade. Descubra neste artigo como diminuir calorias na alimentação e, mesmo assim, se sentir saciado em todas as refeições.

Para entendermos como esse processo funciona, inicio relembrando que caloria é energia. Desta forma, você sabe que, se entra mais caloria do que você gasta, o ganho de peso é inevitável. Na via contrária, se você gasta mais caloria do que consome, há perda de peso.

Isso, no entanto, não é nenhuma novidade para você, certo? Na verdade, o que está sabotando a sua dieta para emagrecer é justamente essa história de ter que diminuir as calorias na alimentação e acabar passando fome.

Nos primeiros dias, você até aguenta o tranco, mas depois, a tentação é maior, você acaba comendo demais e adeus regime!

Para evitar esse problema, eu recomendo fortemente que você faça algumas mudanças permanentes na sua alimentação para diminuir calorias e, mesmo assim, não passar fome e conseguir emagrecer permanentemente.
Confira os 5 passos que você precisa seguir:

1. Inclua mais proteína na sua alimentação
Não tem outra: se você quer perder peso, a proteína vai te ajudar bastante. Adicionar mais alimentos ricos em proteína na sua dieta fará com que você perca peso sem fazer tanto esforço e sacrifícios, acredite.

São muitos os estudos que mostram que a proteína não só acelera o seu metabolismo, o que faz com que você queime gordura em repouso, como também reduz o apetite. Isso acontece porque a proteína necessita de certa quantidade de energia para metabolizar, o que faz com que você queime de 80 a 100 calorias a mais se ingerir esse nutriente em boas quantidades diariamente.

Além disso, como a proteína aumenta sua saciedade, consequentemente você vai diminuir calorias ingeridas por dia. Estudos mostram que pessoas que ingeriram 30% de energia proveniente de proteínas deixaram de ingerir 441 calorias diárias! Ou seja, você pode diminuir drasticamente o consumo calórico diário apenas adicionando mais alimentos ricos em proteína na sua dieta.

2. Evite refrigerantes, sucos de frutas e alimentos com muito açúcar em geral
O quê? Suco de fruta engorda? Bom, é inegável que frutas são absolutamente saudáveis, mas elas contêm uma grande quantidade de açúcar, o que pode boicotar sua dieta.

Eliminar líquidos ricos em açúcar é outro grande favor que você faz a si. Isso inclui os grandes vilões, como refrigerante, leite achocolatado e também aqueles que não percebemos que podem sabotar o emagrecimento, como sucos de frutas.

Talvez isso seja o que mais esteja impedindo você de emagrecer, pois o seu cérebro simplesmente não considera as calorias líquidas que você ingere diariamente, da mesma forma que considera as sólidas.

3. Beba mais água

Esse talvez seja o truque mais eficaz e saudável para emagrecer: beba mais água. Talvez você já saiba que o recomendado é beber cerca de 2 litros de água por dia (ou 8 copos), mas você sabia que essa atitude super benéfica para o organismo pode fazer com que você queime cerca de 96 calorias a mais por dia? Além disso, quando você bebe mais água antes das refeições, pode ter o apetite reduzido e, consequentemente, diminuir as calorias ingeridas.

Outras bebidas com cafeína também podem ajudar. O café e o chá verde são excelentes para aumentar o metabolismo, ainda que seja por um curto prazo.

4. Exercite-se!
Quando ingerimos menos calorias, nosso corpo compensa queimando menos. Esse é o motivo pelo qual a restrição calórica pode ser um tiro no pé, pois, a longo prazo, seu metabolismo diminuirá. Além disso, você pode perder massa magra, que é metabolicamente ativa, fazendo com que seu metabolismo fique ainda mais lento.

A maneira eficaz de evitar esse desastre é fortalecer os músculos fazendo exercícios, de preferência os de alta intensidade, que queimam gordura, aceleram o metabolismo e fortalecem os músculos. Você não precisa necessariamente ir para a academia: exercícios como flexões, por exemplo, têm um excelente efeito.

5. Evite os carboidratos a todo custo
Cortar os carboidratos, principalmente os refinados, é outra maneira muito eficaz de perder peso. Talvez você passe pela mesma situação todos os dias: depois de comer o tradicional pão com café pela manha, você realizará suas atividades diárias e, poucas horas depois, perceberá que está morrendo de fome. Você não entende porque está de barriga vazia tão cedo, mas deixa isso para lá e come mais um biscoito ou pãozinho, porém, um pouco antes do almoço, você já está com muita fome novamente, o que faz com que você coma mais do que precisa na refeição seguinte.

O que acontece é que você está comendo muitos alimentos ricos em carboidratos, que não trazem muita sensação de saciedade, como é o caso da proteína. Quando você substitui o carboidrato por outros alimentos ricos em nutrientes como a proteína, seu apetite tende a diminuir, fazendo com que você coma menos.

Estudos já demonstraram que ter uma alimentação baseada na dieta low-carb pode fazer com que você perca de 2 a 3 vezes mais peso do que numa dieta baseada em restrição calórica ou baixa ingestão de gordura.

Bem, estas foram as 5 dicas sobre como diminuir as calorias sem passar fome e, como último recado, recomendo que você evite ao máximo alimentos industrializados. Quanto mais natural for sua alimentação, menos importará que tipo de dieta você está fazendo.
Bons treinos, forte abraço e até a próxima

Vinícius Possebon é personal trainer, palestrante e criador do Sistema de Emagrecimento Queima de 48 Horas.
Facebook: https://www.facebook.com/queimade48horas .

Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br