As cefaleias ou dores de cabeça estão entre as principais queixas médicas, em todos os cenários clínicos, seja na unidade básica de saúde, no consultório clínico (é a mais prevalente no consultório do neurologista) ou nas urgências. Por isso, 2018 está marcado como o ano em que houve grande evolução nos estudos da doença, aspecto de suma importância para a Neurologia, com a publicação da mais recente edição da Classificação Internacional das Cefaleias, documento que organiza todas as dores de cabeça em uma estruturação metodológica.
Diante do crescente número de atendimentos de pessoas acometidos pela doença, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), associada à Sociedade Brasileira de Cefaleias (SBCerfaleia), publicou o Protocolo Nacional para Diagnóstico e Manejo de Cefaleias na Urgência, que tem o objetivo de auxiliar, através de um método didático, os médicos plantonistas de emergências, clínicos ou neurologistas, a lidarem de maneira sistematizada com o atendimento dos pacientes com dor de cabeça.
Para orientar profissionais médicos de Caruaru, o neurologista Paulo Henrique Fonseca vai ministrar uma aula com informações importantes sobre o Protocolo, nesta quarta-feira, dia 07, às 20h, no Hospital da Unimed Caruaru. O neurologista vai mostrar que o documento organiza a abordagem do paciente com cefaleias primárias e secundárias. “As primárias são as que não impõem risco iminente à vida do paciente, mas comprometem a sua qualidade de vida; já as secundárias são as que podem ser decorrentes de patologias potencialmente graves como tumores, aneurismas cerebrais, meningite, abcessos e outras infecções do sistema nervoso central”, explica.
Paulo Henrique afirma que a divulgação de documentos como o Protocolo publicado pela ABN e a SBCefaleia contribui, de forma efetiva, para a capacitação dos médicos. “É de suma importância divulgar, mediante programas de educação continuada, esse Protocolo, no intuito de alertar os colegas acerca daquilo que está sendo discutido no âmbito das cefaleias e melhorar a assistência aos doentes em todos os níveis de atuação médica”, conclui.