A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) mantém, desde o início da manhã do domingo (28), o monitoramento permanente do sistema elétrico das áreas do Estado castigadas pelas intensas chuvas. Aproximadamente 600 profissionais, entre eletricistas, técnicos e engenheiros, estão atuando em regime de contingência, sobretudo, nos 14 municípios que decretaram estado de calamidade pública e situação de emergência. Em decorrência da elevação do nível dos rios, a concessionária desligou temporariamente, por motivo de segurança, o fornecimento de energia em algumas localidades da Zona da Mata Sul e Agreste do Estado. Nessas áreas, o suprimento está sendo normalizado à medida que o volume de água atinja patamares considerados seguros para reativação da rede elétrica.
Ontem (29), a empresa registrou o desligamento de três circuitos de média tensão em áreas afetadas por enxurradas. O número de turmas de prontidão foi redobrado para atuar nas ocorrências com a maior brevidade possível. Foram deslocadas para as regiões atingidas 11 equipes de manutenção para serviços de alta complexidade e cerca de 250 turmas leves. A Celpe está realizando o levantamento dos ativos da rede elétrica danificados pelas inundações. Em virtude de alagamentos e deslizamentos de terra, as equipes técnicas encontram dificuldade de acesso, principalmente, em localidades da zona rural. Nas cidades mais afetadas pelas chuvas, como Catende, Belém de Maria e Ribeirão , permanecem sem energia os imóveis que, por motivo de segurança, não têm condições de serem religados.
A Celpe está trocando medidores de energia danificados pela água e orientando os moradores das áreas afetadas a solicitarem inspeção por especialistas das instalações elétricas dos imóveis. A preocupação se faz necessária, uma vez que paredes, tomadas e interruptores ainda úmidos aumentam o risco de vazamento de corrente elétrica nas moradias e, consequentemente, curtos-circuitos e acidentes por choque elétrico.