Central de Transplantes de Caruaru promove capacitação para protocolo de morte encefálica

Preocupada com a alta de recusas de doação de órgãos nos últimos anos, a Central de Transplantes Macrorregional Caruaru vai promover, na próxima quinta-feira, dia 21 de março, o Curso de Determinação de Morte Encefálica. Destinado a médicos com pelo menos um ano de experiência com pacientes neurocríticos, o curso tem como principal objetivo identificar estratégias que possam melhorar a aceitação de famílias de possíveis doadores de órgãos.

O curso é viabilizado pela Central de Transplantes Estadual e será realizado no auditório do Hospital Mestre Vitalino, das 8h30 às 18h. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo WhatsApp: (81) 98194-4324. As vagas são limitadas.

Este ano, em Caruaru, apesar de ter havido um número considerável de diagnóstico de morte encefálica, ou seja, a confirmação de pacientes que evoluíram para a morte encefálica e que poderiam ser possíveis doadores, o que poderia tirar inúmeras pessoas da lista de transplantes, o número de recusas foi alto.

“Até o momento, na cidade, a gente só teve uma família que aceitou ser doadora e pela qual só foi possível doar fígado e córneas. Por esse motivo, trazer o curso para a região é importante, porque, quanto mais profissionais habilitados e treinados para uma melhor abordagem à família, maior a chance de melhorar essa aceitação”, explica Raianne Monteiro, coordenadora da Central em Caruaru.

Atualmente, o estado tem 3257 pessoas aguardando um órgão. Pode ser doador qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e que sua família autorize a doação dos órgãos ou tecidos. Algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV, impedem a doação. Para doar córneas, o doador pode ter tido morte com coração parado.