A cesta básica caruaruense, em julho, registrou uma redução de 11,36%, a maior queda do ano, seguindo a tendência nacional. É o que mostra a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, no mês passado, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 313,56 para R$ 281,56.
De acordo com a professora do UniFavip|Wyden, Eliane Alves, coordenadora da pesquisa, os maiores responsáveis pela queda expressiva foram o tomate, a banana e o feijão. “Dos 13 componentes da cesta básica, dez apresentaram queda nos preços”, completa Eliane. A farinha e o café também registraram valores menores no mês de julho. Já entre os itens que registraram alta estão a margarina, a carne e o açúcar.
Segundo a pesquisa, o comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de redução em todas as 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As reduções mais expressivos foram registradas em Aracaju (R$ 359,95), Natal (R$ 381,27), Rio de Janeiro (R$ 479,28) e Recife (R$ 381,10). A cesta mais cara do país foi a de Porto Alegre (R$ 493,22) e a cesta mais barata foi a de Salvador (R$ 372,25).
Em julho, a cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a do Recife: a diferença foi um pouco maior se comparada às variações anteriores, passando de R$ 82,65 para R$ 99,54. Se comparada à média nordestina, a cesta de Caruaru registrou uma diferença, para menos, de R$ 103,96. Já em comparação à média da cesta nacional, a diferença foi de R$ 146,73.
A pesquisa do UniFavip|Wyden revelou, ainda, que uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo, em julho, de R$ 2.365,38 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de outros itens que garantem uma sobrevivência digna. Este valor representa aproximadamente 2,37 vezes mais que o salário mínimo de R$ 998 atualmente em vigor. Já de acordo com o Ministério do Trabalho, ao considerarmos que a jornada oficial é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, em julho, utilizou 29,70% do tempo da sua jornada só com as despesas de alimentação.