“Então é Natal. E o que você fez? O ano termina, e nasce outra vez…”. O período natalino é uma época do ano em que músicas como essa se tornam recorrentes em propagandas, nas redes sociais e em situações que nos levam a refletir como foi o ano. Por isso, a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Caruaru e doutora em Psicologia Clínica, Margarida Dantas, explica que, embora seja uma das festas mais aguardadas do ano, data de alegria e celebração, há pessoas que costumam sentir tristeza, angústia e sentimento depressivo durante essa época.
Para a profissional, outros aspectos surgem também nessa época, como as lembranças das pessoas queridas que nos deixaram e/ou o peso por não poder estar junto de quem desejamos. “Diante disso, me pergunto ‘o que leva as pessoas a darem ênfase à tristeza na ocasião do Natal, permitindo a prevalência de uma sensação mórbida?’ Entendo perfeitamente a falta que faz a presença de alguém importante para cada um de nós, mas, para além disso, entendo saudade como um sentimento constante e, o melhor, não obrigatoriamente triste”, explica.
“Acredito que, se canalizarmos a nossa lembrança para o que foi (e ainda é) bom do convívio com quem não está conosco, por qualquer que seja a razão, o dia de Natal pode ser comemorado com mais leveza, mais amor, mais presença junto de quem temos o prazer de ter por perto. Fica aqui um grande convite: vamos buscar fazer um Natal feliz, como um cuidado de si para consigo e um cuidado de si para o outro que está conosco”, incentiva a psicóloga.