O Brasil registrou ontem (5) mais 660 mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas desde o início da pandemia, o número de óbitos provocados pela doença chegou a 176.641. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa.
Ao todo, 17 estados mais o Distrito Federal estão com tendência de aceleração na média móvel de mortes. O Brasil também apresenta tendência de aceleração de óbitos em decorrência da doença: 20%.
A média móvel de mortes, calculada com base nas mortes diárias dos últimos sete dias, é de 579 —o que representa uma tendência de alta em relação aos últimos 14 dias.
Dados do governo federal
Já o Ministério da Saúde divulgou 664 novas mortes provocadas pelo coronavírus no país. Desde o início da pandemia, foram registrados 176.628 óbitos causados pela covid-19, segundo os dados do governo.
A pasta informou também que foram 43.209 novos diagnósticos positivos para a doença nas últimas 24 horas, elevando para o 6.577.177 número de infectados.
Ainda de acordo com as informações do governo federal, 5.761.363 pessoas se recuperaram da doença, com outras 639.186 em acompanhamento.
17 estados e DF apresentaram alta
Os números do consórcio de veículos de imprensa apontam que 17 estados e o DF apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. Apenas três estados tiveram queda e outros cinco mantiveram a estabilidade do índice.
Entre as regiões, Centro-Oeste (-14%) e Sudeste (9%) apresentaram estabilidade na média de mortes. Já Nordeste (21%), Norte (20%) e Sul (70%) apresentaram aceleração.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
Espírito Santo: aceleração (35%)
Minas Gerais: estável (7%)
Rio de Janeiro: queda (-18%)
São Paulo: aceleração (31%)
Região Norte
Acre: aceleração (80%)
Amazonas: estável (15%)
Amapá: aceleração (67%)
Pará: estabilidade (10%)
Rondônia: aceleração (160%)
Roraima: aceleração (21%)
Tocantins: aceleração (73%)
Região Nordeste
Alagoas: queda (-23%)
Bahia: estabilidade (1%)
Ceará: aceleração (87%)
Maranhão: estável (4%)
Paraíba: aceleração (30%)
Pernambuco: estabilidade (26%)
Piauí: estável (6%)
Rio Grande do Norte: aceleração (116%)
Sergipe: aceleração (81%)
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: aceleração (16%)
Goiás: queda (-49%)
Mato Grosso: aceleração (23%)
Mato Grosso do Sul: aceleração (119%)
Região Sul
Paraná: aceleração (101%)
Rio Grande do Sul: aceleração (45%)
Santa Catarina: aceleração (82%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.