No dia 17 de maio vivencia-se o Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial (HA), ou Pressão Alta, como é popularmente conhecida. Quando não tratada corretamente, pode culminar em morte súbita, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o consumo excessivo de sal, bem como o sedentarismo, consiste no principal fator de risco para HA. E a alimentação? Como ela pode levar uma pessoa a contrair essa doença ou sair dela? A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lilian de Lucena, alerta que uma alimentação saudável é o meio mais eficaz de prevenção primária.
“Quando já instalada a HA, uma boa nutrição consiste no tratamento não farmacológico de maior efetividade na redução dos níveis da pressão. O sucesso do tratamento depende, também, da adoção de um plano alimentar saudável, individualizado, levando em consideração fatores como hábitos culturais, sociais e econômicos do indivíduo”, esclarece a nutricionista.
A docente explica ainda que a utilização de dietas radicais não tem se mostrado eficaz, já que a redução ou eliminação de determinados alimentos poderá resultar em abandono do tratamento por parte do paciente. “A palavra-chave é equilíbrio, para que haja a formação de hábitos alimentares saudáveis e isso passe a se tornar um estilo de vida”, explica.
A nutricionista dá algumas das medidas nutricionais de maior impacto na redução da pressão e, consequentemente, na manutenção dos níveis desejáveis:
– Redução no consumo de sal. O valor recomendado é de 5g/dia, no entanto, o consumo médio do brasileiro chega a quase 12g/dia;
– Evitar alimentos embutidos e enlatados, bem como industrializados, pois, no processo de industrialização, o sódio é utilizado em grande quantidade visando a conservação destes alimentos;
– Aumento da ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados, tais como raízes, tubérculos, frutas e verduras, grandes fontes de potássio, mineral que atua na redução dos níveis pressão arterial;
– Ingestão de gorduras saudáveis (insaturadas), oriundas de azeite de oliva extra virgem, abacate, oleaginosas e peixes ricos em ômega 3, como sardinha e salmão;
– Consumo predominantemente de carnes brancas magras (peixes e frango) ao invés de carnes vermelhas, que, naturalmente, contêm maior quantidade de gordura saturada;
– Aumento no consumo de fibras, solúveis e insolúveis, que estão presentes no farelo de aveia, nas frutas, nas leguminosas e alimentos integrais;
– Consumo de leites e derivados semidesnatados ou desnatados, em substituição dos leites integrais, pois estes contêm um elevado teor de gordura;
– Evitar ingestão de bebidas alcoólicas, pois o álcool é um potente hipertensor;
· Estímulo à prática de atividade física (de acordo com o recomendado por um profissional de Educação Física ou Médico).