Confiança do comércio sobe 9,8 pontos, diz pesquisa da FGV

Comércio de rua reaberto após início da fase de transição do Plano São Paulo para combate à covid-19, no centro da capital.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom), do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), subiu 9,8 pontos em maio. O indicador passou de 84,1 para 93,9 pontos. Segundo o Ibre, é o nível mais elevado desde outubro de 2020, quando registrou 95,8 pontos. Nas médias móveis trimestrais, o Icom cresceu 1,0 ponto, acusando a primeira alta depois de seis meses de quedas consecutivas.

O Ibre informou hoje (31), no Rio de Janeiro, que a confiança avançou em todos os seis principais segmentos do comércio e nos dois horizontes temporais em maio. O Índice de Situação Atual (Isa-com) avançou 13,3 pontos, alcançando 94,9 pontos, o maior valor desde novembro de 2020, quando tinha ficado em 99,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-com) também subiu (5,9 pontos) atingindo 93,2 pontos, o mais alto valor desde fevereiro de 2021, quando chegou a 95,9 pontos.

Para o coordenador da Sondagem do Comércio do FGV Ibre, Rodolpho Tobler, a segunda alta consecutiva da confiança do comércio mais do que compensa a queda observada em março, retornando a patamar próximo ao observado em novembro do ano passado.

“A melhora ocorreu tanto na percepção do ritmo de vendas no mês quanto nas expectativas, sugerindo que o impacto das medidas restritivas, na virada do primeiro para o segundo trimestre, ficou para trás. A continuidade desse cenário ainda depende de uma melhora mais expressiva da confiança dos consumidores, continuidade do plano de vacinação e consequentemente melhora da pandemia”, disse.

Limitação

As empresas do comércio respondem mensalmente sobre quais os principais fatores que limitam a evolução dos seus negócios. Desde março de 2020 uma parte das empresas reporta que a pandemia aumentou expressivamente e se manteve em patamar elevado no fim do ano passado.

No final do primeiro trimestre de 2021, o relato voltou a subir com o recrudescimento da pandemia. No entanto, nos últimos dois meses, vem caindo.

A avaliação é de que isso significa melhoria na percepção das empresas de que a pandemia está limitando a expansão dos negócios ao mesmo tempo que a parcela das empresas que mencionam demanda insuficiente recuou nos dados de maio, sugerindo uma melhora da demanda nesse último mês. Apesar disso, a parcela dos que reportam demanda insuficiente ainda se mantém em nível elevado historicamente.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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