O Brasil registrou a terceira morte de adulto em decorrência do vírus zika. O caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde, que informou a Organização Mundial da Saúde sobre o óbito. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a vítima foi uma jovem de 20 anos do município de Serrinha, no Rio Grande do Norte. Ela foi internada com queixas respiratórias no dia 11 de abril no hospital Giselda Trigueiro, em Natal, e faleceu 12 dias depois.A princípio os médicos suspeitaram que a morte poderia estar relacionada a um caso grave de dengue, mas os exames deram inconclusivos. O Instituto Evandro Chagas resolveu realizar uma nova análise do material e constatou a infecção por zika.
O terceiro óbito causado pelo vírus revela que a doença pode levar a quadros mais graves do que inicialmente se imaginava. Não apenas para bebês infectados durante a gestação, mas também para adultos que, a princípio, não apresentam problemas graves de saúde. As informações obtidas até o momento indicam que a jovem tinha saúde normal até contrair a infecção.
“Vamos percebendo um espectro mais amplo da doença, com maior gravidade”, disse o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
As mortes causadas pelo zika no Brasil são as primeiras registradas no mundo. O primeiro óbito ocorreu no Maranhão e só foi divulgado em novembro. O paciente apresentava lúpus, uma doença que pode ser agravada quando o organismo é infectado por vírus ou bactérias. O segundo caso de morte provocada pelo zika foi confirmado dias depois do primeiro, a paciente em questão também era jovem e não apresentava problemas graves de saúde até contrair a infecção. Os primeiros sintomas apresentados foram dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas.