Contra aumento do combustível, caminhoneiros seguem em protesto em Pernambuco

Na terça-feira (22), caminhoneiros realizaram protestos na Região Metropolitana do Recife em diversos trechos da BR-101. Foto: Divulgação/PRF

Diario de Pernambuco

Os caminhoneiros seguem em protesto contra o preço do combustível em todo o país nesta quarta-feira (23). Em Pernambuco as manifestações continuam em diversos pontos do interior.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PFR), em Ouricuri, no Sertão, a intervenção da categoria ocorre no km 80 da BR-316. Já em Garanhuns, no Agreste do Estado, as movimentações se concentram no quilômetro 97 da BR 423. Em Petrolina, localizada no Sertão, o quilômetro 142 da BR-428 está interditado. Em Parnamirim, a BR-316 está parada no quilômetro 143. Também no Sertão, em Floresta, o quilômetro 303 da BR 316 está fechado.

Prejuízo para a mobilidade da RMR e Caruaru

Os usuários de transporte coletivo que circulam pela Região Metropolitana do Recife e Caruaru também sofrem as consequências da alta do combustível. A partir de hoje, o Grande Recife Consórcio de Transporte reduziu a frota de coletivos em 8%, o que representa o recolhimento de aproximadamente 200 ônibus. A diminuição da frota de coletivos em Caruaru chegou a ser maior que na capital, com 30% dos transportes ficando nas garagens.

Redução do combustível

O preço médio da gasolina na Região Metropolitana nesta quarta é é de R,49. Já o etanol está na faixa dos R,25 e o diesel R,99 o litro. Com a redução do câmbio do dólar, foi anunciada pela Petrobras uma redução nos preços. Só na semana passada, o valor do diesel e da gasolina nas refinarias subiu cinco vezes consecutivas. Apesar da redução em 2,08% da gasolina e do diesel em 1,54% pela Petrobras, os caminhoneiros seguem em protesto nas rodovias.

Brasilia

Na Câmara dos Deputados será discutido hoje, por volta das 9h30, a alta do combustível pela Comissão de Minas e Energia. O Poder Executivo está comprometido a eliminar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel. O contraponto que deve ser realizado pelos parlamentares deverá ser a aprovação de uma renovação da folha de pagamento.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sugeriu que os governadores contribuíssem, reduzindo a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – principal tributo estadual. Segundo ele, os estados são os que mais se beneficiam dos aumentos dos combustíveis, uma vez que o ICMS representa um percentual do valor do diesel e da gasolina. Na maioria dos estados, o ICMS varia entre 30% e 32%, impactando os preços finais.

No próximo dia 30, uma comissão geral vai debater os preços dos combustíveis no plenário da Câmara dos Deputados.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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