Coronavírus: Reino Unido anuncia investimento bilionário em vacinas

Um pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trabalha para desenvolver um novo teste para detectar infecções por coronavírus

O governo britânico vai investir mais R$1,5 bilhão em pesquisa e produção de vacinas para o combate ao novo coronavírus. O investimento em pesquisas será direcionado aos dois centros que são os candidatos mais avançados à descoberta da vacina no Reino Unido.

Os recursos estão divididos em R$ 588 milhões em apoio à pesquisa para a Universidade de Oxford e o Imperial College of London, que já têm vacinas candidatas em estágio de testes em seres humanos.

Outros R$ 651 milhões serão destinados para a implementação do Centro de Inovação e Produção de Vacinas (VMIC, na sigla em inglês), que pode começar a produzir vacinas em massa no segundo semestre de 2021. Além disso, outros R$ 266 milhões serão destinados para uma fábrica de implementação rápida, capaz de produção massiva de vacinas já no segundo semestre de 2020, até a inauguração do Centro.

A Universidade de Oxford, que deverá receber 65,5 milhões de libras, concluiu recentemente um acordo de licenciamento global com a farmacêutica britânica AstraZeneca, para comercialização e produção de uma possível vacina. Isso significa que, caso a vacina de Oxford seja bem-sucedida, a AstraZeneca deve disponibilizar até 30 milhões de doses para os britânicos até setembro de 2020. Além disso, o Imperial College of London receberá 18,5 milhões de libras para pesquisas, aumentando as chances de sucesso na busca por uma vacina para covid-19.

De acordo com governo britânico, o Reino Unido está se preparando para produção em massa da vacina, assim que ela estiver disponível. Para isso, será inaugurado no segundo semestre de 2021 o Centro de Inovação e Produção de Vacinas.

O investimento anunciado vai antecipar em 12 meses a inauguração da instalação, antes prevista para 2022. Até o momento, os setores público e privado do Reino Unido acumulam 201 milhões de libras para construir este centro, que ficará baseado no Harwell Science and Innovation Campus, na cidade de Oxfordshire.

A fábrica, que já está em construção, é um componente fundamental no programa britânico para a vacina do novo coronavírus e para garantir que, assim que estiver disponível, ela possa ser produzida rapidamente e em quantidades massivas. O VMIC também vai ser usado para produzir vacinas para outras doenças, como o vírus da gripe.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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