O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, tem sinalizado a interlocutores que dedicará energia a investigações contra Jair Bolsonaro e aliados por ataques sem provas ao sistema eleitoral. No limite, as apurações podem tornar Bolsonaro inelegível.
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a avaliação é que o último corregedor-geral, ministro Mauro Campbell, não investiu o tempo necessário a esses processos, o que fez com que pouco avançassem. Campbell ficou no posto de novembro do ano passado até setembro de 2022.
O antecessor de Campbell foi Luís Felipe Salomão, que mandou desmonetizar páginas bolsonaristas e pediu que o STF compartilhasse provas do inquérito das fake news, que tem entre os alvos Bolsonaro e aliados próximos.
Na quarta-feira (14/12), o ministro Benedito Gonçalves abriu investigações contra Bolsonaro e aliados por ataques às eleições e concessão ilegal de benefícios durante a campanha presidencial. Entre os investigados estão o vice na chapa do presidente, o general Walter Braga Netto, e dois filhos de Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. O grupo terá de se explicar ao tribunal até a próxima semana. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Wagner Gil
Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.