Muita gente sabe que o período para se usar uma escova de dente é de até três meses, tendo que substituir por uma nova logo em seguida. Mas, há outro detalhe muito importante, ainda mais neste período de pandemia, que precisa ser observado quando o assunto é a troca da escova dental: quando qualquer pessoa é diagnosticada com COVID-19 ou outras doenças virais, assim que recuperada, também é preciso fazer a troca imediatamente, como explica a dentista credenciada ao Cartão São Gabriel, Luédja Araújo.
“Após a recuperação de qualquer quadro viral ou infeccioso, faz-se necessário a troca da escova dental, mesmo que ela ainda esteja em condições viáveis de uso, assim evitando contaminação novamente pelos agentes patológicos instalados nela” , afirma a dentista, que também ressalta a importância de isolar a escova como medida de prevenção.
“Outra medida preventiva importante é que, durante o processo infeccioso, sua escova não encoste em outras escovas de familiares comuns à casa, para evitar que haja infecção cruzada, que é a propagação do vírus, bactéria ou fungo para outras pessoas através do contato das escovas”, orienta.
A porta de entrada de um processo infeccioso é o trato respiratório superior: boca (dentes, gengivas e língua), faringe (garganta) e pulmões. Fisiologicamente, a saliva abriga inúmeras bactérias, o que torna a boca um meio propício à proliferação e crescimento de outros micro-organismos, como o próprio coronavírus. Estudos mostram que fluidos orais e nasais são as maiores fontes de propagação do coronavírus, que podem sobreviver por mais de 24h em temperatura ambiente no metal, vidro e plástico, estando aí inclusas as superfícies plásticas da cabeça da escova, do cabo e das cerdas de nylon.