A Austrália registrou nesta segunda-feira (3) um número recorde de quase 40 mil infecções da covid-19, mas o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que se manteria fiel aos seus planos de reabrir a economia.
“Mudamos de velocidade. Estamos gerindo de forma diferente para que possamos viver com o vírus. As pessoas podem continuar a trabalhar, as crianças podem voltar à escola quando a escola recomeçar. As pessoas podem manter os seus negócios abertos e ganhar a vida”, disse Morrison à Nine Network television.
A região de New South Wales, a mais populosa e mais duramente atingida pela variante Ômicron, registrou 20.794 infecções, e o estado vizinho de Victoria, o segundo mais populoso, notificou hoje 8.577 casos.
As hospitalizações em New South Wales totalizaram nesta segunda-feira 1.204, o número mais elevado desde 23 de setembro, enquanto que em Victoria as autoridades sanitárias pediram às pessoas que só procurem os serviços de emergência em casos “absolutamente necessários”.
O governo Morrison – que no fim de semana passado mudou a definição de contato próximo, favorece a utilização de testes domiciliares e está empenhado em administrar a vacina de reforço – é fortemente criticado por se recusar a subsidiar testes ou a dar qualquer outra ajuda financeira, como fez no início da pandemia.
“Mudamos as engrenagens com a Ômicron. Os requisitos para teste, isolamento, tudo isso mudou porque a Ômicron, como sabemos agora, é 75% menos virulenta e menos severa do que a variante Delta”. E acrescentou: “se você foi hospitalizado agora é porque não foi vacinado ou porque tem a Delta e não a Ômicron”.