Massas salgadas, doces, folhadas e recheadas. É para aprender a preparar itens alimentícios como esses que 25 adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão inseridos no curso de Panificação, ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Intensivo, o conteúdo é ministrado ao longo de 100 horas/aula, diariamente, com exceção das quartas-feiras, dia de visita de familiares dos socioeducandos. Todos os alunos são do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho, a maior unidade de internação de adolescentes e jovens em Pernambuco.
Ao longo do curso, além de aprender a preparar diversos tipos de massas, os socioeducandos terão contato com ferramentas e equipamentos de trabalho, aplicações de boas práticas de fabricação, cálculos de rendimentos e noções de qualidade. A oferta do curso segue diretrizes de um levantamento de interesses feito com os socioeducandos no início do ano. Na ocasião, conteúdos na área de alimentação, que até o ano passado não figuravam entre os mais votados, passaram a ter mais citações de preferência.
“Nas unidades em que já tínhamos desenvolvido experiências na área de alimentação, os resultados foram positivos. O curso de Panificação tem uma trabalhabilidade muito significativa. Para ofertá-lo pela Escola Técnica Senai Paulista, tomamos como referência a demanda indicada no levantamento de interesses. Contudo, também acrescentamos cursos que não necessariamente foram os mais apontados pelos socioeducandos, mas que servirão para ampliar os horizontes deles sobre as áreas em que podem atuar”, explica o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque.
Quando a turma atual for concluída, outros 25 alunos serão inseridos no curso. “A Funase está proporcionando aos socioeducandos, por meio de uma série de articulações e com o envolvimento de toda a equipe técnica, um curso de alta qualidade, ofertado por uma instituição como o Senai. É algo que, além de ter um impacto positivo dentro da unidade, vai ter um reflexo ainda mais importante no futuro de cada um dos alunos, no momento de busca por vagas de trabalho”, avalia a gerente do Case Cabo, Tatiane Moraes.
O Senai também vem atendendo socioeducandos do Case Caruaru, no Agreste do Estado. Ao todo, 50 adolescentes e jovens estão participando do curso de Eletricidade Predial de Baixa Tensão, com aulas pela manhã e à tarde, dentro da unidade socioeducativa. Outras unidades da Funase também passarão a receber iniciativas semelhantes, como o Case/Cenip Arcoverde, no Sertão, e o Case Pirapama, no Cabo, cada uma com 50 alunos inseridos no curso de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão.