O Dia Internacional da Mulher é uma data importante para levantar debates acerca da representatividade feminina e desigualdade gênero no Brasil. Na sala de aula, o 8 de março também deve fugir da superficialidade da comemoração e oferecer uma reflexão. Por isso, as professoras e autoras do Sistema de Ensino pH Rafaela Mateus (História), Claudia Lúcia (Matemática) e Heloísa Simões (Biologia) comentam sobre como trabalhar a presença feminina em suas áreas.
Como trabalhar o tema em sala de aula?
Nas aulas de História, Rafaela conta que busca reinserir a participação de personalidades femininas. “Um exemplo clássico foi a importância da Dona Leopoldina. A História Oficial explica a Independência do Brasil feita por D. Pedro no Sete de Setembro, quando, na verdade, quem assina a independência do Brasil é a Dona Leopoldina no dia 2 de setembro junto ao conselho de Estado.”
As educadoras ressaltam que a presença feminina deve ser um tema recorrente nas aulas, não apenas na ocasião do 8 de março. A professora Heloísa segue essa linha ao falar frequentemente sobre quem está por trás do conhecimento científico, que geralmente é conhecido apenas por um sobrenome. “É o caso de Margulis, que as pessoas conhecem da ‘Hipótese de Margulis’. Mas eu sempre falo sobre a Lynn Margulis, para que as pessoas saibam que ‘Margulis’ é uma mulher.”
Desafios existem, mas devem ser enfrentados
“Na minha área, a área de ciências, é importante que as alunas percebam que a ciência é realizada por todos, a aptidão e o gosto não dependem do gênero do indivíduo”. A afirmação da educadora se refere à presença de mulheres em ciências e exatas. De acordo com pesquisa divulgada pela UNESCO em 2018, apenas 30% das pesquisadoras do mundo todo atuam nessas áreas.
A professora Cláudia acredita que o papel dos educadoras nesses momentos de desafio é mostrar exemplos reais, para que as alunas entendam que qualquer carreira é possível. “É importante motivar os alunos quanto a importância da mulher na composição do mundo moderno”, completa.
Repertórios e inspirações
Ela aconselha que os estudantes busquem mais sobre figuras como Katherine Johnson, cientista negra responsável por realizar as contas que garantiram a ida e volta dos astronautas ao espaço na NASA, e Hipátia de Alexandria, a primeira mulher matemática da história. Na área de história, a professora Rafaela sugere a leitura do livro “História das Mulheres no Brasil”, de Mary Del Priore, e o filme “As Horas”, que conta a história de três mulheres temporalmente separadas, mas que enfrentam problemas bastante semelhantes.
Por fim, a professora Heloísa indica o filme brasileiro “Nise: O Coração da Loucura”, que conta a história da Nise da Silveira. “Eu acho a trajetória de vida dela fantástica, pelo trabalho que ela desenvolveu com a questão da mente humana, como médica. Apesar de não trabalhar com essa área, eu acho uma história muito inspiradora.”
Sobre o Sistema de Ensino pH (www.sistemadeensinoph.com.br) – O pH surgiu em 2012, a partir do trabalho desenvolvido no Colégio pH e Curso pH, presente há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. Reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do estado e pelos excelentes resultados no ENEM, o pH atua da Educação Infantil ao Pré-vestibular.
O sistema conta com uma série de escolas parceiras e oferece orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação.